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A psicologia analítica de Jung

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A psicologia analítica de Jung
As Atitudes: Introversão e Extroversão
Algumas vezes a introversão é mais apropriada, em outras ocasiões do que é a extroversão, as duas são mutuamente exclusivas; não se pode manter ambas as 
a introversão e a extroversão, ao mesmo tempo. Nenhuma das duas é melhor do que a outra. O ideal é ser flexível e capaz de adotar qualquer uma 
quando for apropriado.
Os interesses primários dos introvertidos concentram-se em seus próprios
pensamentos e sentimentos, em seu mundo interior. Eles tendem a ser profundamente introspectivos. Um perigo para tais pessoas é imergir de forma demasiada em seus mundos interiores, perdendo o contato com o ambiente externo
Os extrovertidos envolvem-se com o mundo externo das pessoas e coisas. Tendem a ser mais sociais e conscientes do que está acontecendo à sua volta
Eles necessitam proteger-se para não serem dominados pelas exterioridade
e alienarem-se de seus próprios processos internos. Riesman (1950) Discute esta tendência em sua descrição de indivíduos orientados para os outros
e que se apóiam quase que exclusivamente nas idéias alheias, ao invés 
desenvolverem suas próprias opiniões.
As Funções: Pensamento, Sentimento, Sensação, Intuição
O pensamento está relacionado com a verdade, com julgamentos derivados de critérios impessoais, lógicos e objetivos. A consistência e princípios abstratos são altamente valorizados. Os tipos reflexivos (aqueles indivíduos em quem o pensamento é função predominante) são os maiores planejadores; entretanto, tendem a agarrar-se a seus planos e teorias, ainda que sejam confrontados com nova e contraditória evidência. 
Sentir é tomar decisões de acordo com julgamentos de valores próprios, por 
exemplo, bom ou mau, certo ou errado, agradável ou desagradável (ao invés 
de julgar em termos de lógica ou eficiência, como no pensar). Tipos sentimen-
tais são orientados para o aspecto emocional da experiência. Eles preferem 
emoções fortes e intensas ainda que negativas, a experiências “mornas” .
Jung classifica a sensação e a intuição, juntas, como as formas de apreender informações.
A sensação refere-se a um enfoque na experiência direta, na percepção de detalhes, de fatos concretos—o que uma pessoa pode ver, tocar, cheirar. A experiência 
concreta, tangível, tem prioridade sobre a discussão ou a análise da experiência. Os tipos sensitivos tendem a responder à situação imediata, e lidam efetiva e eficientemente com todos os tipos de crises e emergências.
A intuição é uma forma de processar informações em termos de 
experiência passada, objetivos futuros e processos inconscientes. As implicações da experiência (o que poderia acontecer, o que é possível) são mais importantes para os intuitivos do que a experiência real por si mesma. Pessoas 
fortemente intuitivas dão significado às suas percepções com tamanha rapidez 
que via de regra não conseguem separar suas interpretações dos dados sensoriais brutos. Os intuitivos processam informação muito depressa e relacionam, de forma automática, a experiência passada e informações relevantes à experiência imediata.
Jung escreve: “A fim de nos orientarmos, temos que ter uma função que nos assegure de que algo está aqui (sensação); uma segunda função que estabeleça o que é (pensamento); uma terceira função que declare se isto nos é ou não apropriado, se queremos aceitá-lo ou não (sentimento); e uma quarta função que indique de onde isto veio e para onde vai (intuição)” (Jung, 1942, p. 167).
Entretanto, ninguém desenvolve igualmente bem todas as quatro funções. Cada pessoa tem uma função fortemente dominante, e uma função 
auxiliar parcialmente desenvolvida. As outras duas funções são em geral 
inconscientes e a eficácia de sua ação é bem menor. Quanto mais desenvolvidas e conscientes forem as funções dominante e auxiliar, mais profundamente inconscientes serão seus opostos.
Inconsciente coletivo
O inconsciente coletivo inclui materiais psíquicos que não provêm da 
experiência pessoal. Alguns psicólogos, como Skinner, assumem implicita-
mente que cada indivíduo nasce como uma lousa em branco, uma tábula
rasa \ em conseqüência, todo desenvolvimento psicológico vem da experiência 
pessoal. Jung postula que a mente da criança já possui uma estrutura que mol-
da e canaliza todo posterior desenvolvimento e interação com o ambiente.
