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Microeconomia II - Parte 2 - Comportamento Monopolista 2021 2

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Microeconomia II
Professor: Helder Queiroz
2021.2
Estruturas de Mercado, Maximização de Lucros e Comportamento Monopolista
Capítulo 7
3
Tópicos para Discussão
Competição Perfeita (breve revisão)
Monopólio
Poder de Monopólio 
Monopsônio
Duplo Mark up
3
Capítulo 7
4
Competição Perfeita
Revisão da Competição Perfeita: Hipóteses
P = CMgLP = CMeLP
Lucros normais ou lucro econômico zero no longo prazo
Grande número de compradores e vendedores
Produto homogêneo
Informação perfeita
Empresa tomadora de preço
4
Capítulo 7
5
Competição Perfeita
5
Q
Q
P
P
Mercado
Empresa Individual
D
S
Q0
P0
P0
D = RMg = P
q0
CMeLP
CMgLP
Capítulo 7
6
Monopólio e Preços
Uma firma monopolista tem capacidade de exercer poder de mercado ou poder de monopólio
Discriminação de Preços:
Primeiro Grau: vende diferentes unidades do produto por preços distintos e os preços diferem de um consumidor a outro (discriminação do consumidor)...
Vendo um copo R$ 1 para Carina e a R$ 2 para Theo !
6
Capítulo 7
7
Monopólio e Preços
Discriminação de Preços:
Segundo Grau: vende diferentes unidades do produto por preços distintos, mas cada consumidor que compra as mesmas quantidades paga o mesmo preço. Princípio da venda por atacado...
Vendo 100 copos R$ 1 para Carina e Theo; 1 copo a R$ 2 para Yuri e Sophia! Vendo 200 copos a 0,5 R$ para Lauris! 
7
Capítulo 7
8
Monopólio e Preços
Discriminação de Preços:
Terceiro Grau: vende unidades do produto por preços distintos para cada grupo de pessoas ( Princípio da transferência de renda entre grupos sociais: estudantes; idosos...)
Vendo 1 copo R$ 1 para Carina e 1 copo a R$ 2 para a Prof Colomer!
8
Capítulo 7
9
Monopólio
Monopólio
Um vendedor – muitos compradores
Um produto (ausência de bons substitutos)
Barreiras à entrada
Poder de Mercado
Em cadeias produtivas, muito frequentemente ocorre a combinação de monopólio com integração vertical do conjunto das atividades econômicas
9
Monopólio e Integração vertical: 
breve digressão
J.Rockfeller e a Standard Oil
Controle do transporte e comercialização: Posição de monopolista e monopsonista

