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Aula 4 - Sistemática de Importação

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SISTEMÁTICA DE 
IMPORTAÇÃO 
AULA 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. João Marcos Andrade 
 
 
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CONVERSA INICIAL 
Todo o exercício profissional requer aplicação teórica, a qual ao ser aliada 
à operação prática revela a produção de um determinado bem, serviço, ou 
mercadoria. 
Nas atividades profissionais de Importação não é diferente, todas as 
teorias que observamos anteriormente são embasamento para realização de 
atividades operacionais de uma empresa que ou irá importar pela primeira vez, 
e nisso terá várias dúvidas, as quais inclusive podem ser sanadas por essa 
nossa Disciplina de Sistemática de Importação, ou ainda empresas que já atuam 
há um tempo nas importações e também possuem a necessidade de reciclagem, 
atualizações e contemporização técnica, ou seja, adequações às determinações 
e imposições legais. 
Baseados nestas afirmações veremos nesta aula aspectos diretamente 
aplicáveis nos processos de importação, como a parte documental, sistêmica, 
além de observações nos temas relativos à tributação, a parte de arrecadação 
fisco brasileiro presente nas importações em nosso país. 
CONTEXTUALIZANDO 
A Receita Federal do Brasil, como já observamos em conteúdos 
anteriores, é o órgão responsável em executar os procedimentos administrativos 
sobre as empresas e indivíduos atuantes no Comércio Internacional, e como 
todas as transações internacionais exigem formalização, ou seja, documentação 
padrão, temos a legislação pertinente ao assunto presente no Decreto n. 
6.759/2009, e demais Instruções Normativas, Leis, Portarias, Resoluções e 
outros dispositivos legais a serem vistas na presente Aula. 
Desde a composição documental elaborada na origem da importação, no país 
do qual houve a aquisição pela empresa brasileira, até a confecção documental 
eletrônica a ser realizada pelo importador no Sistema Brasileiro de Comércio 
Exterior – Siscomex, todas as práticas são definidas com base em 
determinações legais, por isso daremos nesta aula uma ênfase especial aos 
temas relativos à Documentação Instrutiva aos processos de Importação. 
 
 
 
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TEMA 1 – DOCUMENTAÇÃO NA IMPORTAÇÃO 
As formalidades em qualquer atividade profissional são indispensáveis 
pois orientam as tratativas, organizam os processos de trabalho, facilitam 
decisões, garantem acordos e promovem a execução de projetos de forma sólida 
e segura. 
Nas práticas de importação não é diferente, e ao tratarmos de Sistemática 
de Importação é impossível não destacar e dedicar um tempo e um espaço 
especial, para uma das etapas mais significantes e decisivas de qualquer 
importação. 
Ao considerar a dependência do cumprimento de normas e regras 
aduaneiras, as afirmações vistas acima se enriquecem ainda mais, tendo em 
vista que para atuar de forma que seja possível estar condizente com as boas 
práticas de comércio internacional no Brasil, a empresa depende de uma 
organização documental muito bem composta, desde a elaboração de arquivos 
para cumprimento de dispositivos legais, que exigem a boa guarda dos 
documentos de uma importação por até cinco anos, até o fato de que a 
apresentação de uma importação para a Receita Federal do Brasil para 
procedimentos alfandegários, depende totalmente de organização e composição 
documental. 
Mas como proceder, como executar, como de fato trabalhar de forma que 
seja possível cumprir as tais regras e normas aduaneiras? 
Para resposta, inicialmente é necessário compreender que o básico e 
primordial apresenta-se com uma conhecida ferramenta que tem um poder muito 
eficaz, a organização. 
Esse procedimento, ao ser parte de um profissional, apenas por sua 
notoriedade já causa impressão positiva e alarga as possibilidades de destaque, 
promoção pessoal, crescimento na carreira dentre outras situações, pois o 
indivíduo detentor desta qualidade, que é a organização, seja nas atividades 
profissionais, pessoais, familiar, estudantil, enfim, em todas as esferas da vida, 
não há dúvida que o impacto no rendimento do trabalho é sempre positivo. 
Então, vejamos como essa ferramenta denominada organização fez e faz 
muita diferença de forma muito positiva na gestão e coordenação da Sistemática 
de Importação. 
 
