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• REMUNERAÇÃO E SALÁRIO: • ELEMENTOS DO SALÁRIO. • Salario – forma mais usual e mais antiga de pagamento a um trabalhador. • Nome inspirado num bem escasso no império romano – o sal. • Retribuição pelo trabalho prestado • Sinônimos: - estipêndio, ordenado, • Soldos – pago aos militares • Vencimentos – servidor público • Subsídios – Agentes Políticos. • Honorários – Profissionais liberais • Autônomos - Remuneração • Como bem preceitua Amauri Mascaro Nascimento: • “A CLT usa as expressões “salário” (Art. 457, §. Primeiro) e “remuneração” (art. 457, caput) sem precisar se o faz com o mesmo ou com sentidos diferentes. No entanto, as razões que a levaram a essa dupla denominação referem-se ao propósito de não usar a palavra “salário” para designar também as gorjetas. O Legislador quis que as gorjetas compusessem o âmbito salarial. Como as gorjetas não são pagamento direto efetuado pelo empregador ao empregado, a solução encontrada foi introduzir na lei a palavra “remuneração”. (Amauri Mascaro Nascimento – Iniciação ao Direito do Trabalho de acordo com a reforma trabalhista) • A CLT não define salário, apenas os seus componentes e fixa regras de seu pagamento e sua proteção. • Sentido econômico – “salário é a contraprestação do trabalho, considerado este como o conjunto da força dos trabalhadores utilizada pelo capital • No âmbito do contrato individual do trabalho “a definição de salário tem uma finalidade prática para designar, dentre os dois grandes tipos de pagamentos resultados do mesmo, indenizações e salários, quais são os que se enquadram naquela ou nesta classificação.”. (Amauri Mascaro Nascimento – Iniciação ao Direito do Trabalho de acordo com a reforma trabalhista). • Em decorrência dos reflexos do salário, porque todo pagamento que tiver essa natureza é sobrecarregado com encargos devidos à Previdência Social e ao FGTS, bem como serve de base para cálculo de outras obrigações devidas pelo empregador. • - Salário também pode ser definido como tempo à disposição conforme expõe o Homero Batista (Curso de Direito do Trabalho aplicado – Vol. 5 – Livro da Remuneração). • “recebem salários o recepcionista, no interstício entre o primeiro entre o primeiro e o segundo contato telefônico, e o empregado à mercê das ordens emanadas do empregador. Os Salários são pagos para os empregados que produziram como também para os que permaneceram na iminência de produzirem”. (Homero Batista Curso de Direito do Trabalho aplicado – Vol. 5 – Livro da Remuneração). • Enfoque como tempo à disposição do Empregador foi muito mitigado em face da reforma trabalhista e as alterações quanto às implicações de determinadas verbas e sua integração ou não ao contrato de trabalho. • REMUNERAÇÃO - Conceito (art. 457 da CLT) • remuneração = salário + gorjeta, ajuda de custo, comissões, percentagens, adicionais, diárias de viagens • NORMAS DE PROTEÇÃO AO SALÁRIO • Há normas que protegem o salário do empregador, normas que protegem o salário contra credores do empregador e contra credores do empregado. • Proteção do salário contra o empregador • Irredutibilidade salarial: Essa garantia traduz, no plano salarial, a incorporação, pelo Direito do Trabalho, do princípio geral da inalterabilidade dos contratos pacta sunt servanda, oriundo do Direito Civil. • A Constituição Federal de 1988 incorporou expressamente o princípio da irredutibilidade, mas com uma ressalva: “salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo”. (CF/88, art. 7°, VI) Diferença de Salário e outras figuras • Necessário distinguir: • Salário x Indenização – indenização é reparação de danos. Não se confundem com salário as indenizações de dispensa sem justa causa e outras, diárias e ajudas de custo – ressarcimento de gastos e que são portanto indenizações. • Salário x Beneficio Previdenciário – pagamentos efetuados pelo INSS aos seus segurados e nos termos estabelecidos em lei como auxílio-doença e aposentadoria. • Salário família é benefício previdenciário pago ao segurado pelos filhos menores de 14 anos ou inválidos – pagamento pela previdência