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Intoxicação agudas por drogas de abuso Caso clínico: homem, 24 anos agitação intensa e comportamento estranho apenas com roupas íntimas, dizendo “eu sou Deus”, informações fornecidas pelo amigo, usou maconha e estava inquieto, falando frases esquisitas, sem álcool, perda de peso em 7 meses, LSD, cocaína, metanfetamina. • Drogas depressoras da atividade do SNC: álcool, barbitúricos, benzodiazepínicos, inalantes ou solventes ou opióides. • Drogas perturbadoras da atividade do SNC: o De origem vegetal: mescalina (cacto mexicano), THC (maconha), psilocibina (certos cogumelos), lírio (trombeteira, zabumba). o De origem sintética: LSD-25, Cetamina, GHB, anticolinérgico (trihexifenidila) Perfil do paciente atendido: aumento consistente na notificação e atendimento das Club Drugs (drogas sintéticas). Poli abuso frequente, enorme subnotificação e falta de comprovação laboratorial de casos. Normalmente são homens jovens. Lembrar que intoxicação é caso de notificação compulsória. Ex: T 39,4°C, FC: 150bpm, PA 150x70mmHg, FR: 24ipm, Sat O2: 94% em ar ambiente, Dextro 115, sudoreico, pele quente e vermelha, agitado, tremores, hiperreflexia, pupilas normais, aumento do volume tireoideano, RHA presentes e normais, leve edema de MMII. OBS: todos os sinais vitais estão alterados. Qual a próxima etapa? 1) Avaliação psiquiátrica. 2) Realizar exames laboratoriais. 3) Administrar haloperidol IM. 4) Realizar testes multidrogas. 5) Realizar TC de crânio. Manejo geral das intoxicações: 1) Suporte: A, B, C... 2) Prevenir absorção, descontaminação com carbono aditivado (serve para filtrar as substâncias ingeridas) ou lavagem gástrica. 3) Aumentar a eliminação, alcalinização urinária com bicarbonato de sódio ou hemodiálise. 4) Anular o efeito: utilizando um antídoto, para anular o efeito daquela substância. As vezes não há nada que possamos fazer, e o tratamento será de suporte. Drogas depressoras da atividade do SNC Temos: álcool, barbitúricos, benzodiazepínicos, inalantes ou solventes e os opióides. • Inalantes: hidrocarbonetos, desde acetonas, tíner, cola de sapateiro, (lança-perfume) vemos muitos casos, são muito atendidos casos de crianças e adolescentes com parada cardiorrespiratória (tricloroetileno difenoclonaco) são parecidos os efeitos com intoxicação alcoólica. São voláteis e lipossolúveis, por isso, vão ser bem absorvidos pelo trato respiratório. Diagnóstico: idade, odores na roupa, hálito, dermatite perioral. H- panos e roupas embebidas em produtos químicos escondidos. E- olhos e nariz vermelhos ou escorrendo. L- perda de apetite e náuseas. P- tinta ou manchas químicas no rosto ou dedos. Suporte: inalação deve-se afastar o paciente da fonte, realizar oxigenação e ventilação mecânica se necessária. Taquicardia: utilizar propranolol ou esmolol. Cuidado com as aminas vasoativas que podem facilitar arritmias (preferir amiodarona ou lidocaína). Lembrar de monitorar o eletrocardiograma, de 4 a 6 horas após exposição. Descontaminação: contato com pele e mucosas: lavar com água e sabão. Ingestão: não induzir vômitos, há risco de depressão súbita e bronco-aspiração. Lavagem gástrica só quando ingestão de grandes quantidades, carvão ativado não é indicado. Os pacientes com redução do nível de consciência não têm como utilizar o carvão ativado, o paciente pode broncoaspirar o carvão fazendo uma pneumonite. Eliminação: não há. Antídoto: não há. • Opiáceos e opióides: extraído da papoula (Papaver somnifer), analgesia em casos especiais como pós-operatório, câncer, queimaduras e traumas. Em casos de abuso pode ser um problema de saúde mundial crescente. O paciente vai estar sonolento, no Brasil verificamos que é um problema de intoxicação em profissionais de saúde, não é muito comum intoxicação na população em geral, porque são medicamentos caros. Grupo de drogas mais potente e mortal que existe. Ex: Heroína (diacetil-morfina): tem pico de concentração sérica, pode ser intravenosa com menos de 1 minuto, intranasal com 3 a 5 min, intramuscular com 3 a 5 min e subcutânea com 5 a 10 min. Os efeitos são analgésicos com inibição da noccicepção, vai causar euforia porque aumenta a dopamina no sistema mesolímbico e efeito ansiolítico porque os neurônios noradrenérgicos no locus ceruleus. Sinais clássicos, depressão do SNC, depressão respiratória, pupilas mióticas, pode ter bradicardia, o paciente pode morrer de