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Salário e Remuneração

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• REMUNERAÇÃO E SALÁRIO: 
 
• ELEMENTOS DO SALÁRIO. 
 
 
• Salario – forma mais usual e mais antiga de 
pagamento a um trabalhador. 
• Nome inspirado num bem escasso no império romano 
– o sal. 
 
• Retribuição pelo trabalho prestado 
 
• Sinônimos: - estipêndio, ordenado, 
 
• Soldos – pago aos militares 
• Vencimentos – servidor público 
• Subsídios – Agentes Políticos. 
• Honorários – Profissionais liberais 
• Autônomos - Remuneração 
 
• Como bem preceitua Amauri Mascaro Nascimento: 
• “A CLT usa as expressões “salário” (Art. 457, §. Primeiro) e 
“remuneração” (art. 457, caput) sem precisar se o faz com o 
mesmo ou com sentidos diferentes. No entanto, as razões 
que a levaram a essa dupla denominação referem-se ao 
propósito de não usar a palavra “salário” para designar 
também as gorjetas. O Legislador quis que as gorjetas 
compusessem o âmbito salarial. Como as gorjetas não são 
pagamento direto efetuado pelo empregador ao empregado, 
a solução encontrada foi introduzir na lei a palavra 
“remuneração”. (Amauri Mascaro Nascimento – Iniciação ao 
Direito do Trabalho de acordo com a reforma trabalhista) 
• A CLT não define salário, apenas os seus 
componentes e fixa regras de seu pagamento e sua 
proteção. 
 
• Sentido econômico – “salário é a contraprestação do 
trabalho, considerado este como o conjunto da força 
dos trabalhadores utilizada pelo capital 
 
• No âmbito do contrato individual do trabalho “a 
definição de salário tem uma finalidade prática para 
designar, dentre os dois grandes tipos de pagamentos 
resultados do mesmo, indenizações e salários, quais 
são os que se enquadram naquela ou nesta 
classificação.”. (Amauri Mascaro Nascimento – 
Iniciação ao Direito do Trabalho de acordo com a 
reforma trabalhista). 
 
• Em decorrência dos reflexos do salário, porque todo 
pagamento que tiver essa natureza é sobrecarregado com 
encargos devidos à Previdência Social e ao FGTS, bem 
como serve de base para cálculo de outras obrigações 
devidas pelo empregador. 
 
• - Salário também pode ser definido como tempo à disposição 
conforme expõe o Homero Batista (Curso de Direito do 
Trabalho aplicado – Vol. 5 – Livro da Remuneração). 
 
• “recebem salários o recepcionista, no interstício entre o 
primeiro entre o primeiro e o segundo contato telefônico, e o 
empregado à mercê das ordens emanadas do empregador. 
Os Salários são pagos para os empregados que produziram 
como também para os que permaneceram na iminência de 
produzirem”. (Homero Batista Curso de Direito do Trabalho 
aplicado – Vol. 5 – Livro da Remuneração). 
 
 
• Enfoque como tempo à disposição do 
Empregador foi muito mitigado em face da 
reforma trabalhista e as alterações quanto às 
implicações de determinadas verbas e sua 
integração ou não ao contrato de trabalho. 
 
 
• REMUNERAÇÃO - Conceito (art. 457 da CLT) 
 
• remuneração = salário + gorjeta, ajuda de custo, 
comissões, percentagens, adicionais, diárias de 
viagens 
 
• NORMAS DE PROTEÇÃO AO SALÁRIO 
 
• Há normas que protegem o salário do empregador, normas 
que protegem o salário contra credores do empregador e 
contra credores do empregado. 
 
• Proteção do salário contra o empregador 
 
• Irredutibilidade salarial: Essa garantia traduz, no plano 
salarial, a incorporação, pelo Direito do Trabalho, do princípio 
geral da inalterabilidade dos contratos pacta sunt servanda, 
oriundo do Direito Civil. 
 
• A Constituição Federal de 1988 incorporou expressamente o 
princípio da irredutibilidade, mas com uma ressalva: “salvo o 
disposto em convenção ou acordo coletivo”. (CF/88, art. 7°, 
VI) 
 
Diferença de Salário e outras figuras 
 
• Necessário distinguir: 
 
• Salário x Indenização – indenização é reparação de 
danos. Não se confundem com salário as 
indenizações de dispensa sem justa causa e outras, 
diárias e ajudas de custo – ressarcimento de gastos e 
que são portanto indenizações. 
 
