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Meningites Inflamação aracnoide, pia-máter e LCR Extensão pelo espaço subaracnóideo - cérebro e medula espinhal Pode comprometer ventrículos Definição Meningite • Secreção plexo coroide • Circulação espaço subaracnoide • Coleta punção lombar • ~ Transudato 99% H2O e Mg, Cl, glicose, proteínas, aa, ácido úrico e PO4 Líquido cefalorraquidiano • Proteção mecânica SNC • Nutrição SNC • Remoção metabólitos • Homeostase, reparação SNC LTS, sexo masculino, 31 anos, agricultor, procedente do interior do estado da Paraíba, sem comorbidades, chega ao pronto socorro com quadro de cefaleia há 25 dias, do tipo holocraniana, de forte intensidade, refratária ao uso de analgésicos, associada à rigidez de nuca, fotofobia, febre, náuseas, vômitos e perda de peso. Veio transferido para o serviço devido à piora progressiva do quadro, apresentando naquele momento, intensa cefaleia, confusão mental, agitação psicomotora, amaurose bilateral, astenia e febre. Ao exame físico encontrava-se com estado geral comprometido, febril (38ºC), acianótico, anictérico, normocorado, hidratado, taquipnéico, pressão arterial: 120 x 80 mmHg, rigidez de nuca e sinais de Kerning e Brudzinski positivos. O hemograma demonstrava leucocitose sem desvio à esquerda. Também apresentava sorologias para sífilis, hepatites A, B e C, citomegalovírus e HIV todas negativas. Foram realizadas TC de crânio sem contraste e de tórax, ambas não evidenciaram nenhuma alteração. Ao exame de fundo de olho, foi constatado papiledema em olho direito. Procedeu-se a punção lombar (PL), com saída de LCR normotenso e claro, cujo estudo citológico mostrou 02 hemácias/mm3 , 30 leucócitos/mm3 com predomínio de mononucleares, a bioquímica revelou glicorraquia: 40 mg/dL, cloretos: 113 mEq/L e proteinorraquia: 42 mg/dL, além da presença de estruturas compatíveis com um determinado agente infeccioso. Caso clínico • Amaurose - perda da visão parcial ou total • Sinais de Kernig, Brudzinski (meníngeos)– realização de determinados movimentos que permitem detectar meningite • Papiledema - pressão cérebro ou em volta - inchaço parte do nervo óptico dentro do olho Observações Sinais meníngeos extensão joelho com o quadril flexionado causa espasmo nos músculos isquiotibiais flexão passiva pescoço causa a flexão dos quadris e joelhos • Infecções bacterianas agudas Leucocitose - neutrofilia • Alergia Leucocitose - eosinofilia • Verminoses Leucocitose - eosinofilia • Infecções virais Leucocitose - linfocitose • Leucemia Leucocitose - basofilia (raras) Hemograma desvio à esquerda produção neutrófilos jovens polio Cloretos – útil meningites e meningoencefalites - hipoclorraquia • Xantocromia - coloração amarela - hemorragia encéfalo ou medula espinhal • Opalescente - leitoso Exame quimiocitológico líquor Bacterioscopia direta (líquor e soro) Cultura (líquor, sangue, petéquias, fezes) Contra-imunoeletroforese cruzada (líquor e soro) Aglutinação látex (líquor e soro) Diagnóstico casos suspeitos meningite • Vias respiratórias - pessoa a pessoa • Gotículas e secreções nasofaringe • Fecal-oral - enterovírus Transmissão meningites virais e bacterianas Meningites agudas bacterianas Hipertensão intracraniana Toxêmica Irritação meníngea LCR turvo Pleocitose – neutrófilos Hiperproteinorraquia Hipoglicorraquia Sinais + 80% • Tríade clássica Febre, rigidez nuca, estado mental alterado • Sinal focal neurológico e pressão intracraniana • Meningite meningocócica Vômito, rigidez nuca Manchas hemorrágicas pele e mucosas Manifestações clínicas meningites agudas bacterianas cocos Gram-negativos 1. Bacterioscópico direto – Gram 2. Cultura 3. Detecção ag bacterianos Prova látex – rápido e sensível Diagnóstico meningites agudas bacterianas Partículas látex + ac bacterianos LCR Aglutinação Meningites virais 80% casos – Enterovírus Infecção Enterovírus Infecção enterócitos Atravessa parede intestinal Tecido linfoide Replicação primária Viremia Múltiplos órgãos • Meningite viral febre, rigidez