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Impresso por Nilton Rodrigues, E-mail nilton.rodrigues2659@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 24/09/2023, 19:44:16 Soluções de Mecânica Anaĺıtica (Nivaldo A. Lemos) 1 Caṕıtulo 1: Dinâmica Lagrangiana Exerćıcio 1.7.1. Solução: Numa órbita circular com r = r0, temos ṙ = 0, e assim a energia E = m2 ṙ 2 + Vef(r) é dada por E0 = Vef(r0) . (1) Aĺem disso, como a energia E é uma constante, podemos derivar em a sua expressãor original (com ṙ = 0), obtendo 0 = V 0ef(r) = − l2 mr3 + V 0(r) . (2) Em particular, V 0ef(r0) = 0 implica em l 2/mr30 = V 0(r0) . Derivar novamente (2) nos dá V 00ef(r) = 3l2 mr4 + V 00(r) . (3) O segundo termo de ( ) pode ser substitúıdo notando que ¨3 r = 0 implica em V 0(r) = mrϕ̇2 = l2 mr3 (4) pelas Eqs. (1.7.4) e (1.7.6) do livro. Então, para temosr = r0 V 00ef(r0) = 3 r0 V V0(r0) + 00(r0) . (5) Exerćıcio 1.7.2. Solução: (i) Como e ≤ 0, os raios máximo e mı́nimo encontram-se em cosϕ = −1 e cosϕ = 1, respectivamente: 1 rmax = mκ l2 (1− e)⇒ rmax = p(1 (6)− e)−1 1 rmin = mκ l2 (1 + e e)⇒ rmin = p(1 + )−1 , (7) onde p = l2/mκ. Portanto, o semi-eixo maior da elipse 2 é dado pora = (rmax + rmin)/ a = p 2 1 1− e + 1 1 + e = p 2 2 (1− e)(1 + e) ⇒ a = p(1− e 2)−1 . (8) (ii) Lembrando que ϕ̇ = l/mr2, temos dS dt = 1 2 r2 dϕ dt ⇒ dS dt = l 2m . (9) Isso implica em = 0 como o instante inicial. O tempo necessárioS = lt/2m, tomando t para que a área percorrida seja a área da elipse S = πab = πa2 √ 1− e2 (ou seja, o peŕıodo da órbita) é, utlizando ( ) e ( ),8 9 τ = 2mπa2 √ 1− e2 l = 2mπa2 l r p a ⇒ τ = 2 = 2 (10)πa3/2 p m/k πa3/2/ √ GM . 1 Antonio Capanema Impresso por Nilton Rodrigues, E-mail nilton.rodrigues2659@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 24/09/2023, 19:44:16 Soluções de Mecânica Anaĺıtica (Nivaldo A. Lemos) 2 Problema 1.1. Dados do problema: V́ınculo 1: (x2 + y2)dx+ xzdz = 0. V́ınculo 2: (x2 + y2)dy + yzdz = 0. Solução: (i) Multiplicando o v́ınculo 1 por e o v́ınculo 2 por , podemos igualar ambos:y x y y(x x x2 + y2)dx+ xyzdz = ( 2 + 2)dy + xyzdz y(x x x2 + y2)dx = ( 2 + y2)dy ydx = xdy , resultando em dy y = dx x ⇒ d d dln y = ln x ⇒ ln y x = 0 . (11) A segunda relação advém de expandir o v́ınculo 1, x2dx+ y2dx+ xzdz ,= 0 e usar a primeira identidade de ( ) para mudar o segundo termo,11 x2dx+ xydy + xzdz = 0 x(xdx+ ydy + zdz) = 0 x(2xdx+ 2ydy + 2zdz) = 0 ⇒ xd(x2 + y2 + z2) = 0 . (12) (ii) Como x é arbitrário, conclúımos de (12) que d(x x2 + y2 + z2) = 0⇒ 2 + y2 + z2 = C1 . (13) Já de ( ), temos que11 ln y x = c2 ⇒ y x = ec2 = C2 ⇒ y = C2x . (14) 2 Antonio Capanema Impresso por Nilton Rodrigues, E-mail nilton.rodrigues2659@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 24/09/2023, 19:44:16 Soluções de Mecânica Anaĺıtica (Nivaldo A. Lemos) 3 Problema 1.2. Solução: Considere o setup da Figura 1.7 (pág. 28), só que num plano vertical xz (y = 0) ao invés de horizontal = 0). Em analogia ao exemplo 1.4.4,xy (z x = r rcos θ y = 0 z = sin θ (15) ẋ = ṙ cos θ − rθ̇ sin θ ẏ = 0 ż = ṙ sin θ + r θ̇ cos θ (16) ⇒ T = m 2 (ẋ2 + ẏ2 + ż2) = m 2 (ṙ r2 + 2θ̇2) . (17) Aĺem disso, temos o potencial gravitational (com o plano = 0 como referencial nulo)z V = mgz mgr= sin θ . (18) Lembrando que θ = ωt ⇒ θ̇ = ω, a lagrangiana L = T − V do sistema é L = m 2 ṙ2 + mω2 2 r2 −mgr ωt .sin (19) A equação de Lagrange para a part́ıcula é d dt ∂L ∂ṙ − ∂L ∂r = 0⇒ mr̈ r−mω2 +mg sinωt = 0 . (20) Para resolvê-la, precisamos primeiro encontrar a solução da equação homogênea corre- spondente: r̈ r t Aeh = ω 2 h ⇒ rh( ) = ωt +Be−ωt . (21) A solução geral de (20) é r( ( (t) = rh(t)+rp t), onde rp t) é uma solução particular qualquer de ( ). Um chute educado seria propor que, após substituição em ( ),20 rp(t) = C sinωt 20 nos dá −ω2C sinωt− ω2C sinωt ωt+ g sin = 0⇒ C = g/2ω2 . (22) Agora basta aplicar as condições iniciais na solução completa r(t Ae) = ωt +Be−ωt + g 2ω2 sinωt (23) para descobrir as constantes . Encontramos o sistemaA e B ( r(0) = r0 ⇒ A+B = r0 ṙ(0) = 0⇒ A−B + g/2ω2 = 0 (24) cuja solução é A = ( = (r0 − g/2 )ω2 /2 e B r0 + g/2 )ω2 /2. Assim, obtemos r(t r) = 0 e eωt + −ωt 2 − g 2ω2 eωt − e−ωt 2 + g 2ω2 sinωt (25) ⇒ r(t) = r0 coshωt− g 2ω2 sinhωt+ g 2ω2 sinωt . (26) 3 Antonio Capanema Impresso por Nilton Rodrigues, E-mail nilton.rodrigues2659@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 24/09/2023, 19:44:16 Soluções de Mecânica Anaĺıtica (Nivaldo A. Lemos) 4 Problema 1.3. Solução: Para um pêndulo esférico, convém utilizarmos as coordenadas esf́ericas θ e ϕ como coordenadas generalizadas. Definindo a origem no apoio fixo do pêndulo e o eixo para baixo (tal que a posição de equiĺıbrio estável seja emz θ = 0), temos x = l l lsin θ cosϕ y = sin θ sinϕ z = cos θ (27) ẋ = l(θ̇ cos θ cosϕ− ϕ̇ sin θ sinϕ) ẏ = l(θ̇ cos θ sinϕ+ ϕ̇ sin θ cosϕ) ż = −l θ̇ sin θ (28) ⇒ T = m 2 (ẋ2 + ẏ2 + ż2) = m 2 (l2θ̇2 + l2ϕ̇2 sin2 θ) . (29) Definindo o zero do potencial gravitacional no plano z = 0, V = −mgz mgl= − cos θ (30) L = ml2 2 (θ̇2 + ϕ̇2 sin2 θ) +mgl cos θ . (31) As equações de Lagrange para o pêndulo esférico são ml2θ̈ −ml2ϕ̇2 sin θ cos θ +mgl sin θ = 0⇒ θ̈ − ϕ̇2 cos θ − g l sin θ = 0 (32) para eθ d dt (ml2ϕ̇ sin2 θ) = 0⇒ ϕ̈ sin2 θ + 2ϕ̇θ̇ sin θ cos θ = 0 (33) para ϕ. Note que a primeira parte de ( ) implica que a componente33 z do momento angular, L xpz = y − ypx = ml2ϕ̇ sin2 θ (34) é conservada. Por fim, para conferir nossos resultados, podemos considerar o caso partic- ular quando ϕ̇ = 0. Nesse caso, a ( ) se torna32 θ̈ + g l sin θ = 0 (35) que é a equação para o pêndulo num plano, conforme o esperado. 