• Salário x Beneficio Previdenciário – pagamentos 
efetuados pelo INSS aos seus segurados e nos 
termos estabelecidos em lei como auxílio-doença e 
aposentadoria. 
• Salário família é benefício previdenciário pago ao 
segurado pelos filhos menores de 14 anos ou 
inválidos – pagamento pela previdência social. 
 
• Salário x Complementação previdenciária - 
pagamento que o empregador efetua ao empregado 
para cobrir uma diferença entre o que ele receberá da 
previdência social e que ganharia caso estivesse em 
serviço como: 
• Complementação de 13º salário, auxílio doença e 
aposentadorias. 
 
• Salário x Recolhimentos parafiscais – Natureza 
Tributária – salário educação. 
 
• Direitos Intelectuais – Empregado pode receber 
pagamentos do empregador por duas formas: direitos 
do autor e direitos de propriedade industrial. 
 
 
• MODALIDADES DE SALÁRIO 
 
• por unidade de tempo, produção ou tarefa. 
 
• UNIDADE TEMPO 
• O salário pago por unidade de tempo é aquele que se refere 
ao período trabalhado – remunera-se o tempo à disposição 
do empregador, podendo ser estipulado por mês, quinzena, 
semana, dia ou hora. 
 
• Excepcionalmente o salário à base de comissões pode ser 
pago em período superior a um mês. Nesta modalidade é 
irrelevante a produtividade do empregado. 
• No caso do empregado que recebe por hora, a unidade de 
tempo serve apenas para o cálculo do valor do salário, sendo 
a periodicidade do pagamento a regra geral de um mês. 
 
• SALÁRIO POR PRODUÇÃO OU POR UNIDADE DE OBRA 
 
• O salário por produção – considera a produção do 
empregado na empresa. 
• Tem como base o resultado do trabalho do empregado, ao 
número de peças produzidas. 
 
• Se for pago por comissão equivale ao salário por produção, 
sendo que o tempo despendido para a consecução da tarefa 
é irrelevante. 
 
• O valor fixo estabelecido por peça = tarifa. 
 
• Nesta forma deve ser garantido ao empregado o salário 
mínimo – CF – Art. 7º, VII 
 
• SALÁRIO POR TAREFA 
 
• Calcula-se com base na produção e o tempo utilizado pelo 
empregado para a realização da tarefa, incluindo-se também o 
tempo à disposição Ao empregador, sendo igualmente garantido o 
salário mínimo. 
 
• - O trabalhador alcança a meta de produção em um número menor 
de dias: neste caso, ou o empregador libera o empregado, restando 
assegurado o salário avençado ou, então, libera o empregado para 
que produza adicionalmente pagando-lhe pela diferença 
correspondente. 
 
• - O trabalhador não alcançar a produção mínima na duração de 
tempo respectiva: nesta situação, qualquer sobrejornada 
(observado o limite semanal de 44 horas) deverá ser remunerada 
com o adicional aplicável às jornadas extraordinárias.. 
 
• COMISSIONISTA PURO E COMISSIONISTA MISTO 
 
• Comissão - parcelas pagas pelo empregador ao 
empregado, em virtude de uma produção atingida e 
determinada em contrato - forma de retribuição pelas 
metas estabelecidas e alcançadas. 
 
• Na forma de comissão o empregado precisa atingir o 
que foi acordado através de um contrato de trabalho 
- comissão como base de sua remuneração. 
• O salário é pago de forma variável, isto é, o 
pagamento é executado conforme a comissão 
estipulada pelo seu empregador e acordado por 
ambos. 
 
• Comissionista Puro: 
 
• É o empregado que recebe sua remuneração de forma variável, 
pois depende exclusivamente do seu rendimento e de sua 
capacidade profissional para atingir as metas estabelecidas. Deve 
ser garantido, pelo menos, um salário-mínimo ou o piso da 
categoria, caso o valor das comissões no mês tenha sido inferior a 
este. 
 