social. • Salário x Complementação previdenciária - pagamento que o empregador efetua ao empregado para cobrir uma diferença entre o que ele receberá da previdência social e que ganharia caso estivesse em serviço como: • Complementação de 13º salário, auxílio doença e aposentadorias. • Salário x Recolhimentos parafiscais – Natureza Tributária – salário educação. • Direitos Intelectuais – Empregado pode receber pagamentos do empregador por duas formas: direitos do autor e direitos de propriedade industrial. • MODALIDADES DE SALÁRIO • por unidade de tempo, produção ou tarefa. • UNIDADE TEMPO • O salário pago por unidade de tempo é aquele que se refere ao período trabalhado – remunera-se o tempo à disposição do empregador, podendo ser estipulado por mês, quinzena, semana, dia ou hora. • Excepcionalmente o salário à base de comissões pode ser pago em período superior a um mês. Nesta modalidade é irrelevante a produtividade do empregado. • No caso do empregado que recebe por hora, a unidade de tempo serve apenas para o cálculo do valor do salário, sendo a periodicidade do pagamento a regra geral de um mês. • SALÁRIO POR PRODUÇÃO OU POR UNIDADE DE OBRA • O salário por produção – considera a produção do empregado na empresa. • Tem como base o resultado do trabalho do empregado, ao número de peças produzidas. • Se for pago por comissão equivale ao salário por produção, sendo que o tempo despendido para a consecução da tarefa é irrelevante. • O valor fixo estabelecido por peça = tarifa. • Nesta forma deve ser garantido ao empregado o salário mínimo – CF – Art. 7º, VII • SALÁRIO POR TAREFA • Calcula-se com base na produção e o tempo utilizado pelo empregado para a realização da tarefa, incluindo-se também o tempo à disposição Ao empregador, sendo igualmente garantido o salário mínimo. • - O trabalhador alcança a meta de produção em um número menor de dias: neste caso, ou o empregador libera o empregado, restando assegurado o salário avençado ou, então, libera o empregado para que produza adicionalmente pagando-lhe pela diferença correspondente. • - O trabalhador não alcançar a produção mínima na duração de tempo respectiva: nesta situação, qualquer sobrejornada (observado o limite semanal de 44 horas) deverá ser remunerada com o adicional aplicável às jornadas extraordinárias.. • COMISSIONISTA PURO E COMISSIONISTA MISTO • Comissão - parcelas pagas pelo empregador ao empregado, em virtude de uma produção atingida e determinada em contrato - forma de retribuição pelas metas estabelecidas e alcançadas. • Na forma de comissão o empregado precisa atingir o que foi acordado através de um contrato de trabalho - comissão como base de sua remuneração. • O salário é pago de forma variável, isto é, o pagamento é executado conforme a comissão estipulada pelo seu empregador e acordado por ambos. • Comissionista Puro: • É o empregado que recebe sua remuneração de forma variável, pois depende exclusivamente do seu rendimento e de sua capacidade profissional para atingir as metas estabelecidas. Deve ser garantido, pelo menos, um salário-mínimo ou o piso da categoria, caso o valor das comissões no mês tenha sido inferior a este. • Nesta forma de comissionista, não há salário • Não é possível, igualmente haver descontos a título de compensação da complementação do salário. Ou seja, se em um mês o empregado receber mais que um salário mínimo, por exemplo, não é permitido qualquer desconto sobre o valor. • Tem de haver anotação na CTPS. • SÚMULA Nº 340 DO TST • COMISSIONISTA. HORAS EXTRAS (nova redação) - Res.121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 • O empregado, sujeito a controle de horário, remunerado à base de comissões, tem direito ao adicional de, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) pelo trabalho em horas extras, calculado sobre o valor-hora das comissões recebidas no mês, considerando-se como divisor o número de horas efetivamente trabalhadas. • O valor do salário/hora do empregado comissionista deve ser apurado com base no salário mensal pago dividido pelo número de horas efetivamente trabalhadas. Isso porque se tratando de salário por