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SÍNDROME SINTOMAS TÓXICOS INTOXICAÇÃO COM HIPERATIVIDADE ADRENÉRGICA OU SIMPATICOMIMÉTICA • Ansiedade, agiração, alucinação, hiper-reflexia, hipertermia, sudorese, taquicardia, hipertensão, taquipneia, pupilas midriáticas, tremores de extremidades • Pode desenvolver dor precordial, IAM, emergência hipertensiva, arritmias • Casos mais graves: hipertemia, rabdomiólise, convulsões • Procurar sítio de punção (drogas) • Tóxicos mais prováveis: anfetaminas, cafeína, efedrina, cocaína, derivados da ergotamina, teofilina, hormônio tireoidiano (kit para emagrecer) SÍNDROME ANTICOLINÉRGICA • Pode manifestar-se semelhante à intoxicação com hiperatividade adrenérgica • Sinais: pele seca, quente e avermelhada, pupila bem dilatada com mínima resposta à luz, diminuição de ruídos intestinais e retenção urinária • Casos mais graves: convulsões, hipertemia, insuficiência respiratória • Tóxicos mais prováveis: antidepressivos tricíclicos, anti- histamínicos, antiparkinsonianos, atropina, ciclobenzaprina, antiespasmódicos (escopolamina) e fenotiazinas SÍNDROME COLINÉRGICA • Confusão mental, rebaixamento do nível de consciência, convulsões, miose, bradicardia, hipertensão, taquipneia, sialorreia, incontinência urinaria e fecal, diarreia, vômitos, lacrimejamento, broncoespasmo e fasciculações • Quadro muito típico: bradicardia, miose, hipersalivação, diarreia, vômitos, broncorreia (muito ruído respiratório), lacrimejamento, sudorese intensa, fasciculações • Casos mais graves: PCR, IR (insuficiência respiratória), convulsões e coma • Tóxicos mais prováveis: carbamatos, fisostigmina, organofosforados (agrotóxicos), pilocarpina, nicotina, gás sarin SÍNDROME COM HIPOATIVIDADE OU SEDATIVO-HIPNÓTICA • Rebaixamento de nível de consciência, pupilas variáveis, bradicardia e depressão respiratória • Bradipneia, hipoatividades, rebaixamento do nível de • Pupila muito miótica: opioides (fentanil, morfina, oxicodona, metadona) consciência, coma, IR, hipercapnia, aspiração • Pupila não miótica: ácool e derivados, anticonvulsivantes (barbitúricos), zolpidem e BZD SÍNDROME SEROTONINÉRGICA • Confusão, agitação, coma, midríase, hipertermia, taquicardia, hipertensão, taquipneia, tremor, hiper-reflexia, hipertonia (pior em MMII), sudorese, rigidez muscular, trismo e diarreia • Inibidores da AMO, inibores seletivos da recaptação de serotonina, tramadol se em associação com ISRS ou duais, tricíclicos SÍNDROME ALUCINOGÊNICA • Alucinações, distorção da percepção e do sensório, agitação, midríase, nistagmo, hipertemia, taquicardia, hipertensão, taquipneia • Anfetaminas, dietilamida do ácido lisérgico (LSD), N-metil D-aspartado (NMDA) INTOXICAÇÃO COM SANGRAMENTO • Pode causar alteração da coagulação (TP/INR) 24 a 72h após a ingestão • Pode levar a sangramento de pele, mucosas, TGI, SNC, cavidades e articulações • Antagonistas da vit K (alguns venenos para ratos) e warfarina sódica SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA • Difícil diferencial se é excesso de droga ou se é abstinência • Agitação, sudorese, tremor, taquicardia, taquipneia, midríase, ansiedade, confusão • Casos mais graves: alucinações, convulsões, arritmias • Álcool etílico, antidepressivos, cocaína, sedativos e opioides • CONTRA-INDICAÇÃO PARA TRATAMENTO COM LAVAGEM GÁSTRICA: rebaixamento do nível de consciência, ingestão de substância corrosivas ou hidrocarbonetos, risco de hemorragia ou perfuração do TGI • TRATAMENTO COM CARVÃO ATIVADO: eficácia também depende do tempo de ingestão, sendo muito pequena após 2h. - contra-indicações:intoxicação por susbtâncias não adsorvidas pelo