 
 
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1.1 Responsabilidades do importador na documentação 
A Legislação Federal vigente sobre o tema, o Decreto n. 6759/2009 em 
seus Art. 554 a 558 apresenta os principais documentos de instrução ao 
Despacho de Importação. 
Importante compreendermos que quanto às responsabilidades dos 
documentos comerciais presentes na importação (veremos todos neste tema da 
aula), nenhum deles é de encargo direto do importador, pois este é o comprador 
internacional e deverá receber os documentos, não se responsabilizar pela 
emissão destes. 
Já para efeito tributário na condição de sujeito passivo na tributação 
(denominação determinada pelo Direito Tributário ao devedor de tributo no 
Brasil), o importador passa a ter responsabilidade pela confecção de 
documentos a serem apresentados à Receita Federal do Brasil, como o 
Licenciamento de Importação, e a Declaração de Importação, ou a Declaração 
Única de Importação, por exemplo (veremos nesta aula a diferença entre uma e 
outra). 
1.1.2 Documentos de instrução de despacho aduaneiro na importação 
Para adentrarmos a seara dos documentos na importação, consideremos 
que a eficiência no manuseio destes não exige dispêndios de tempo além do 
dedicado e já programado por você aos seus estudos. 
Assim, é possível compreendermos que a exatidão das informações 
constantes nos documentos instrutivos de uma importação, possui uma 
importância de total relevância pois são as que irão garantir o sucesso em uma 
operação de compra internacional, para efeitos comerciais, logísticos, tributários, 
e podendo se estender até a esfera Legal, caso ocorra alguma situação em que 
ocorra necessidade e dependência de se recorrer ao poder judiciário para 
solucionar alguma discordância em determinada operação de importação. 
Observaremos ao longo desta Disciplina a importância pelos aspectos 
administrativos nas tratativas das importações, por isso atente-se para cada 
detalhe exposto no presente material. 
 
 
 
5 
1.1.3 Conhecimento de Transporte (Conhecimento de Carga) 
O primeiro a ser compreendido é o Conhecimento de Carga, o qual tem 
suas definições segundo o Decreto n. 6.759/2009 em seus Artigos 554 e 555, 
então vejamos: 
(...) Art. 554. O conhecimento de carga original, ou documento de 
efeito equivalente, constitui prova de posse ou de propriedade da 
mercadoria (Decreto-Lei n. 37, de 1966, art. 46, caput, com a redação 
dada pelo Decreto-Lei n. 2.472, de 1988, art. 2o). 
Parágrafo único. A Secretaria da Receita Federal do Brasil poderá 
dispor sobre hipóteses de não exigência do conhecimento de carga 
para instrução da declaração de importação. 
Art. 555. A cada conhecimento de carga deverá corresponder uma 
única declaração de importação, salvo exceções estabelecidas pela 
Secretaria da Receita Federal do Brasil. (Planalto, 2009) 
O Conhecimento de Cargas possui nomenclaturas de acordo com o Modal 
de Transporte em uma operação logística, e assim se define: 
1) No Modal Marítimo, o Conhecimento de Cargas é o BILL OF LADING, que 
em uma tradução literária seria “Fatura de Embarque, ou mesmo 
Conhecimento de Embarque, podendo ainda significar Conta de 
embarque”, o qual é emitido/confeccionado da seguinte forma: 
Primeiramente é necessário entendermos que é um Documento nunca 
emitido pelo Importador Brasileiro, nem tampouco pelo Exportador no Exterior, 
pois este sempre será emitido pelo Transportador Internacional e seus 
representantes, como Agentes de Cargas, dessa forma, o Importador sempre irá 
receber este documento ao realizar uma importação. 
2) No Modal Aéreo, o Conhecimento de Cargas é o AWB (Air Way Bill), 
também emitido pelo transportador e seus representantes, como Agentes 
de Cargas,e entregues ao Importador no Brasil, sendo que o documento 
deve acompanhar a carga durante o trânsito internacional. 
3) No Modal Rodoviário, o Conhecimento de Cargas é o CRT 
(Conhecimento Rodoviário de Transporte), também com a emissão de 
responsabilidade do transportador, lembrando que no Mercosul este 
transporte é muito utilizado. 
4) No Modal Ferroviário, o Conhecimento de Cargas é o TIF (Transporte 
Internacional/Individual Ferroviário), sempre emitido pelo transportador 
ferroviário. 
5) Romaneio de Cargas, denominado no inglês como Packing List, é um 
documento redigido pelo exportador/fornecedor estrangeiro nos casos da 
 