4 Antonio Capanema Impresso por Nilton Rodrigues, E-mail nilton.rodrigues2659@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 24/09/2023, 19:44:16 Soluções de Mecânica Anaĺıtica (Nivaldo A. Lemos) 5 Problema 1.4. Solução: Para o pêndulo cicloidal, x = R(θ − sin θ) y = R(1− cos θ) (36) ẋ = R(θ̇ − θ̇ cos θ) ẏ = Rθ̇ sin θ (37) nos permite escrever a energia cinética como T = m 2 (ẋ2 + ẏ2) = mR2 2 (2θ̇2 − 2θ̇2 cos θ) = 2mR2 sin2 θ 2 θ̇2 . O potencial, por sua vez, é simplesmente V = −mgy mgR= − (1− cos θ) já que o eixo aponta para baixo. Lembrando que 1 2), obtemosy − cos θ = 2 sin2(θ/ L = 2mR2 sin2 θ 2 θ̇ θ2 +mgR(1− cos ) (38) para a lagrangiana do pêndulo cicloidal de Huyghens. Em termos de u = cos( 2),θ/ θ = 2arccosu ⇒ θ̇ = − 2u̇√ 1− u2 (39) ⇒ L = 8mR2u̇ u2 + 2mgR(1− 2) , (40) e a equação de Lagrange em termos desta nova coordenada é 16 ¨mR2u+ 4mgRu = 0⇒ ü = − g 4R u . (41) Para calcular o peŕıodo de oscilação, precisamos da solução de ( ):41 u t( ) = A cosωt ωt ,+B sin (42) com ω = p g/4R e eA B constantes a determinar pelas condições iniciais. Portanto, é fácil ver que o peŕıodo τ = 2π/ω do movimento é dado por τ = 4π s R g , (43) independente da amplitude, assim como no pêndulo simples. 5 Antonio Capanema Impresso por Nilton Rodrigues, E-mail nilton.rodrigues2659@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 24/09/2023, 19:44:16 Soluções de Mecânica Anaĺıtica (Nivaldo A. Lemos) 6 Problema 1.5. Solução: Sejam ( ) e ( ) as coordenadas cartesianas das massasx1, y1 x2, y2 M e m, respectivamente, com a origem do sistema na roldanada direita da Figura 1.9 (pág. 40) e com o eixo apontando para baixo. O setup da máquina de Atwood oscilantey possui os v́ınculos x1 = cte. e y1 + r = l , (44) onde l é uma constante pré-determinada pelo comprimento do fio. Como temos 2 v́ınculos, o sistema possui 4− 2 = 2 graus de liberdade. Utilizando as coordenadas generalizadas r e θ da Figura 1.9, temos x2 = r rsin θ y2 = cos θ (45) ẋ2 = ṙ sin θ + r θ̇ cos θ ẏ2 = ṙ cos θ − rθ̇ sin θ . (46) aĺem de ẋ1 = 0 e ẏ1 = −ṙ advindo dos v́ınculos ( ). Com isso, a energia cinética será44 T = M 2 (ẋ21 + ẏ 2 1) + m 2 (ẋ22 + ẏ 2 2) = Mṙ2 2 + m 2 (ṙ2 + r2 θ̇2) (47) e a energia potencial será V = −Mgy mgy mgr1 − 2 = Mg(r − l)− cos θ , (48) tal que a lagrangiana do sistema é dada por (descartando a constante que não alteraMgl as equações de movimento) L = m+M 2 ṙ2 + m 2 r2θ̇ θ2 − gr(M −m cos ) . (49) Podemos então escrever a equação de Lagrange para :r (m+M)r̈ −mrθ̇ θ2 + g(M −m cos ) = 0 , (50) e para :θ r2 θ̈ + 2rṙθ̇ + gr sin θ = 0 . (51) 6 Antonio Capanema Impresso por Nilton Rodrigues, E-mail nilton.rodrigues2659@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 24/09/2023, 19:44:16 Soluções de Mecânica Anaĺıtica (Nivaldo A. Lemos) 7 Problema 1.6. Solução: A queda livre sujeita à resistência do ar proporcional à veloci- dade da part́ıcula, , tem como função de dissipação 2. A lagrangianaFres = λv F = λv2/ em termos da posição vertical z como coordenada generalizada é simplesmente L = m 2 ż2 −mg(z − z0) , (52) onde orientamos o eixo é a altura de potencial nulo. Aĺem disso, =z para cima e z0 F λż2/2. A equação de movimento é obtida usando a Eq. (1.6.17) do livro: mz̈ +mg + λż = 0 . (53) Resolvendo ( ) para a velocidade ˙53 z, começamos pela solução homogênea: mz̈h + λżh = 