• Nesta forma de comissionista, não há salário 
 
• Não é possível, igualmente haver descontos a título de 
compensação da complementação do salário. Ou seja, se em um 
mês o empregado receber mais que um salário mínimo, por 
exemplo, não é permitido qualquer desconto sobre o valor. 
 
• Tem de haver anotação na CTPS. 
 
• SÚMULA Nº 340 DO TST 
 
• COMISSIONISTA. HORAS EXTRAS (nova 
redação) - Res.121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
 
• O empregado, sujeito a controle de horário, 
remunerado à base de comissões, tem direito ao 
adicional de, no mínimo, 50% (cinquenta por 
cento) pelo trabalho em horas extras, calculado 
sobre o valor-hora das comissões recebidas no 
mês, considerando-se como divisor o número de 
horas efetivamente trabalhadas. 
 
• O valor do salário/hora do empregado 
comissionista deve ser apurado com base no 
salário mensal pago dividido pelo número de 
horas efetivamente trabalhadas. Isso porque 
se tratando de salário por venda efetiva, o 
salário mensal pago compreende toda a 
produção alcançada, que se obtém não 
somente durante a jornada legal de trabalho, 
mas também como sobrejornada. Nesse 
caso, não importaria o momento em que se 
deu a venda ou o negócio que gerou o 
pagamento da comissão. 
 
• Cálculo de Férias do Comissionista 
• Nos termos do parágrafo 3º do artigo 142 da CLT, quando o salário 
for pago por percentagem, comissão ou viagem, deverá se apurar a 
média percebida pelo empregado nos 12 meses que antecederem a 
concessão das férias, ou período inferior. 
• Se o empregado receber salário fixo mais comissões, o empregador 
também apurará a média dessas comissões, adicionando a média 
encontrada ao salário fixo, chegando à remuneração base para 
cálculo das férias. 
• Instrumentos coletivos normalmente regulamentam a questão. 
 
• Aviso Prévio 
• O cálculo do aviso prévio indenizado aos empregados 
comissionistas também será efetuado, apurando a média de 
comissões dos últimos 12 meses de efetivo trabalho (ou números 
de meses trabalhados se o tempo de serviço for inferior a 12 
meses). 
 
• DSR – SÚMULA 27 TST. 
• COMISSIONISTA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 
21.11.2003 
• É devida a remuneração do repouso semanal e dos dias feriados ao 
empregado comissionista, ainda que pracista. 
 
• Faltas injustificadas, o empregador não poderá efetuar qualquer 
desconto ao empregado, pois não comparecendo ao trabalho, o 
mesmo não poderá vender e, consequentemente, não terá 
comissão. Subentende-se que a comissão que deixará de receber 
corresponde à punição pela ausência injustificada. Contudo, o 
empregador poderá aplicar penalidades com caráter disciplinar, 
como advertências e suspensões. 
 
• Cálculo de 13º Salário do Comissionista 
• Quando o salário for pago por comissão, deverá ser apurada a 
média percebida pelo empregado no ano ou pelo número de meses 
trabalhados se o tempo de serviço for inferior a um ano. 
 
• OJ – SDI-I - 235. HORAS EXTRAS. SALÁRIO POR 
PRODUÇÃO (redação alterada na sessão do Tribunal Pleno 
realizada em 16.04.2012) - Res. 182/2012, DEJT divulgado 
em 19, 20 e 23.04.2012 
 
• O empregado que recebe salário por produção e trabalha em 
sobrejornada tem direito à percepção apenas do adicional de 
horas extras, exceto no caso do empregado cortador de 
cana, a quem é devido o pagamento das horas extras e do 
adicional respectivo. 
 
 
• O valor de cada hora extra é o de uma hora normal de 
trabalho acrescida de, no mínimo, 50%. Contudo, é preciso 
consultar as convenções ou acordos coletivos de cada 
sindicato profissional. 
 
CLÁUSULA DEL CREDERE 
 
• Origem no Direito Italiano - o vendedor passa a ser o 
responsável direto pela venda efetuada, respondendo pelo 
valor da venda no caso de inadimplemento do cliente. 
 
• Essa cláusula encontrava previsão no art. 179 do Código 
Comercial, dispositivo revogado pelo novo Código Civil/02, 
que determinava o pagamento de um plus para compensar 
a cláusula del credere. Atualmente o art. 698 do CC prevê o 
mesmo direito. 
 