carvão ou substâncias corrosivas (ácidos, álcalis, cianeto, lítio, metais pesados), risco de perfuração ou obstrução intestinal, RN, gestantes, RNC sem proteção de via aérea, agitação psicomotora - não são adsorvidos pelo carvão ativado: álcool, metanol, etilenoglicol, cianeto, ferro, lítio, flúor • Substâncias dialisáveis (saem pela HEMODIÁLISE): lítio, fenobarbital, salicilatos, ácido valpróico, metanol/etilenoglicol, teofilina • HEMOPERFUSÃO: substâncias adsorvíveis pelo carvão ativado. Substância diali’saveis: teofilina, carbamazepina • ALCALINIZAÇÃO DA URINA: indicações intoxicação moderada a grave por salicilatos, sem indicação de diálise, intoxicação por fenobarbital, antidepressivos tricíclicos, Clorpropamida Atividade exercida sobre o SNC TÓXICOS Depressores do SNC Álcool Hipnóticos: barbitúricos e alguns benzodiazepínicos Ansiolíticos: benzodiazepínicos Opiáceos e opioides: morfina, heroína, codeína, meperidina Inalantes ou solventes: colas, tintas, removedores Estimuladores do SNC Anfetaminas e análogos: anorexígenos, metamfetamina Cocaína Perturbadores do SNC - De origem vegetal: Mescalina (cacto mexicano) THC (maconha) Psilocibina (certos cogumelos) Lírio (trombeteira, zabumba ou saia branca) - De origem sintética: LSD-25 Ecstasy Ketamina Anticolinérgicos TÓXICO Vias de consumo Metabolização EFEITOS COCAÍNA E CRACK Alcalóide extraído das folhas de Erythroxylum coca, utilizada antigamente como anestésico Nasal: cloridrato de cocaína, pó branco Via oral: folhas de coca Injetável: cloridrato de cocaína Via fumo: crack, istura de cloridrato de cocaína com bicarbonato ou hidróxido de sódio, merla (pasta de cocaína) Body-packers: pessoas que transportam a droga em pacotes dentro do instestino - É bem absorvida por todas as vias - após a absorção é metaboliza pelo fígado - se consumida juntamente com álcool, forma um comporto cujo efeito dura 13 horas, com ação vasoconstritora, cardiotóxica, arritmogênica e neurotóxica - excretada na urina em 4 subprodutos identificáveis - em todo paciente com síndrome adrenérgica deve-se suspeitar de intoxicação por cocaína ou crack 1.Bloqueio na recaptação de catecolaminas 2. Bloqueio dos canais de sódio 3. Aumento do glutamato e aspartato 4. Bloqueio na recaptação de serotonina 5. aumento na produção de endotelina e diminuição do óxido nítrico 1. Agitação psicomora, taquicardia, vasoconstrição periférica e cardíaca, hipertensão 2. Ação anestésica local e prolongamento do intervalo QRS 3. hiperatividade do SNC, convulsões e hipertermia 4. euforia, alucinações, psicose, anorexia e hipertermia 5. vasocosntrição e aumento da adesividade plaquetária e da permeabilidade endotelial INTOXICAÇÃO AGUDA POR COCAÍNA FASES SINTOMAS 1. ESTIMULAÇÃO INICIAL Midríase, cefaleia, náuseas, vômitos Vertigem, tremores não intencionais (face, dedos), tiques Palidez, diaforese Bradicardia transitória, hipertensão arterial, taquicardia, dor torácica, hipertermia Euforia, agitação apreensão instabilidade emocional, inquietude, pseudo- alucinações 2. ESTIMUALAÇÃO AVANÇADA Hipertensão arterial, taquicardia, arritmias ventriculares e, às vezes, hipotensão arterial Encefalopatia maligna, convulsões, estatus epileticus Dor abdominal Taquipneia, dispnéia Pode ocorrer hipertermia 3. DEPRESSÃO Coma arreflexivo, arresponsivo Midríase fixa Paralisia flácida Instabilidade hemodinâmica Insuficiência renal (vasculite, necrose tubular aguda por rabdomiólise) Fibrilação ventricular ou assistolia Insuficiência respiratória, edema agudo pulmonar Cianose, respiração agônica, parada cardio-respiratória TÓXICO VIAS DE ADMINISTRAÇÃO ANFETAMINAS Substâncias que apresentam