0⇒ ż Aeh = −λt/m . (54) Pelo método de variação de constantes, a solução geral terá a forma ż(t A t) = ( )e−λt/m. Substitúındo em ( ) e integrando,53 mȦe λAe λAe t−λt/m − −λt/m +mg + −λt/m = 0⇒ A( ) = −gm λ eλt/m +B . (55) Para que ż(0) = v v0, devemos ter B = 0 + gm/λ, tal que a solução completa será v(t) = ż = −gm λ + v0 + gm λ e−λt/m . (56) Partindo do repouso v0 = 0, temos v(t) = gm λ (e−λt/m − 1) (57) que atinge seu valor ḿınimo para t → ∞ ( (v t) é negativa pois o eixo está orientado paraz cima). Em módulo, este valor corresponde à velocidade máxima , tambémvmax = mg/λ conhecida como velocidade terminal. Problema 1.7. Solução: É simples verificar que a equação de Lagrange para1 L = eλt/m m 2 ẋ2 −mgx (58) é igual à do exerćıcio anterior: eλt/mmẍ+ eλt/mλẋ+ eλt/mmg = 0 (59) ⇒ mẍ+ λẋ+mg = 0 , (60) que é igual a ( ).53 1Modificamos a lagrangiana do exerćıcio original acrescentando um fator de no argumento dam−1 exponencial para obter a equação de movimento correta! Isto pode ser interpretado como uma redefinição do parâmetro .λ ⇒ λ/m 7 Antonio Capanema Impresso por Nilton Rodrigues, E-mail nilton.rodrigues2659@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 24/09/2023, 19:44:16 Soluções de Mecânica Anaĺıtica (Nivaldo A. Lemos) 8 Problema 1.8. Solução: (i) Colocamos a origem das coordenadas no ponto de suspensão do pêndulo quando as molas estão em equiĺıbrio. As coordenadas cartesianas da massa ) em termosm (xm, ym das coordenadas generalizadas x e θ são xm = x+ l sin θ ym = l cos θ (61) ẋm = ẋ+ l θ̇ cos θ ẏm = −lθ̇ sin θ . (62) Obtemos as energias cinética e potencial T = m 2 (ẋ2 + l2θ̇2 + 2lẋθ̇ cos θ) e V = −mgl cos θ + 2 k 2 x2 , (63) as quais nos conferem a lagrangiana L = m 2 (ẋ2 + l2 θ̇2 + 2lẋθ̇ cos θ) +mgl cos θ − kx2 (64) e as equações de Lagrange para x e θ, respectivamente, mẍ+ml( θ̈ cos θ − θ̇2 sin θ) + 2kx = 0 (65) e, após cancelamentos, lθ̈ + ẍ cos θ + g sin θ = 0 . (66) (ii) No caso de pequenas oscilações, aproximamos sin 1 e desprezamosθ ≈ θ e cos θ ≈ termos do tipo θn ou θ̇n para n ≥ 2, obtendo as equações de movimento aproximadas mẍ+mlθ̈ + 2kx = 0 e lθ̈ + ẍ+ gθ = 0 . (67) Podemos combinar as equações ( ) para encontrar uam relação entre67 x e θ. Multiplicando a segunda equação por , podemos subtrair uma da outra, resultando emm 2kx−mgθ = 0 (68)⇒ x = αθ , com α = mg/2k. Finalmente, se derivarmos (68) no tempo duas vezes, podemos eliminar ẍ da segunda equação de (67), obtendo lθ̈ + αθ̈ + gθ = 0⇒ θ̈ + g l0 θ = 0 (69), com l0 = l + mg 2k , (70) que é a equação de um pêndulo simples com comprimento l0 para pequenas oscilações. 