venda efetiva, o salário mensal pago compreende toda a produção alcançada, que se obtém não somente durante a jornada legal de trabalho, mas também como sobrejornada. Nesse caso, não importaria o momento em que se deu a venda ou o negócio que gerou o pagamento da comissão. • Cálculo de Férias do Comissionista • Nos termos do parágrafo 3º do artigo 142 da CLT, quando o salário for pago por percentagem, comissão ou viagem, deverá se apurar a média percebida pelo empregado nos 12 meses que antecederem a concessão das férias, ou período inferior. • Se o empregado receber salário fixo mais comissões, o empregador também apurará a média dessas comissões, adicionando a média encontrada ao salário fixo, chegando à remuneração base para cálculo das férias. • Instrumentos coletivos normalmente regulamentam a questão. • Aviso Prévio • O cálculo do aviso prévio indenizado aos empregados comissionistas também será efetuado, apurando a média de comissões dos últimos 12 meses de efetivo trabalho (ou números de meses trabalhados se o tempo de serviço for inferior a 12 meses). • DSR – SÚMULA 27 TST. • COMISSIONISTA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 • É devida a remuneração do repouso semanal e dos dias feriados ao empregado comissionista, ainda que pracista. • Faltas injustificadas, o empregador não poderá efetuar qualquer desconto ao empregado, pois não comparecendo ao trabalho, o mesmo não poderá vender e, consequentemente, não terá comissão. Subentende-se que a comissão que deixará de receber corresponde à punição pela ausência injustificada. Contudo, o empregador poderá aplicar penalidades com caráter disciplinar, como advertências e suspensões. • Cálculo de 13º Salário do Comissionista • Quando o salário for pago por comissão, deverá ser apurada a média percebida pelo empregado no ano ou pelo número de meses trabalhados se o tempo de serviço for inferior a um ano. • OJ – SDI-I - 235. HORAS EXTRAS. SALÁRIO POR PRODUÇÃO (redação alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 16.04.2012) - Res. 182/2012, DEJT divulgado em 19, 20 e 23.04.2012 • O empregado que recebe salário por produção e trabalha em sobrejornada tem direito à percepção apenas do adicional de horas extras, exceto no caso do empregado cortador de cana, a quem é devido o pagamento das horas extras e do adicional respectivo. • O valor de cada hora extra é o de uma hora normal de trabalho acrescida de, no mínimo, 50%. Contudo, é preciso consultar as convenções ou acordos coletivos de cada sindicato profissional. CLÁUSULA DEL CREDERE • Origem no Direito Italiano - o vendedor passa a ser o responsável direto pela venda efetuada, respondendo pelo valor da venda no caso de inadimplemento do cliente. • Essa cláusula encontrava previsão no art. 179 do Código Comercial, dispositivo revogado pelo novo Código Civil/02, que determinava o pagamento de um plus para compensar a cláusula del credere. Atualmente o art. 698 do CC prevê o mesmo direito. • Por ser prejudicial ao empregado e violar o princípio da proteção, referida cláusula é inaplicável aos vendedores pracistas e qualquer outro empregado. • No caso dos representantes comerciais, há previsão legal (art. 43 da Lei nº 4.886/65) proibindo a inclusão da cláusula. • Segundo os ensinamentos de Maurício Godinho Delgado, a cláusula teria o condão de tornar o trabalhador solidariamente responsável pela solvabilidade e pontualidade daqueles com quem pactuar por conta do empregador. Noutras palavras, autoriza a cláusula examinada a divisão dos riscos concernentes aos negócios ultimados. • A ordem justrabalhista é silente acerca da aplicabilidade de semelhante cláusula ao Direito do Trabalho e, em especial, ao vendedor comissionista empregado. • Mauricio Godinho Delgado, in CONTRATO DE TRABALHO E AFINS: COMPARAÇÕES E DISTINÇÕES. Rev. Trib. Reg. Trab. 3ª Reg. - Belo Horizonte, 31 (61): 75-92, Jan./Jun.2000 • PISO SALARIAL – • O piso salarial é o menor valor de salário que pode ser pago dentro de uma categoria profissional específica. O piso é necessariamente superior ao salário mínimo vigente, e pode ser fixado tanto por lei, quanto por