• Por ser prejudicial ao empregado e violar o princípio da 
proteção, referida cláusula é inaplicável aos vendedores 
pracistas e qualquer outro empregado. 
 
 
• No caso dos representantes comerciais, há previsão legal 
(art. 43 da Lei nº 4.886/65) proibindo a inclusão da cláusula. 
 
• Segundo os ensinamentos de Maurício Godinho Delgado, a 
cláusula teria o condão de tornar o trabalhador 
solidariamente responsável pela solvabilidade e pontualidade 
daqueles com quem pactuar por conta do empregador. 
Noutras palavras, autoriza a cláusula examinada a divisão 
dos riscos concernentes aos negócios ultimados. 
 
• A ordem justrabalhista é silente acerca da aplicabilidade de 
semelhante cláusula ao Direito do Trabalho e, em especial, 
ao vendedor comissionista empregado. 
 
• Mauricio Godinho Delgado, in CONTRATO DE TRABALHO E 
AFINS: COMPARAÇÕES E DISTINÇÕES. Rev. Trib. Reg. 
Trab. 3ª Reg. - Belo Horizonte, 31 (61): 75-92, Jan./Jun.2000 
• PISO SALARIAL – 
 
• O piso salarial é o menor valor de salário que pode ser pago 
dentro de uma categoria profissional específica. O piso é 
necessariamente superior ao salário mínimo vigente, e pode 
ser fixado tanto por lei, quanto por sindicatos (dentro da 
região que aquele sindicato abrange). Ele pode variar de 
acordo com a cidade, o estado e até mesmo a empresa. 
Muitos estados e cidades não cumprem os pisos salariais 
determinados, mesmo tendo sido acordadas e estabelecidos 
as normas em eventos oficiais. 
 
• A data-base é a data em que devem ser feitas as regociações 
e reivindicações de aumento do piso salarial. Cada categoria 
tem uma data-base específica. 
 
• SALÁRIO MÍNIMO LEGAL - 
 
• Salário idealizado para uma jornada de 8hs/da- 44hs 
semanal. 
 
• Básico padrão de irredutibilidade de acordo com CF – art. 7º, 
IV: 
 
• São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de 
outros que visem à melhoria de sua condição social: 
• (...) 
• IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, 
capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de 
sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, 
lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com 
reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, 
sendo vedada sua vinculação para qualquer fim; 
 
• A CLT não define salário, apenas os seus 
componentes e fixa regras de seu pagamento e sua 
proteção. 
 
• Sentido econômico – “salário é a contraprestação do 
trabalho, considerado este como o conjunto da força 
dos trabalhadores utilizada pelo capital 
 
• No âmbito do contrato individual do trabalho “a 
definição de salário tem uma finalidade prática para 
designar, dentre os dois grandes tipos de pagamentos 
resultados do mesmo, indenizações e salários, quais 
são os que se enquadram naquela ou nesta 
classificação.”. (Amauri Mascaro Nascimento – 
Iniciação ao Direito do Trabalho de acordo com a 
reforma trabalhista). 
 
• Plenário do STF – 30/04/2008 – Entendeu ser constitucional 
o pagamento de valor inferior ao salário mínimo para os 
jovens que prestam serviço mitilar obrigatório. R.Ext. 570177 
 
• Súmula Vinculante 6 - 
• Não viola a Constituição o estabelecimento de remuneração 
inferior ao salário mínimo para as praças prestadoras de 
serviço militar inicial. 
 
• Utilização do Salário mínimo como indexador. 
 
• Súmula vinculante 4. 
• Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo 
não pode ser usado como indexador de base de cálculo de 
vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser 
substituído por decisão judicial. 
 
• Salário mínimo somente pode ser utilizado nos casos autorizados 
na CF: 
 
• CF. Art. 7º, IV - Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e 
rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: 
• IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz 
de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família 
com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, 
higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos 
que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação 
para qualquer fim; 
 
• Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de 
regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, 
observados critérios que preservem o equilíbrio financeiroe atuarial, 
e atenderá, nos termos da lei, a: 
• § 2º - § 2º Nenhum benefício que substitua o salário de 
contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado terá valor 
mensal inferior ao salário mínimo. 
 
