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05/09/2023, 18:34 Descomplica https://aulas.descomplica.com.br/pos/pos-graduacao-em-gestao-de-projetos-ad5955/turma/gestao-preditiva-de-projetos-c0072b/aula/o-que-mais-e-preciso-cons… 1/10 N O que mais é preciso considerar no planejamento? esta aula você aprendeu Riscos: quais as ameaças e oportunidades Já sei o que vou fazer, já sei quando vou fazer, já sei quanto vou gastar, maravilha, planejamento pronto, certo? Ainda não! Precisamos considerar as incertezas associadas às premissas assumidas, ao cumprimento das restrições e até mesmo as entregas do projeto considerando as circunstâncias enfrentadas. A combinação da probabilidade de algo acontecer que está fora do seu controle e o impacto produzido é o que chamamos de risco. Riscos podem ser ameaças ao projeto quando os impactos são negativos ou oportunidades para o projeto quando os impactos são positivos. Por exemplo, caso você esteja realizando um projeto de um evento ao ar livre, a possibilidade de chuva poderá gerar impactos negativos, ou seja, é uma ameaça. Por outro lado, a possibilidade de uma temperatura mais amena com vento agradável, pode minimizar a necessidade de dispositivos de ventilação para reduzir o calor, ou seja, é uma oportunidade. Tudo que é 100% certo, não é risco, é fato. Risco possui alguma incerteza associada. Quando conhecemos, ainda que parcialmente, a informação sobre a ocorrência de um possível evento, podemos dizer que é um risco 05/09/2023, 18:34 Descomplica https://aulas.descomplica.com.br/pos/pos-graduacao-em-gestao-de-projetos-ad5955/turma/gestao-preditiva-de-projetos-c0072b/aula/o-que-mais-e-preciso-cons… 2/10 identificável. Por exemplo, se você conhecer o histórico pluviométrico da região onde irá ocorrer o evento ao ar livre, muito provavelmente será possível identificar eventuais riscos meteorológicos. Quando estamos falando de um evento em que há ausência total da informação por nunca ter ocorrido antes, estamos falando de um risco não identificável, total incerteza. Por exemplo, quem poderia prever o risco de um evento ser cancelado por possibilidade de lockdown antes da vivência da pandemia pelo Covid19? É importante entender o risco de forma completa. Um Risco é formado por três componentes: a causa que é um fato conhecido e diz respeito ao presente ou ao passado; o fator de risco que é um evento incerto e futuro com uma probabilidade associada; e o impacto que, de alguma forma, atinge os objetivos do projeto de forma negativa ou positiva. A identificação dos riscos de um projeto geralmente é realizada através de entrevistas aos stakeholders, brainstorming, Delphi (questionários individuais) e análise causa-raiz. Riscos: como avaliar? Para avaliar riscos é preciso saber como é o apetite ou tolerância a riscos da empresa responsável pelo projeto. Muitas vezes as circunstâncias podem levar a atitudes que contradizem a tolerância a riscos da organização. Por isso, é importante também saber como está a atitude da organização frente aos riscos no projeto. A avaliação qualitativa dos riscos é realizada para priorizar o investimento de respostas e valores nas respostas aos riscos. Ela é feita baseada em uma Matriz de Probabilidade e Impacto que reflete os limites mensuráveis de tolerância/apetite e da atitude da organização responsável. 05/09/2023, 18:34 Descomplica https://aulas.descomplica.com.br/pos/pos-graduacao-em-gestao-de-projetos-ad5955/turma/gestao-preditiva-de-projetos-c0072b/aula/o-que-mais-e-preciso-cons… 3/10 Em resumo, o passo a passo para a avaliação de riscos, funciona da seguinte forma: 1- Entenda seu perfil; 2- Defina limites de tolerância; 3- Adote uma matriz de referência; 4- Avalie probabilidade e Impacto; 5- Priorize os riscos. Agora sim você já pode planejar as respostas. Por exemplo, considerando a matriz de Probabilidade x Impacto da Figura, imagine uma ameaça com probabilidade baixa (0,3) e impacto muito alto (0,80). R = 0,3 x 0,8 = 0,24. Ou seja, o risco é elevado (zona vermelha) e, portanto, deve ser priorizado quanto ao planejamento da resposta. Riscos: como responder? Figura: Matriz de Probabilidade x Impacto (Fonte: PMI (2017), PMBOK versão 6, página 408, Figura 11 -5) 05/09/2023, 18:34 Descomplica https://aulas.descomplica.com.br/pos/pos-graduacao-em-gestao-de-projetos-ad5955/turma/gestao-preditiva-de-projetos-c0072b/aula/o-que-mais-e-preciso-cons… 4/10 Podemos enfrentar riscos de várias formas...ou, simplesmente, ignorá- los... Existem