8 Antonio Capanema Impresso por Nilton Rodrigues, E-mail nilton.rodrigues2659@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 24/09/2023, 19:44:16 Soluções de Mecânica Anaĺıtica (Nivaldo A. Lemos) 9 Problema 1.9. Solução: Para determinar o potencial generalizado U( ˙r, r) para a força F = ee0 r2 1 + rr̈ c2 − ṙ 2 2c2 , (71) precisamos escrevê-la na forma da equação (1.6.1) do livro: F = −∂U ∂r + d dt ∂U ∂ṙ . (72) Notamos primeiro que a derivada temporal d dt ee0 r ṙ c2 = ee0 r2 rr̈ c2 − ṙ 2 c2 (73) pode ser identificada no segundo e terceiro termos de ( ), exceto por um fator 1 2 no71 / último termo. Isso nos inspira a testar ∂U ∂ṙ = ee0 r ṙ c2 ⇒ U(r, ṙ) = ee 0 r ṙ2 2c2 + f(r) , (74) onde f(r) é uma função qualquer somente de r. Para que isso funcione, precisamos que o primeiro termo de ( ) apareça e o fator de 1/2 do terceiro termo seja corrigido, ou seja,71 −∂U ∂r = ee0 r2 + ee0 r2 ṙ2 2c2 . (75) Utilizando a forma do potencial de ( ), isso nos dá a função ):74 f(r −f 0(r) = ee 0 r2 ⇒ f(r) = ee 0 r , (76) onde zeramos a constante de integração por uma escolha adequada do referencial nulo do potencial. Portanto, o potencial generalizado para (71) é U(r, ṙ) = ee0 r 1 + ṙ2 2c2 . (77) O sistema de uma carga sob a ação de (e 71) na preseça de outra carga fixa nae0 origem pode ser descrito pelas coordenadas generalizadas (r, θ) polares. A lagrangiana L = m 2 (ṙ r2 + 2θ̇2)− ee 0 r 1 + ṙ2 2c2 (78) nos conduz às equações de Lagrange m− ee 0 rc2 r̈ −mrθ̇2 − ee0 r2 1 + ṙ2 2c2 = 0 (79) e d dt (mr2θ̇) = 0 . (80) 9 Antonio Capanema Impresso por Nilton Rodrigues, E-mail nilton.rodrigues2659@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 24/09/2023, 19:44:16 Soluções de Mecânica Anaĺıtica (Nivaldo A. Lemos) 10 Problema 1.10. Solução: Para o pêndulo elástico, escolheremos as coordenadas gen- eralizadas (r, θ) polares (com θ sendo medido a partir da vertical para baixo), tal que a energia cinética da massa m é T = m 2 (ṙ r2 + 2θ̇2) (81) e o potencial é V = −mgr cos θ + k 2 ( ) (82)r − l 2 . Portanto, a lagrangiana L = m 2 (ṙ r2 + 2θ̇2) +mgr cos θ − k 2 ( ) (83)r − l 2 nos dá as equações de Lagrange para r mr̈ −mrθ̇2 −mg cos θ + k(r − l) = 0 (84) e para θ d dt (mr2θ̇) +mgr sin θ = 0 . (85) Problema 1.11. Solução: Uma massa num pêndulo cujo ponto de suspensão oscila como x(t) = a cosωt possui a energia cinética de ( ) no lugar de63) com x(t x. Considerando o potencial gravitational V = −mgl cos θ, a lagrangiana deste sistema será L = m 2 ( sina2ω2 2 ωt+ l2 θ̇2 − 2laωθ̇ sinωt mglcos θ) + cos θ , (86) o que nos conduz à equação de movimento lθ̈ θ− aω2 cosωt cos + g sin θ = 0 . (87) Para θ pequeno (sin θ ≈ θ e cos θ ≈ 1), isso se reduz a θ̈ = −g l θ + aω2 l cosωt , (88) que é a equação para um oscilador harmônico forçado com constante de mola ek/m ≡ g/l força periódica F ( (t)/m ≡ aω2/l) cosωt. A soluçãode ( ) possui uma parte “transiente”88 2 associada às condições iniciais do sistema e uma parte estacionária. A solução estacionária é da forma . Substitúındo esta solução em ( ), temosθ = θ0 cosωt 88 −ω2θ0 = − g l θ0 + aω2 l ⇒ θ0 = aω2 l(gl − ω2) . (89) Se ω = p g/l, temos o que caracteriza uma ressonância do sistema.θ0 → ∞ 2Se houver uma força de amortecimento, o termo transiete decai exponencialmente com o tempo. 10 Antonio Capanema
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