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slides - AULA 4 - Religiões Afro-brasileiras


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1
Prof. Jefferson Zeferino
Religiosidades
na América Latina
Aula 4
Conversa Inicial
Os povos africanos no novo mundo
História das religiões de matriz africana no 
Brasil
Religiões de matriz africana na América 
Latina
Religiões afro-brasileiras
Combate à intolerância religiosa
Religiões afro-brasileiras
Os povos africanos
no Novo Mundo
Estima-se que cerca de 9 milhões de
pessoas negras foram comercializadas e 
traficadas da África para o Novo Mundo
40% para o Brasil, 6% para os Estados 
Unidos, 18% para a América espanhola, 
17% para o Caribe inglês e 17% para o 
Caribe francês
Falsa imagem de harmonia
entre negros, brancos e índios
O modo de produção escravista,
imposto pelas metrópoles nas
colônias, estratificou a sociedade
entre senhores e escravos e
cristalizou o racismo
Pessoas negras eram consideradas
inferiores, não iguais aos europeus,
o que legitimou muita violência
2
A transformação do negro em objeto
de exploração é produto do processo
de esquecimento – de seus lares, de sua 
terra, de seus deuses e de sua cultura
Os africanos escravizados foram
centrais em todas as etapas da produção 
colonial e, por conseguinte, para o 
desenvolvimento econômico das nações
Em reação à violência escravista 
colonial, houve movimentos de 
resistência ao sistema, bem como 
espaços de liberdade, em que
o negro pôde de alguma forma
preservar e reconstruir suas tradições.
Destacam-se, por exemplo,
Palmares, no Brasil, e a Revolução 
Haitiana do final do século XVIII
História das religiões de
matriz africana no Brasil
A escravidão destruiu as estruturas sociais 
africanas, mas valores foram conservados, 
produzindo novos quadros sociais e 
instituições originais
A história das religiões de origem africana no 
Brasil pode ser dividida em três momentos: 
sincretismo, branqueamento e africanização
O sincretismo diz respeito a uma síntese
que integra conteúdos de diferentes origens
No caso das experiências religiosas dos 
africanos escravizados nas Américas,
isso significou uma estratégia de 
sobrevivência e adaptação
Sincretismo Branqueamento
Em consonância com um processo político 
de embranquecimento da população, e em 
um contexto de racismo científico, a partir 
do final do século XIX, com forte influência 
francesa do espiritismo de Allan Kardec,
as religiões de matriz africana são 
distanciadas de suas origens negras
3
Processo de africanização do candomblé 
significando nova valorização dos ritos,
mitos e língua
Recuperação de um patrimônio que
pode ser agora motivo de orgulho
Perceber essa cultura como
simultaneamente negra e brasileira
Africanização
Religiões de matriz africana
na América Latina
Os processos de formação cultural nas 
Américas não podem ser generalizados
O tráfico transatlântico de escravizados 
durou cerca de quatro séculos e, além disso, 
os valores e crenças dos povos não foram 
conservados
Assim, a experiência brasileira não é a 
mesma da haitiana, tampouco da cubana
Quatro religiões de origem africana:
Santeria ou Regla de Ocha; Regla Arará;
a Sociedade Secreta Abakua; e a Regla
de Palo Monte ou Regla Conga
A mais popular, a Santeria, é uma religião
do axé, do culto dos orixás iorubanos, que 
harmoniza a comunicação entre as forças 
divinas e os humanos
Cuba
Marcado pela identidade iorubá, o Vodu se 
baseia no culto aos antepassados e na 
regulação dos vínculos da comunidade
Houve integração com elementos da 
religiosidade – santos e festas – católica
É uma religião com clero, espaço sagrado e 
rituais organizados que ajudam a ordenar o 
modo de vida haitiana, com sentido ético
Haiti
A religião motivou haitianos, no fim do
século XVIII, a resistirem à escravidão, 
iniciando a luta por liberdade
A Revolução de São Domingos, sob a 
liderança de jacobinos negros, radicalizou os 
ideais de 1789 – égalité, liberté et fraternité.
