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2 3 Responsabilidade e obrigação tributária

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Nesta webaula, estudaremos a responsabilidade tributária, isto é, sobre quem é identi�cado como sujeito passivo
da relação jurídico-tributária, quem pratica efetivamente o fato gerador do tributo, assim como quem deverá
suportar a obrigação do pagamento. 
Sujeito passivo na relação jurídico-tributária
A relação jurídico-tributária é o vínculo por meio do qual o Estado, o ente tributante, enquanto sujeito ativo,
relaciona-se com o sujeito passivo, mediante previsão legal, atribuindo-lhe determinada carga tributária. 
A hipótese de incidência traz em si o fato material da vida que a lei tributária optou por considerar su�ciente e
necessário para efeito do nascimento do liame obrigacional. Assim é que se estabelece a estrutura basilar da
relação jurídico-tributária para que o Estado esteja legitimado para a incidência tributária, avançando sobre o
patrimônio e os bens dos sujeitos passivos (as pessoas, em geral). 
Mas o Código Tributário Nacional (CTN), no art. 121 (BRASIL, 1966), estabelece uma distinção quanto ao
sujeito passivo. Este será tanto o contribuinte (aquele que efetivamente pratica o fato gerador do tributo)
quanto o responsável, que poderá ser um terceiro que a lei tributária escolheu para, em algumas situações,
suportar o dever de pagamento do tributo (AMARO, 2017).
Assim, o responsável tributário será aquele incumbido, por lei, do pagamento do tributo, sem que ele tenha,
no entanto, alguma relação direta e pessoal com o fato gerador. 
Papel dos sócios em sociedades empresariais
A responsabilidade tributária, neste caso, trata-se,
inicialmente, de os sócios terem praticado ato não
doloso, caso em que eles responderão
subsidiariamente pela dívida da sociedade. Mais
comum, no entanto, é a hipótese de o sócio ser
responsabilizado por obrigações tributárias, quando
praticar atos com violação de poderes, lei, contrato
social ou estatuto.
Fonte: Shutterstock.
Quando o sócio-administrador pratica ato fraudulento, sua responsabilidade tributária será pessoal e não
solidária (junto com a pessoa jurídica) ou subsidiária (depois de se avançar sobre o patrimônio da pessoa
jurídica). Neste caso, portanto, o sócio que extrapolou os poderes e foi além do que poderia responderá
Legislação Empresarial Aplicada
Responsabilidade e obrigação tributária
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qualquer hora e lugar. Na versão impressa, porém, alguns conteúdos interativos �cam desabilitados. Por essa razão, �que atento: sempre
que possível, opte pela versão digital. Bons estudos!
pessoalmente pelas obrigações tributárias decorrentes do seu ato.
Coobrigação
O tema dos coobrigados (duas ou mais pessoas obrigadas ao adimplemento tributário) diz respeito à
solidariedade. A matéria está prevista nos artigos 124 e 125 do CTN (BRASIL, 1966). Primeiro, ocorre quando mais
de uma pessoa tenha interesse na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal e, depois, nos
casos especi�cados em lei. 
Responsabilidade presumida
Surge no art. 134 do CTN (BRASIL, 1966), trata da circunstância segundo a qual a lei atribui a determinadas
pessoas a responsabilidade pelo pagamento de tributos, por exemplo:
Os pais são responsáveis pelos tributos devidos pelos �lhos.
Os tutores e os curadores são responsáveis pelos tributos devidos pelos tutelados e curatelados. 
Os administradores serão responsáveis pelo pagamento dos tributos que decorram dos bens porventura
administrados. 
Em caso de sucessão, o inventariante será responsável pelo recolhimento dos tributos devidos pelo espólio
(SCHOUERI, 2018). 
Responsabilidade tributária de operações societárias
Numa primeira hipótese, o art. 132 do CTN (BRASIL, 1966) diz que a pessoa jurídica que porventura resultar de
processos de fusão, transformação ou incorporação, será responsável pelos tributos devidos até essa data. 
Além disso, caso uma pessoa jurídica seja extinta e algum dos sócios desta continue, sob outra razão social, isto é,
mediante a constituição de nova empresa, a praticar a mesma atividade econômica, também será responsável
pelas dívidas tributárias da antiga empresa. 
Esta responsabilização encontra-se prevista no parágrafo único do art. 132 do CTN (BRASIL, 1966). 
Responsabilidade de operação de venda
De acordo com o disposto no art. 133 do CTN (BRASIL, 1966), a pessoa, seja ela jurídica ou natural, que adquirir de
outro estabelecimento comercial, industrial ou pro�ssional, e continuar sob mesma ou outra razão social a
respectiva atividade econômica, responderá pelos tributos devidos pelo estabelecimento até a data do negócio.
Segundo o CTN (BRASIL, 1966) o adquirente do estabelecimento responderá integralmente pela dívida tributária
caso o alienante cesse a exploração da atividade (COSTA, 2019). 
Responsabilidade subsidiária
Neste caso, conforme o art. 133, II, do CTN (BRASIL, 1966), o adquirente responderá de maneira subsidiária com o
alienante, caso esta prossiga na exploração da mesma atividade econômica ou na hipótese de o alienante iniciar
dentro de 6 (seis) meses, contados da data da alienação, “nova atividade no mesmo ou em outro ramo de
comércio, indústria ou pro�ssão” (BRASIL, 1966, [s.p]). 
Obrigação tributária
A obrigação tributária nasce com a prática do fato
gerador. Quando um sujeito aufere renda (por
exemplo), nasce para ele a obrigação de pagar o
Imposto de Renda para a União. Assim, a obrigação
tributária é tanto o dever de pagamento pelo sujeito
passivo, quanto a obrigação de o sujeito ativo exigi-lo.
A obrigação tributária é aquela principal (o tributo em
si) e acessória (os chamados deveres instrumentais).
Caso haja descumprimento da obrigação acessória, o
sujeito receberá uma penalidade, ou seja, uma multa. 
Fonte: Shutterstock.
Antes de �nalizarmos esta webaula, cabe ressaltar que o valor dessa multa será acrescido ao montante
principal do tributo (CARNEIRO, 2019). Dessa maneira, o descumprimento de uma obrigação acessória, vez
que resultante na imposição de penalidade pecuniária, faz com que se torne tudo obrigação principal.