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PROVA DE FORMAÇÃO DO CAPITALISMO CONTEMPORANEO
ALCINDO GOMES DE MORAES NETO
1. Discorra sobre as características e sobre a natureza da crise que se abate sobre a Grã-Bretanha na passagem do século XIX para o XX, relacionando esta crise às transformações do modo de produção capitalista em curso neste período.
Marcado pelo encerramento de um período de 100 anos, no qual a economia britânica apresentava altas taxas de crescimentos, a década de 1970 é pontuada pelo oposto, ou seja, o início de um novo momento, onde as expectativas positivas de crescimento e seus indicadores passam a apresentar desaceleração. 
Segundo Saes e Saes, o período chamado de a Grande Depressão é relativizado, pois se verifica que não houve um declínio tão acentuado do crescimento econômico principalmente nos países centrais do capitalismo, em especial Alemanha e EUA, pois nestes dois estava acontecendo um crescimento. 
Esse período é subdividido em dois momentos, uma fase de grande depressão e outra chamada de belle époque, os autores afirmam que tal distinção é fundamental para o entendimento mudanças pelas quais o capitalismo passou, que são: Segunda Revolução Industrial, industrializações retardatárias, concentração do capital, movimentos sociais, nacionalismo e imperialismo.
Inicialmente, para caracterizar esse momento, iremos pontuar sobre a ocorrência de um período deflacionário, que afetou em especial os bens industriais, matérias prima e alimentos. Por conseguinte, acompanhada de outras mudanças, tais como: redução do ritmo de crescimento econômico, declínio da taxa de juros, aumento dos salários reais e redução dos lucros. Na grã Bretanha, isso tudo impactou de forma latente sobre a taxa de juros, pesando na diminuição da participação setorial da renda industrial, assim como refletir sobre a redução da renda nacional.
Amplamente se relaciona a grande depressão a uma crise no mercado financeiro e nesse momento ocorre a falência de muitos bancos em Viena e em Nova Iorque. Ademais, muitos países passam a decretar moratória, exceto aqueles que se beneficiavam com as exportações.
Como dito anteriormente, há um contraste entre os anos da Grande Depressão e os de retomada da expansão no final do século XIX. Logo, para se pontuar as transformações do capitalismo, temos de observar com nitidez o processo de reversão do movimento dos preços. Esse processo inflacionário, segundo Saes e Saes pode estar relacionado a algumas mudanças econômicas mais profundas e de certa forma interpretada como reações factíveis quanto à Grande Depressão.
A principal delas foi a adoção progressiva de medidas protecionistas em vários países, pois a Grande Depressão influenciou a adoção de barreiras alfandegárias em um período em que a queda do nível de preços era tida como consequência da crescente competição entre vários países que avançavam no processo de industrialização. Contudo, há mudanças mais profundas no ambiente econômico do capitalismo, que é a expansão exponencial da concentração dos ramos produtivos em grandes unidades de produção que beneficiou a adoção de práticas monopolistas.
 
2. Exponha suas reflexões acerca do debate sobre o desenvolvimento nas perspectivas de Walt. Rostow e Alexander Gerschenkron e relacione estas ideias aos casos concretos e particulares dos processos de industrialização na Alemanha, nos Estados Unidos e no Japão. 
 A obra de Rostow defendia a hipótese de que todas as nações passariam, ao seu tempo, por um processo de desenvolvimento que as levaria ao estágio das nações mais desenvolvidas. Por isso a ideia de pontuar como etapas, sendo modeladas pelo modelo da Grã Bretanha e que possivelmente se reproduz para todas as demais nações do mundo. Rostow definia cinco etapas do desenvolvimento: 1) Sociedade Tradicional; 2) As precondições para a decolagem (“take-off”); 3) A decolagem; 4) A marcha para a maturidade; 5) A era do consumo em massa.
Gerschenkron admitia que cada processo de industrialização teria características únicas, podiam ser razões de ordem natural, cultural, política etc. Mas nessa diversidade dos processos retardatários de industrialização haviam simetrias que possibilitava generalizações. Aquilo que poderia definir quais eram tais generalizações era o grau relativo de atraso destas economias em relação à industrialização pioneira, no momento em que iniciam seu processo de industrialização. Diante da diferença existente entre o grau de atraso dos países europeus (França, Alemanha, Rússia, Itália, Áustria-Hungria, Espanha, Suécia etc.), haveria a possibilidade de estabelecer certas semelhanças que se ressaltavam no confronto do desenvolvimento industrial desses países, controlado pelo grau de atraso que assumiam.