Integração vertical via aquisição de empresas

Poder de Mercado e Concentração reduzidos com Sherman Act: venda dos ativos
Monopólio e Integração vertical: 
breve digressão
Filosofia do do Sherman Act (início séc. XX) era de natureza estritamente liberal 
a intervenção estatal, através de ações legislativas, objetivava a definição das regras do jogo para aperfeiçoar o funcionamento do mercado.
No início do século XX e em particular para as indústrias de rede que começavam sua estruturação, a integração vertical era também função de vetor estratégico empresarial
Monopólio e Integração vertical: 
breve digressão
Motivações específicas para a integração vertical monopolista
Segurança das fontes de suprimento (integração para trás)
Segurança no escoamento da produção (integração para frente)
Aumento do poder de mercado
via elevação das barreiras à entrada
Apropriação do lucro do fornecedor/ distribuidor
Eliminação de prática de duplo mark-up
Possibilidade de discriminação de preços
Preço “interno” x “preço externo” => fonte de lucro
12
Monopólio e Integração vertical: 
breve digressão
Resultado da estratégia de integração vertical da Std Oil
Market-share entre 1880 e 1890
90% transporte (ferroviário + oleodutos), 
80% refino, 
90% distribuição e venda (Europa, Ásia, África do Sul e Austrália); 
70% das atividades do truste fora dos EUA 
Apreensão da opinião pública dos EUA
Preocupação com o excesso de poder (econômico e político) dos trustes formados no período de rápida industrialização do país no fim do séc XIX (o império Rockfeller era um deles)
Monopólio e Integração vertical: 
breve digressão
Empresas Sucessoras Ao Desmembramento da Standard Oil
14
US antitrust charges are ‘all-or-nothing’ attempt to break up Facebook
Financial Times , 10/12/2020
EUA acusam Facebook de burlar regras antitruste
Aplicação de sanções poderá incluir obrigar o grupo de redes sociais a ser desmembrado
VALOR, 10/12/2020
Capítulo 7
16
Monopólio
Monopólio
Um vendedor – muitos compradores
Um produto (ausência de bons substitutos)
Barreiras à entrada
Poder de Mercado
Em cadeias produtivas, muito frequentemente ocorre a combinação de monopólio com integração vertical do conjunto das atividades econômicas
16
Capítulo 7
17
Monopólio
O monopolista representa o lado da oferta do mercado e tem controle total sobre as quantidades ofertadas.
Os lucros serão máximos no nível de produção onde a receita marginal é igual ao custo marginal (como veremos... )
O que muda com relação ao equilíbrio de uma firma competitiva?
17
Capítulo 7
18
Monopólio
Receita Total e Receita Marginal
RT (q) = pq
RMg = ∂ RT(q)/ ∂q
Demanda e Preço: P = f(q) → Monopolista é um price maker
18
Capítulo 7
19
Monopólio
Cálculo da receita marginal (A partir de um exemplo)
Na condição de único produtor, o monopolista se baseia na demanda de mercado para determinar: i) os níveis de produção e ii) de preço.
 Suponha uma empresa com a seguinte demanda pelo seu produto:
P = 6 – q
RT = Pq =(6-q)q
RMg = ∂ (RT(q)/ ∂q) = ∂[(6-q)q]/ ∂q = ∂[6q – q2]/ ∂q= 6-2q (válido para variações marginais)
RMe = RT/q = (Pq/ q) = P ou... 
...Aqui função linear se confunde com a expressão de demanda RMe= 6-q 
19
Capítulo 7
20
Receita Média e Receita Marginal
20
Produção
0
1
2
3
$ por
unidade
produzida
1
2
3
4
5
6
7
4
5
6
7
Receita Média (Demanda)
Receita
Marginal
Capítulo 7
21
Monopólio
Observações
Para que as vendas aumentem, é necessário que o preço caia
RMg < P
Comparação com a competição perfeita
Em competição perfeita, o aumento das vendas não dependia da redução do preço
RMg = P
21
Capítulo 7
22
Monopólio: O que acontece com a questão dos lucros?
Decisão de Produção e Maximização dos Lucros 
Os lucros são máximos no nível de produção onde RMg = CMg
As funções de lucro, receitas e custo são :
22
Capítulo 7
23
Monopólio
Decisão de Produção do Monopolista
Um Exemplo (Pyndick, Rubinfeld, cap 10, p. 329):
23
Capítulo 7
24
Monopólio
Decisão de Produção do Monopolista
Um Exemplo:
24
Capítulo 7
25
Monopólio
Decisão de Produção do Monopolista
Um Exemplo:
25
Capítulo 7
26
Monopólio
Decisão de Produção do Monopolista
Um Exemplo:
Pode-se verificar que, ao igualar a receita marginal ao custo marginal, a empresa está maximizando o lucro, com P = $30 e Q = 10.
Isso pode ser visualizado graficamente:
26
Capítulo 7
27
Exemplo de Maximização de Lucro
27
Slide 27
Quantidade
$
0
5
10
15
20
100
150
200
300
400
50
R
Lucros
t
t'
c
c’
C
Capítulo 7
28
Exemplo de Maximização de Lucro
Observações
Inclinação de rr’ = ?
Lucros máximos ?
P = ?, Q = 10, 
RT = ?
CMe = $15, Q = 10,
CT = CMe x Q = 150
Lucro = RT - CT
$150 = $300 - $150
28
$
0
5
10
15
20
100
150
200
300
400
50
C
Lucros
r
r'
c
c
Capítulo 7
29
Exemplo de Maximização de Lucro
Observações
Inclinação de rr’ = inclinação de cc’; as curvas de custo e receita são paralelas ao nível de 10 unidades
Lucros são máximos ao nível de 10 unidades
P = $30, Q = 10, 
RT = P x Q = $300
CMe = $15, Q = 10,
CT = CMe x Q = 150
Lucro = RT - CT
$150 = $300 - $150
29
$
0
5
10
15
20
100
150
200
300
400
50
C
Lucros
r
r'
c
c
Capítulo 7
30
Exemplo de Maximização de Lucro
30
Slide 30
Lucro
RMe
RMg
CMg
CMe
$/Q
0
5
10
15
20
10
20
30
40
15
Capítulo 7
31
Exemplo de Maximização de Lucro
Observações
CMe = $15, Q = 10, 
 CT = CMe x Q = 150
Lucro = RT - CT = $300 - $150 = $150, ou
Lucro = (P - CMe) x Q = ($30 - $15)(10) = $150
31
Quantidade
$/Q
0
5
10
15
20
10
20
30
40
15
CMg
RMe
RMg
CMe
Lucro
Capítulo 7
32
Monopólio: O que acontece com a questão dos lucros?
Decisão de Produção e Maximização dos Lucros 
Os lucros são máximos no nível de produção onde RMg = CMg
As funções de lucro, receitas e custo são :
32
Capítulo 7
33
MonopólioUma Regra de Bolso para a Determinação de Preços
Gostaríamos de traduzir a condição de igualdade entre receita marginal e custo marginal numa regra de bolso, que pudesse facilmente ser aplicada na prática.
Isso pode ser feito através dos seguintes passos:
33
Capítulo 7
34
Monopólio
Recordando: A derivada do produto de f por g é igual à soma de dois produtos: 1) a derivada de f vezes a função g e 2) a derivada de g vezes a função f
(fg)’ = fg’ + f’g
RMg =, a partir de um artifício matemático :
Multiplicar por 1 ou P/P → RMg = 
3.Sabemos ainda que: = (%∆Q)/ (%∆P) ou...
34
Capítulo 7
35
Monopólio
 
