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2 - Legislação Sindical

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10
GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
SECRETARIA DE ESTADO DA CIÊNCIA TECNOLOGIA INOVAÇÃO E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL CEET- CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TÉCNICA “TALMO LUIZ SILVA”
LEGISLAÇÃO APLICADA
Curso Técnico em Segurança do Trabalho Professora: Waldirlene Telles Coutinho Baldan.
LEGISLAÇÃO SINDICAL
Constituição Federal de 1988 (art. 8º incisos I ao VIII). Na CLT está presente nos arts. 511 a 625.
Decreto-lei nº 1.402, de 05 de julho de 1939 (regula a associação em sindicato).
LIBERDADE SINDICAL
Liberdade sindical consiste no direito dos trabalhadores e empregadores de se organizarem e constituírem livremente seus sindicatos, sem qualquer interferência do Estado. Também se inclui aqui, ou seja, como liberdade sindical, o direito de ingressar ou de se retirar dos sindicatos.
AUTONOMIA SINDICAL
Esta é a possibilidade de atuação do grupo organizado em sindicato e não de forma individual por seus membros.
Pelo direito brasileiro a autonomia sindical é restrita por categoria.
ORGANIZAÇÃO SINDICAL
Os sindicatos são entidades privadas e não exercentes de funções delegadas pelo poder público.
A CLT não define o que vem a ser sindicato, apenas esclarece que: “é lícita a associação para fins de estudo, defesa e coordenação dos seus interesses econômicos ou profissionais de todos os que, como empregadores, empregados, agentes ou trabalhadores autônomos ou profissionais liberais exerçam, respectivamente, a mesma atividade ou profissão ou atividades ou profissões similares ou conexas” (art. 511).
Art. 511. É lícita a associação para fins de estudo, defesa e coordenação dos seus interesses econômicos ou profissionais de todos os que, como empregadores, empregados, agentes ou trabalhadores autônomos ou profissionais liberais exerçam, respectivamente, a mesma atividade ou profissão ou atividades ou profissões similares ou conexas.  (Redação restabelecida pelo Decreto-lei nº 8.987-A, de 1946).
§ 1º A solidariedade de interesses econômicos dos que empreendem atividades idênticas, similares ou conexas, constitue o vínculo social básico que se denomina categoria econômica. (Redação restabelecida pelo Decreto-lei nº 8.987-A, de 1946).
§ 2º A similitude de condições de vida oriunda da profissão ou trabalho em comum, em situação de emprego na mesma atividade econômica ou em atividades econômicas similares ou conexas, compõe a expressão social elementar compreendida como categoria profissional. (Redação restabelecida pelo Decreto-lei nº 8.987-A, de 1946).
§ 3º Categoria profissional diferenciada é a que se forma dos empregados que exerçam profissões ou funções diferenciadas por força de estatuto profissional especial ou em consequência de condições de vida singulares.  (Redação restabelecida pelo Decreto-lei nº 8.987-A, de 1946)   (Vide Lei nº 12.998, de 2014).
§ 4º Os limites de identidade, similaridade ou conexidade fixam as dimensões dentro das quais a categoria econômica ou profissional é homogênea e a associação é natural.  (Redação restabelecida pelo Decreto-lei nº 8.987-A, de 1946).
Segundo Sérgio Pinto Martins, sindicato é, assim, a associação de pessoas físicas ou jurídicas que têm atividades econômicas ou profissionais, visando à defesa dos interesses coletivos e individuais de seus membros ou da categoria. 
Esclarece Octávio Bueno Magano (1993, v.3:97) que não se trata de agrupamento, mas de associação, pois o primeiro está inserido no âmbito de categoria sociológica e não jurídica.
Os sindicatos estão previstos no art. 8º da Consolidação Federal:
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:
I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical;
II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município;
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas;
IV - a assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei;
V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato;
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho;
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais;
VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.
Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à organização de sindicatos rurais e de colônias de pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer.