em sua estrutura feniletilamina Anfetamina, MDA, DOB, DOI, MDEA e metanfetamina (Crystal-ice), metilfenidato, dexanfetamina Podem ser usadas por via oral, inalatória ou respsiratória com boa absorção nas três modalidades • NÃO USAR BETABLOQUEADORES NOMANEJO DE COCAÍNA E ANFETAMINA: são drogas que têm uma descarga alfa-adrenérgica muito importante, se você bloqueia os receptores beta você piora ainda mais a descarga alfa-adrenérgica DROGA ECSTASY/ MDMA 3,4 metileno-dioximetanfetamina, é um derivado da anfetamina Conhecido como bala Geralmente usado via oral Quadro clínico e manejo semelhantes aos da cocaína e anfetamina LSD Dietilamida do ácido lisérgico – droga sintética com efeito alucinógico Conhecida como ácido, doce ou ponto Consumida via sublingual Manifestações clínicas: alterações da percepção visual, auditiva, labilidade de humor e possibilidade de bad trips (experiência desagradáveis que levam a ansiedade, agressividade e altrações de comportamento) Tratamento: medidas de suporte MACONHA Mistura de folhas e flores da planta cannabis sp Conhecida como marijuana, pot, bomba, baseado, erva Perturbadora do SNC Consumida como fumo ou via oral Outros canabinóides: haxixe, Skank, canabinoides sintéticos Manifestações clínicas: hiperemia conjuntival, boca seca, aumento do apetite, taquipneia e fala pastosa. Pode ocorrer ataxia, nistagmo, hipotensão postural, taquicardia, hipertensão, euforia e diminuição da ansiedade e da atenção, exacerbação dos quadros psicóticos Tratamento: controle dos sintomas ETANOL Droga mais utilizada no mundo Propriedades depressoras do SNC Absorvida em 60 minutos, metabolizada pelo fígado Toxicidade variável, tolerância individual QUADRO CLÍNICO: depende do nível sérico e da tolerância do paciente ALCOOLEMIA: 50 a 150 mg/Dl: verborragia, reflexos diminuídos, visão borrada, excitação ou depressão mental 150 a 300 mg/dL: ataxia, confusão mental, hipoglicemia (principalmente em crianças), logorreia 300 a 500 mg/Dl: incoordenação acentuada, torpor, hipotermia, hipoglicemia (convulsões), distúrbios hidreletrolíticos (hiponatremia, hipercalcemia, hipomagnesemia, hipofosfatemia), distúrbios ácido-básicos (acidose metabólica) >500 mg/dL: coma, falência respiratória, falência circulatória, óbito METANOL Álcool utilizado como adulterante em combustíveis de automóveis e bebidas alcoólicas, fluidos, limpadores de para-brisas, matéria-prima para fabricação de biodiesel e como solvente Rapidamente absorvido via oral Dose letal 30-240 ml Principal intoxicação por álcoois Manifestações clínicas: inicialmente semelhante à intoxicação por etanol, cursando com ataxia, desinibição e sedação, podendo ser acompanhado de dor abdominal, náuseas, vômitos, cefaleia, taquicardia e hipotensão Após 12 a 24 hrs: acidose metabólica, taquipneia, hipotensão, taquicardia, arritmias, convulsões, RNC, injúria renal aguda, parkinsonismo. Alterações visuais comuns (diplopia, visão borrada, diminuição da acuidade e cegueira Fundo de olho: midríase, hiperemia do disco óptico de papiledema Alta letalidade e ocorrência de complicações Tratamento: estabilização clínica, expansão volêmica, drogas vasoativas, IOT, correção de acidose metabólica Antídoto: indicado para paciente sintomáticos e ânion gap > 12 ou [sérica de metanol] > 20mg/dl Etanol Fomepizol Ácido fólico aumenta a transformação do ácido fórmico em gás carbônico e água Hemodiálise em pacientes com acidose metabólica grave, alterações visuais, IRA, instabilidade hemodinâmica, DHE refratários metanol > 50mg/dl Carvão ativado e lavagem gástrica são contraindicados
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