Reescrevendo (2) 
RMg =ou
RMg = = CMg
35
Capítulo 7
36
Monopólio
Recordando que 
 = CMg ou...
P – CMg = - P ou ainda dividindo por P em ambos os lados...
[P – CMg ] /P = - , onde
[P – CMg ] /P = mark up
36
Capítulo 7
37
Monopólio
- = (P-CMg)/P
markup sobre custo marginal como porcentagem do preço (igual ao inverso da elasticidade da demanda)
Se a partir da expressão (6) = CMg, dividirmos por P :
	
37
Capítulo 7
38
Monopólio
 
Suponha: 
 CMg= 9
P 
[P – CMg ] /P = mark up com relação ao preço = [12-9]/12 = 0,25
38
Capítulo 7
39
Monopólio
Comparação da determinação de preços sob monopólio e sob competição perfeita:
Monopólio
P > CMg
Competição Perfeita
P = CMg
39
Capítulo 7
40
Monopólio
Comparação da determinação de preços sob monopólio e sob competição perfeita:
Quanto mais elástica for a demanda, mais próximo o preço deverá estar do custo marginal, ou em outro termos:
Se Ed for um número negativo grande, o preço deverá estar muito próximo ao custo marginal.
40
Capítulo 7
41
Poder de Monopólio
Medindo o Poder de Monopólio
Na competição perfeita: P = RMg = CMg
Poder de Monopólio: P > CMg
41
Capítulo 7
42
Poder de Monopólio
Índice de Lerner de Poder de Monopólio
L = (P - CMg)/P
Quanto maior o valor de L (que se situa entre 0 e 1), maior o poder de monopólio.
L pode ser expresso em função de Ed
L = (P - CMg)/P = -1/Ed
Ed é a elasticidade da demanda da empresa individual, e não do mercado
42
Capítulo 7
43
Poder de Monopólio
O poder de monopólio não implica necessariamente a obtenção de lucros elevados.
O lucro depende da relação entre custo médio e preço.
43
Capítulo 7
44
Poder de Monopólio
Regra de Bolso para a Determinação de Preços
A regra vale para qualquer empresa com poder de monopólio 
Se Ed for grande, o markup será pequeno
Se Ed for pequena, o markup será grande
44
Capítulo 7
45
Elasticidade da Demanda e Markup de Preço
45
$/Q
$/Q
Quantidade
Quantidade
RMe
RMg
RMg
RMe
CMg
CMg
Q*
Q*
P*
P*
P*-CMg
Quanto mais elástica a
demanda, menor o
markup.
Capítulo 7
46
Fontes do Poder de Monopólio
Por que algumas empresas detêm considerável poder de monopólio, enquanto outras têm pouco ou nenhum?
O poder de monopólio de uma empresa depende da elasticidade da demanda com que se defronta a empresa.
46
Capítulo 7
47
Fontes do Poder de Monopólio
Em Estruturas de Mercado como Monopólios e Oligopólios
A elasticidade da demanda de uma empresa é determinada pelos seguintes fatores:
Elasticidade da demanda de mercado 
Número de empresas
Interação entre empresas
47
Teoria do Monopólio Natural (I)
Do ponto de vista econômico, as falhas de mercado, as externalidades e o monopólio natural explicam a constituição das redes de infra-estrutura e serviço público.
Farrer (1902): condições necessárias para a caracterização de uma indústria em regime de monopólio natural: 
i) vender um produto essencial
ii) vender um produto de difícil estocagem
iii) beneficiar de economias de escala
iv) obrigação de fornecimento
48
Teoria do Monopólio Natural (II)
Monopólio Natural:
custos médios de uma empresa são decrescentes para todo e qualquer nível de produção; 
uma firma operadora satisfaz toda demanda com custos inferiores àqueles incorridos por duas ou mais firmas atendendo a mesma demanda importância dos rendimentos crescentes de escala
49
Gráfico - Custos Médios (recordando...)
50
MONOPÓLIO NATURAL
monopólio natural → presença de economias de escala na faixa relevante de produção - e portanto os custos médios atingem seu mínimo a um nível de produção que é bastante elevado em relação a demanda de mercado. Neste caso, os custos para a produção de uma dada quantidade são menores se a produção é levada à cabo por uma única empresa, em detrimento de mais empresas)
Onde são quantidades do mesmo produto – sendo , 
C é a função custo, e i, j e l são três plantas distintas
Teoria do Monopólio Natural (III)
Problema : forma de tarifação
P=Cmg, maximiza o bem-estar coletivo, mas não cobre corretamente custos médios.
	Trabalhos de M.Boiteux, M. Allais
características contribuem para fortalecer a justificativa econômica para a organização dessas indústrias:
 em regime de monopólio operando com tarifas administradas e dispondo de mecanismos fiscais redistributivos.
Existem diferentes metodologias tarifárias e mecanismos de reajuste e revisão tarifária
52
Teoria do Monopólio Natural (IV)
“Monopólios naturais” ocorrem quando os custos fixos (capital, administração) predominam, ou em outras palavras:
A “escala ótima” de uma firma (que minimiza o custo médio) é da ordem de grandeza do mercado
Exemplos nos setores de infraestrutura : transmissão/transporte , distribuição (água, gás, eletricidade...)
53
Capítulo 7
54
Monopsônio
Um monopsônio é um mercado no qual há um único comprador.
Um oligopsônio é um mercado com poucos compradores.
Poder de monopsônio é a capacidade de um comprador afetar o preço do bem, fazendo com que este seja inferior ao preço que prevaleceria em um mercado competitivo.
54
Capítulo 7
55
Poder de Monopsônio
No caso de poucos compradores no mercado, estes são capazes de influenciar o preço que pagam (p.ex. na indústria automobilística).
O poder de monopsônio lhes possibilita pagar um preço inferior ao valor marginal do produto. 
55
Capítulo 7
56
Poder de Monopsônio
O grau do poder de monopsônio depende de três fatores.
Elasticidade da oferta de mercado
Quanto menos elástica for a oferta de mercado, maior será o poder de monopsônio.
56
Capítulo 7
57
Poder de Monopsônio
O grau do poder de monopsônio depende de três fatores.
Número de compradores
Quanto menor for o número de compradores, menos elástica será a oferta e maior será o poder de monopsônio.
57
Capítulo 7
58
Poder de Monopsônio
O grau do poder de monopsônio depende de três fatores.
Interação entre os compradores
Quanto menos intensa for a competição entre os compradores, maior será o poder de monopsônio.
58
Capítulo 7
59
Limitação do Poder de Monopólio/Mercado: 
A Legislação Antitruste
Legislação Antitruste:
Objetiva promover uma economia competitiva
Baseia-se em regras e regulações que:
Proíbem práticas que possam restringir a competição nos mercados
Limitam as estruturas de mercado consideradas aceitáveis
59
Capítulo 7
60
Limitação do Poder de Mercado: 
A Legislação Antitruste
Lei Sherman (1890)
Parágrafo 1
Proíbe contratos, combinações ou conspirações capazes de restringir o mercado
Acordos explícitos visando restringir a produção ou fixar preços
Conluio implícito através de “conduta paralela”
60
Capítulo 7
61
Resumo
O poder de mercado é a capacidade que vendedores ou compradores têm de influenciar o preço de uma mercadoria.
Há duas modalidades de poder de mercado: poder de monopólio e poder de monopsônio.
61
Capítulo 7
62
Resumo
O poder de monopólio é determinado, em parte, pelo número de empresas competindo no mercado.
O poder de monopsônio é determinado, em parte, pelo número de compradores que atuam no mercado.
62
Capítulo 7
63
Resumo
O poder de mercado pode impor custos à sociedade.
Há casos, porém, em que economias de escala tornam o monopólio puro desejável.
Dependemos da legislação antitruste para evitar que as empresas acumulem poder de mercado excessivo.
63
Capítulo 7
64
O problema do DuploMark Up
A presença de duas empresas monopolistas ao longo de uma cadeia produtiva gera a situação de duplo mark up: 
Cada uma delas tenderá a fixar preços acima de seus respectivos custos marginais. 
Monopolista upstream (a montante) e downstream (a jusante)!
Suponha duas situações distintas. 
Situação 1: uma empresa de transporte e de distribuição, verticalmente integrada e monopolista, apresenta uma curva de demanda D1 hipotética, com custo c =2
64
INTEGRAÇÃO VERTICAL E DUPLO MARK UP
Firma integrada em dois monopólios (transporte / distribuição)
Situação I
T/D
Custo c / Preço P 
M
E
R
C
A
D
O
65
Capítulo 7
66
O problema do Duplo Mark Up
A empresa produz Q* ao custo marginal c e receita marginal RMg. 
O lucro π* é igual ao produto do mark up unitário (preço menos custo marginal: p-c) de monopólio pela quantidade produzida Q*. 
Lembrar que : [P – CMg ] /P = mark up→ como percentual do preço
De forma simplificada: também é possível considerar mark up como uma margem percentual que incide sobre os custos :
 definida como o percentual k, sendo p = c (1+k). 
66
Capítulo 7
67
Monopólio
 