Como se vê, a organização sindical deve dar-se por categorias, sendo estas a econômica (empregador) e a profissional (empregados).
Outros traços importantes do artigo supra são a liberdade sindical, a unidade sindical, a competência dos sindicatos (inc. III), a cobrança de contribuição confederativa, a liberdade de filiação a sindicato, a obrigatoriedade dos sindicatos na participação nas negociações coletivas e a estabilidade no emprego do dirigente sindical.
A criação de sindicatos é livre, cabendo apenas ao Ministério do Trabalho a competência para registro, somente para verificar se há mais de um sindicato por categoria na mesma base territorial, uma vez a unicidade prevista na Constituição Federal.
Assim, a organização sindical brasileira foi regulada num sistema piramidal, em que, no ápice, ficam as confederações, no meio as federações e na base os sindicatos.
06
Distinção
Distancia-se o sindicato das ordens profissionais, como a dos advogados ou dos músicos, que têm por objetivo a fiscalização da profissão e são pessoas jurídicas de direito público, na modalidade de autarquias. O sindicato não disciplina a classe, defende-a. No sindicato a filiação é facultativa, no órgão de fiscalização profissional é obrigatória, para o fim do exercício da profissão.
Difere o sindicato da associação. Esta representa os associados. Já o sindicato representa os associados e também a categoria.
Distinguem-se, ainda, os sindicatos das cooperativas, pois estas visam à prestação de serviços a seus associados, de distribuição da produção, por exemplo. O sindicato tem por objetivo a defesa dos interesses coletivos e individuais da categoria, judicialmente ou extrajudicialmente.
UNICIDADE SINDICAL
É o reconhecimento legal, de apenas um Sindicato na qualidade de representante de uma categoria, profissional ou econômica, em determinada base territorial. A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 8º, inciso II, dispõe "É vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município". 
A unicidade sindical garante ao Sindicato o direito de negociar para toda a categoria e não só para os associados.
CRIAÇÃO E REGISTRO DE SINDICATOS
Qual o órgão competente para o registro? Para uns seria o cartório de registro de títulos e documentos, em que o sindicato registraria seus estatutos e automaticamente teria existência jurídica, personalidade jurídica. Para outros, essa não seria a solução, pois a lei de registros públicos (Lei 6.015/73) não prevê esse registro, nem tem o cartório condições de verificar a unicidade sindical. Assim, o sindicato continuaria a ser registrado no Ministério do Trabalho, apenas para fins cadastrais e para que este possa verificar se há mais de um sindicato na mesma base territorial,o que é impossível de ser feito pelo cartório de registro de títulos e documentos.
A Solicitação de Registro Sindical é regida pela Portaria MTE nº. 186/08 e é realizada por meio de formulário eletrônico.
Além do registro no MTE, o Sindicato também precisar ser registrado no Cartório de Títulos e Documentos, para fins de inscrição no CNPJ.
ELEIÇÕES
A eleição para cargos de diretoria e conselho fiscal será realizada por escrutínio secreto, durante seis horas contínuas, pelo menos, na sede do sindicato, nas delegacias e seções e nos principais locais de trabalho.
Para o exercício do direito de voto é mister: (a) ter o associado mais de seis meses de inscrição no quadro social e mais de dois anos de exercício da atividade ou da profissão; (b) ser maior de 18 anos; (c) estar no gozo dos direitos sindicais. O voto é obrigatório nas eleições sindicais. O aposentado filiado tem direito de votar e ser votado nas eleições sindicais (art. 8º, VII, da Constituição). Assim, se o aposentado não está filiado, não terá direito de votar e ser votado. Se filiado, o aposentado pode ocupar cargos de administração sindical, derrogando, portanto, o § 2º do art. 540 da CLT, que dispunha em sentido contrário.
  Art. 540. A tôda emprêsa, ou indivíduo que exerçam respectivamente atividade ou profissão, desde que satisfaçam as exigências desta lei, assiste o direito de ser admitido no sindicato da respectiva categoria.
