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HST001 UA12 Inovação tecnológica - Apostila

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gestão empresarial
Sociedade, Tecnologia e inovação Tecnológica
Inovação tecnológIca
12
ObjetivOs da Unidade de aprendizagem 
Ao final desta unidade você irá compreender como a 
gestão adequada da tecnologia e as inovações influen-
ciam a competitividade das organizações, assim como 
compreender o papel da Inteligência Competitiva (IC) 
nas mesmas.
COmpetênCias 
Compreender o conceito e o processo da Inteligência 
Competitiva e o impacto destas novas tecnologias na 
competitividade e no desempenho das organizações.
Habilidades 
Refletir sobre e discutir as relações entre gestão e ino-
vação tecnológicas, bem como sobre a importância da 
Inteligência Competitiva para as organizações.
Sociedade, Tecnologia e 
inovação Tecnológica
Inovação tecnológIca
ApresentAção
Na unidade anterior analisamos como o uso das tecnolo-
gias transforma as organizações. Identificamos também 
como a tecnologia pode gerar procedimentos que levam 
as empresas ao sucesso ou as colocam em situações 
de risco.
Nesta unidade nosso objetivo é compreender como a 
gestão adequada da tecnologia e as inovações influen-
ciam na competitividade das organizações. Vamos, as-
sim, refletir muito e aprender sobre a importância do 
papel da Inteligência Competitiva (IC) neste processo.
São temas importantes e atuais, que merecem ser es-
tudados, refletidos e debatidos com bastante atenção. 
Confira!
pArA começAr
Muito se fala hoje em “inovação tecnológica”, mas você 
tem ideia de o que significa?
Conseguiria definir “inovação tecnológica”?
E “inteligência competitiva”, você consegue conceituar?
Qual é a implicação desses dois conceitos em nossa 
vida? E na vida das empresas, ou de outras formas de 
organizações?
Segundo Zogbi (2008), para que uma organização seja 
competitiva, em qualquer mercado, é preciso inovar. Para 
inovar, as organizações devem estar preparadas com e 
amparadas por tecnologias eficientes. Como os produtos 
e serviços estão cada vez mais parecidos, o monitoramen-
to da concorrência é uma estratégia importante para a 
sobrevivência e a competitividade das organizações.
Esse processo de monitorar a concorrência é chama-
do de Inteligência Competitiva, e conceituar como sendo 
um programa sistemático e ético de coleta e análise de 
informações sobre as atividades dos concorrentes e as 
tendências dos negócios, a fim de atingir os objetivos da 
organização (PASSOS, 2005).
Sociedade, Tecnologia e Inovação Tecnológica / UA 12 Inovação Tecnológica 4
Você sabia que, no Brasil, há dez anos, existe a Associação Brasileira 
dos Analistas de Inteligência Competitiva, a ABRAIC?
Mas... afinal, o que significa “inteligência”? No dicionário, podemos en-
contrar algumas definições1:
1. Faculdade de aprender ou apreender (assimilar mentalmente);
2. Qualidade ou capacidade de compreender;
3. Maneira de entender ou interpretar;
4. Capacidade de resolver situações problemáticas novas...
5. Relações ou entendimentos secretos;
6. Destreza mental, habilidade;
Essa palavra pode ser usada em diversos contextos, como mostra a Figu-
ra 1: fiscal, senso comum, segurança pública, educação, militar, empresa-
rial, políticas públicas, social... e contexto, que aparece no centro da figura:
Fiscal
Segurança 
Pública
Educação
Militar
Empresarial
Políticas 
Públicas
contexto
Social
Senso 
comum
E a inteligência competitiva?
Preste atenção para não cultivar uma visão errônea sobre a inteligência 
competitiva. Por exemplo, você considera que os itens seguintes fazem 
parte da inteligência competitiva?
 → Espionagem;
 → Bola de cristal;
 → Pesquisa em base de dados;
 → Coleta de rumores ou dados da internet;
 → Escrever artigo (paper);
 → Invenção do século XX;
 → Software, planilha;
 → Reportagem da mídia;
 → Trabalho individual.