sindicatos (dentro da região que aquele sindicato abrange). Ele pode variar de acordo com a cidade, o estado e até mesmo a empresa. Muitos estados e cidades não cumprem os pisos salariais determinados, mesmo tendo sido acordadas e estabelecidos as normas em eventos oficiais. • A data-base é a data em que devem ser feitas as regociações e reivindicações de aumento do piso salarial. Cada categoria tem uma data-base específica. • SALÁRIO MÍNIMO LEGAL - • Salário idealizado para uma jornada de 8hs/da- 44hs semanal. • Básico padrão de irredutibilidade de acordo com CF – art. 7º, IV: • São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: • (...) • IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim; • A CLT não define salário, apenas os seus componentes e fixa regras de seu pagamento e sua proteção. • Sentido econômico – “salário é a contraprestação do trabalho, considerado este como o conjunto da força dos trabalhadores utilizada pelo capital • No âmbito do contrato individual do trabalho “a definição de salário tem uma finalidade prática para designar, dentre os dois grandes tipos de pagamentos resultados do mesmo, indenizações e salários, quais são os que se enquadram naquela ou nesta classificação.”. (Amauri Mascaro Nascimento – Iniciação ao Direito do Trabalho de acordo com a reforma trabalhista). • Plenário do STF – 30/04/2008 – Entendeu ser constitucional o pagamento de valor inferior ao salário mínimo para os jovens que prestam serviço mitilar obrigatório. R.Ext. 570177 • Súmula Vinculante 6 - • Não viola a Constituição o estabelecimento de remuneração inferior ao salário mínimo para as praças prestadoras de serviço militar inicial. • Utilização do Salário mínimo como indexador. • Súmula vinculante 4. • Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser usado como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por decisão judicial. • Salário mínimo somente pode ser utilizado nos casos autorizados na CF: • CF. Art. 7º, IV - Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: • IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim; • Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiroe atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: • § 2º - § 2º Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo. • OJ – SDI- I 272. SALÁRIO MÍNIMO. SERVIDOR. SALÁRIO-BASE INFERIOR. DIFERENÇAS. INDEVIDAS (inserida em 27.09.2002) • A verificação do respeito ao direito ao salário mínimo não se apura pelo confronto isolado do salário-base com o mínimo legal, mas deste com a soma de todas as parcelas de natureza salarial recebidas pelo empregado diretamente do empregador. • OJ – SDI – I 358. Salário mínimo e piso salarial proporcional à jornada reduzida. Empregado. Servidor público. (DJ 14.03.2008) (Redação alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 16.02.2016. Res. 202/2016. DeJT 19/02/2016) • I - Havendo contratação para cumprimento de jornada reduzida, inferior à previsão constitucional de oito horas diárias ou quarenta e quatro semanais, é lícito o pagamento do piso salarial ou do salário mínimo proporcional ao tempo trabalhado. • II – Na Administração Pública direta, autárquica e fundacional não é válida remuneração de empregado público inferior ao salário mínimo, ainda que cumpra jornada de trabalho reduzida. Precedentes do Supremo Tribunal Federal • SALÁRIO MÍNIMO PROFISSIONAL • Salário devido à trabalhadores inseridos em determinadas profissões. • Normalmente maior que o salário mínimo federal • Radiologista – Sum. 358 TST • Médicos e Dentistas – Sum. 143 – TST. • SALÁRIO MÍNIMO ESTADUAL • Previsto na LC n. 103/2000 - Autoriza os Estados e o Distrito Federal a instituir o piso salarial a que se refere o inciso V do art. 7o da Constituição Federal, por aplicação do disposto no parágrafo único do seu art. 22 . • Devido à trabalhadores que ocupam categorias ou atividades específicas • TETO SALARIAL - • A Constituição proíbe o pagamento de salários a qualquer servidor público acima do que ganha um ministro do Supremo Tribunal Federal. O Conselho Nacional de Justiça estabelece que o limite remuneratório dos