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TICS - Vasculites - Duda

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Aluna: Maria Eduarda Barbosa Raposo 
 
Sistemas Orgânicos Integrados IlI – TICs 
 
 Prof: Mário de Souza Lima e Silva 
 
 3º Período 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quais as manifestações clínicas das vasculites de acordo com o tamanho do 
calibre do vaso acometido? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Araguaína, 08 de setembro de 2023 
 
 
 
 
 
Quais as manifestações clínicas das vasculites de acordo com o tamanho do 
calibre do vaso acometido? 
 
 A vasculite é o nome dado ao grupo de doenças que geram inflamação nos vasos 
sanguíneos, provocada por uma invasão nas paredes dos vasos por células do sistema 
imunológico. Quando um vaso é agredido, pode tornar-se frágil, espesso, estreito ou 
fibrosado. Por causa das lesões, vasos inflamados resultam em redução do fluxo sanguíneo, 
com isquemia no território atingido, ou hemorragia, por ruptura da parede. 
 Em alguns casos, as vasculites podem causar enfraquecimento da parede dos vasos, 
fazendo-os ceder à pressão do sangue, propiciando a formação de aneurismas. Também pode 
haver ruptura do vaso inflamado, levando a quadros como AVC hemorrágico. 
 A distribuição dos vasos envolvidos varia desde grandes vasos até pequenos e médios 
vasos, e conforme o calibre há diferença na apresentação clinica dos sintomas. Mas de uma 
forma geral, as manifestações clinicas são febre, perda de peso, poliartralgia, polimialgia, dor 
de cabeça, dor no pescoço, indisposição, fadiga e poliartrite. 
VASOS DE PEQUENO CALIBRE: Os vasos de pequeno calibre incluem as artérias de 
pequeno calibre, arteríolas, vênulas e capilares. As vasculites nesses vasos geram 
manifestações clinica ligadas hemorragia alveolar, vasculite retiniana, hematoquezia, 
polineuropatia periférica, púrpura e glomerulonefrite. 
• Síndrome de Churg-Strauss: É uma doença sistêmica rara caracterizada 
principalmente por hipereosinofilia, asma e vasculite. O pulmão é o órgão mais 
frequentemente envolvido. As manifestações mais comuns são acometimento cutâneo 
(purpuras palpáveis), nódulo pulmonar, hemorragia do TGI e doença renal 
(principalmente glomeruloesclerose focal e segmentar). 
• Tromboangiite Obliterante Doença de Buerger: É uma patologia designada por 
inflamação aguda e crônica focal das pequenas e medias artérias. As manifestações 
iniciais são fenômeno de Raynaud induzido pelo frio, dor no peito do pé ao esforço 
físico e flebite nodular superficial (inflamação venosa). 
• Poliiangite Microscópica: Vasculite sistêmica que leva a glomerulonefrite crescente 
associada à vasculite sistêmica generalizada. As manifestações estão ligadas a 
glomerulonefrite, perda de peso, mononeurite, febre e
alterações cutâneas diversas. 
• Granulomatose de Wegener: Vasculite necrosante granulomatosa que acomete 
preferencialmente vias aéreas superiores, inferiores e rins. Seus principais quadros 
clínicos são: acometimento das vias aéreas, sinusite, rinorreia purulenta, úlceras 
mucosas, crostas nasais e obstrução nasal. 
VASOS DE MÉDIO CALIBRE: Os vasos de médio calibre incluem as artérias de médio e 
pequeno calibre, bem como as arteríolas. As vasculites nesses vasos geram manifestações 
clinicas ligada a ulceras cutâneas, mononeurite múltipla, livedo reticular, angina mesentérica, 
gangrena de extremidades. 
• Poliartrite nodosa clássica: Tem como características doença sistêmica, acomete 
mais homens e em qualquer idade. Alguns sintomas são: febre, mal-estar, perda de 
peso, fadiga, dor abdominal, hipertensão arterial, e insuficiência cardíaca congestiva. 
• Doença de Kawasaki: Vasculite autolimitada e sistêmica. As manifestações clínicas 
são: quadro febril, linfadenopatia cervical, congestão ocular, alteração dos lábios e 
cavidade oral com ressecamento, fissuras, descamação, sangramento labial e 
hiperemia com proeminência das papilas gustativas. Além disso, pode-se observar 
eritema e edema palmo plantar. 
VASOS DE GRANDE CALIBRE: Os vasos de grande calibre são a aorta e suas principais 
ramificações. As vasculites nesses vasos geram manifestações clinicas ligada a claudicação 
de membros, diminuição dos pulsos, assimetria de P.A carotídea, HAS renovascular, sopros 
e dor torácica. 
• Arterite de Takayasu: Atinge a aorta e seus maiores ramos (subclávia, renal e 
carótida). O quadro clínico apresenta febre, artralgia, astenia, fadiga, mialgia e perda 
de peso, além de que alguns pacientes podem apresentar sopros múltiplos e 
claudicação das extremidades. Em alguns casos pode haver sincope e insuficiência 
aórtica, hipertensão arterial e redução do pulso. 
• Arterite Temporal: Inflamação crônica, tipicamente granulomatosa, acomete 
principalmente artérias da região da cabeça (em especial artérias temporais). 
Apresenta manifestações clínicas como: febre, fadiga, perda de peso, anorexia, dor 
facial e cefaleia. Além disso, nota-se claudicação de mandíbula e acometimento do 
arco aórtico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELAÇÃO TEÓRICO – PRÁTICA 
 
 
 O conhecimento sobre as vasculites é de extrema importância para acadêmicos de 
medicina, uma vez que essas doenças inflamatórias dos vasos sanguíneos podem apresentar 
uma ampla gama de manifestações clínicas e potencialmente afetar qualquer órgão do corpo. 
Compreender as vasculites é crucial para diagnosticar corretamente essas condições, 
identificar os órgãos afetados e determinar a gravidade da doença. Além disso, o diagnóstico 
precoce é essencial para a implementação de tratamentos adequados, que muitas vezes 
envolvem medicamentos imunossupressores. Os acadêmicos de medicina que adquirem 
conhecimento sobre as vasculites estarão melhor preparados para fornecer cuidados de 
qualidade aos pacientes, melhorando as chances de diagnóstico precoce e tratamento eficaz, 
o que é fundamental para a qualidade de vida e o prognóstico dessas doenças complexas. É 
importante também saber quais exames solicitar que o paciente faça para concluir o 
diagnostico, tais como: Hemograma completo, PCR, ANCA, Angiografias, Tomografia 
Computadorizada, Exames de Urina e entre outros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS: 
 
BRANDT, H. R. C. et al. Vasculite cutânea de pequenos vasos: etiologia, patogênese, 
classificação e critérios diagnósticos-Parte l. Anais Brasileiros de Dermatologia, 2007. 
 
BRANDT, H. R. C. et al. Vasculites dos médios e grandes vasos. Anais Brasileiros de 
Dermatologia, 2009.

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