Se sua resposta foi “sim” para alguns desses itens, você precisa estudar 
esta unidade com muita atenção.
1. Adaptado do 
Dicionário Aurélio.
Disponível em:  
<http://www.uol.
com.br/aurelio>.
Figura 1. O que 
é inteligência?
Fonte: Adaptado de 
Hoffmann (2008).
http://www.uol.com.br/aurelio
http://www.uol.com.br/aurelio
Sociedade, Tecnologia e Inovação Tecnológica / UA 12 Inovação Tecnológica 5
FundAmentos
Muito bem. Vamos abordar alguns conceitos importantes para a funda-
mentação do tema desta unidade: Inovação Tecnológica e Inteligência 
Competitiva.
Iremos, também, aprender a relação e a interatividade existente entre 
estes dois conceitos.
Já vimos, no início, a definição de Tecnologia, mas vale recordar aqui:
 → Tecnologia: do grego thecné, “ofício” e logia, “estudo”.
 → Conjunto de regras capazes de dirigir uma atividade humana 
qualquer.
 → Qualquer ferramenta ou técnica, qualquer produto ou processo, 
qualquer equipamento físico ou método para fazer ou fabricar, 
pelo qual a capacidade humana é ampliada.
 → Conjunto ordenado de conhecimentos empregados na produção 
e comercialização de bens e serviços, não somente científicos, 
mas também conhecimento empíricos que resultam de observa-
ções, experiências, atitudes específicas, tradição oral ou escrita, 
entre outros.
 → Aplicação do conhecimento científico e outros complementares 
para obter resultados práticos e nos negócios.
Além de compreendermos o significado de Tecnologia, vale revisarmos o 
que é Ciência:
 → Ciência: do latim scientia = saber, conhecer.
Podemos conceituar conhecimento científico como:
 → Adquirido via observação e investigação sistemática e metódica;
 → Focaliza fatos e fenômenos;
 → Estuda relações causa-efeito, hipóteses, leis, princípios, teorias;
 → Realiza demonstrações e experimentações;
 → Aplica métodos científicos, procedimentos lógicos, classificação, 
mensuração etc.;
 → Busca validade pública, consenso de opinião racional;
 → É a base da tecnologia e do desenvolvimento de produtos e proces-
sos, e uma das fontes de inovação tecnológica.
Sociedade, Tecnologia e Inovação Tecnológica / UA 12 Inovação Tecnológica 6
Mas, afinal, o que é inovação tecnológica? Ou, mais precisamente, o que é 
“inovação tecnológica” nas empresas?
Refere-se a produto e/ou processo novo (ou substancialmente aprimorado) para a 
empresa, não sendo, necessariamente, novo para o mercado de atuação. Esta inova-
ção pode ter sido desenvolvida pela empresa ou ter sido adquirida de outra empresa/
instituição que a desenvolveu. (PINTEC, 2008, p.19)
[...] os empreendedores inovam. A inovação é o instrumento específico do espírito em-
preendedor. (DRUCKER, 2003, p.39)
A crescente importância da inovação pode ser compreendida por meio 
das seguintes evidências:
 → Consumidores mais exigentes e diversidade de produtos oferecidos;
 → Mercado globalizado e forte concorrência;
 → Instabilidade econômica, social e no meio ambiente;
 → Informação abundante e facilidade no acesso ao conhecimento;
 → Necessidade de antecipar o futuro;
 → Necessidade de melhorar a qualidade, a produtividade e as estraté-
gias das organizações;
 → Limites enfrentados pelos seres humanos e pelas organizações.
Drucker (2003) apresenta as características da inovação tecnológica. São 
elas:
1. Pode ser tarefa com propósito determinado;
2. Pode e precisa ser organizada como trabalho sistematizado;
3. Não está restrita à inspiração, a talento;
4. Deve unir-se ao trabalho de gestão e execução;
5. Pode ser estudada, observada e aprendida;
6. Serve para explorar a mudança como oportunidade para negócio 
diferente.
De acordo com o relatório de pesquisas Pintec (2003), as empresas utili-
zam diversas fontes de informação para obter orientação e inspiração na 
criação de seus projetos de inovação.