 
• OJ – SDI- I 272. SALÁRIO MÍNIMO. SERVIDOR. SALÁRIO-BASE 
INFERIOR. DIFERENÇAS. INDEVIDAS (inserida em 27.09.2002) 
• A verificação do respeito ao direito ao salário mínimo não se apura 
pelo confronto isolado do salário-base com o mínimo legal, mas 
deste com a soma de todas as parcelas de natureza salarial 
recebidas pelo empregado diretamente do empregador. 
 
• OJ – SDI – I 358. Salário mínimo e piso salarial proporcional à 
jornada reduzida. Empregado. Servidor público. (DJ 14.03.2008) 
(Redação alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 
16.02.2016. Res. 202/2016. DeJT 19/02/2016) 
• I - Havendo contratação para cumprimento de jornada reduzida, 
inferior à previsão constitucional de oito horas diárias ou quarenta e 
quatro semanais, é lícito o pagamento do piso salarial ou do salário 
mínimo proporcional ao tempo trabalhado. 
 
• II – Na Administração Pública direta, autárquica e fundacional não é 
válida remuneração de empregado público inferior ao salário 
mínimo, ainda que cumpra jornada de trabalho reduzida. 
Precedentes do Supremo Tribunal Federal 
 
• SALÁRIO MÍNIMO PROFISSIONAL 
• Salário devido à trabalhadores inseridos em determinadas 
profissões. 
 
• Normalmente maior que o salário mínimo federal 
• Radiologista – Sum. 358 TST 
• Médicos e Dentistas – Sum. 143 – TST. 
 
• SALÁRIO MÍNIMO ESTADUAL 
• Previsto na LC n. 103/2000 - Autoriza os Estados e o Distrito 
Federal a instituir o piso salarial a que se refere o inciso V do art. 7o 
da Constituição Federal, por aplicação do disposto no parágrafo 
único do seu art. 22 . 
 
• Devido à trabalhadores que ocupam categorias ou 
atividades específicas 
 
• TETO SALARIAL - 
• A Constituição proíbe o pagamento de salários a 
qualquer servidor público acima do que ganha um 
ministro do Supremo Tribunal Federal. O Conselho 
Nacional de Justiça estabelece que o limite 
remuneratório dos magistrados e servidores dos 
Tribunais de Justiça tem de corresponder a 90,25% do 
teto do STF. 
 
• Mas na prática servidores acabam incorporando 
benefícios aos salários e ultrapassando o limite. 
Muitos obtêm o direito de receber acima do teto a 
partir de liminares judiciais. 
 
• OJ – 339 – SDI-I - TETO REMUNERATÓRIO. 
EMPRESA PÚBLICA E SOCIEDADE DE 
ECONOMIA MISTA. ART. 37, XI, DA CF/88 
(ANTERIOR À EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 
19/98) (nova redação) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 
e 25.04.2005 
• As empresas públicas e as sociedades de 
economia mista estão submetidas à observância 
do teto remuneratório previsto no inciso XI do art. 
37 da CF/88, sendo aplicável, inclusive, ao 
período anterior à alteração introduzida pela 
Emenda Constitucional nº 19/98. 
 
 
• SALÁRIO COMPLESSIVO - 
• A empresa é obrigada a discriminar cada uma dessas 
verbas no contracheque do empregado, não podendo 
colocar tudo como se fosse salário. 
 
• Se tudo constar como "salário“ configurar-se-á o que o 
Direito do Trabalho chama de Salário Complessivo, e 
isso não é permitido em nosso ordenamento jurídico. 
 
• TST – SÚM 91 do TST – 
• "Nula é a cláusula que fixa determinada importância 
ou percentagem para atender englobadamente vários 
direitos legais ou contratuais do trabalhador." 
 
• COMPLEMENTOS SALARIAIS- 
 
• Liga o salário à ideia de acréscimo como forma de 
complementar/indenizar situação extraordinária ou 
desvantajosa. 
 
• O empregado receberá a hora de trabalho maior do que 
aquela outorgada em situações normais. 
 
• Deve constar de forma discriminada no contracheque 
 
• ADICIONAL DE INSALUBRIDADE - é instrumento legal de 
compensação ao trabalhador por períodos de trabalho 
exposto a agentes nocivos, com potencial para prejudicar a 
sua saúde de alguma forma. 
• CLT nos artigos 189 a 197. 
 