magistrados e servidores dos Tribunais de Justiça tem de corresponder a 90,25% do teto do STF. • Mas na prática servidores acabam incorporando benefícios aos salários e ultrapassando o limite. Muitos obtêm o direito de receber acima do teto a partir de liminares judiciais. • OJ – 339 – SDI-I - TETO REMUNERATÓRIO. EMPRESA PÚBLICA E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. ART. 37, XI, DA CF/88 (ANTERIOR À EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 19/98) (nova redação) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 • As empresas públicas e as sociedades de economia mista estão submetidas à observância do teto remuneratório previsto no inciso XI do art. 37 da CF/88, sendo aplicável, inclusive, ao período anterior à alteração introduzida pela Emenda Constitucional nº 19/98. • SALÁRIO COMPLESSIVO - • A empresa é obrigada a discriminar cada uma dessas verbas no contracheque do empregado, não podendo colocar tudo como se fosse salário. • Se tudo constar como "salário“ configurar-se-á o que o Direito do Trabalho chama de Salário Complessivo, e isso não é permitido em nosso ordenamento jurídico. • TST – SÚM 91 do TST – • "Nula é a cláusula que fixa determinada importância ou percentagem para atender englobadamente vários direitos legais ou contratuais do trabalhador." • COMPLEMENTOS SALARIAIS- • Liga o salário à ideia de acréscimo como forma de complementar/indenizar situação extraordinária ou desvantajosa. • O empregado receberá a hora de trabalho maior do que aquela outorgada em situações normais. • Deve constar de forma discriminada no contracheque • ADICIONAL DE INSALUBRIDADE - é instrumento legal de compensação ao trabalhador por períodos de trabalho exposto a agentes nocivos, com potencial para prejudicar a sua saúde de alguma forma. • CLT nos artigos 189 a 197. • Além disso, a Norma Regulamentadora NR-15 determina quais são os riscos passíveis de gerar o benefício. • A NR-15 define os critérios a serem observados de acordo com o risco a que o trabalhador está exposto. • Ruído contínuo e de impacto; • Calor e frio; • Radiações ionizantes e não ionizantes; • Condições hiperbáricas; • Vibrações; • Umidade; • Agentes químicos (caracterizados por limite de tolerância ou por atividade); • Poeiras minerais; • Agentes biológicos. • CLT - Art. . 190 - O Ministério do Trabalho aprovará o quadro das atividades e operações insalubres e adotará normas sobre os critérios de caracterização da insalubridade, os limites de tolerância aos agentes agressivos, meios de proteção e o tempo máximo de exposição do empregado a esses agentes. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977) • Parágrafo único - As normas referidas neste artigo incluirão medidas de proteção do organismo do trabalhador nas operações que produzem aerodispersóides tóxicos, irritantes, alérgicos ou incômodos.(Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977) • CÁLCULO DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE • O adicional de insalubridade pode variar de acordo com o grau da mesma, prevendo o pagamento de 10% para o grau mínimo, 20% para o médio e 40% para o máximo. • O artigo 192 da CLT – SALÁRIO MÍNIMO - Suspensão da aplicação da súmula 228 – TST. - Reclamação 6.266-0 – DF – STF • Súmula nº 228 do TST • ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. BASE DE CÁLCULO (SÚMULA CUJA EFICÁCIA ESTÁ SUSPENSA POR DECISÃO LIMINAR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 • A partir de 9 de maio de 2008, data da publicação da Súmula Vinculante nº 4 do Supremo Tribunal Federal, o adicional de insalubridade será calculado sobre o salário básico, salvo critério mais vantajoso fixado em instrumento coletivo • CÁLCULO DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE • O adicional de insalubridade pode variar de acordo com o grau da mesma, prevendo o pagamento de 10% para o grau mínimo, 20% para o médio e 40% para o máximo. • O artigo 192 da CLT – SALÁRIO MÍNIMO - Suspensão da aplicação da súmula 228 – TST. - Reclamação 6.266-0 – DF – STF • Súmula nº 228 do TST • ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. BASE DE