No processo de inovação tecnológica, as empresas podem criar ati-
vidades para produzir novos conhecimentos (P&D) ou utilizar conheci-
mentos científicos e tecnológicos incorporados nas patentes, máquinas 
e equipamentos, artigos especializados, softwares etc. A capacidade de 
Sociedade, Tecnologia e Inovação Tecnológica / UA 12 Inovação Tecnológica 7
inovação da empresa se relaciona com sua capacidade de incorporare 
combinar informações de diversas fontes disponíveis. Assim, identificar 
as fontes de informação e utilizá-las no processo inovativo pode indicar 
a capacidade de criação, disseminação e incorporação do conhecimento 
(PINTEC, 2008, p.22).
As empresas que implementam inovações de produtos e processos 
originais usam de maneira mais intensa as informações geradas por uni-
versidades, institutos de pesquisa, centros de capacitação profissional e 
assistência técnica, instituições de testes, ensaios e certificações. Já as em-
presas que incorporam e fazem adaptação de tecnologias tendem a usar 
os conhecimentos obtidos a partir de seus fornecedores de máquinas e 
equipamentos, de materiais e componentes ou softwares, dos clientes ou 
consumidores, ou mesmo dos concorrentes, a fim de conseguirem im-
plantar mudanças tecnológicas.
As empresas enfrentam diversas dificuldades para realizar inovação. 
Algumas delas são, por exemplo:
 → Custos elevados;
 → Altos riscos econômicos;
 → Falta de fontes de financiamento;
 → Falta de pessoal qualificado;
 → Falta de informação tecnológica;
 → Falta de informações de mercado.
Exemplos de fontes de informação para as empresas, de acordo com a 
Pintec (2003, p. 136):
 → Licenças, patentes e know–how;
 → Outra empresa do grupo;
 → Departamento de P&D;
 → Universidades e institutos de pesquisa;
 → Conferências, publicações;
 → Concorrentes;
 → Redes informatizadas;
 → Clientes;
 → Feiras e exposições;
 → Fornecedores;
 → Outras áreas da empresa.
De acordo com Drucker (2003), as sete principais fontes de inovação são:
Sociedade, Tecnologia e Inovação Tecnológica / UA 12 Inovação Tecnológica 8
1. O inesperado;
2. As incongruências;
3. Alguma necessidade do processo;
4. Estruturas da indústria ou do mercado;
5. Mudanças demográficas;
6. Mudanças em percepção;
7. Novo conhecimento científico ou tecnológico.
Os empreendedores precisam buscar deliberadamente as fontes de inovação, as mu-
danças e seus sintomas que indicam oportunidades para o êxito de uma inovação. 
(DRUCKER, 2003).
Quem são os atores da transferência de tecnologia e inovação:
 → Cientistas no descobrimento de novos fatos;
 → Descobridores de aplicações;
 → Campeão que mantém vivo o projeto da invenção à aplicação;
 → Inventor que obtém os direitos sobre a propriedade intelectual;
 → Pesquisador que soluciona problemas, constrói protótipos;
 → Empreendedor que utiliza a tecnologia no produto para o mercado;
 → Financista que dá suporte financeiro ao empreendimento;
 → Analista de mercado que avalia a probabilidade de sucesso;
 → Agente de transferência de tecnologia que a intermedia para o uso;
 → Engenheiro industrial que transforma o protótipo em produto;
 → Vendedor que vende o produto;
 → Fabricante;
 → Gestor da qualidade;
 → Assistência técnica ao cliente;
 → Agente de compras do cliente;
 → Cliente.