• Além disso, a Norma Regulamentadora NR-15 determina quais são 
os riscos passíveis de gerar o benefício. 
 
• A NR-15 define os critérios a serem observados de acordo com o 
risco a que o trabalhador está exposto. 
• Ruído contínuo e de impacto; 
• Calor e frio; 
• Radiações ionizantes e não ionizantes; 
• Condições hiperbáricas; 
• Vibrações; 
• Umidade; 
• Agentes químicos (caracterizados por limite de tolerância ou por 
atividade); 
• Poeiras minerais; 
• Agentes biológicos. 
 
• CLT - Art. . 190 - O Ministério do Trabalho 
aprovará o quadro das atividades e operações 
insalubres e adotará normas sobre os critérios de 
caracterização da insalubridade, os limites de 
tolerância aos agentes agressivos, meios de 
proteção e o tempo máximo de exposição do 
empregado a esses agentes. (Redação dada pela 
Lei nº 6.514, de 22.12.1977) 
 
• Parágrafo único - As normas referidas neste artigo 
incluirão medidas de proteção do organismo do 
trabalhador nas operações que produzem 
aerodispersóides tóxicos, irritantes, alérgicos ou 
incômodos.(Redação dada pela Lei nº 6.514, de 
22.12.1977) 
 
• CÁLCULO DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE 
 
• O adicional de insalubridade pode variar de acordo com o grau da 
mesma, prevendo o pagamento de 10% para o grau mínimo, 20% 
para o médio e 40% para o máximo. 
 
• O artigo 192 da CLT – SALÁRIO MÍNIMO - Suspensão da 
aplicação da súmula 228 – TST. - Reclamação 6.266-0 – DF – STF 
• Súmula nº 228 do TST 
• ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. BASE DE CÁLCULO (SÚMULA 
CUJA EFICÁCIA ESTÁ SUSPENSA POR DECISÃO LIMINAR DO 
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - Res. 185/2012, DEJT divulgado 
em 25, 26 e 27.09.2012 
• A partir de 9 de maio de 2008, data da publicação da Súmula 
Vinculante nº 4 do Supremo Tribunal Federal, o adicional de 
insalubridade será calculado sobre o salário básico, salvo critério 
mais vantajoso fixado em instrumento coletivo 
 
• CÁLCULO DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE 
 
• O adicional de insalubridade pode variar de acordo com o grau da 
mesma, prevendo o pagamento de 10% para o grau mínimo, 20% 
para o médio e 40% para o máximo. 
 
• O artigo 192 da CLT – SALÁRIO MÍNIMO - Suspensão da 
aplicação da súmula 228 – TST. - Reclamação 6.266-0 – DF – STF 
• Súmula nº 228 do TST 
• ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. BASE DE CÁLCULO (SÚMULA 
CUJA EFICÁCIA ESTÁ SUSPENSA POR DECISÃO LIMINAR DO 
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - Res. 185/2012, DEJT divulgado 
em 25, 26 e 27.09.2012 
• A partir de 9 de maio de 2008, data da publicação da Súmula 
Vinculante nº 4 do Supremo Tribunal Federal, o adicional de 
insalubridade será calculado sobre o salário básico, salvo critério 
mais vantajoso fixado em instrumento coletivo 
 
• “Na decisão, o ministro Lewandowski explicou que, no 
julgamento que deu origem à SV 4, o STF entendeu que, até 
que seja superada a inconstitucionalidade do artigo 192 da 
CLT por meio de lei ou de convenção coletiva, a parcela deve 
continuar a ser calculada com base no salário mínimo. Por 
essa razão, concluiu que a decisão do Plenário do TST 
que deu nova redação à Súmula 228 contrariou o 
entendimento firmado pelo Supremo a respeito da 
aplicação do enunciado da SV 4. Com esse fundamento, 
julgou procedente a reclamação para cassar a Súmula 
228 do TST “apenas e tão somente na parte em que 
estipulou o salário básico do trabalhador como base de 
cálculo do adicional de insalubridade devido”. 
 