depressão respiratória, promove constipação, náuseas, vômitos, hipotermia, hipotensão, convulsão por hipóxia, rabdomiólise (coma prolongado pela convulsão). Suporte: monitorização, IOT e O2 se necessário, convulsões administrar benzodiazepínico (uma medicação extremamente segura para o tratamento de intoxicações), hipotensão geralmente reverte com antídoto avaliar solução salina e vasopressores do sistema nervoso. Descontaminação: não realizar lavagem gástrica e carvão ativado pelo alto risco de aspiração, avaliar o risco benefício. Eliminação: não há. Antídoto: Naloxona, melhora a frequência respiratória, pode levar o paciente a uma crise de abstinência em pacientes com uso crônico, paciente disfórico. Diminui a frequência respiratória. Inicia-se a dosagem com 0,05mg EV caso não houver melhora após 5 a 10 mg repensar o diagnóstico. Drogas estimulantes da atividade do SNC • De origem vegetal- Cocaína: Erythroxylon coca. As formas de consumo podem ser inalada, aplicada a mucosas, ingerida, injetada, fumada (crack). As formas mais importantes são intranasal, injetável e a fumada (crack). Os pacientes vão procurar o médico devido aos sintomas de euforia, ansiedade, insônia, agitação, movimentos estereotipados, disforia, ansiedade, delírios paranoides, psicose, tremores e crises epiléticas. O crack provoca mais dependência. O paciente procura o pronto-socorro, devido a uma insônia muito importante, vai ter paranoia, delírio, tremores, crises epiléticas (convulsionando), pode causar por vários mecanismos de isquemia miocárdica, provoca constrição periférica, ação trombogênica procoagulante e uma ação simpatomimética. Fisiopatologia cardíaca Cronicidade: os picos hipertensivos e espasmos coronarianos podem causar lesões endoteliais, dissecções coronarianas, com aterosclerose subsequente. Vasoconstrição periférica: levando a um aumento da resistência periférica total e exigindo um aumento do trabalho cardíaco. Vasoespasmo coronariano: ação simpatomimética da cocaína. Oclusão coronária (trombose): ação procoagulante da cocaína, a partir da redução das concentrações de proteína C e antitrombina 3, da ativação plaquetária e do aumento da produção de tromboxana. Ação simpatomimética: aumento crono e do inotropismo, com elevação das demandas miocárdicas por oxigênio e glicose. Podemos encontrar próximo do nariz os resquícios de po, temos lesão de septo com cerca de 1 a 2g de cocaína por dia. Temos um paciente com hipótese de pneumonia, mas devemos observa na ponta dos dedos queimaduras, e imaginamos que essas alterações cutâneas podem causar podem ser causadas pelas substâncias, com necrose extensa, áreas de granuloma de corpo estranho. Essas substâncias vão aumentar a PA, pupilas midriaticas, é considerado uma síndrome de muita estimulação. Não podemos esquecer de observar a mucosa do septo nasal. Devemos hidratar e se necessário administrar droga vasoativa. Benzodiazepinico controla a agitação, uma agitação neuromuscular, isso pode ser controlado por meio físico como compressa fria e gelo, o benzodiazepinico pode controlar a pressão do paciente intoxicado. Não administrar beta bloqueadores, porque atuam em receptores alfa-1 que podem causar uma vasoconstrição. A cocaína vai aumentar a quantidade das catecolaminas, que sensibilizam o músculo cardíaco, podendo causar morte súbita por arritmia cardíaca. Podemos ter isquemia miocárdicae deve-se administra benzodiazepinico. O aumento do QRS no eletrocardiograma deve administrar bicarbonato de sódio. Suspeita diagnóstico: um paciente adulto jovem que desenvolve a síndrome adrenergica de curta duração. Agitação psicomotora, movimentos estereotipadas, dor torácica, taquicardia, lesões de mucosas e de septo nasal. Suporte: convulsões utiliza-se benzodiazepinico e barbituricos sn. Para agitação utiliza-se benzodiazepinico EV, evitar antipsicóticos. Para hipotensão soro fisiológico, drogas vasoativa mas cuidado com os beta-bloqueadores. Para hipertermia controlar a agitação com benzodiazepinico EV, aumenta a perda de calor borrifando a pele com água e colocando ventiladores no local, compressas frias, gelo e hidratação. Para a hipertensao podemos administrar benzodiazepinicos, mas para hipertensão severa não responsiva aos benzodiazepinicos utiliza-se fentolamina (alfa-bloqueador), e nitroprussiato. Lembrar, NÃO administrar beta bloqueadores! Bloqueiam os receptores beta-adrenergicos que medeiam a