Recordando Exercício: 
 CMg= 9
P 
[P – CMg ] /P = mark up com relação ao preço = [12-9]/12 = 0,25
k = taxa de mark up que incide sobre custos
P = CMg (1+k)
12 = 9 (1+k) → k = 0,333
67
Capítulo 7
68
O problema do Duplo Mark Up
A maximização do lucro do monopolista conduz, no exemplo abaixo, a:
Como dado c =2
P = D1 (Q) = 10- Q				(1)
/ Q = (P Q – cQ) / Q =0 		(2)
RT (Q) = P Q= (10-Q)Q = 10Q – Q2
 10- 2Q -2 = 0 → Q = 4
substituindo P, pela expressão (1) e igualando a derivada de p (Q) a zero, temos:
Q*=4 , p* =6 e π* =16. O lucro da firma monopolista é dada pela área sombreada da figura 1a. 
A taxa de mark up k neste caso é igual a 200%. p = c (1+k).
68
Capítulo 7
69
O problema do Duplo Mark Up
Situação II: a empresa de transporte (firma 2) comercializa o produto para uma empresa de distribuição (firma 1) é também monopolista no seu mercado. 
A diferença com relação ao primeiro caso é que agora temos dois preços: 
p2 que é o preço cobrado pelo transportador e pago pelo distribuidor; e
 p1, o preço faturado pelo distribuidor ao consumidor final (PREÇO DO SERVIÇO PAGO PELO CONSUMIDOR FINAL).
 A firma transportadora não altera o seu mark up e, portanto:
o preço p2 é idêntico ao exemplo anterior já inclui o mark up do transportador, sendo igual a p2 = c. (1+k), ou seja, p2 =6.
69
INTEGRAÇÃO VERTICAL E DUPLO MARK UP
Duas Firmas em dois monopólios sequenciais (transporte / distribuição)
T
Custo =c 
 Preço=P2 
D
Custo= P2
Preço = P1
 