• Decisão no mesmo sentido foi tomada pelo ministro nas 
RCLs 6277 e 8436, ajuizadas, respectivamente, pela 
Confederação Nacional de Saúde (CNS) – Hospitais, 
Estabelecimento e Serviços (CNS) e pela Unimed de Araras. 
 
• ADICIONAL DE PERICULOSIDADE 
• O conceito de periculosidade é diferente da insalubridade, pois o 
trabalhador não fica exposto diretamente ao agente nocivo, embora 
exista possibilidade de se ferir ou morrer em decorrência da sua 
atividade. As atividades perigosas são abordadas na NR-16. 
 
• Artigo 193 – São consideradas atividades ou operações perigosas, 
na forma da regulamentação aprovadapelo Ministério do Trabalho, 
aquelas que, por sua natureza ou método de trabalho, impliquem o 
contato permanente com inflamáveis ou com explosivos em 
condições de risco acentuado. 
• · § 1° - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao 
empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário 
sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou 
participações nos lucros da empresa. 
• · § 2° - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade 
que porventura lhe seja devido. 
 
• Lei – 12.740 – Periculosidade em atividades profissionais de 
segurança pessoal ou patrimonial 
 
• Lei – 12.997/2014 – Trabalho em motocicletas. 
 
• OJ – SDI – I 345. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. 
RADIAÇÃO IONIZANTE OU SUBSTÂNCIA RADIOATIVA. 
DEVIDO (DJ 22.06.2005) 
• A exposição do empregado à radiação ionizante ou à substância 
radioativa enseja a percepção do adicional de periculosidade, pois a 
regulamentação ministerial (Portarias do Ministério do Trabalho nºs 
3.393, de 17.12.1987, e 518, de 07.04.2003), ao reputar perigosa a 
atividade, reveste-se de plena eficácia, porquanto expedida por 
força de delegação legislativa contida no art. 200, "caput", e inciso 
VI, da CLT. No período de 12.12.2002 a 06.04.2003, enquanto vigeu 
a Portaria nº 496 do Ministério do Trabalho, o empregado faz jus ao 
adicional de insalubridade. 
• Calculado sobre salário base – sobre salário sem acréscimos 
resultantes de gratificações, prêmios ou participação no lucros da 
empresa. 
 
• Integra para remuneração o cálculo de férias, 13º, fgts, verbas 
resilitóiras. 
 
• Súmula 132 TST - ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. 
INTEGRAÇÃO 
• I - O adicional de periculosidade, pago em caráter permanente, 
integra o cálculo de indenização e de horas extras (ex-Prejulgado nº 
3). (ex-Súmula nº 132 - RA 102/1982, DJ 11.10.1982/ DJ 
15.10.1982 - e ex-OJ nº 267 da SBDI-1 - inserida em 27.09.2002) 
 
• II - Durante as horas de sobreaviso, o empregado não se encontra 
em condições de risco, razão pela qual é incabível a integração do 
adicional de periculosidade sobre as mencionadas horas. (ex-OJ nº 
174 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000) 
 
 
• ADICIONAL DE HORAS EXTRAS – 
 
• Conforme determina o art. 59 da CLT, as horas que excedem a 
jornada normal de trabalho será considerado hora extraordinária, 
que deve ser remunerada com acréscimo de, no mínimo de 50% 
(art. 7º, XVI, da CF/88). Se não houver acordo escrito, norma 
coletiva ou necessidade imperiosa (art. 61 CLT), o empregado não 
estará obrigado a prestar o serviço extraordinário. O valor das horas 
extras integra o aviso prévio indenizado e também são devidos os 
reflexos do DSR sobre o adicional. 
 
• Não havendo horas extras – desaparece o adicional de horas 
extras. 
 
• Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de 
outros que visem à melhoria de sua condição social: 
• XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, 
em cinquenta por cento à do normal; (Vide Del 5.452, art. 59 § 1º ) 
 
 
 
• ADICIONAL DE HORAS EXTRAS – 
 
• Conforme determina o art. 59 da CLT, as horas que excedem a 
jornada normal de trabalho será considerado hora extraordinária, 
que deve ser remunerada com acréscimo de, no mínimo de 50% 
(art. 7º, XVI, da CF/88). Se não houver acordo escrito, norma 
coletiva ou necessidade imperiosa (art. 61 CLT), o empregado não 
estará obrigado a prestar o serviço extraordinário. O valor das horas 
extras integra o aviso prévio indenizado e também são devidos os 
reflexos do DSR sobre o adicional. 
 