 
6 
Importação, e deve constar os dados físicos da carga/mercadoria, que 
são: quantidades, tipos e quantidades de volumes de acondicionamento 
de carga, peso líquido unitário e total, peso bruto, dimensões dos volumes 
de unitização. 
6) Fatura Comercial (Commercial Invoice), documento que equivale-se à 
Nota Fiscal de Venda de Mercadorias, porém no âmbito internacional no 
qual devem constar: Detalhamento descritivo das mercadorias, 
quantidades e valores unitários, peso líquido unitário e total, peso bruto, 
tipo e quantidade dos volumes, país de aquisição (de onde a mercadoria 
foi adquirida), origem (onde foi produzida), e procedência (onde a 
mercadoria se encontrava no momento de sua inquisição), forma de 
pagamento, termo de condição de venda (Incoterm). 
7) Certificado de Origem, documento emitido pelo exportador atestando e 
garantindo o país de origem da mercadoria, para em casos de acordo 
comercial entre país vendedor e comprador em que exista benefícios 
tributários que exijam tal documento, como nas transações comerciais 
entre os membros do Mercosul, e países que possuam acordos bilaterais 
com o Brasil, onde o principal Imposto na comercialização internacional, 
que é o Imposto de Importação, seja suspenso exatamente para incentivar 
o comércio entre países membros do bloco. 
Curiosidade 
Todos os documentos devem possuir dados de identificação do 
Exportador, Importador, data de emissão, local de emissão, assinatura original, 
demais informações características a cada transação comercial de importação. 
TEMA 2 – SISCOMEX – SISTEMA BRASILEIRO DE COMÉRCIO EXTERIOR 
O Brasil possui uma ferramenta de gestão do Comércio Exterior de 
extrema capacidade de armazenamento de dados, bem como capacitado para 
gerir completamente todas as práticas de importação, e exportação, porém, 
nesta Disciplina, por se tratar de Sistemática de Importação, focaremos nessa 
esfera visando a otimização de dados que lhe facilitarão tanto o estudo, quanto 
as atividades práticas no seu dia a dia de realizações profissionais. 
 
 
 
7 
2.1 Divisões do Sistema Siscomex 
Atualmente, o Siscomex apresenta uma plataforma de dados 
complemente compatível com as necessidades operacionais sob o ponto de 
vista de arrecadação e fiscalização, que são atribuições do governo ao mesmo 
tempo que fornece às empresas totais condições de adaptação de seus sistemas 
gerenciadores de dados, de forma que seja possível tornar suas práticas de 
comércio exterior 100% eletrônicas. 
Um dos mais recentes avanços do Siscomex, foi o lançamento do Portal 
Único do Siscomex, o qual compreende uma “cesta” de programas para gestão 
de Comércio Exterior. 
2.2 A definição oficial do Portal Único em seu próprio portal é: 
“A criação do Programa Portal Único de Comércio Exterior – Portal 
Siscomex é uma iniciativa do Governo Federal com vistas a reduzir a 
burocracia, o tempo e os custos nas exportações e importações 
brasileiras. Foi lançado em 2014 com o objetivo de atender com mais 
eficiência as demandas do comércio exterior brasileiro de hoje e dos 
próximos anos, de modo a fazer com que o Siscomex se mantenha 
uma ferramenta efetiva. Os principais objetivos do Programa são 
reformular os processos de exportações e importações, tornando-os 
mais eficientes e harmonizados, e criar um guichê único para 
centralizar a interação entre o governo e os operadores privados 
atuantes no comércio exterior”. (O Programa..., 2019) 
Com essa definição, observamos que tecnicamente o Portal Único do 
Siscomex permite a prática profissional dos atuantes nesta área de uma forma 
muito objetiva, pois é possível compreender que cada usuário do Sistema 
(importador) possui a ferramenta ideal para realizar a gestão de seus processos 
de importação e exportação, em qualquer lugar onde estiver coordenando seus 
embarques, bastando um acesso à internet. 
2.3 Sistemas de gestão dos Órgãos Intervenientes do Comércio Exterior – 
Abordagem Single Window 
A configuração atual do Portal Único do Siscomex, permite aos usuários 
a interface na comunicação com diversos sistemas operacionais entre os órgãos 
intervenientes, por isso a denominação “Single Window”, que em uma tradução 
literária seria “janela única”, fato já presente nos setores governamentais nos 
países mais desenvolvidos tecnologicamente, e o Brasil passa a configurar 
 