§ 1º - Perderá os direitos de associado o sindicalizado que, por qualquer motivo, deixar o exercício de atividade ou de profissão.
§ 2º - Os associados de Sindicatos de empregados, de agentes ou trabalhadores autônomos e de profissões liberais que forem aposentados, estiverem em desemprego ou falta de trabalho ou tiverem sido convocados para prestação de serviço militar não perderão os respectivos direitos sindicais e ficarão isentos de qualquer contribuição, não podendo, entretanto, exercer cargo de administração sindical ou de representação econômica ou profissional.
ENTIDADES SINDICAIS DE GRAU SUPERIOR.
As entidades sindicais de grau superior são as federações e as confederações (art. 533 da CLT).
Federações e Confederações
São entidades sindicais de grau superior, conforme reza o art. 533 da CLT:
Art. 533 - Constituem associações sindicais de grau superior as federações e confederações organizadas nos termos desta Lei.
As Federações são organizadas nos Estados da União, bastando para sua constituição cinco sindicatos, no mínimo, de categorias idênticas, similares ou conexas (art. 534 da CLT).
 Art. 534 - É facultado aos Sindicatos, quando em número não inferior a 5 (cinco), desde que representem a maioria absoluta de um grupo de atividades ou profissões idênticas, similares ou conexas, organizarem-se em federação.   (Redação dada pela Lei nº 3.265, de 22.9.1957)
§ 1º - Se já existir federação no grupo de atividades ou profissões em que deva ser constituída a nova entidade, a criação desta não poderá reduzir a menos de 5 (cinco) o número de Sindicatos que àquela devam continuar filiados.  (Incluído pela Lei nº 3.265, de 22.9.1957)
§ 2º - As federações serão constituídas por Estados, podendo o Ministro do Trabalho, Industria e Comercio autorizar a constituição de Federações interestaduais ou nacionais.  (Parágrafo 1º renumerado pela Lei nº 3.265, de 22.9.1957)
§ 3º - É permitido a qualquer federação, para o fim de lhes coordenar os interesses, agrupar os Sindicatos de determinado município ou região a ela filiados; mas a união não terá direito de representação das atividades ou profissões agrupadas.    (Parágrafo 2º renumerado pela Lei nº 3.265, de 22.9.1957)
Para a organização de uma confederação que terá sede na Capital da República são necessárias, no mínimo, três federações (art. 535 da CLT).
Art. 535 - As Confederações organizar-se-ão com o mínimo de 3 (três) federações e terão sede na Capital da República.
§ 1º - As confederações formadas por federações de Sindicatos de empregadores denominar-se-ão: Confederação Nacional da Indústria, Confederação Nacional do Comércio, Confederação Nacional de Transportes Marítimos, Fluviais e Aéreos, Confederação Nacional de Transportes Terrestres, Confederação Nacional de Comunicações e Publicidade, Confederação Nacional das Empresas de Crédito e Confederação Nacional de Educação e Cultura.
§ 2º - As confederações formadas por federações de Sindicatos de empregados terão a denominação de: Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria, Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio, Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Marítimos, Fluviais e Aéreos, Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Terrestres, Confederação Nacional dos Trabalhadores em Comunicações e Publicidade, Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito e Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Educação e Cultura.
§ 3º - Denominar-se-á Confederação Nacional das Profissões Liberais a reunião das respectivas federações.
§ 4º - As associações sindicais de grau superior da Agricultura e Pecuária serão organizadas na conformidade do que dispuser a lei que regular a sindicalização dessas atividades ou profissões.
Quanto às centrais sindicais (CUT, CGT, Força Sindical etc.), são entidades sem previsão legal de existência, podendo atuar de fato, mas sem poder para representação jurídica de seus membros.
Diferença entre Sindicato, Federação, Confederação e Central Sindical.
· Sindicato
Sindicato é uma associação que reúne pessoas da mesma categoria trabalhista. Os sindicatos tem como objetivo principal a defesa dos interesses econômicos, profissionais, sociais e políticos dos seus associados. Eles são também dedicados aos estudos da área que atuam e também realizam atividades voltadas para o aperfeiçoamento profissional dos seus associados.