No que diz respeito a Alemanha, o que Richard Tilly propõe é bem próximo ao que Rostow fez, em dividir em períodos, onde o primeiro se localiza entre o final do século XVIII à década de 1830, marcada por uma era de afirmação das precondições para o crescimento industrial, sem seguida, uma terceira fase, segundo Rostow seria a de decolagem, do final dos anos 1830 até a década de 1870, período de aceleração do crescimento e de avanço da industrialização, já o terceiro período, abrange a década de 1870 à Primeira Guerra Mundial, se identifica mais com as etapas 4 e 5 de Rostow, que é a fase de crescimento industrial ininterrupto com a ampliação dos padrões tecnológicos e organizacionais atualizados em diversos setores da economia Alemã.
Quanto ao caso do processo de industrialização americano, ele se distancia dos demais em diversos pontos e como pontuava Gerschenkron, as características naturais, culturais, econômicas e sociais peculiares, eram agentes importantes para que os países ingressassem atrasados no processo de industrialização, além de dispor, em maior ou menor medida, da tecnologia desenvolvida nas nações pioneiras. Esse processo se iniciou com o domínio violento sobre os indígenas, assim os colonos tiveram possibilidade de uma contínua ampliação das fronteiras e ocupação do vasto território.
Logo, nos Estados Unidos, em um primeiro momento temos a colonização, seguido por um processo de exploração da terra aliado a exploração de mão de obra escrava no sul do país. Em seguida, a mão de obra de imigrantes passa a ocupar espaço na agricultura e paralelamente aos núcleos de pequenos produtores agrícolas emergiram diversificadas atividades artesanais que fortaleciam os circuitos mercantis da economia. No final do século XVIII, a indústria nascente passa a ser preocupação em questões como as políticas protecionistas e incentivos. em meados do século XIX os Estados Unidos passavam por
mudanças determinantes para a constituição de sua indústria. A expansão ferroviária financiava a organização de outros setores; indústria do ferro, da madeira e de
máquinas. A indústria de bens de produção, crescia também estimulada pela demanda do setor têxtil. Por fim, já nas últimas décadas do século XIX a concentração de empresas e a formação de trustes caracterizavam o mercado.
Inicialmente feudal, o Japão, no sentido das relações sociais os camponeses ocupavam uma posição semelhante à do servo europeu e compunham aproximadamente 75% da população em meados do século XIX. Em meados do século XVII, foi determinado o fechamento dos portos ao comércio exterior, exceto aos Holandeses e chineses. No final do século XVIII, a sociedade japonesa passava por problemas internos que enfraqueceram o governo Tokugawa, desenrolando o início à chamada Era Meiji em 1868. Alguns eventos permitiriam a evolução da sociedade japonesa, podemos citar a abolição do feudalismo, reforma tributária, estímulo a empreendimentos privados e um ponto particularmente diferente dos demais é de o governo assumir empresas, mas a partir de 1880, o Estado começou a se afastar do setor produtivo, vendendo suas empresas a grupos privados. Revela-se assim, a particularidade do desenvolvimento japonês, assim como a teoria proposta por Gerschenkron.
3. Aponte elementos que contribuíram para definir a posição da Grã-Bretanha na economia mundialno contexto da segunda revolução industrial, relacionando esta questão ao funcionamento do padrão-ouro nesse período. 
Até 1850 Grã Bretanha concentrava a maior parte da produção mundial da indústria pesada, bem como da industrial têxtil, mesmo que os Estados Unidos já tivessem ocupado significativo espaço. Nessa conjuntura, os países de industrialização mais avançada dependiam da Grã Bretanha para o fornecimento de máquinas e equipamentos de instalações fabris, os menos desenvolvidos dependiam dela para vender os seus bens primários, bem como da dependiam que a Grã Bretanha vendesse seus produtos manufaturados a eles. Os elementos que contribuíram para consolidar tal posição era o seu poder de influência em organizar e administrar o sistema monetário mundial até 1850.
Após 1850 a Grã Bretanha passa a lidar com uma ampliação da concorrência, tendo suas exportações absorvidas por países da América Latina e Índia, já que países europeus e Estados Unidos passam a ser concorrentes em setores como têxtil e ferroviário, mas ainda como líder do processo industrial tinha interesse que o sistema monetário internacional tivesse em equilibro, não sofresse abalos provocados pela especulação que era possível dentro do contexto do bi metalismo. 