 
8 
dentre estes também, o que permite às empresas atuantes no Comércio Exterior 
um maior dinamismo e agilidade em suas práticas de importação e exportação. 
A seguir, print da tela de abertura do Sistema Portal Único do Siscomex: 
 
Fonte: Disponível em: <https://portalunico.siscomex.gov.br/portal/>. Acesso em: 21 fev. 2020. 
Em cada opção apresentada na tela, há um direcionamento conforme a 
tarefa a ser realizada pela empresa importadora brasileira, (ou exportadora). 
O acesso ao sistema se dá por meio de Certificado Digital, (estudado 
anteriormente), no qual a empresa em um único portal da internet tem a 
possibilidade de realizar todas as tarefas operacionais da importação, uma vez 
que estamos tratando de Sistemática de Importação, facilitando assim a troca de 
informações com os órgãos intervenientes do Governo Brasileiro. 
Como exemplo, seguem algumas das atividades permitidas por meio do 
acesso ao Portal Único do Siscomex: 
a) Requerer Habilitação do CNPJ junto ao Sistema RADAR da RFB. 
b) Registros e liberações de Importações e Exportações. 
c) Anuências de licenças de Importações pelos órgãos anuentes. 
d) Certificação ao Programa OEA (tema desta Disciplina). 
e) Outras funções de órgãos diferentes da Receita Federal do Brasil. 
 
 
 
9 
Saiba mais 
É possível uma aproximação mais detalhada com os conceitos e práticas 
do Siscomex, mediante o acesso aos links da Receita Federal do Brasil conforme 
a seguir: <https://portalunico.siscomex.gov.br/portal/>. Acesso em: 21 fev. 2020. 
2.4 O Siscomex na Importação 
A utilização do Sistema Siscomex é necessária para as operações de 
importação pois concentra as informações cambiais, comerciais, fiscais e 
logísticas, permitindo, assim, aos órgãos governamentais com participação em 
um processo de importação, uma agilidade para execução de suas tarefas de 
intervenientes governamentais. 
O Siscomex é divido em Perfis de Acesso, sendo o permitido ao 
Importador Brasileiro e seus representantes, o acesso ao Perfil 
Importador/Representante, nele é possível executar todas as tarefas 
necessárias para a contemplação de êxito quanto ao cumprimento das regras 
Aduaneiras do Brasil para Importação. 
Os órgãos federais participantes da importação possuem outros perfis de 
acesso, como Perfil Servidor da RFB, bem como os armazéns alfandegados que 
são os Fiéis Depositários das cargas no Comércio Exterior Brasileiro. 
Saiba mais 
Para ter mais detalhamentos da operacionalização do Siscomex, é 
interessante consultar o link das instruções oferecidas pela RFB. 
SISCOMEX. Visão Geral do módulo Siscomex Declaração de Importação Web. 
Disponível em: 
<https://receita.economia.gov.br/orientacao/aduaneira/manuais/despacho-de-
importacao/sistemas/siscomex-importacao-web/declaracao-de-
importacao/visao-geral-do-modulo-siscomex-declaracao-de-importacao-web-
1>. Acesso em: 21 fev. 2020. 
Também é necessária a leitura da InstruçãoNormativa da RFB n. 
680/2006 na íntegra, (Instrução normativa srf n. 680, de 02 de outubro de 2006. 
Disponível em: 
<http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&
idAto=15618>. Acesso em: 21 fev. 2020) para enriquecimento do conhecimento 
 