CÁLCULO (SÚMULA CUJA EFICÁCIA ESTÁ SUSPENSA POR DECISÃO LIMINAR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 • A partir de 9 de maio de 2008, data da publicação da Súmula Vinculante nº 4 do Supremo Tribunal Federal, o adicional de insalubridade será calculado sobre o salário básico, salvo critério mais vantajoso fixado em instrumento coletivo • “Na decisão, o ministro Lewandowski explicou que, no julgamento que deu origem à SV 4, o STF entendeu que, até que seja superada a inconstitucionalidade do artigo 192 da CLT por meio de lei ou de convenção coletiva, a parcela deve continuar a ser calculada com base no salário mínimo. Por essa razão, concluiu que a decisão do Plenário do TST que deu nova redação à Súmula 228 contrariou o entendimento firmado pelo Supremo a respeito da aplicação do enunciado da SV 4. Com esse fundamento, julgou procedente a reclamação para cassar a Súmula 228 do TST “apenas e tão somente na parte em que estipulou o salário básico do trabalhador como base de cálculo do adicional de insalubridade devido”. • Decisão no mesmo sentido foi tomada pelo ministro nas RCLs 6277 e 8436, ajuizadas, respectivamente, pela Confederação Nacional de Saúde (CNS) – Hospitais, Estabelecimento e Serviços (CNS) e pela Unimed de Araras. • ADICIONAL DE PERICULOSIDADE • O conceito de periculosidade é diferente da insalubridade, pois o trabalhador não fica exposto diretamente ao agente nocivo, embora exista possibilidade de se ferir ou morrer em decorrência da sua atividade. As atividades perigosas são abordadas na NR-16. • Artigo 193 – São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovadapelo Ministério do Trabalho, aquelas que, por sua natureza ou método de trabalho, impliquem o contato permanente com inflamáveis ou com explosivos em condições de risco acentuado. • · § 1° - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. • · § 2° - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido. • Lei – 12.740 – Periculosidade em atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial • Lei – 12.997/2014 – Trabalho em motocicletas. • OJ – SDI – I 345. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. RADIAÇÃO IONIZANTE OU SUBSTÂNCIA RADIOATIVA. DEVIDO (DJ 22.06.2005) • A exposição do empregado à radiação ionizante ou à substância radioativa enseja a percepção do adicional de periculosidade, pois a regulamentação ministerial (Portarias do Ministério do Trabalho nºs 3.393, de 17.12.1987, e 518, de 07.04.2003), ao reputar perigosa a atividade, reveste-se de plena eficácia, porquanto expedida por força de delegação legislativa contida no art. 200, "caput", e inciso VI, da CLT. No período de 12.12.2002 a 06.04.2003, enquanto vigeu a Portaria nº 496 do Ministério do Trabalho, o empregado faz jus ao adicional de insalubridade. • Calculado sobre salário base – sobre salário sem acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participação no lucros da empresa. • Integra para remuneração o cálculo de férias, 13º, fgts, verbas resilitóiras. • Súmula 132 TST - ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. INTEGRAÇÃO • I - O adicional de periculosidade, pago em caráter permanente, integra o cálculo de indenização e de horas extras (ex-Prejulgado nº 3). (ex-Súmula nº 132 - RA 102/1982, DJ 11.10.1982/ DJ 15.10.1982 - e ex-OJ nº 267 da SBDI-1 - inserida em 27.09.2002) • II - Durante as horas de sobreaviso, o empregado não se encontra em condições de risco, razão pela qual é incabível a integração do adicional de periculosidade sobre as mencionadas horas. (ex-OJ nº 174 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000) • ADICIONAL DE HORAS EXTRAS – • Conforme determina o art. 59 da CLT, as horas que excedem a jornada normal de trabalho será considerado hora extraordinária, que deve ser remunerada com acréscimo de, no mínimo de 50% (art. 7º, XVI, da CF/88). Se não houver acordo escrito, norma coletiva ou necessidade imperiosa (art. 61 CLT), o empregado não estará obrigado a prestar o serviço extraordinário. O valor das horas extras integra o aviso prévio indenizado e também são devidos os reflexos do DSR sobre o adicional. • Não