M
E
R
C
A
D
O
70
Capítulo 7
71
O problema do Duplo Mark Up
A curva de demanda para o consumidor final não é alterada. 
Por serem ambas monopolistas, elas praticam preços acima de seus custos marginais. 
Procedendo da mesma forma que no caso anterior para a maximização de lucros, os resultados encontrados são: 
A oferta Q*= Q1= Q2= 2 cai 50%, os preços praticados no mercado final (p1 = 8) crescem 33% e o somatório dos lucros das firmas monopolistas é 25 % inferior do que no caso da firma integrada.
71
Capítulo 7
72
O problema do Duplo Mark Up
A curva de demanda para o consumidor final não é alterada, sendo Q2=Q1 ou ainda = Q da situação I
RTd = p1.Q1 ou (10-Q1). Q1
RMgd = 10-2Q1
Qual o CMgd do Distribuidor?
RMgd = CMgd = p2, logo p2 = 10-2Q1
4. RTt = p2.Q2 , ou RTt = [10-2Q1] . Q1 e 
5. RMgt = 10- 4Q1 = Cmg = 2, (Admitindo Custos não se alteram na Situação I e II)
6. Logo Q1=Q2= 2, P2 = 6 e ...P1 = 10-Q1 = 8
72
Capítulo 7
73
O problema do Duplo Mark Up
A curva de demanda para o consumidor final não é alterada. 
Por serem ambas monopolistas, elas praticam preços acima de seus custos marginais. 
Procedendo da mesma forma que no caso anterior para a maximização de lucros, os resultados encontrados são: 
A oferta Q*= Q1= Q2= 2 cai 50%, os preços praticados no mercado final (p1 = 8) crescem 33% e o somatório dos lucros das firmas monopolistas é 25 % inferior do que no caso da firma integrada.
73
Capítulo 7
74
O problema do Duplo Mark Up
74
Capítulo 7
75
O problema do Duplo Mark Up:
 CONCLUSÕES
Neste caso, com as mesmas curvas de demanda D1 e de Receita Marginal , o distribuidor monopolista adiciona um mark up no processo de formação dos preços; 
a empresa transportadora segue igualmente adicionando o mark up referente à sua atividade. 
Tal situação caracteriza a presença de duplo mark up na cadeia produtiva e revela os fortes incentivos existentes para a verticalização das atividades.
Cabe às autoridades de defesa da concorrência, observar se tal situação gera potenciais problemas ao consumidor (ou não...)
75
Revisão e Tópicos para Discussão
Capítulo 7
77
Tópicos para Discussão
Mercados Perfeitamente Competitivos
Maximização de Lucros
Receita Marginal, Custo Marginal e Maximização de Lucros
Escolha do Nível de Produção a Curto Prazo
77
Capítulo 7
78
Tópicos para Discussão
Curva de Oferta a Curto Prazo da Empresa Competitiva
Oferta de Mercado a Curto Prazo
Escolha do Nível de Produção a Longo Prazo
A Curva de Oferta da Indústria a Longo Prazo
78
Capítulo 7
79
Mercados Perfeitamente Competitivos
Características dos Mercados Perfeitamente Competitivos
Agentes tomadores de preço
Produtos homogêneos
Livre entrada e saída no mercado
79
Capítulo 7
80
Mercados Perfeitamente Competitivos
Agentes tomadores de preço
Cada empresa, individualmente, vende uma pequena parte da produção total do mercado e, portanto, não tem influência no preço de mercado.
O consumidor, individualmente, compra uma porção muito pequena da produção industrial, não tendo qualquer impacto sobre o preço de mercado.
80
Capítulo 7
81
Mercados Perfeitamente Competitivos
Produtos homogêneos
Os produtos de todas as empresas são substitutos perfeitos.
Exemplos:
Produtos agrícolas, petróleo, cobre, ferro, madeira
81
Capítulo 7
82
Mercados Perfeitamente Competitivos
Livre entrada e saída no mercado
Os compradores podem, facilmente, mudar de fornecedor.
Os fornecedores podem, facilmente, entrar ou sair de um mercado.
82
Capítulo 7
83
Mercados Perfeitamente Competitivos
Questões para discussão
Que fatores poderiam funcionar como barreiras à entrada e à saída?
Todos os mercados são competitivos?
Quando um mercado é altamente competitivo?
83
Capítulo 7
84
Maximização de Lucros
As empresas maximizam lucros
Outros objetivos possíveis
Maximização da receita
Maximização de dividendos
Maximização de lucros a curto prazo
84
Capítulo 7
85
Maximização de Lucros
As empresas maximizam lucros
Implicações de objetivos que não sejam a maximização dos lucros
No longo prazo, os investidores deixariam de investir na empresa
Sem lucros, a sobrevivência seria improvável
85
Capítulo 7
86
Maximização de Lucros
As empresas maximizam lucros
As empresas maximizam lucros?