• Não havendo horas extras – desaparece o adicional de horas 
extras. 
 
• Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de 
outros que visem à melhoria de sua condição social: 
• XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, 
em cinqüenta por cento à do normal; (Vide Del 5.452, art. 59 § 1º ) 
• Cálculo de horas extras – verbas pagas pelo empregador não 
parcelas atribuídas a terceiros. Súmula 354 TST 
 
• GORJETAS. NATUREZA JURÍDICA. REPERCUSSÕES 
(mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
• As gorjetas, cobradas pelo empregador na nota de serviço ou 
oferecidas espontaneamente pelos clientes, integram a 
remuneração do empregado, não servindo de base de cálculo 
para as parcelas de aviso-prévio, adicional noturno, horas 
extras e repouso semanal remunerado. 
 
• OJ – SDI-I 60. PORTUÁRIOS. HORA NOTURNA. HORAS 
EXTRAS. (LEI Nº 4.860/65, ARTS. 4º E 7º, § 5º) (nova redação em 
decorrência da incorporação da Orientação Jurisprudencial nº 61 da 
SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 
• I - A hora noturna no regime de trabalho no porto, compreendida 
entre dezenove horas e sete horas do dia seguinte, é de sessenta 
minutos. 
• II - Para o cálculo das horas extras prestadas pelos trabalhadores 
portuários, observar-se-á somente o salário básico percebido, 
excluídos os adicionais de risco e produtividade. (ex-OJ nº 61 da 
SDI-1 - inserida em 14.03.1994) 
 
• ADICIONAL NOTURNO – 
• Considera-se trabalho noturno aquele executado entre ás 22 hs de um dia 
até as 05 hs do dia seguinte, neste período a remuneração terá um 
acréscimo de 20%, calculado sobre a hora diurna para o trabalhador 
urbano. 
• Por ficção legal, a hora noturna é menor que a diurna - 52 minutos e 30 
segundos. 
• Trabalho agrícola a hora noturna é de 60 minutos, mesmo, com acréscimo 
de 25%, sobre a hora diurna, e o período vai entre as 21hs de um dia ás 5 
hs do dia seguinte 
• Trabalho pecuária o adicional permanece no mesmo percentual, sendo 
executado no horário das; 20hs de um dia até as 04 hs do dia seguinte. 
 
• O adicional noturno integra o salário para todos os fins trabalhista 
no teor da Súmula 60 TST. Nos centros urbanos, pago com 
habitualidade, tomando para cálculo o 13º salário, férias e demais 
direitos, já que integra a remuneração-base (art. 73 § 2º, CLT). 
• A legislação definiu que 7 (sete) horas noturnas trabalhadas 
equivalem a 8 (horas). Destarte, o empregado trabalha 7 (sete) 
horas, mas recebe 8 (oito) horas para todos os fins legais. 
• Foi uma forma encontrada pelo legislador para repor o desgaste 
biológico que enfrenta quem trabalha à noite, sendo considerado 
um período penoso de trabalho. 
 
• Súmula nº 265 do TST 
• ADICIONAL NOTURNO. ALTERAÇÃO DE TURNO DE TRABALHO. 
POSSIBILIDADE DE SUPRESSÃO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 
19, 20 e 21.11.2003 
• A transferência para o período diurno de trabalho implica a perda do 
direito ao adicional noturno. 
 
• Súmula nº 60 do TST 
• ADICIONAL NOTURNO. INTEGRAÇÃO NO SALÁRIO E 
PRORROGAÇÃO EM HORÁRIO DIURNO (incorporada a 
Orientação Jurisprudencial nº 6 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 
22 e 25.04.2005 
• I - O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do 
empregado para todos os efeitos. (ex-Súmula nº 60 - RA 105/1974, 
DJ 24.10.1974) 
• II - Cumprida integralmente a jornada no período noturno e 
prorrogada esta, devido é também o adicional quanto às horas 
prorrogadas. Exegese do art. 73, § 5º, da CLT. (ex-OJ nº 6 da SBDI-
1 - inserida em 25.11.1996)

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