O inconsciente coletivo . . . é constituído, numa proporção m ínima, por con-
teúdos formados de maneira pessoal; não são aquisições individuais, são essen-
cialmente os mesmos em qualquer lugar e não variam de homem para homem. 
Este inconsciente é como o ar, que é o mesmo em todo lugar, é respirado por todo 
o mundo e não pertence a ninguém. Seus conteúdos (chamados arquétipos) são 
condições ou modelos prévios da formação psíquica cm geral (Jung, 1973, p.408).
Arquétipo
Dentro do inconsciente coletivo há “estruturas” psíquicas ou arquétipos. Tais arquétipos são formas sem conteúdo próprio que servem para organizar ou canalizar o material psicológico. Jung também chama os arquétipos de imagens primordiais, porque eles correspondem freqüentemente a temas mitológicos que reaparecem em contos e lendas populares de épocas e culturas diferentes.
Os mesmos temas podem ser encontrados em sonhos e fantasias de muitos indivíduos. De acordo com Jung, os arquétipos, como elementos estruturais formadores que se firmam no inconsciente, dão origem tanto às fantasias individuais quanto às mitologias de um povo.
Uma a extensa variedade de símbolos pode ser associada a um dado arquétipo. Por exemplo, o arquétipo materno compreende não somente a mãe de cada indivíduo, mas também todas as figuras de mãe, figuras nutridoras. Isso inclui mulheres em geral, imagens míticas de mulheres (tais como Virgem Maria, mãe Natureza) e símbolos de apoio e nutrição, tais a Igreja e o Paraíso. O arquétipo materno inclui não somente aspectos positivos mas também negativos, como por exemplo a mãe ameaçadora, dominadora, entre outras.
Jung escreveu que “os conteúdos de um arquétipo podem ser integrados na consciência, mas eles próprios não têm esta capacidade. Portanto, os arquétipos não podem ser destruídos através da integração ou da recusa em admitir a entrada de seus conteúdos na consciência. Eles permanecem uma canalização das energias psíquicas durante a vida inteira e precisam ser profundamente trabalhados” (Jung, 1951, p. 20).
Cada uma das principais estruturas da personalidade são arquétipos, incluindo o ego, a persona, a sombra, a anima (nos homens), o animus (nas mulheres ) e o self. 
Símbolos
Aquilo a que nós chamamos de símbolo pode ser um termo, um nome ou até uma imagem que nos pode ser familiar na vida diária, embora possua conotações específicas além de seu significado convencional e óbvio. Implica algo vago, desconhecido para nós. . . . Assim, uma palavra ou uma imagem é simbólica quando implica alguma coisa além de seu significado manifesto e imediato. Esta palavra ou esta imagem tem um aspecto “inconsciente” mais amplo que não é nunca precisamente definido ou plenamente explicado (Jung, 1964, p. 20 na ed. bras.).
Imagens e termos simbólicos via de regra representam conceitos que nós não podemos definir com clareza ou compreender plenamente. Para Jung, um signo representa alguma outra coisa; um símbolo é alguma coisa em si mesma - uma coisa dinâmica, viva. O símbolo representa a situação psíquica do indivíduo, ele é essa situação num dado momento.
Sonhos
Os sonhos são pontes importantes entre processos conscientes e inconscientes. Comparado à nossa vida onírica, o pensamento consciente contém menos emoções intensas e imagens simbólicas. 
Para Jung, os sonhos desempenham, na psique, um importante papel complementar (ou compensatório). Ajudam a equilibrar as influências dispersadoras e imensamente variadas a que estamos expostos em nossa vida consciente; tais influências tendem a moldar nosso pensamento de diversas maneiras que são com freqüência inadequadas à nossa personalidade e individualidade. “ A função geral dos sonhos é tentar estabelecer a nossabalança psicológica pela produção de um material onírico que reconstitui, de maneira útil, o equilíbrio psíquico total” (Jung, 1964, p. 49 na ed. bras.).