dois momentos para responder ao risco: • Contenção ou Alavancagem: Antes de acontecer o risco. Podemos atuar tanto na probabilidade de ocorrência quanto no impacto caso ocorra. Por exemplo, podemos alterar a programação de uma determinada atividade em função de riscos de eventuais pancadas de chuva. • Contingência ou Aproveitamento: No momento da ocorrência do risco. Podemos atuar somente no impacto já que a probabilidade nesse momento é de 100%. Por exemplo, podemos provisionar uma gordura de prazo ou custo no baseline de custos da atividade para contingenciar um risco de atraso. Para riscos negativos (ameaças) temos as seguintes opções de respostas: • Eliminar: Somente em casos muito graves! É muito difícil eliminar um risco! Pode alterar escopo e estratégia do projeto. Talvez seja preciso cancelar o projeto! Zerar a probabilidade do risco. Somente em tempo de contenção. • Transferir: Nos casos de riscos moderados. Compartilha a responsabilidade com alguém. O terceiro assume o impacto do risco. Somente em tempo de contenção. Exemplo: contratação de fornecedores ou de seguros. • Mitigar: No caso de riscos moderados. Se o risco é inevitável, melhor tentar mitigar. Medidas para reduzir probabilidade e impacto. Em tempo 05/09/2023, 18:34 Descomplica https://aulas.descomplica.com.br/pos/pos-graduacao-em-gestao-de-projetos-ad5955/turma/gestao-preditiva-de-projetos-c0072b/aula/o-que-mais-e-preciso-cons… 5/10 de contenção pode haver redução de probabilidade e impacto. Em tempo de contingência, somente pode haver redução de impacto. Exemplo: uso de equipamentos de proteção (EPIs) reduzem impactos dos riscos e treinamentos reduzem a probabilidade de ocorrência dos riscos. • Aceitar: Em casos de riscos irrelevantes. Não altera probabilidade ou impacto. Pode-se aceitar de forma passiva e não fazer nada. Pode-se aceitar de forma ativa e estabelecer reserva de contingência. Para riscos positivos (oportunidades) temos as seguintes opções de respostas: • Explorar/Provocar: Em casos de oportunidades imperdíveis! É uma tentativa de eliminar a incerteza envolvida. Somente em tempo de alavancagem. • Compartilhar: Nos casos em que é necessária uma parceria para conseguir aproveitar a oportunidade. Compartilha o benefício com o parceiro de negócio. Somente em tempo de alavancagem. • Melhorar: Se o risco é interessante, melhor tentar melhorar ou alavancar. Medidas para aumentar probabilidade e impacto. Em tempo de alavancagem pode haver aumento de probabilidade e impacto. Em tempo de aproveitamento, somente pode haver aumento de impacto. • Aceitar: aproveitar a oportunidade se ela aparecer de forma passiva. Não altera probabilidade ou impacto. Tanto em casos de oportunidades, como em casos de ameaças, é possível optar pela estratégia de escalar a decisão. 05/09/2023, 18:34 Descomplica https://aulas.descomplica.com.br/pos/pos-graduacao-em-gestao-de-projetos-ad5955/turma/gestao-preditiva-de-projetos-c0072b/aula/o-que-mais-e-preciso-cons… 6/10 O novo responsável pelo risco deve decidir qual ação irá tomar. Como reduzir prazos? E se o seu cronograma não satisfaz o cliente? Ou, ainda, se houve um atraso e é preciso replanejar? O que poderia ser feito? Há duas formas de reduzir a duração de um projeto: Compactação ou Intensificação (Crashing): Técnica de redução de duração utilizando-se de recursos adicionais, horas extras ou turnos extras, aumento de produtividade ou uso de tecnologia. Há risco de não atender aos requisitos de qualidade e, também, ao longo prazo, há risco de fadiga da equipe. Deve-sedar atenção ao treinamento e à supervisão. Frequentemente adiciona custo ao projeto, portanto, a opção pela compactação ou intensificação precisa considerar uma avaliação entre o prazo reduzido e o custo adicionado. Acelerar ou Fazer em Paralelo (Fast Tracking): ): Técnica de redução de duração em que se avalia a alteração da lógica ótima para a execução do projeto, fazendo em paralelo o que normalmente seria feito em sequência. Há risco de retrabalho e custo extra devido ao retrabalho por conta da alteração da estratégia que reflete as melhores práticas da organização. Deve-se dar atenção à comunicação já que haverá iniciativas em paralelo a serem coordenadas. Frequentemente adiciona risco ao projeto, portanto, a opção pela aceleração ou paralelismo precisa considerar uma avaliação entre o prazo reduzido e o risco adicionado. Mas como decidir entre Crashing ou Fast Tracking? Primeiro é preciso saber qual o seu caminho crítico!! 