A hipótese de maximização de lucros a longo prazo é válida e não exclui a possibilidade de comportamento altruísta.
86
Capítulo 7
87
Receita Marginal, Custo Marginal,
e Maximização de Lucros
Determinação do nível de produção que maximiza os lucros 
Lucro ( π ) = Receita Total - Custo Total
Receita Total (R) = Pq
Custo Total (C) = Cq
Logo:
87
π(q) = R(q) – C(q)
Capítulo 7
88
Maximização de Lucros a Curto Prazo
88
0
Custo,
Receita,
Lucro
($s por ano)
Produção (unidades por ano)
R(q)
Receita Total
Inclinação de R(q) = RMg
Capítulo 7
89
Maximização de Lucros a Curto Prazo
89
Slide 89
0
Custo,
Receita,
Lucro
$ (por ano)
Produção (unidades por ano)
C(q)
Custo Total
Inclinação de C(q) = CMg
Por que o custo é positivo quando q é zero?
Capítulo 7
90
Receita Marginal, Custo Marginal,
e Maximização de Lucros
Receita Marginal é a receita adicional proveniente da produção de uma unidade a mais de produto.
Custo Marginal é o custo adicional associado à produção de uma unidade a mais de produto.
90
Capítulo 7
91
Receita Marginal, Custo Marginal,
e Maximização de Lucros
Comparando R(q) e C(q)
Nível de produção: 0- q0: 
C(q)> R(q)
Lucro negativoCF + CV > R(q)
RMg > CMg
Indica que o lucro deve aumentar com a expansão da produção
91
0
Custo,
Receita,
Lucro
($s por ano)
Produção (unidades por ano)
R(q)
C(q)
A
B
q0
q*
Capítulo 7
92
Receita Marginal, Custo Marginal,
e Maximização de Lucros
Comparando R(q) e C(q)
Pergunta: por que o lucro é negativo quando a produção é zero?
92
0
Custo,
Receita,
Lucro
($s por ano)
Produção (unidades por ano)
R(q)
C(q)
A
B
q0
q*
Capítulo 7
93
Receita Marginal, Custo Marginal,
e Maximização de Lucros
Comparando R(q) e C(q)
Nível de produção: q0- q*
R(q)> C(q)
RMg > CMg
Indica que o lucro deve aumentar com a expansão da produção
Lucro é crescente
93
0
Custo,
Receita,
Lucro
($s por ano)
Produção (unidades por ano)
R(q)
C(q)
A
B
q0
q*
Capítulo 7
94
Receita Marginal, Custo Marginal,
e Maximização de Lucros
Comparando R(q) e C(q)
Nível de produção: q*
R(q)- C(q)
RMg = CMg
Nível máximo de lucro
94
0
Custo,
Receita,
Lucro
($s por ano)
Produção (unidades por ano)
R(q)
C(q)
A
B
q0
q*
Capítulo 7
95
Receita Marginal, Custo Marginal,
e Maximização de Lucros
Pergunta: Por que o lucro diminui quando a produção se torna maior ou menor que q*? 
95
0
Custo,
Receita,
Lucro
($s por ano)
Produção (unidades por ano)
R(q)
C(q)
A
B
q0
q*
Capítulo 7
96
Receita Marginal, Custo Marginal,
e Maximização de Lucros
Comparando R(q) e C(q)
Nível de produção maior que q*: 
R(q)> C(q)
CMg > RMg
 Lucro é decrescente
96
0
Custo,
Receita,
Lucro
($s por ano)
Produção (unidades por ano)
R(q)
C(q)
A
B
q0
q*
Capítulo 7
97
Receita Marginal, Custo Marginal,
e Maximização de Lucros
Logo, podemos dizer que:
Os lucros são maximizados quando CMg = RMg.
97
0
Custo,
Receita,
Lucro
($s por ano)
Produção (unidades por ano)
R(q)
C(q)
A
B
q0
q*
Capítulo 7
98
Receita Marginal, Custo Marginal,
e Maximização de Lucros
98
π= R – C 
RMg = 
CMg = 
Capítulo 7
99
Receita Marginal, Custo Marginal,
e Maximização de Lucros
Os lucros são maximizados quando:
99
RMg – CMg = 0
RMg(q) = CMg(q)
ou
ou
Capítulo 7
100
Receita Marginal, Custo Marginal,
e Maximização de Lucros
A Empresa Competitiva
Tomadora de preço
Produção de mercado (Q) e produção da empresa (q)
Demanda de mercado (D) e demanda da empresa (d)
R(q) é uma linha reta
100
Capítulo 7
101
Demanda e Receita Marginal para Empresas Competitivas
101
Produção 
(bushels)
Preço
$ por 
bushel
Preço
$ por 
bushel
Produção 
(milhões 
de bushels)
d
$4
100
200
100
Empresa
Indústria
D
$4
Capítulo 7
102
Receita Marginal, Custo Marginal,
e Maximização de Lucros
A Empresa Competitiva
A demanda da empresa competitiva
O produtor individual vende todas as suas unidades de produto por $4, independente do seu nível de produção.
Se o produtor cobrar um preço mais elevado, suas vendas cairão para zero
102
Capítulo 7
103
Receita Marginal, Custo Marginal,
e Maximização de Lucros
A Empresa Competitiva
A demanda da empresa competitiva
Se o produtor cobrar um preço mais baixo, ele não conseguirá aumentar suas vendas
P = D = RMg = RMe
103
Capítulo 7
104
Receita Marginal, Custo Marginal,
e Maximização de Lucros
A Empresa Competitiva
Maximização de Lucros
CMg(q) = RMg = P
104
Empresa de Origem
 