Pelo fato do sonho lidar com símbolos que têm mais de um significado, não pode haver um sistema simples ou mecânico para sua interpretação. Qualquer tentativa de análise de um sonho precisa levar em conta as atitudes, a experiência e a formação (background) do sonhador. É uma aventura comum vivida entre o analista e o analisando. O caráter das interpretações do analista é apenas experimental, até que elas sejam aceitas e sentidas como válidas pelo analisando.
sando. Mais importante do que a compreensão cognitiva dos sonhos é o ato de experienciar o material onírico e levá-lo a sério. Um analista junguiano salientou a importância de “tratar nossos sonhos como amigos” e encará-los não como eventos isolados, mas como comunicações dos contínuos processos inconscientes. “É necessário que o inconsciente torne conhecida sua própria direção, e nós devemos dar-lhe direito de voto idêntico ao do ego, se é que cada lado deva adaptar-se ao outro. À medida que o ego ouve e o inconsciente é encorajado a participar do diálogo, a posição do inconsciente é transformada daquela de um adversário para a de um amigo, com pontos de vista de algum modo diferentes mas complementares” (Singer, 1972, p. 283). 
Ego
O ego é o centro da consciência e um dos maiores arquétipos da personalidade. Ele fornece um sentido de consistência e direção em nossas vidas conscientes. Ele tende a contrapor-se a qualquer coisa que possa ameaçar esta frágil consistência da consciência e tenta convencer-nos de que sempre devemos planejar e analisar conscientemente nossa experiência.
De acordo com Jung, a princípio a psique é apenas o inconsciente. O ego emerge dele e reúne numerosas experiências e memórias, desenvolvendo a divisão entre o inconsciente e o consciente. Não há elementos inconscientes no ego, só conteúdos conscientes derivados da experiência pessoal.
Persona
Nossa persona é a forma pela qual nos apresentamos ao mundo. É o caráter que assumimos; através dela nós nos relacionamos com os outros. A persona inclui nossos papéis sociais, o tipo de roupa que escolhemos para usar o estilo de expressão pessoal. 
A persona tem aspectos tanto positivos quanto negativos. Uma persona dominante pode abafar o indivíduo e aqueles que se identificam com sua persona tendem a se ver apenas nos termos superficiais de seus papéis sociais e de sua fachada.
Entretanto, a persona não é totalmente negativa. Ela serve para proteger o ego e a psique das diversas forças e atitudes sociais que nos invadem.
Entre os símbolos encontrados que representam a persona estão objetos que usamos para nos cobrir (roupas), símbolos de um papel ocupacional (instrumentos, pasta de documentos) e símbolos de status (carro, casa, diploma); todos esses símbolos foram encontrados em sonhos como representações da persona.
Sombra
A sombra é o centro do inconsciente pessoal, núcleo do material que foi reprimido da consciência. A sombra inclui aquelas tendências, desejos, memórias e experiências que são rejeitadas pelo indivíduo por não serem compatíveis com a persona e por serem contrários aos padrões e ideias sociais.
Quanto mais forte for essa persona, e quanto mais nos identificarmos com ela, mais repudiaremos outras partes de nós mesmos.
A sombra representa aquilo que achamos inferior na nossa personalidade e também aquilo que negligenciamos e nunca desenvolvemos em nós mesmos. Em sonhos, a sombra frequentemente aparece como um animal, um anão, um vagabundo ou qualquer outra figura de categoria mais baixa; é via de regra uma figura escura, hostil ou repelente, porque seus conteúdos foram violentamente retirados da consciência e aparecem como antagônica á perspectiva consulente, se o material da sombra for trazido a consciência ele perde muito de sua natureza amedrontadora e escura. 
Quanto mais material da sombra se tornar inconsciente, menos o indivíduo pode dominá-lo, entretanto a sombra é uma parte integral da nossa natureza e nunca pode ser completamente eliminada.
Cada porção reprimida da sombra representa uma parte de nós mesmos, nós nos limitamos na mesma proporção que mantemos esse material inconsciente. 
Além disso, a sombra também é um depósito de considerável energia instintiva, espontaneidade e vitalidade e é a principal fonte de nossa criatividade.
Assim como todos os arquétipos, a sombra origina-se no inconsciente coletivo e pode permitir acesso individual a grande parte do valioso material inconsciente que é rejeitado pelo ego e pela persona.
No momento em que achamos que compreendemos a sombra ela aparece de outra forma. Lidar com a sombra é um processo que dura a vida inteira e consiste em olhar para dentro e refletir honestamente sobre o que vemos lá.