Exemplos de inovação de produto na indústria segundo o Manual Pin-
tec (2008, p. 12):
 → Início da produção de televisões com alta definição (HD) ou com tela 
de cristal líquido (LCD) sensível ao toque (touchscreen);
 → Introdução de controle eletrônico em refrigeradores, lavadoras, tor-
radeiras etc.;
 → Lançamento de nova linha de produtos alimentares light ou bebi-
das diet;
 → Início da produção de telefones celulares 4G;
Sociedade, Tecnologia e Inovação Tecnológica / UA 12 Inovação Tecnológica 9
 → Mudanças em materiais de peças do vestuário como a utilização de 
tecidos com Nanofilamentos para a confecção de roupas de "respi-
ração ativa" ou “à prova d'água”;
 → Nova linha de calçados de couro hidrofugado, que respira e tem re-
sistência à umidade;
 → Mudança de componente ou de subsistema em produto complexo, 
como por exemplo, a Introdução de novos sistemas de controle ele-
trônico ou de telemática em automóveis;
 → Desenvolvimento de um novo uso para produtos existentes, como 
por exemplo, a derivação de vacinas ou medicamentos de uso hu-
mano para animal e vice-versa, ou a introdução no mercado de um 
novo detergente, cuja composição química é a mesma usada ante-
riormente por um intermediário para a produção de couro.
Exemplos do que não é inovação de produto:
 → Mudanças puramente estéticas ou de estilo no produto;
 → Mudanças rotineiras, menores, nas funções ou características do 
produto, que não envolvam um grau suficiente de novidade ou de 
esforço tecnológico, e que não acrescentem nada significativo ao seu 
desempenho;
 → Na indústria do vestuário, a introdução, seguindo as tendências da 
moda, de novas cores e cortes;
 → Na informática, a introdução de um release (pequenas alterações ou 
correções de bugs) de um software já existente;
 → Mudanças apenas no tamanho/volume da embalagem, e mudanças 
no nome do produto no mercado;
 → Comercialização de produtos novos integralmente desenvolvidos e 
produzidos por outra empresa;
 → Customização para um cliente que não inclua diferenças significati-
vas de atributos comparados aos produtos feitos para outros clien-
tes (MANUAL PINTEC, 2008, p. 12).
Ainda de acordo com Pintec (2008, p.14), relacionam-se a seguir exemplos 
de inovação em processo na indústria:
 → Adoção de novas tecnologias nas linhas de produção, como por 
exemplo: digitalização do processo de impressão; processamento 
de matérias por laser; novos sistemas de CAD e CAE; robotização 
com ou sem sensores; sistemas de inspeção e testes controlados 
Sociedade, Tecnologia e Inovação Tecnológica / UA 12 Inovação Tecnológica 10
automaticamente por videocâmeras; maquinário de alta velocidade, 
bem como cortadores de metal operando em altas velocidades etc.;
 → Automatização dos processos de produção através da utilização de 
hardware (CLP, controles lógicos programáveis; e SDCD, sistemas di-
gitais de controle distribuído) e de software específico;
 → Melhoria substancial nos métodos de acondicionamento e/ou pre-
servação para entrega do produto aos clientes, como a introdução 
de balcões refrigerados em supermercados, a passagem de emba-
lagem tradicional para embalagem Tetra Pack, para resina pet etc.;
 → Introdução de novos equipamentos para transportar cargas ou em-
pacotar produtos no sistema logístico da empresa, com maior capa-
cidade de movimentação de produtos por minuto ou velocidade de 
empacotamento por minuto;
 → Melhoria substancial do planejamento e controle da produção atra-
vés da utilização de sistemas MRP II, JIT, OPT, APS etc. ou de softwa-
res para atividades específicas (compra, estoque, manutenção etc.);
 → Novos métodos de descarte de resíduos minimizando impactos 
ambientais.
Exemplos de inovação nos serviços:
 → Aperfeiçoamento significativo em etapas críticas do processo de for-
necimento do serviço de telefonia (caso por exemplo do billing, atra-
vés da criação de um novo módulo no sistema);
 → Modernização de protocolos utilizados em VoIP/telefonia IP, como 
por exemplo, para sinalização e controle de chamadas (de H.323 
para SIP, de MGCP para MEGACO);
 → Primeiro uso de ferramenta CASE na criação de software por enco-
menda;
 → Introdução de novos métodos de programação, como por exemplo: 
com orientação a objeto, métodos ágeis de desenvolvimento etc.;
 → Automatização das atividades de suprimento, de estoque e venda 
através da utilização de sistemas integrados (JIT, APS etc.) ou de 
software para atividades específicas, desde que isso implique em 
aperfeiçoamento significativo do processo;
De acordo com o Manual Pintec (2008, p. 14), exemplos do que não é ino-
vação de processo:
 → Paralisação de alguma linha de produção, embora isso possa me-
lhorar o desempenho da empresa;
Sociedade, Tecnologia e Inovação Tecnológica / UA 12 Inovação Tecnológica 11
 → Compra de um número maior de máquinas de um modelo já ins-
talado na empresa, mesmo que seja extremamente sofisticado;
 → Mudanças pequenas, rotineiras, nos processos produtivos exis-
tentes, que não envolvam um grau suficiente de novidade na for-
ma como são produzidos ou entregues,e que não acrescentem 
nada significativo aos seus desempenhos;
 → Mudança organizacional que não está diretamente associada a al-
guma mudança tecnológica incorporada a novas máquinas, equi-
pamentos ou software.