Sindicatos são responsáveis também pela organização de greves e manifestações voltadas para a defesa dos interesses da sua categoria trabalhista.
· Federação Sindical
Federações sindicais são associações que reúnem ao menos cinco sindicatos representativos ou de atividades ou profissões idênticas, similares ou conexas. Cada ramo de sindicato pode formar uma federação sindical.
Federação sindical é a representação em segundo grau do trabalhador. 
· Confederação Sindical
Confederações sindicais são organizações sindicais que reúnem no mínimo três federações sindicais de uma mesma categoria econômica ou profissional.
· Central Sindical
Centrais sindicais reúnem sindicatos de diversas categorias. 
As centrais sindicais possuem estrutura independente dos sindicatos que a formam, e é mais forte que um sindicato individual. Elas lutam pelos interesses de várias categorias, participando ativamente da política do país.
DIREITOS DOS ASSOCIADOS
Os associados têm direito de votar nas deliberações da assembleia geral, assim como de ser votados, de exercer controle sobre a gestão do sindicato, inclusive financeira. Farão jus também ao recebimento da prestação dos serviços que o sindicato oferecer, como de assistência social, jurídica, médica, dentária, de colônia de férias.
FUNÇÕES DO SINDICATO
Os sindicatos têm as funções de representação negocial, econômica, assistencial e financeira. A função de representação está prevista no art. 513, a, da CLT:
Art. 513. São prerrogativas dos sindicatos:  (Redação restabelecida pelo Decreto-lei nº 8.987-A, de 1946).
a) representar, perante as autoridades administrativas e judiciárias os interesses gerais da respectiva categoria ou profissão liberal ou interesses individuais dos associados relativos á atividade ou profissão exercida; (Redação restabelecida pelo Decreto-lei nº 8.987-A, de 1946).
b) celebrar contratos coletivos de trabalho; (Redação restabelecida pelo Decreto-lei nº 8.987-A, de 1946).
c) eleger ou designar os representantes da respectiva categoria ou profissão liberal;   (Redação restabelecida pelo Decreto-lei nº 8.987-A, de 1946).
d) colaborar com o Estado, como orgãos técnicos e consultivos, na estudo e solução dos problemasque se relacionam com a respectiva categoria ou profissão liberal; (Redação restabelecida pelo Decreto-lei nº 8.987-A, de 1946).
e) impor contribuições a todos aqueles que participam das categorias econômicas ou profissionais ou das profissões liberais representadas.   (Redação restabelecida pelo Decreto-lei nº 8.987-A, de 1946).
Parágrafo Único. Os sindicatos de empregados terão, outrossim, a prerrogativa de fundar e manter agências de colocação. (Redação restabelecida pelo Decreto-lei nº 8.987-A, de 1946).
Como visto supra, a função de representação está prevista na Constituição Federal (art. 8º, inc. III).
A função negocial é exercida pelos sindicatos quando estes atuam nas convenções de acordos coletivos de trabalho (art. 513, b, da CLT e art. 8º, inc. VI, da CF).
CF - Art.8º, inc.VI
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho;
A função econômica não é permitida pela legislação brasileira, conforme os termos dos art. 564 da CLT, o qual continua em vigor, não obstante alguns autores entenderem estar, tal norma consolidada revogada pela Constituição Federal, o que não é nosso entendimento.
Art. 564 - Às entidades sindicais, sendo-lhes peculiar e essencial a atribuição representativa e coordenadora das correspondentes categorias ou profissões, é vedado, direta ou indiretamente, o exercício de atividade econômica.
A função política também é vedada pela legislação brasileira (art. 521, d, da CLT). Aqui, da mesma forma que na função negocial, não há qualquer inconstitucionalidade da norma consolidada.