 
10 
relativo ao manuseio do Siscomex, especificamente nas operações de 
Importação. 
TEMA 3 – LICENCIAMENTO DE IMPORTAÇÃO 
 Em conteúdos anteriores, estudamos as determinações legais referentes 
ao Tratamento Administrativo definido pela Portaria da SECEX1, n.º 23/2011, 
sendo que este procedimento é realizado pelo Importador previamente ao 
embarque da importação no exterior, para averiguação quanto a alguma 
exigência legal em relação ao enquadramento da mercadoria importada, ou 
ainda em relação ao tipo de mercadoria, fato que também pode definir 
obrigatoriedade de autorização prévia dos órgãos federais responsáveis pela 
verificação prévia ao embarque, o Tratamento Administrativo do Siscomex. 
A consulta ao Tratamento Administrativo nas Importação realizada 
previamente ao embarque no Exterior, permitirá ao importador a certeza quanto 
a necessidade ou não em submeter sua importação a um órgão federal anuente, 
assim observando as características dos Licenciamentos de Importação 
exatamente como são definidos em sua legislação básica citada no início deste 
tema. 
3.1 Importações dispensadas de licenciamento 
Importações sem determinação legal para que um órgão governamental 
anuente (Anvisa, Exército, Ibama, Inmetro etc.), realize a verificação documental 
da importação, previamente ao embarque no exterior, ou seja, basta o 
importador autorizar o embarque no exterior para que a carga chegue ao Brasil, 
e passe pelos procedimentos de Fiscalização Aduaneira conforme a Instrução 
Normativa n. 680/2006 e Decreto n. 6759/2009. 
Comumente, denominam-se tais importações como “sem licença de 
importação”, esse é o procedimento usual nas empresas praticantes de 
importações, resumindo... não dependem de autorização de nenhum órgão de 
governo para serem importadas no Brasil. 
 
 
1 SECEX – Secretaria de Comércio Exterior – é um órgão vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, 
Indústria e Comércio Exterior, responsável pela normatização quanto às propostas para as práticas de 
Comércio Exterior no Brasil para Ministério da economia, indústria, comércio exterior e serviços. 
 
 
11 
Dica: 
Sempre antes de realizar uma importação, é recomendável acessar o 
Tratamento Administrativo (retomar conteúdo tratado anteriormente). 
3.2 Importações sujeitas ao Licenciamento Automático 
A mesma Portaria da Secex n. 23/2011, agora em seu Art. 14º define que 
estão sujeitas ao Licenciamento Automático, importações as quais ao serem 
submetidas ao Tratamento Administrativo (visto em conteúdos anteriores), 
recebem a condição de “autorizadas” a serem importadas mediante Licença 
Automática, isto é; também não necessitam ser apresentadas a nenhum órgão 
anuente para virem ao Brasil. 
Dessa forma, após a consulta ao Tratamento Administrativo, uma 
empresa poderá importar, segura de que ao chegar no Brasil, sua importação 
seja fiscalizada sem a obrigatoriedade de Licenciamento de Importação, 
bastando a inclusão desta na Declaração de Importação, tema a ser visto nesta 
aula. 
3.3 Importações sujeitas ao Licenciamento Não Automático 
Também na Portaria da Secex n. 23/2011, agora no Art. 15 encontramos 
as importações sujeitas ao Licenciamento Não Automático, nas quais o 
Importador deve solicitar autorização a um determinado órgão federal anuente, 
conforme a característica da mercadoria, porém previamente ao embarque no 
exterior, exemplo: 
Caso prático de importação para fortalecer o entendimento 
Empresa deseja importar brinquedos para revenda. 
A primeira atividade será consultar a NCM na TEC (rever conteúdos 
anteriores), e logo em seguida consultar ao Tratamento Administrativo do 
Siscomex. Tendo consultado o Tratamento Administrativo, saberá qual será o 
órgão anuente a autorizar sua importação conforme as regras e procedimentos 
do referido órgão. 
Para a importação de brinquedos, o Tratamento Administrativo irá apontar 
o órgão Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), 
sendo que cada órgão possui um Sistema Gerenciador (via internet), para o 
 