A adoção do padrão ouro pela Alemanha e Grã Bretanha, em especial, influenciou outros países a fazerem o mesmo, pois isso facilita as trocas comerciais, vale pontuar, aquilo que fundamenta o padrão ouro é a garantia do banco central de conversibilidade do papel moeda em circulação por ouro. Nesse padrão ouro, a emissão de moeda deveria aumentar ou diminuir conforme o aumento ou a redução das reservas de ouro, e isso trazia a vantagem das taxas de câmbio eram fixas, trazendo um ambiente de previsibilidade. 
4. Compare as perspectivas de John Atkinson Hobson, Rosa Luxemburgo e Vladimir I. Lênin no que se refere ao conceito de imperialismo e suas implicações sobre o modo de produção capitalista, trazendo, para isso, os exemplos do neocolonialismo na África e na Ásia e da Primeira Guerra Mundial. 
Segundo Hobson a constituição de colônias tinha o objetivo principal de encontrar os mercados necessários à absorção do excedente de capital, ampliando o restrito campo de investimento da metrópole. No entanto, Hobson lembrava que a “chave econômica do Imperialismo” era a concentração de renda vigente na metrópole, concentração essa indesejável por si própria, mas que estava na raiz da tendência expansionista. 
De forma diferente, para Rosa Luxemburgo a expansão do capitalismo dependia do acesso a mercados externos pré-capitalistas, ou seja, o objetivo não se restringia a encontrar novos mercados como dito por Hobson, iria além disso, se tornava essencial que as áreas coloniais fossem atrasadas, fundadas em relações pré-capitalistas, para que assim pudessem atender a necessidade das economias capitalistas, mas anteriormente Rosa Luxemburgo acrescenta, era preciso que elas próprias se transformassem em economias capitalistas. Nesse sentido, Lênin afirma que o imperialismo é a fase monopolista do capitalismo cujo objetivo, de acordo com Lênin, é perpetuar o caráter monopolista da economia: na atividade produtiva, com base na concentração da produção, na constituição do capital financeiro e na partilha dos mercados mundiais entre monopólios capitalistas. 
Embora Rosa Luxemburgo e Lênin situem a gênese do Imperialismo no âmbito da economia, suas apreciações são diferentes: Luxemburgo apreende que o capitalismo, em qualquer tempo, em seu processo de expansão é impossibilitado de criar os mercados de consumo para a crescente produção, por esse motivo a necessidade de mercados externos). Diferentemente, para Lênin, o Imperialismo diz respeito a um período do capitalismo em que a área de investimento se mostra cada vez mais limitada e o capital acumulado busca no mercado exterior lucros superiores. Nesse sentido, os dois diferem de Hobson, pois inferem que a reforma social seria incapaz de eliminar o Imperialismo, ou seja, a tendência expansionista das economias capitalistas em direção a regiões menos desenvolvidas.
5. Discuta o envolvimento dos Estados Unidos na Primeira Guerra Mundial, apontando o papel dos Estados Unidos no processo de reconstrução europeia, tanto no que se refere ao comércio internacional, quanto no que se refere às finanças nacionais.
Os Estados Unidos passaram a fornecer apoio aos Aliados em fins de 1917, é nesse momento que se inicia o envolvimento dos Estados Unidos no reforço militar, armamentista e financeiro, pois assim os exércitos ingleses e franceses puderam ter vantagem, determinando, rapidamente, a derrota das Potências Centrais.
A economia norte americana vai exercer um importante papel no processo de reconstrução europeia, se beneficiando com a destruição ocorrida nos quatros anos de primeira guerra mundial, pois como já dito além de fornecer suprimentos, participou ativamente do financiamento dos gastos dos aliados e na reconstrução de suas econômicas. Ou seja, a recuperação europeia, dos aliados e derrotados, dependeu dos recursos nortes americanos, justamente por ser um único país capaz de injetar na Europa empréstimos e investimentos.
6. Discorra sobre a fase de crescimento econômico, industrial e urbano dos Estados Unidos nos anos 1920, relacionando-o ao contexto da segunda revolução industrial e, com isso, à tentativa de recomposição do padrão-ouro após o fim da Primeira Guerra Mundial.
Nos anos 1920 se tem o crescimento da indústria automobilística, da indústria petrolífera, indústria dos bens de consumo, impacto massivo na evolução das comunicações radio, cinema induzindo a padrões estéticos e de consumo. Ademais, tem-se um crescimento verticalizado das cidades, com imensos arranhas céus e intensa urbanização.