Resumindo, a inovação tecnológica pode ser entendida como um proces-
so composto em duas etapas: desenvolvimento e utilização.
A etapa de desenvolvimento pode ser decomposta em: pesquisa, de-
senvolvimento, avaliação, manufatura e disseminação. Já a etapa de uti-
lização da inovação divide-se em: conhecimento, persuasão, decisão, im-
plementação e confirmação.
inteligênCia COmpetitiva (iC)
A inteligência competitiva aparece como ferramenta de análise para as 
organizações, trazendo informações que favorecem a tomada de decisões 
estratégicas, uma vez que a IC estrutura o processo de coleta e análise das 
informações importantes para as organizações.
Segundo a Abraic (2010), pode-se entender inteligência competitiva 
como:
 → Processo informacional proativo que conduz à melhor tomada de 
decisão, seja ela estratégica ou operacional;
 → Processo sistemático que visa descobrir as forças que regem os ne-
gócios, reduzir o risco e conduzir o tomador de decisão a agir anteci-
padamente, bem como proteger o conhecimento gerado.
De acordo com a SCIP (2010), a Inteligência Competitiva é um programa 
sistemático e ético para coletar, analisar e gerenciar informações externas 
que podem afetar os planos, as decisões e as operações das organizações.
Herring (1997) define inteligência competitiva como sendo o conheci-
mento dos ambientes interno e externo das organizações, aplicado ao 
processo de tomada de decisão, com objetivo de obter uma posição no 
mercado, além de vantagem competitiva.
Já para Tarapanoff (2001), inteligência competitiva é um processo organi-
zado que transforma dados em conhecimento estratégico. É a informação 
Sociedade, Tecnologia e Inovação Tecnológica / UA 12 Inovação Tecnológica 12
sobre produtos e sobre tecnologia, além de monitorar as informações ex-
ternas (legislação, economia, política etc.) que atingem a organização.
Para resumir, a inteligência competitiva é responsável pelo desenvol-
vimento, pela competitividade e pela sobrevivência das organizações. O 
ciclo de inteligência competitiva pode ser representado pela Figura 2: ao 
redor do núcleo do ciclo de inteligência, estão os itens disseminação, pla-
nejamento e direção, coleta e análise e produção.
ciclo de 
inteligência
Planejamento 
e direção
Disseminação
Análise e 
Produção
Coleta
No mundo globalizado, como já estudamos nas unidades anteriores, a 
concorrência entre as organizações está cada vez mais acirrada, havendo 
a necessidade urgente de tomada de decisões estratégicas, como forma 
de sobrevivência.
O processo de inteligência competitiva possibilita a identificação das 
oportunidades para inovações tecnológicas nas organizações, bem como 
a tomada de decisões estratégicas de forma a manterem-se competitivas 
neste mercado, uma vez que a IC busca coletar, analisar e disseminar in-
formações fundamentais sobre os clientes, concorrentes, fornecedores 
em pouco tempo.
Há grandes avanços, conseguidos principalmente em relação à tecno-
logia da informação, possibilitando ganhos para as organizações tanto em 
tempo quanto em qualidade das informações disponíveis.
É fundamental que as organizações se conscientizem da importância 
do processo de inteligência para que sobrevivam, pois de nada adianta 
informações cada dia mais abundantes e disponíveis se não forem orga-
nizadas, otimizadas, para se tornarem úteis.