Anima (para o homem) ou Animus (para a mulher)
É uma estrutura inconsciente que representa a parte sexual oposta de cada indivíduo. Esta estrutura psíquica básica funciona como ponto de convergência para todo material psíquico que não se adapta a autoimagem consciente do indivíduo como homem ou mulher.. Portanto, a medida que uma mulher define-se a si mesma em termos femininos, seu animus vai incluir aquelas tendências e experiências dissociadas que ela definiu como masculinas.
Todo homem carrega dentro de si a eterna imagem da mulher, nâo a imagem desta ou daquela mulher em particular, mas uma imagem feminina definitiva. Esta imagem é . . . uma marca ou “arquétipo” de todas as experiências ancestrais do feminino, um depósito, por assim dizer, de todas as impressões já dadas pela mulher. . .. Uma vez que esta imagem é inconsciente, ela é sempre inconscientemente projetada na pessoa amada e é uma das principais razões para atrações ou aversões apaixonadas (Jung, 1931b, p. 198).
De acordo com Jung, o pai de sexo oposto ao da criança é uma importante influência no desenvolvimento da anima ou animus, e todas as relações com o sexo oposto, incluindo os pais, são intensamente afetadas pela projeção das fantasias da anima ou animus. Este arquétipo é um dos mais influentes reguladores do comportamento. Ele aparece em sonhos e fantasias como figuras do sexo oposto, e funciona como um mediador fundamental entre processos inconscientes e conscientes. Ele é orientado basicamente para os processos internos, da mesma forma como a persona é orientada para processos externos. É a fonte de projeções, a fonte da formação de imagens e a porta da criatividade na psique.
Self
Jung chamou o self de arquétipo central, arquétipo da ordem e totalidade da personalidade. Segundo Jung, “consciente e inconsciente não estão necessariamente em oposição um ao outro, mas complementam-se mutuamente para formar uma totalidade: o self(Jung, 1928b, p. 53 na ed. bras.).
O self é com freqüência figurado em sonhos ou imagens de forma impessoal—como um círculo, mandala, cristal ou pedra-ou pessoal—como um casal real, uma criança divina, ou na forma de outro símbolo de divindade. Todos estes são símbolos da totalidade, unificação, reconciliação de polaridades, ou equilíbrio dinâmico—os objetivos do processo de individuação.
Dinâmica: Crescimento psicológico
Segundo Jung, todo indivíduo possui uma tendência para a individuação ou autodesenvolvimento. 
Individuação é um processo de desenvolvimento da totalidade e, portanto. de movimento em direção a uma maior liberdade. Isto inclui o desenvolvimento do eixo ego-self, além da integração de várias partes da psique: ego, persona, sombra, anima ou animus e outros arquétipos inconscientes. Quando tornam-se individuados, esses arquétipos expressam-se de maneiras mais sutis e complexas.
Quanto mais conscientes nos tornamos de nós mesmos através do autoconhecimento, atuando, conseqüentemente, tanto mais se reduzirá a camada do inconsciente pessoal que recobre o inconsciente coletivo. Desta forma, vai emergindo uma consciência livre do mundo mesquinho, suscetível e pessoal do eu, aberta para a livre participação de um mundo mais amplo de interessesobjetivos. Essa consciência ampliada não é mais aquele novelo egoísta dc desejos, temores, esperanças e ambições de caráter pessoal, que sempre deve ser compensado ou corrigido por contratendências inconscientes; tornar-se-á uma função de relação com o mundo de objetos, colocando o indivíduo numa comunhão incondicional, obrigatória e indissolúvel com o mundo (Jung, 1928b, pp. 53 -5 4 na ed. bras.). 
Do ponto de vista do ego, crescimento e desenvolvimento consistem na integração de material novo na consciência, o que inclui a aquisição de conhecimento a respeito do mundo e da própria pessoa. O crescimento, para o ego, consiste essencialmente a expansão do conhecimento consciente. Entretanto, individuação é o desenvolvimento do self e, do seu ponto de vista, o objetivo é a união da consciência com o inconsciente.
O primeiro passo no processo de individuação é o desnudamento da persona. Embora esta tenha funções protetoras importantes, ela é também uma máscara que esconde o self e o inconsciente.