Art. 521 - São condições para o funcionamento do Sindicato:
a) proibição de qualquer propaganda de doutrinas incompatíveis com as instituições e os interesses da Nação, bem como de candidaturas a cargos eletivos estranhos ao sindicato.  (Redação dada pelo Decreto-lei nº 9.502, de 23.7.1946).
b) proibição de exercício de cargo eletivo cumulativamente com o de emprego remunerado pelo sindicato ou por entidade sindical de grau superior;
c) gratuidade do exercício dos cargos eletivos.
d) proibição de quaisquer atividades não compreendidas nas finalidades mencionadas no art. 511, inclusive as de caráter político-partidário;  (Incluída pelo Decreto-lei nº 9.502, de 23.7.1946).
e) proibição de cessão gratuita ou remunerada da respectiva sede a entidade de índole político-partidária. (Incluída pelo Decreto-lei nº 9.502, de 23.7.1946.
Parágrafo único. Quando, para o exercício de mandato, tiver o associado de sindicato de empregados, de trabalhadores autônomos ou de profissionais liberais de se afastar do seu trabalho, poderá ser-lhe arbitrada pela assembléia geral uma gratificação nunca excedente da importância de sua remuneração na profissão respectiva.
Qualquer dirigente sindical pode se filiar a um partido, porém a entidade sindical não deve ter preferência partidária. Uma coisa é a preferência individual de cada dirigente, outra coisa é o sindicato que tem uma base de servidores bastante plural.
Quanto à função assistencial, a previsão legal está contida no art. 514, d, da CLT:
Art. 514. São deveres dos sindicatos: (Redação restabelecida pelo Decreto-lei nº 8.987-A, de 1946).
a) colaborar com os poderes públicos no desenvolvimento da solidariedade social; (Redação restabelecida pelo Decreto-lei nº 8.987-A, de 1946).
b) manter serviços de assistência judiciária para os associados; (Redação restabelecida pelo Decreto-lei nº 8.987-A, de 1946).
c) promover a conciliação nos dissídios de trabalho. (Redação restabelecida pelo Decreto-lei nº 8.987-A, de 1946).
d) sempre que possível, e de acordo com as suas possibilidades, manter no seu quadro de pessoal, em convênio com entidades assistenciais ou por conta própria, um assistente social com as atribuições específicas de promover a cooperação operacional na empresa e a integração profissional na Classe. (Incluída pela Lei nº 6.200, de 16.4.1975).
Parágrafo único. Os sindicatos de empregados terão, outrossim, o dever de:  (Redação restabelecida pelo Decreto-lei nº 8.987-A, de 1946).
a) promover a fundação de cooperativas de consumo e de crédito;  (Redação restabelecida pelo Decreto-lei nº 8.987-A, de 1946).
b) fundar e manter escolas do alfabetização e prevocacionais. (Redação restabelecida pelo Decreto-lei nº 8.987-A, de 1946).
Atribuições do Sindicato: São atribuições exclusivas dos sindicatos: 
Representar os interesses da categoria perante autoridades administrativas (prefeituras, governadores, secretários de estado e municipais, delegados regionais do trabalho etc) e judiciários (presidentes dos tribunais e juízes em geral).
Celebrar convenções coletivas de trabalho;
Eleger ou designar os representantes da categoria respectiva ou profissão liberal;
Colaborar com o estado, como órgãos técnicos e consultivos, para a solução de problemas relacionados com a categoria profissional que representa;
Recolher e administrar as contribuições de todos aqueles que participam da categoria profissional representada;
Fundar e manter agências de colocação recolocação profissional (sindicatos profissionais).
RECEITAS DOS SINDICATOS 
Basicamente, os sindicatos auferem através da contribuição sindical, da contribuição confederativa, da contribuição assistencial e das mensalidades dos sócios.
· Contribuição Confederativa – Tem como objetivo o custeio do sistema confederativo (sindicatos, federações e confederações), podendo ser fixada em assembleia geral.
· Contribuição Assistencial – Instituída por meio de acordo ou convenção coletiva, tem como base legal o artigo 513, alínea “e” da CLT. Por ser estabelecida em instrumentos coletivos de trabalho, possui diferentes nomenclaturas, como taxa negocial, contribuição retributiva, mensalidade sindical etc.