Essa fase de reconstrução europeia, após primeira guerra, que gera um surto de expansão, depois um surto inflacionário e em seguida uma recessão, após esse ciclo os EUA engrenam como motor da economia mundial e enquanto motor acabam promovendo a possibilidade de estabilidade do sistema de trocas mundial. Nesse sentido, a economia norte americana caminhava para um processo de industrialização rápida baseada na segunda revolução industrial e necessitava que houvesse um reajuste, uma estabilidade mínima do sistema de troca mundial, e então, retorna a tentativa de recomposição do padrão ouro que se colocava como uma das tarefas prioritárias. 
Contudo, importante pontuar, o padrão ouro de 1920 era consideravelmente diferente daquele anterior, antes da primeira guerra mundial, pois nesse período era a Grã Bretanha que fazia a conversibilidade e coordenava todo o sistema monetário, a sua diferença após 1920 era admissível que moedas estrangeiras que fossem conversíveis em ouro pudessem ser adotadas como reserva para outras moedas, em um regime chamado de câmbio-ouro. 
7. Discuta o problema da discrepância entre a base produtiva e a esfera financeira da economia no contexto do processo especulativo que culminou com o crash da bolsa de valores de Nova Iorque em 1929. 
A crise de 1929 em linhas gerais foi o aumento acelerado dos preços das ações descolado do crescimento da economia real, e esse crescimento formou uma bolha, ou seja, as ações estavam super valorizadas, os ativos financeiros estavam muito valorizados em relação ao seu lastro real na economia. No momento que houve a percepção que os preços estavam incompatíveis com os fundamentos das empresas, isso induziu alguns investidores a venderem suas ações, e quando isso generalizou, ocorreu uma corrida geral para se livrar adas ações, provocando um rápido declínio dos preços e quem detinha dessas ações ao invés de ter uma promessa de renda futura, passou a ter um papel que vale nada. Logo, todos que tinham patrimônio nesses ativos, corretoras, banqueiros e empresas, todos quebram devido ao efeito cascata, e o setor produtivo confiava no setor financeiro, por sua vez, se um quebra todo o restante também.
8. Exponha o porquê dos eventos no mundo financeiro em 1929 terem sido objeto decontrovérsia entre as correntes monetarista e keynesiana ao longo de todo o século XX, tomando como exemplo para isso as teorias que buscaram explicar a natureza da crise de 1929, bem como indicar meios para a sua superação.
Segundo a corrente keynesiana, essa crise especulativa poderia ser evitada se tivesse o mínimo de planejamento anterior, sem que houvesse essa anarquia de mercado que estava colocada. Keynes busca tentar salvar o capitalismo por meio de limites, de regulamentação, ou seja, de propostas factíveis e reais, pois o problema do investimento produtivo e crescimento econômico estaria em dar continuidade. Para isso, a solução é ter gasto público, onde o estado teria o poder de direcionar esforços e dispêndios aos setores certos, através também da regulação da iniciativa privada.
Friedman, do lado dos monetaristas, vai colocar a culpa da depressão, mais precisamente dos efeitos da crise de 29 a uma série de decisões equivocadas tomadas pelas autoridades americanas, como a intensa flutuações das taxas de juros, pois segundo ele foi resultado da ação errada na hora errada, a termos de política monetária, ademais o teórico objetivava orientar decisões econômicas provando sua teoria.
9. Caracterize a política do new deal durante a década de 1930 nos Estados Unidos, demonstrando como, e sobre quais fundamentos teóricos, esta política almejou o objetivo de reverter o quadro recessivo da economia norte-americana nesta época. 
O New Deal a princípio se tratou de medidas anti especulativas a fim de garantir a função social do sistema bancário que durou de 1933 a 1935, no qual, partindo de uma matriz keynesiana, seu ponto de partida era regular a economia, proteger as instituições capitalistas de si mesma. Em uma primeira fase, garantir a função social do sistema bancário, logo, surge a Lei Glass-Steagall, aprovada em junho de 1933 e que durou até a década de 1980, essa lei estabeleceu uma rígida regulamentação sobre os bancos. Ademais, tendo em vista a elevada inadimplência em dividas imobiliárias, o governo criou a Corporação de Empréstimo aos Proprietários de Casas, no objetivo de garantir que credores nem devedores quebrassem, e sobretudo estabeleceu critérios mais rígidos para a emissão de ações, limites a alavancagem e seguros para depósitos de poupança, na tentativa de o sistema bancário ter garantias com os seus correntistas e na eventualidade de quebrar haver alternativas de não penalizar os cofres públicos. 