Ao analisarmos a persona, dissolvemos a máscara e descobrimos que, aparentando ser individual, ela é no fundo coletiva; em outras palavras, a persona não passa de uma máscara da psique coletiva. No fundo, nada tem dc real; ela representa um compromisso entre o indivíduo e a sociedade acerca daquilo que alguém parece ser: nome, título, ocupação, isto ou aquilo. De certo modo, tais dados são reais; mas, em relação à individualidade essencial da pessoa, representam algo de secundário, uma vez que resultam dc um compromisso no qual outros podem ter uma quota maior do que a do indivíduo em questão (Jung, 1928b, p. 32 na ed. bras.). 
O próximo passo é o confronto com a sombra. Na medida em que nós aceitamos a realidade da sombra e dela nos distinguimos podemos ficar livres de sua influência. Além disso, nós nos tornamos capazes de assimilar o valioso material do inconsciente pessoal que é organizado ao redor da sombra.
O terceiro passo é o confronto com a anima ou animus. Este arquétipo deve ser encarado como uma pessoa real, uma entidade com quem se pode comunicar e de quem se pode aprender. Jung faria perguntas à sua anima sobre a interpretação de símbolos oníricos, tal como um analisando a consultar um analista. O indivíduo também se conscientiza de que a anima (ou o animus) tem uma autonomia considerável e de que há probabilidade dela influenciar ou até dominar aqueles que a ignoram ou os que aceitam cegamente suas imagens e projeções como se fossem deles mesmos.
O estágio final do processo de individuação é o desenvolvimento do self. “O si mesmo é nossa meta de vida pois é a mais completa expressão daquela combinação do destino a que nós damos o nome de indivíduo” (Jung, 1928b, p. 14 na ed. bras.). O self toma-se o novo ponto central da psique. Traz unidade à psique e integra o material consciente e o inconsciente. O ego é ainda o centro da consciência mas não é mais visto como o núcleo de toda a personalidade.
É necessário ter em mente que, embora seja possível descrever a individuação em termos de estágios, o processo de individuação é bem mais complexo do que a simples progressão aqui delineada. Todos os passos mencionados sobrepõem-se, e as pessoas voltam continuamente a problemas e temas antigos (espera-se que de uma perspectiva diferente). A individuação poderia ser apresentada como uma espiral na qual os indivíduos permanecem se confrontando com as mesmas questões básicas, de forma cada vez mais refinada.
Obstáculos do crescimento
A dificuldade deste processo é peculiar porque constitui um empreendimento totalmente individual, levado a cabo face à rejeição ou, na melhor das hipóteses, indiferença dos outros. Jung escreve que “a natureza não se preocupa com nada que diga respeito a um nível mais elevado de consciência; muito pelo contrário. Logo, a sociedade não valoriza em demasia essas proezas da psique; seus prêmios são sempre dados a realizações e não à personalidade, esta última sendo, na maioria das vezes, recompensada postumamente” (Jung, l°13a, p. 394).
…….
Primeiramente, há o perigo da identificação com a persona. Aqueles que
ie identificam com a persona podem tentar tomar-se “perfeitos” demais, incapazes de aceitar seus erros ou fraquezas
A sombra pode ser também um importante obstáculo para a individuação, ela facilmente podem interiorizar impulsos prejudiciais, Ignorar a sua própria sombra pode resultar também numa atitude moralista e na projeção da sombra em outros.
O confronto com a anima ou o animus traz, em si, todo o problema no inconsciente e com a psique coletiva. A anima pode acarretar súbitas mudanças emocionais ou instabilidade de humor num homem, já na mulher opiniões irracionais, mantidas de forma rígida.
Quando o indivíduo é exposto ao material coletivo, há o perigo de ser engolido pelo inconsciente.
Quando o indivíduo lida com a anima e o animus, uma tremenda energia é libertada. Esta energia pode ser usada para construir o ego ao invés de desenvolver o self.
O ego identifica-se com o arquétipo do homem sábio ou mulher sábia, aquele que sabe tudo.
Jung delineou dois estágios principais do processo terapêutico, cada qual com duas partes. Em primeiro lugar vem o estágio analítico. Consiste inicialmente em confissão, na qual o indivíduo começa a retomar o material inconsciente, depois vem a elucidação do material confessional, passagem em que se desenvolve maior familiaridade e compreensão dos processos psíquicos. 