Desenvo
lvimento até os dias atuais
 
Standard Oil of New Jersey
 (SONJ) 
-
 ou 
Esso
 
 
Foi renomeada Exxo
, hoje parte da 
ExxonMobil
 
Standard Oil of New York
 
-
 ou 
Socony
 
Se fundiu com a Vacuum, mai
s tarde 
renomeada Mobil, hoje parte da ExxonMobil
 
Standard Oil of California
 
-
 ou Socal 
 
Renomeada de Chevron, se tornou Chevron 
Texaco, hoje novamente
 chamada de Chevon
 
Standard Oil of Indiana
 
-
 ou 
Stanolind
 
Renomeada de
 
Amoco
 (American Oil Co.)
, 
hoje integra a
 
BP
 
Standard's 
Atlantic
 P
etroleum
 
Se fundiu com a empresa independente 
Richfield, formando a Atlantic Richfield 
(
Arco
), 
hoje parte da
 
BP
. Mais recentemente, 
as ativi
dades da Atlantic foram vendidas a 
Sunoco.
 
Standard Oil of Kentucky
 
-
 ou 
Kyso
 
Foi adquirida pel
a 
Standard Oil of California
, 
atualemente 
Chevron
 
Continental Oil Company
 
-
 ou 
Conoco
 
Hoje é parte da Conoco Phillips
 
Standard Oil of Ohio
 
-
 ou 
Sohio
 
Hoje é parte da BP
 
The Ohio Oil Company
 
Hoje corresponde a Marathon Oil Company
 
 
*
12
, e 
xxx
*
12
xxx
=+
(
a) Lucros de um produtor integrado
 
 
 (b) Lucros de vários monopoli
stas
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Carlton e Perloff (1998)
 
CMe
 
RMg
1
 
Quantidade
 
$
 
p
* = 16
 
p
* 
= 6
 
C
 
= 2
 
D
1
 
Q*
 
= 4
 
CMe
 
RMg
1
 = D
2
 
Quantidade
 
$
 
p
* 
= 6
 
C
 
= 2
 
D
1
 
Q* = 4
 
p
1
* = 4
 
p
2
* = 8
 
A = 8
 
Q
1
=Q
2
 = 2
 
RMg
2
 
)
(
q
p

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