Não se limitando ao sistema bancário e financeiro, o New Deal, atuou nos setores da agricultura com subsídios para a redução das áreas cultivadas, mineração e energético, dado sua população e um mercado interno robusto, já estabelecido anteriormente minimamente auto suficiente. Além de uma forte politica industrial, mas pouco duradoura, onde o Estado deveria intervir no mercado industrial a fim de garantir o interesse público. O combate ao desemprego também foi fundamental, com estimulo a atividades com utilização intensiva de mão de obra, frentes de trabalho nas mais diversas áreas, no qual o foco era a construção de uma infraestrutura sólida. 
A partir de 1935 temos a segunda etapa do New Deal, no qual seu primeiro objetivo era continuar aquele projeto anterior em áreas como habitação, saneamento, transporte publico e eletrificação, ou seja, fomentar a urbanização e além disso, criar um mecanismo de assistência social, seja na criação de uma agencia para reabsorver empregados ou nas transferências de indigentes e não empregáveis para lista de assistência social, denotando seu caráter democrata. Aliado a isso, foi criado um programa de seguridade social, incluindo formas iniciais de seguro desemprego e de aposentadoria, que eram tão mal vistas por governos Republicanos. Outra medida impopular entre Republicanos, foi a implementação da lei nacional das relações trabalhistas que atuava como estimulo a sindicalização, bem como a lei do trabalho justo, que determinava o salário mínimo. 
10. Exponha os elementos gerais do surgimento do nazifascismo diante dos contextos nacionais econômicos, políticos e sociais na Alemanha, na Itália e no Japão, indicando como isso determinou a eclosão da Segunda Guerra Mundial.
O que tinha em comum na Itália e na Alemanha? A priori países agrários, com industrializações tardias e profundamente impactado pelos efeitos da primeira guerra mundial e o Nazifascismo se apresenta como uma reação ao domínio liberal na política econômica e nas ideias sociais, evidentemente também se levanta contra diversas correntes revolucionarias, como os socialistas, anarquistas e comunistas, em um período de plena efervescência de ideias radicais, e esse movimento se coloca como um movimento de repressão a essas ideias que se espalhavam pela Europa. 
O Nazifascismo, em seu centro se tem o ideal de nação, de construção subjetiva da coletividade nacional, na idealização e romanização fetichista, na ideia de nação como irmandade, um único mecanismo. Sobretudo na Alemanha esse ideal estava indissociavelmente ligado a ideia de raça, pois povo e raça eram coisas que coincidiam, e falando de superioridade e gloria da nação, também se falava de raça com roupagem cientificista que irão sustentar essa caraterística. Por um lado modernizante, pois o desenvolvimento urbano, industrial e econômico fazia parte dessa ideologia gloriosa da nação, mas por outro lado conservador, devendo sempre haver ordem, planificação social e valores. 
Alemanha e Itália vinham sofrendo desde a primeira guerra e a crise de 1929, com a população passando fome por conta da estrutura agraria concentrada, a economia quebrada, um processo hiper inflacionário, alto nível de desemprego, e isso abre espaço para que esses ideais de passado glorioso e um sentimento de povo vitimizado. Nesse sentido, um processo de industrialização e modernização é colocado em prática nesses países, visando melhorias na infraestrutura e econômicas. 
Diferentemente dos demais, no Japão não se teve um líder que exerceu uma trajetória de poder politico e por fim um golpe de estado, pois nesse país havia a figura do Imperador onde se concentrava um ideal de unidade nacional, a semelhança com os demais é quanto a estrutura agrária, problemas econômicos e um processo de industrialização retardatário. No Japão também havia a romantização do passado glorioso, identidade entre povo e nação, a ideia de superioridade racial e o poder centralizado na imagem de um líder que visa resgatar a ordem e busca imprimir um processo de modernização.
A ideia que alimentou foi basicamente racista, no qual deveriam anexar territórios dos quais haviam uma história com povos germânicos, e foi esse o ponto de partida para a trajetória beligerante alemã. Portanto, foram os ideais de supremacia racial, unidade nacional, estado forte e reconquista, que alimentaram o apelo para a eclosão de uma guerra.

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