vasodilatação. Ocorre então apenas a ativação dos receptores alfa-adrenergicos que são vasoconstritores (piora da vasodilatação). Sem oposição da vasodilatação, pode ocorrer uma crise hipertensiva. Tratamento para isquemia miocárdica: oxigênio, benzodiazepinico, AAS, nitrato e nitroglicerina. Quando o QRS ficar largo administrar bicarbonato de sódio. Descontaminação: ingestão oral recente de pó de cocaína (sem invólucro) deve-se realizar lavagem gástrica e carvão ativado. Body packers são corpos de pacote para a droga, quando não tem sintomas podemos realizar procedimentos para retirada. Como manitol (catárticos), irrigação intestinal total (solução de polietilenoglicol) e seguir com TC de abdome com contraste. Quando o paciente chegar com sintomas como hipertenso, sudorífico, nem sempre ele vai sobreviver e o procedimento é cirúrgico. Body pusher: empurrado, entrada pela vagina ou ânus. Eliminação: não há. Antídoto: não há. • De origem sintética: Anfetaminas e análogos, parecido com o quadro clínico da cocaína, a síndrome adrenérgica pode ser mais prolongada. Fica com maiores chances de paranoia e por mais tempo, e menos chances de IAM. Hipertermia e tudo ativado e agitado. Vai ter uma hipertermia por hiperatividade, agitação, e deve-se dar benzodiazepinico. Anfetaminas: metilfenidato (ritalina) anorexígenos, anfepramona, fenproporex, ECG. Metanfetaminas: speed, ice, pervertin. MDMA: ecstasy. Cuidado com haloperidol, interfere na dissipação do calor, e diminui o limiar convulsivo, e aumenta o intervalo QT. Vias de uso: geralmente uso oral, IV ou fumada (pura ou misturada). O quadro clínico vai ser semelhante a cocaína. Vamos ter uma síndrome adrenergica prolongada, o paciente vai ter ilusões, paranoia, maiores chances de psicose, taquicardia, hipertensão (menores chances de IAM), hipertermia, diaforese, hiperreflexia, midríase, convulsões e coma. Pode ocorrer rabdomiolise. Suporte: tratamento sintomático e suportivo, similar ao da intoxicação por cocaina. Atenção para hipertermia, rabdomiolise e aparelho cardiovascular (AVC, IAM). Antitérmicos não surtem efeitos, hipertermia decorrente de hiperatividade muscular e não disfunção hipotalâmica. Cuidado com haloperidol, interfere na dissipação do calor, diminui o limiar conclusivo e aumenta o intervalo QT. Descontaminação: na maioria das vezes não conseguimos fazer descontaminação. Depende do tempo, quantidade e via de exposição, Body-stuffer e body-packer, cada pacote contem 8-10g de drogas. Cada mula ingere cerca de 50-100 pacotes. Eliminação: não há. Antídoto: não há. Ecstasy: 3,4- metilnodioximetanfetamina (MDMA), considerado a droga do amor, XTC, bala. Ingerido, misturado, usa inalante, aumenta muito a energia. Geralmente ingerido tose típica de 50 a 150 mg. Poli abuso com álcool, inalantes, canais, LSD, cocaina, sildenafil. Aumento da energia, sociabilidade e da disposição sexual, ansiedade, pânico, agitação, delírios, cefaleia, sede intensa, hipertensao, taquicardia, hipertermia, bruxismo. Aumenta a secreção de ADH, pode causar um edema cerebral gigante, o sódio vai ficar muito baixo, temos hiponatremia e o paciente pode chegar em coma, devemos repor sódio bem lentamente. Podemos ter hiponatremia, excesso da ingestão de líquidos, aumento do hormônio ADH, confusão mental, edema cerebral, convulsões e risco de morte. Tratamento: descontaminação GI, quando indicado. Hidratação e reposição adequada de eletrólitos, tratar a hipernatremia com medidas físicas, evitar neurolépticos, BZD ou relaxante muscular (dandrolene), se necessário ventilação e tratar as convulsões. Drogas perturbadoras da atividade do SNC • De origem vegetal: THC maconha, mais de 60 substâncias ativas, o paciente geralmente fica taquicárdico, tem hiperemia da conjuntiva, hipotensão postural e irritação das vias aéreas. Redução da ansiedade, hilaridade espontânea, aumenta o apetite, prejudica a memória de curto prazo, mas pode exacerbar o transtorno neurótico psicótico. A maioria dos pacientes não vai procurar o PS, e não causa morte. Suspeitar quando taquicardia + hiperemia de conjuntivas + alterações de humor e funções cognitivas. Suporte: os sintomas melhoram dentro de 8 horas (excetos em formulações concentradas). Risco de overdose letal é mínimo. Não há registros de obtidos por maconha e derivados exclusivamente. • Alucinógenos/drogas da noite: Club drugs. Temos o MDMA, GHB, Cetaminas, LSD, Legal highs. GHB: tem uma