A contribuição sindical está prevista no art. 8º, inciso IV, da Constituição Federal:
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:
IV - a assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei;
Antigamente, era a referida contribuição denominada imposto sindical, nomenclatura que vigeu até 1996. Trata-se de tributo, tal como definido nas leis fiscais.
Sendo tributo, torna-se obrigatório seu pagamento. Este dá-se por meio do desconto, por parte do empregador, na folha de pagamento de seus empregados relativa ao mês de março de cada ano, correspondente a um dia de trabalho destes.
A contribuição confederativa também está prevista no inc. IV do art. 8º da Constituição Federal. Trata-se de uma obrigação facultativa, não havendo nenhum dispositivo legal que determine sua cobrança, inexistindo qualquer sanção prevista para o seu inadimplemento.
Já a contribuição assistencial tem seu fundamento legal no art. 513, “e”, da CLT:
Art. 513. São prerrogativas dos sindicatos:
Impor contribuições a todos aqueles que participam das categorias econômicas ou profissionais ou das profissões liberais representadas.
É também denominada taxa assistencial, taxa de reversão ou contribuição de solidariedade. É comum sua instituição nas sentenças normativas, acordos e convenções coletivas, tendo por finalidade custear as atividades essenciais dos sindicatos, uma vez a participação destes em negociações coletivas. Trata-se, também, de contribuição facultativa, devendo os trabalhadores que não concordem com o desconto em folha de pagamento comunicar ao empregador sua vontade, nos dez dias anteriores ao recebimento do primeiro salário reajustado.
Quanto às mensalidades dos sócios, essas são devidas apenas pelos trabalhadores associados ao sindicato. Com tal pagamento, esses trabalhadores poderão usufruir de atendimento jurídico, médico, dentário, colônia de férias etc.
CONVENÇÕES E ACORDOS COLETIVOS DE TRABALHO
A convenção coletiva vem prevista no art. 611 da CLT:
Art. 611 - Convenção Coletiva de Trabalho é o acordo de caráter normativo, pelo qual dois ou mais Sindicatos representativosde categorias econômicas e profissionais estipulam condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às relações individuais de trabalho. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
Os acordos coletivos vêm previstos no § 1º do mesmo artigo:
§ 1º É facultado aos Sindicatos representativos de categorias profissionais celebrar Acordos Coletivos com uma ou mais empresas da correspondente categoria econômica, que estipulem condições de trabalho, aplicáveis no âmbito da empresa ou das acordantes respectivas relações de trabalho. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
Portanto, através das convenções e dos acordos coletivos são estipuladas condições de trabalho que serão aplicadas aos contratos individuais de trabalho, como se vê pela leitura da lei supra; a diferença entre ambos os institutos reside em que no acordo coletivo figura uma ou mais empresas e o sindicato profissional, enquanto na convenção coletiva figuram os dois sindicatos (categoria econômica e profissional).
REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição da República Federativa. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/...constituição/constituição.htm>. Acesso em: 03 fev. 2020.
BRASIL. DEL 5452. Dispõe sobre a Consolidação das Leis do Trabalho. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil/decreto...del5452.html>. Acesso em: 03 fev. 2020.
MARTINS, Sergio Pinto. Direito do Trabalho. 26. ed. São Paulo: Atlas, 2010. SINDICATOS. Disponível em:
<http://www.guiadedireitos.org/index.php?option=com_content&view=article&id=376%3Asindicato s&catid=21%3Adireitos-do-trabalhador&Itemid=46>. Acesso em: 03 fev. 2020.
SILVA, D. A. Criação e registro de sindicatos. Disponível em:
<http://www.webartigos.com/artigos/criacao-e-registro-de-entidades- sindicais/26331/#ixzz41T4nQaM9>. Acesso em: 03 fev. 2020.
ZAINAGHI, Domingos Sávio. Curso de legislação Social: direito do trabalho. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2006.
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