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Intoxicações Exógenas Prof. Dr. Marcos Marton Professor Curso de Medicina FOB – USP Bauru Introdução Condição comum no departamento de emergência Dados americanos – 2 milhões de casos/ano Gravidade depende Tipo de contato Duração Dose Letalidade da substância Introdução Além da intoxicação são situações comuns Abstinência Adição Além da intoxicação intencional Acidental Drogas de abuso Envenenamento Interações medicamentosas Avaliação inicial ABCDE Via aérea e ventilação Rebaixamento do nível de consciência Bradipneia Hipersecretividade Circulação Hipotensão Hipertensão Avaliação inicial Nível de consciência Maioria cursa com rebaixamento do nível de consciência Agitação psicomotora Exposição Marcas de injeção Queimaduras de vibrissas Pó nas narinas Síndromes tóxicas Síndrome simpaticomimética Síndrome anticolinérgica Síndrome colinérgica Síndrome sedativo-hipnótica Síndrome opióide Síndrome serotoninérgica Síndrome simpaticomimética Anfetaminas, cocaína, cafeína, descongestionantes nasais Hipertensão Taquicardia Taquipneia Hipertermia Midríase Diaforese 7 Síndrome anticolinérgica Atropina, escopolamina Bloqueio do tônus colinérgico – ativação do simpático Hipertermia Midríase Rubor cutâneo Mucosas secas, ausência de diaforese Síndrome colinérgica Organofosforados (agrotóxicos inseticidas) e carbamatos (“chumbinho”) Receptores muscarínicos Diaforese Miose Broncorréia, lacrimejamento e salivação Êmese e diarréia Síndrome sedativo-hipnótica Etanol, barbitúricos, benzodiazepínicos Perda de tônus muscular e reflexos Inclusive de via aérea Síndrome opióide Semelhante à síndrome sedativo-hipnótica Miose Resposta ao naloxone Síndrome serotoninérgica Inibidores seletivos da receptação de serotonina (ISRS) Fluoxetina, sertralina Inibidores da monoaminaoxidase (IMAO) Alteração de estado mental Hipertermia Agitação e diaforese Hiper-reflexia Medidas gerais de descontaminação Depende da forma de exposição Descontaminação cutânea Despir o paciente e dar destino adequado às roupas Lavar com água abundante Lavagem gástrica Admissão até 1-2h depois da ingesta Pacientes alertas e colaborativos Risco de broncoaspiração Medidas gerais de descontaminação Lavagem gástrica Substâncias não corrosivas Capacidade de proteger via aérea Carvão ativado Lavagem intestinal Medidas de eliminação da toxina Alcalinização urinária Salicilatos, fenobarbital, tricíclicos pH sérico de até 7,5 Métodos dialíticos Substâncias nocivas de eliminação lenta Emulsão venosa de lípides Antídotos Drogas de Abuso Cocaína e crack Alcalóide extraído de folhas de coca Via nasal, oral, injetável e fumo Ação simpatomimética indireta Bloqueio da receptação de catecolaminas Manifestação clínica Agitação Midríase não fotorreagente Sudorese Taquicardia Hipertensão Cocaína e crack Manifestação clínica Arritmias Emergências hipertensivas Manejo Suporte Expansão volêmica Benzodiazepínico – diazepam 5 a 10 mg B-bloqueadores - CONTRAINDICADOS Cocaína e crack Body-packers Lavagem intestinal Carvão ativado Cirurgia para retirada – se sintomas Síndrome coronariana Manejo usual de SCA Maconha e canabióides Mistura de flores e folhas de Cannabis sp. Via fumo ou oral Droga perturbadora do SNC Manifestações Hiperemia conjuntival Boca seca Aumento do apetite Fala pastosa Exacerbação de asma Exacerbação de quadro psicóticos Maconha e canabióides Manejo Controle de sintomas Se agitação – benzodiazepínicos Sintomas psicóticos – antipsicóticos Manejo da asma se necessário SCA – manejo usual Etanol Droga mais comum no mundo Potencialização de receptores GABA (efeito inibitório) Inibe gliconeogênse Hipoglicemia Manifestações clínicas Diminuição de reflexos, visão borrada, verborragia, excitação Ataxia, confusão, hipoglicemia Incordenação motora, torpor, convulsões Coma, falência respiratória, óbito Etanol Manejo Avaliação de vias aéreas Expansão volêmica Correção de hipoglicemia Se convulsão – diazepam 5 a 10 mg EV Profilaxia de encefalopatia de Wernicke – tiamina EV Fármacos Antidepressivos tricíclicos Principais drogas – amitriptilina, imipramina, nortriptilina, bupropiona Limiar terapêutico/tóxico Quadro clínico (variável a depender da quantidade) Depressão miocárdica, prolongamento do QRS Midríase Taquiarritmias graves Hipotensão Sedação, coma Antidepressivos tricíclicos Manejo Suporte ECG IOT – pacientes rebaixados, droga produz vômitos Lavagem gástrica – apenas intoxicações graves Carvão ativado – ingesta em 1 ou 2h Bicarbonato de sódio (pH 7,45 – 7,55) Se convulsão – benzodiazepínico Benzodiazepínicos Ativação GABA no SNC Efeito sedativo, ansiolítico e anticonsulsivante Alto potencial terapêutico – dose tóxica muito superior à terapêutica Manifestações clínicas Rebaixamento do nível de consciência Depressão respiratória Sem alteração de sinais vitais Benzodiazepínicos Manejo Monitorização Suporte de oxigênio Não postergar IOT se rebaixamento importante Lavagem gástrica e carvão ativado Flumazenil Não deve ser rotina Redução do limiar convulsivo Síndrome de abstinência – usuários crônicos Benzodiazepínicos Manejo Indicações de flumazenil Reversão de sedação para procedimento PCR atribuída à benzo Opióides Receptores opióides (mu, kapa, delta) SNC – depressão respiratória Manifestações Sonolência Rebaixamento do nível de consciência Miose Depressão respiratória Opióides Tratamento Suporte de oxigênio e ventilatório Reversão com naloxona (0,4 mg EV/2 mg em bolus na PCR) Lavagem gástrica e carvão ativado – alto risco de aspiração Intoxicação Ambiental Organofosforados e carbamatos Organofosforados – Malathion, Parathion, Fenthion Carbamatos – Aldicarb, Carbofuran Inseticidas na agricultura Tentativa de suicídio e aplicação sem EPI Alteração conformacional da acetilcolinesterase Acúmulo de acetilcolina Organofosforados e carbamatos Manifestação clínica Síndrome colinérgica Sialorreia Lacrimejamento Miose Roncos – broncorreia Bradicardia e hipotensão BAV e aumento do QT Organofosforados e carbamatos Manejo IOT – rebaixamento do nível de consciência e InR Succinilcolina – degradada pela acetilcolinesterase Metabolização retardada – evitar Bradicardia – manejo usual Hipotensão – expansão volêmica Convulsão – benzodiazepínicos Lavagem gástrica não indicada Carvão ativado em até 1h Organofosforados e carbamatos Manejo Atropina Bolus de 1 a 4 mg a cada 2-15 min Parâmetro – roncos pulmonares Obrigado! marcos.marton@usp.br
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