nuca, fotofobia e vômitos sem evidência frequente de sinais meníngeos Vírus atravessam BHE por difusão capilar Espaço subaracnoide Ou ligação a leucócitos infectados Infecção cels endoteliais Severidade das complicações • Replicação viral SNC • Propagação infecção além meninges Toxoplasma gondii • Invasão e multiplicação cel nucleada • Virulência branda em imunocompetentes • Imunocompetentes – fase crônica assintomática • Equilíbrio sistema imune hospedeiro • Patogênese influenciada pela cepa Tropismo celular 1. Monócitos e cels dendríticas Estratégia de disseminação 2. Independente via infecção Cels tecido muscular esquelético e cels tecido nervoso Cistos teciduais a salvo do SI Infecção de imunocompetentes 1. Potente resposta celular Controle parasita Lise cels infectadas Ação TCD8 citotóxicos, cels NK Ativação cels infectadas por citocinas Impedimento multiplicação parasita Ativação da imunidade celular efetora na infecção por T. gondii IL-2 Cels dendríticas M Mecanismos microbicidas Replicação Lise cels infectadas Lise direta ou indução apoptose A resposta imune não é capaz de eliminar todos os parasitas do organismo na fase aguda! Imunocompetentes SI = manutenção quiescência dos cistos Estágio latência clínica Patogenia no imunodeprimido HIV/aids Toxo aguda ou reativação Depleção TCD4 Encefalite Lesões focais únicas ou múltiplas Equilíbrio ou coordenação motora prejudicados Diminuição energia, capacidade mental e motivação Diagnóstico definitivo de encefalite Demonstração direta de taquizoítos no tec cerebral Biópsia ou necrópsia • Dificuldade execução biópsia Diag presuntivo (critérios clínicos, radiológicos, sorológicos, moleculares) • Confirmação diag Resposta clínica e radiológica após 10-14 dias tratamento Aspectos radiológicos Heteroinfecção Autoinfeccção interna Autoinfeccção externa Neurocisticercose Ingestão acidental de ovos contendo cisticerco • Na circulação, os embriões distribuem-se por todo organismo; aqueles que atingem tecidos onde o microambiente é favorável se desenvolvem em larvas. SNC Globo ocular Músculo esquelético Tecido celular subcutâneo assintomáticos As larvas tomam a forma de vesículas delimitadas por membrana lisa e preenchidas por líquido límpido, contendo o escólex da futura T. solium. Localização preferencial na substância cinzenta (+vascularizada). Apesar do grande número de parasitas, o tecido cerebral tem aspecto normal, mesmo na proximidade das larvas (indício de coexistência pacífica entre parasita e hospedeiro). Desenvolvimento infecção Fosfolipase A e B - atividade citolítica - destruição MP neuraminidase - destruição tecidual Perforinas-like - lise céls alvo Proteínas secretadas - apoptose cels alvo Patogenia • Neurocisticercose assintomática quando a vesícula única se localiza em região silenciosa - lobos frontais • Sintomática 1. Síndrome hipertensão intracraniana: meningite crônica de base, obstrução ventricular por vesículas, lesões expansivas ou edema cerebral - parasitas 2. Síndrome convulsiva: irritação crônica córtex cerebral - reação inflamatória e gliose (falta de O2, sangue e glicose) 3. Síndromes psiquiátricas e sinais de localização, como hemiparesias, distúrbios cerebelares, disfunções nervos cranianos • Exame do líquor LCR - pleocitose ~50 céls/mm3 (0-3) Linfomononucleares • Tomografia computadorizada diagnóstico 99% casos número, tamanho e localização vesículas e calcificações Diagnóstico Ameba de vida livre Naegleria Naegleria • Invasão mucosa nasal • Atravessa lâmina cribiforme do etmóide pela bainha do nervo olfatório • Penetração e invasão encéfalo • Aspectos turvos e xantocrômicos com leucócitos aumentados, predomínio PMN - 90%; e hemácias • Bioquímica - glicorraquia em torno de 10 mg/dl, proteinorraquiaelevada • Bacterioscopia e cultura negativas • Micológico direto e cultura negativos • Parasitológico direto - trofozoítos - hematoxilina férrica, Giemsa e Gram LCR Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44
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