havendo horas extras – desaparece o adicional de horas extras. • Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: • XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do normal; (Vide Del 5.452, art. 59 § 1º ) • ADICIONAL DE HORAS EXTRAS – • Conforme determina o art. 59 da CLT, as horas que excedem a jornada normal de trabalho será considerado hora extraordinária, que deve ser remunerada com acréscimo de, no mínimo de 50% (art. 7º, XVI, da CF/88). Se não houver acordo escrito, norma coletiva ou necessidade imperiosa (art. 61 CLT), o empregado não estará obrigado a prestar o serviço extraordinário. O valor das horas extras integra o aviso prévio indenizado e também são devidos os reflexos do DSR sobre o adicional. • Não havendo horas extras – desaparece o adicional de horas extras. • Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: • XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal; (Vide Del 5.452, art. 59 § 1º ) • Cálculo de horas extras – verbas pagas pelo empregador não parcelas atribuídas a terceiros. Súmula 354 TST • GORJETAS. NATUREZA JURÍDICA. REPERCUSSÕES (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 • As gorjetas, cobradas pelo empregador na nota de serviço ou oferecidas espontaneamente pelos clientes, integram a remuneração do empregado, não servindo de base de cálculo para as parcelas de aviso-prévio, adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado. • OJ – SDI-I 60. PORTUÁRIOS. HORA NOTURNA. HORAS EXTRAS. (LEI Nº 4.860/65, ARTS. 4º E 7º, § 5º) (nova redação em decorrência da incorporação da Orientação Jurisprudencial nº 61 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 • I - A hora noturna no regime de trabalho no porto, compreendida entre dezenove horas e sete horas do dia seguinte, é de sessenta minutos. • II - Para o cálculo das horas extras prestadas pelos trabalhadores portuários, observar-se-á somente o salário básico percebido, excluídos os adicionais de risco e produtividade. (ex-OJ nº 61 da SDI-1 - inserida em 14.03.1994) • ADICIONAL NOTURNO – • Considera-se trabalho noturno aquele executado entre ás 22 hs de um dia até as 05 hs do dia seguinte, neste período a remuneração terá um acréscimo de 20%, calculado sobre a hora diurna para o trabalhador urbano. • Por ficção legal, a hora noturna é menor que a diurna - 52 minutos e 30 segundos. • Trabalho agrícola a hora noturna é de 60 minutos, mesmo, com acréscimo de 25%, sobre a hora diurna, e o período vai entre as 21hs de um dia ás 5 hs do dia seguinte • Trabalho pecuária o adicional permanece no mesmo percentual, sendo executado no horário das; 20hs de um dia até as 04 hs do dia seguinte. • O adicional noturno integra o salário para todos os fins trabalhista no teor da Súmula 60 TST. Nos centros urbanos, pago com habitualidade, tomando para cálculo o 13º salário, férias e demais direitos, já que integra a remuneração-base (art. 73 § 2º, CLT). • A legislação definiu que 7 (sete) horas noturnas trabalhadas equivalem a 8 (horas). Destarte, o empregado trabalha 7 (sete) horas, mas recebe 8 (oito) horas para todos os fins legais. • Foi uma forma encontrada pelo legislador para repor o desgaste biológico que enfrenta quem trabalha à noite, sendo considerado um período penoso de trabalho. • Súmula nº 265 do TST • ADICIONAL NOTURNO. ALTERAÇÃO DE TURNO DE TRABALHO. POSSIBILIDADE DE SUPRESSÃO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 • A transferência para o período diurno de trabalho implica a perda do direito ao adicional noturno. • Súmula nº 60 do TST • ADICIONAL NOTURNO. INTEGRAÇÃO NO SALÁRIO E PRORROGAÇÃO EM HORÁRIO DIURNO (incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 6 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 • I - O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do empregado para todos os efeitos. (ex-Súmula nº 60 - RA 105/1974, DJ 24.10.1974) • II - Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é também o adicional quanto às horas prorrogadas. Exegese do art. 73, § 5º, da CLT. (ex-OJ nº 6 da SBDI- 1 - inserida em 25.11.1996)
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