05/09/2023, 18:34 Descomplica https://aulas.descomplica.com.br/pos/pos-graduacao-em-gestao-de-projetos-ad5955/turma/gestao-preditiva-de-projetos-c0072b/aula/o-que-mais-e-preciso-cons… 7/10 O crashing tem custo? Ou é possível realizar uma realocação interna de recursos? Ou, ainda, adotar uma nova tecnologia que não necessariamente aumenta o custo? O Fast Tracking adiciona risco? O risco percebido é tolerável? E qual seria o custo para responder a ele? Como aproveitar melhor os recursos? E quando houver limitações de disponibilidade de recursos? Ou então quando houver certa ociosidade de recursos em alguns momentos? O que pode ser feito? Uma opção é o Nivelamento para equilibrar oferta e demanda de recursos ao longo do projeto. A ideia é priorizar a restrição de recursos experimentada, evitando os picos de demanda desnecessários e a eventual ociosidade. O Nivelamento pode alterar o caminho crítico e, eventualmente, aumentar a duração do projeto. Outra opção é a Estabilização para equilibrar oferta e demanda de recursos ao longo do projeto. A ideia é respeitar a restrição de recursos experimentada, evitando os picos de demanda desnecessários e a eventual ociosidade. No entanto, nesse caso, serão aproveitadas as folgas das atividades, ou seja, atividades críticas não serão impactadas. O caminho crítico não muda e nem a duração do projeto. Essa técnica nem sempre otimiza todos os recursos. 05/09/2023, 18:34 Descomplica https://aulas.descomplica.com.br/pos/pos-graduacao-em-gestao-de-projetos-ad5955/turma/gestao-preditiva-de-projetos-c0072b/aula/o-que-mais-e-preciso-cons… 8/10 Como aplicar na prática A análise qualitativa de riscos é uma forma de priorizar riscos entre os tantos que você identifica no projeto. É possível utilizar softwares de análise quantitativa de riscos, mas a empresa precisa ter essa cultura de gestão de riscos para que seja possível levantar dados acurados. Do contrário, a precisão trazida por essas ferramentas automatizadas para análise de riscos não faz sentido. Não adianta ter precisão se não é possível ter acuraria. Na prática, a maioria das empresas monta um comitê gestor de riscos para ajudar na tomada de decisão quanto aos riscos do projeto. Isso porque, na maioria dos projetos, não há como tratar todos os riscos sem extrapolar o orçamento e suas reservas. É preciso priorizar e ajustar as ações adequadas e tendências dos riscos ao longo do projeto. Dica quente para você não esquecer Figura: Exemplo de Otimização de Recursos (Fonte: Material de Acervo Professora Gisele Blak Bernat) 05/09/2023, 18:34 Descomplica https://aulas.descomplica.com.br/pos/pos-graduacao-em-gestao-de-projetos-ad5955/turma/gestao-preditiva-de-projetos-c0072b/aula/o-que-mais-e-preciso-cons… 9/10 Sobre as respostas aos riscos, lembre-se: • Pense em respostas adequadas ao grau de importância do risco; • Não gaste mais do que precisa; • Pense em respostas factíveis; • Faça tudo com aprovação dos envolvidos; • Alguém tem que ser o responsável; • Avalie as alternativas e escolha a melhor e mais oportuna; Referências Bibliográficas ALENCAR, Antonio J. & SCHMITZ, Eber A. Análise de Riscos em Gerência de Projetos. Rio de Janeiro. Brasport, 2005. JOIA, Luiz Antônio, SOLER, Alonso Mazini, BERNAT, Gisele Blak, RABECHINI Jr., Roque. Gerenciamento de Riscos em Projetos. 3a. edição. Rio de Janeiro, FGV, 20013 (LIVRO TEXTO DA DISCIPLINA). KERZNER, Harold. Project Management: a systems approach to planning, scheduling, and controlling. 12a. edição. New York: John Willey & Sons., 2017. PRITCHARD, Carl L. Risk Management – Concepts and Guidance. 2ª edição. Arlington, Virginia: ESI International, 2001. 05/09/2023, 18:34 Descomplica https://aulas.descomplica.com.br/pos/pos-graduacao-em-gestao-de-projetos-ad5955/turma/gestao-preditiva-de-projetos-c0072b/aula/o-que-mais-e-preciso-con… 10/10 Project Management Institute – PMI®. Guia do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos – Guia PMBOK®. 6ª. edição. Newton Square, PA. PMI. 2017. Project Management Institute – PMI®. Guia do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos – Guia PMBOK®. 7ª. edição. Newton Square, PA. PMI. 2021. Project Management Institute – PMI®. PMI Standards+. Disponível em: < https://standardsplus.pmi.org/home >. Project Management Institute – PMI®. Practice Standard for Project Estimating. Newtown Square, PA: Project Management Institute (PMI), 2a. edição, 2019. https://standardsplus.pmi.org/home
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