estrutura similar ao GABA, provoca alterações grave, promove um quadro de inibição, coma profundo, que melhora por algumas horas. Pode ter uma depressão mais importante. É um relaxante muscular, causa euforia, hipotermia, vômitos, bradicardia, hipersalivacao, hipotonia, depressão respiratória, amnésia, sono profundo ou coma por 1 a 5 horas. Coma abrupto que melhora após algumas horas. Realizar tratamento de suporte. Cetamina: Anestesia sem depressão respiratória. Paciente pode ter alucinação, percepção de estar saindo do corpo. É uma arlicicloalquilamina, estruturalmente relacionada a fenciclidina. Antagonista do receptor N-metil-d-aspartato. Inibe a receptação de noradrenalina, dopamina, serotonina. Atua no sistema colinérgico e nos receptores opioides. Quadro clínico e toxicidade: dissociação, alucinação, ilusões, percepções extra-corpóreas. Doses maiores podem causar vômitos, taquicardia, hipertensão, midríase, agitação, delirium, experiências near-death, hipotermia, distúrbios visuais, depressão respiratória, convulsões, rabdomiolise. Tratamento: sintomático e suporte ventilatorio. LSD: LSD- 25 substância perturbadora, pode causar paranoia, predisposição a transtornos psicóticos. Muita serotonina são estimulantes. Pode causar síndrome serotoninergica, pode ter um quadro clinico de toda agitação. Lembrar da síndrome serotoninergica lembrar da mioclonia. Formas de apresentação são cartelas picotadas, selos e etc. Quadro clínico: provoca alterações na cognição, resultando em alucinações auditivas e visuais, mudanças de comportamento, paranoia , flutuações de humor, e reações psicóticas agudas. Na primeira hora, ocorre midríase, hipertensão, taquicardia, hiperreflexia, tontura, rubor e tremores. Flashbacks podem ocorrer até anos após a exposição. Tratamento: sintomas e de suporte, cuidado com síndrome serotoninergicas na associação com outras substâncias. Síndrome serotoninergicas: hiperreflexia, mioclonias, rigidez, tremores, taquicardia, hipertensão, sudorese, hipertermia, midríase, agitação, ansiedade, confusão mental, hipomania. Tríade: alterações do estado mental, hiperatividade autonômica, alterações neuromusculares. Critério diagnóstico nem sempre utilizáveis. Uso de agentes serotoninergicos nas últimas 5 semanas: tremor E, hiperreflexia, clonus espontâneo, rigidez muscular,temperatura de 38°C e clonus induzidos ou ocular, clonus ocular ou induzido e agitação ou diaforese. Lobby Zion: estudante de 18 anos, foi ao hospital com febre, agitação, confusão mental e abalos musculares. Usava antidepressivo (IMAO), histórico de uso de cocaina. HD: virose + histeria. Administrada meperidina no hospital. Agitação piorou restrita ao leito, haloperidol, seis horas depois febre de 42°C e parada cardíaca. Laboratorial: CPK, mioglobulina e rabdomiolise. Função renal, função hepática, coagulograma, gasometria. Descontinuar agentes, estabilização dos sinais vitais, resfriamento corporal, medidas físicas, T 41,1 °C, sedação + paralisia. Benzodiazepinicos evitar butirofenonas e haloperidol. Antagonistas da serotonina, ciptoeptadina antagonista não-específico do receptor de serotonina. Legal high: elas são legais. São criadas em laboratórios clandestinos e não estão na lista da lei. Podem ser vendidas. São análogos das anfetaminas, mefedrona (sais de banho), catinona, metacatinona. São canabionoides sintéticos. Como Spice, K2, genie. 2)Qual a próxima etapa? A)Realizar avaliação psiquiátrica. B)Realizar exames laboratoriais. C) Administrar haloperidol IM. D) Realizar teste multidrogas. E) Realizar TC de crânio. Tomar cuidado com o teste multidrogas com TSH e TH livre, porque o paciente pode apresentar um quadro de hipotireoidismo. Caso 2) homem, 42 anos chega a emergencia confuso, pupilas mioticas, apresentando episódios de apneia, braços com picadas de agulha. Intoxicação por opioide. Caso 3) rapaz de 16 anos chega a emergencia hiperativo, agitado, com alucinações, seus amigos, algumas pílulas. T38, PA 140x90mmHg, Fc 110 bpm, FR 18ipm, pupilas midriacas. Rangendo os dentes excessivamente. Intoxicação por análogos de anfetaminas MDMA. Caso 4) mulher com 25 anos chega a emergencia vinda de um grande concerto de rock, esta agitada falando alto, rápido, ao exame FC 26 ipm, pupilas midriaticas, apresentando sudores profunda , hiperreflexia e temores finos em extremidades. Intoxicação por cocaina.
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