O segundo estágio da terapia é o sintético. Em primeiro lugar vem a educação na qual Jung sublinhou a necessidade de deslocar-se do insight para novas experiências reais que resultem no crescimento individual e na formulação de novos hábitos. A parte final é a transformação. O relacionamento analista-analisando é integrado e a dependência é reduzida, este estágio é de auto-educação, no qual o indivíduo assume cada vez maior responsabilidade por seu próprio desenvolvimento.
A Análise de Símbolos
Jung foi atraído para a Mitologia, Folclore e Alquimia porque nela ele encontrou vários contextos que esclareciam complexas produções simbólicas com ele se deparou em análise. 
A TEORIA EM PRIMEIRA MÃO - Associação de Palavras
Jung introduziu-se na psicologia profunda em virtude de seus experimentos com a associação de palavras. Ele desenvolveu grande perícia na inter relação das associações e habilidades intuitivas.
Análise de Sonhos
Para Jung o que ocorre em nossos sonhos é fruto da manifestação de nosso inconsciente, em um caso um pequeno parafuso significou que o paciente tinha certeza de que a origem de suas dificuldades estava em sua incapacidade de encontrar a maneira certa de ser bem sucedido com as mulheres, a prática descrita por Jung é de olhar para o contexto do sonho em si mesmo, ao invés de voltar atrás no tempo, para tentar encontrar a suposta “causa”.
O inconsciente apresenta um ponto de vista que amplia, completa ou compensa a atitude consciente. Através dos sonhos, ele prevê os elementos ausentes que o ego não percebe, exercendo, assim, sua função de lutar pela totalidade. Para descobrir o que está ausente sob o ponto de vista consciente, é útil amplificar as associações para elementos específicos do próprio sonho Isto significa ampliar as associações, trazendo até elas materialmente, O sonho diz maneira de resolver o problema.
Simbolismo Onírico
Este exercício é para evocar um pouco do poder provocativo e emocional dos símbolos, símbolos que transportam mensagens do mundo do inconsciente, estes despertam emoções.
Imaginação Ativa 
É possível engajar o inconsciente num diálogo com o ego através da imaginação, assim como pelos sonhos. Imaginação ativa refere-se a qualquer esforço consciente em produzir material relacionado de forma direta a processos inconscientes, a relaxar o controle habitual do ego sem permitir que o inconsciente domine completamente, A imaginação ativa não é uma técnica ou método único para lidar com o inconsciente, mas difere de indivíduo para Indivíduo. Algumas pessoas podem usar o desenho ou a pintura mais proveitosamente,outros preferem explorar a imagem consciente, ou a fantasia ou outra forma de expressão.
Desenho
 tem o foco de ver como mudanças importantes na sua vida psicológica estão relacionadas com seus desenhos. Conforme você desenha, você provavelmente descobrirá que determinadas formas estão associadas com certas emoções e pessoas, e seus desenhos tomar-se-ão um meio mais claro de auto-expressão.
Outra forma de abordar o desenho é sentar-se com papel e lápis de cor e fazer ao seu inconsciente uma pergunta. Deixe, então, sua imaginação encontrar uma imagem, ponha-a no papel. Não pense na resposta. 
Imaginação Consciente
Comece com uma imagem de sonho ou qualquer imagem que seja particularmente poderosa para você. Contemple-a e observe como ela começa a mudar deixar a correr espontaneamente.
1) Jung propõe que o indivíduo possui Tipos Psicológicos e analisou os padrões da personalidade e comportamento que compõem a singularidade do indivíduo. Neste sentido, como o grupo define os tipos psicológicos e suas respectivas características (0,5).
 Esta se dá através das atitudes: Introversão e Extroversão, e funções: pensar, sentir, intuir e perceber. Nesta junção temos oito caracteres psicológicos, neste temos: pensador extrovertido 
2) Significa termos latinos escritos com a inicial maiúscula que indicam, em geral, a imagem da alma de uma individualidade, respectivamente masculina e feminina (Obras Completas C. G. Jung, Vol.VII, §328). Qual conceito Junguiano refere-se essa citação, cite-os? (0,5)
 
3) Descreva a diferença de Inconsciente para Freud e Inconsciente para Jung? (0,5)
 
4) Descreva a diferença entre os Complexos para Freud e Jung. (0,5)

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