Figura 2. Ciclo de 
Inteligência.
Fonte: Adaptado de 
Hoffmann (2008).
antena 
pArAbólicA
Importante ferramenta de gestão de negócios, a Inteligência Com-
petitiva (IC) está a procura de espaço dentro das empresas bra-
sileiras. As que já a adotaram melhoraram a forma de detectar 
tendências, avaliar informações e apoiar o desenvolvimento de 
estratégias. Trata-se, portanto, de parte-chave do sistema, res-
saltando que o processo de inteligência – informação relevante 
submetida ao processo de análise –, só traz resultados se contar 
com a interação de todos os envolvidos no desenvolvimento de 
diferentes iniciativas em prol da constante inovação corporativa.
(PROENÇA, 2009)
e AgorA, José?
Na próxima unidade você será convidado a refletir sobre 
a influência da cooperação entre empresas para inova-
ção tecnológica: como as empresas precisam buscar as 
novas tecnologias e as formas de prospectá-las.
Tenho certeza que será emocionante, vamos lá?
Sociedade, Tecnologia e Inovação Tecnológica / UA 12 Inovação Tecnológica 14
glossário
ABRAIC: Associação Brasileira dos Analistas de 
Inteligência Competitiva.
IC: inteligência competitiva.
P&D: pesquisa e desenvolvimento.
reFerênciAs
ABRAIC. �Associação Brasileira dos Analistas 
de Inteligência Competitiva. Disponível 
em: <http://www.abraic.org.br/>. Acesso 
em: 10 de julho de 2016.
DRUCKER, PEtER F. �Inovaçao e Espirito Em-
preendedor. São Paulo: Cengage Learning, 
2011. 378 p. Tradução Carlos J MalferrarI.
HERRING, J. �Producing CTI that meets senior 
management’s needs and expectations. 
In: SCIP COMPETITIVE TECHNICAL INTELLI-
GENCE SYMPOSIUM, 1997, Boston. Mana-
gerialissues. Boston: SCIP, 1997
HOFFMANN, W. A. M. �Gestão tecnológica com 
apoio da inteligência competitiva e a 
Gestão em TIB (Tecnologia Industrial Bá-
sica) – Material de aula. São Carlos: UFSCar, 
2008.
PASSOS, A.� Inteligência Competitiva: como 
fazer IC acontecer na sua empresa. São 
Paulo: LCTE Editora, 2005.
PINtEC. �Pesquisa Industrial de Inovação Tec-
nológica. Disponível em: <http://www.
ibge.gov.br/home/estatistica/economia/
industria/pintec/2003/default.shtm>. Aces-
so em: 10 de julho de 2016.
PROENÇA, G. �Não basta ter inteligência, é 
preciso Inteligência Competitiva. Mas-
sa Cinzenta. Disponível em: <http://www.
cimentoitambe.com.br/massa-cinzenta/
nao-basta-ter-inteligencia-e-preciso-
inteligencia-competitiva/>. Acesso em: 10 
de julho de 2016.
SCIP. �Strategic and Competitive Intelligence 
Professionals. Disponível em: <http://www.
scip.org/%3e.%20Acesso%20em%2010” www.
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tARAPANOFF, K. �Inteligência organizacional e 
competitiva. Brasília: UnB, 2001. 343p.
http://www.abraic.org.br/
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/industria/pintec/2003/default.shtm
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/industria/pintec/2003/default.shtm
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/industria/pintec/2003/default.shtm
http://www.cimentoitambe.com.br/massa-cinzenta/nao-basta-ter-inteligencia-e-preciso-inteligencia-competitiva/
http://www.cimentoitambe.com.br/massa-cinzenta/nao-basta-ter-inteligencia-e-preciso-inteligencia-competitiva/
http://www.cimentoitambe.com.br/massa-cinzenta/nao-basta-ter-inteligencia-e-preciso-inteligencia-competitiva/
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http://www.scip.org/%3e.%20Acesso%20em%2010” www.scip.org/
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http://www.scip.org/%3e.%20Acesso%20em%2010” www.scip.org/

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