O povo conquistaria a independência em 
1804, assumindo o nome de Haiti
4
Religiões afro-brasileiras
O Brasil recebeu muitos africanos 
escravizados, em sua maioria de
origem banto e nagô (iorubá)
Como a mão de obra escrava foi
utilizada em todos os ciclos econômicos,
a população negra está presente de
Norte a Sul do território brasileiro
No país, verifica-se uma diversidade
de religiões cuja origem é africana
Essas religiões marcam a cultura brasileira
O Candomblé se originou na Bahia por volta de 
1830. Cada terreiro tem suas entidades, rituais
e linguagens, ainda assim, o Candomblé é a 
religião que mais preservou o culto aos orixás
A Umbanda reúne as três matrizes culturais
do Brasil (indígenas, africanos e europeus).
É no início do século XX, no Rio de Janeiro,
que se dá o encontro com o kardecismo. 
Contempla entidades do universo afro-indígena
Bahia e Rio de Janeiro
No Pernambuco
O Xangô cultua os orixás com obrigações, 
canto, dança e experiências de transe
O Catimbó (ou Jurema) acredita em 
espíritos curadores, cultuando diversas 
entidades com cantos, dança, possessão e
o uso ritual de tabaco e da bebida jurema
Pernambuco e Maranhão
No Maranhão
O Tambor de Mina é uma religião 
de culto aos voduns, entidades 
espirituais de forças da natureza 
e antepassados
Pernambuco e Maranhão
Em 2000, o Rio Grande do Sul concentrava 
23% do total de membros das religiões
afro-brasileiras do Brasil
O Batuque é a religião que tem
uma expressão mais africana,
com linguagem iorubá; venera orixás
No Estado, a Umbanda, em língua 
portuguesa, cultua caboclos, pretos velhos, 
ibejis e as falanges africanas
Rio Grande do Sul
5
Combate à intolerância religiosa
O poder colonial conseguiu se impor por
meio de um racismo de base teológica e 
biológica, destruindo outros modos de
ser e estar no mundo e impondo um
novo sistema de valores
As religiões e os espaços sagrados das 
populações negras foram vistos como
focos de perigo social, o que gerou 
perspectivas pejorativas a seu respeito
Importância da Constituição Federal de 1988
As expressões culturais africanas que 
sobreviveram não deixaram de ser 
perseguidas no Brasil republicano e laico, 
sofrendo restrições e perseguições
Talvez seja por isso que uma das principais 
fontes de pesquisa para a história das 
religiões afro-brasileiras sejam os registros 
policiais e as notícias de jornal
As reuniões de pretos para praticar a
religião, no século XIX, não raro eram 
dissolvidas de modo truculento
A expressões religiosas africanas
sofreram e sofrem muita discriminação
Até a década de 1940, lideranças e praticantes 
da umbanda, do candomblé e de outras tradições 
foram perseguidos e penalmente processados 
por prática ilegal da medicina, curandeirismo e 
magia negra, bem como foram moralmente 
desqualificados por bruxaria e prostituição
Mais recentemente, não são poucas as
notícias mostrando pessoas e espaços
religiosos que foram atacados com
discursos de ódio ou violência física
“O racismo religioso condena a origem, a 
existência, a relação entre uma crença e uma 
origem preta. O racismo não incide somente 
sobre pretos e pretas praticantes dessas 
religiões, mas sobre as origens da religião, 
sobre as práticas, sobre as crenças e sobre
os rituais. Trata-se da alteridade condenada
à não existência. Uma vez fora dos padrões 
hegemônicos, um conjunto de práticas culturais, 
valores civilizatórios e crenças não pode existir; 
ou pode, desde que a ideia de oposição 
semântica a uma cultura eleita como padrão, 
regular e normal seja reiteradamente 
fortalecida” (Nogueira, 2020, p. 47)
Na Prática
6
“A Linha Preta é um roteiro turístico em 
Curitiba que tem como objetivo principal 
valorizar e dar visibilidade à contribuição 
negra na construção física e social da
capital paranaense, bem como apresentar 
referências históricas e culturais da sua 
existência e colaboração para a construção 
da nossa capital” (Linha Preta, [S.d.])
Finalizando
A religiosidade de origem africana é, 
historicamente, marcada pelo
escravismo e colonialismo
A história das religiões de origem africana 
pode ser organizada em três fases: 
sincretismo, branqueamento e africanizaçãoNa América Latina, em geral, há outras 
experiências de religiões de origem
africana, como a Santeria e o Palo Monte,
em Cuba; e o Vodu, no Haiti
As religiões afro-brasileiras são
diversas e estão presentes de Norte a Sul.
As mais conhecidas são Candomblé, 
Umbanda, Xangô, Catimbó, Tambor
de Mina, Batuque e Linha Cruzada
As expressões culturais africanas
sofreram com diversas discriminações