 
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importador atender aos requisitos e procedimentos formais relativos às 
importações a serem analisadas e autorizadas/deferidas pelo respectivo órgão. 
Lembrando: A NCM (Nomenclatura do Mercosul), é o principal item de 
pesquisa para consultar ao Tratamento Administrativo do Siscomex. 
3.4 Outras hipóteses de Licenciamentos não Automáticos 
Além da NCM, há outras características na importação que definem a 
obrigatoriedade do Licenciamento de Importação previamente ao embarque no 
exterior, como, por exemplo, o Regime de Tributação, (forma de recolhimento de 
impostos na importação, assunto abordado no próximo tema desta aula). 
A obrigatoriedade do Licenciamento para regimes de tributação, pode ser 
encontrada no Artigo 61 da Portaria da Secex, n. 23/2011, para o qual se 
recomenda a leitura como forma de fixação do conteúdo. 
Ou seja, não é apenas a NCM que define a necessidade de Licenciamento 
em uma importação, mas outros fatores, como país de origem, tratamento 
administrativo, condição do bem (usado), dentre outras características, também 
podem definir a obrigatoriedade de o importador submeter sua importação a um 
órgão anuente, conforme definido na consulta ao Tratamento Administrativo do 
Siscomex (rever conteúdo trabalhado anteriormente). 
3.5 Multas e penas quando ocorre a falta do Licenciamento Não 
Automático 
Ao não obter o deferimento/anuência do Licenciamento de Importação 
previamente ao embarque (quando assim exigido pelo Tratamento 
Administrativo do Siscomex), o importador incorrerá nas seguintes possíveis 
penas e multas aplicadas pela RFB via Siscomex: 
 Multa de 30% sobre o Valor Aduaneiro da Importação.2 
 Multa de 20% sobre o Valor Aduaneiro, para importações com 
licenciamento vencido com mais de vinte, até 40 dias. 
 Multa de 10% sobre o Valor Aduaneiro, para importações com 
licenciamento vencido até 20 dias. 
 
2 Resultado da soma entre o valor da mercadoria adquirida no exterior, despesas de frete internacional, 
e demais custos incidentes no transporte até a alfândega, além do seguro internacional (assunto 
abordado no próximo tema da aula). 
 
 
13 
Obs.: Para reforçar o entendimento, é necessária a leitura do Artigo 706 
do Decreto n. 6759/2009 onde constam as regras de aplicação e limites de 
valores de aplicação de tais multas incidentes nas importações cujas 
características envolvam Licenciamentos de Importação não automático. 
TEMA 4 – DECLARAÇÃO DE IMPORTAÇÃO – DI 
A DI (Declaração de Importação), está instituída conforme a IN RFB n. 
680/2006, e sua definição conforme a própria RFB em seu portal, vem a ser: 
A Declaração de Importação é o documento base do despacho de 
importação. Gerada a partir do menu Operações / Declaração de 
Importação / Completa / Solicitação / DI / 
"Nacionalização/Saída/Internação" ou "Admissão em Regime", 
compreende o conjunto de informações gerais correspondentes a uma 
determinada operação de importação e conjuntos de informações 
específicas de cada mercadoria objeto da importação. (Visão..., 2016) 
4.1 Conteúdo da Declaração de Importação 
A DI deverá constar as informações gerais da importação, todos os 
detalhamentos da operação comercial realizada com outro país, pois neste 
documento a Empresa manifesta ao Fisco Brasileiro, o que de fato está 
importando, para que tal procedimento seja fiscalizado conforme as 
determinações legais vigentes no período da importação. 
A conferência da Declaração e Declaração Única de Importação, ocorrerásempre de acordo com a Legislação já vista anteriormente, e o preenchimento é 
de responsabilidade sempre do importador, ou de seu representante. 
Saiba mais 
Para elaboração da Declaração de Importação, o usuário usará os 
documentos do Tema 1 desta aula. 
4.2 Elaboração da Declaração de Importação 
Como já verificamos em temas anteriores, a elaboração da Declaração 
ocorrerá no Siscomex, via internet, e a conexão é feita por meio de Certificado 
Digital pertencente ao usuário, (lembrando que neste caso o Certificado Digital 
é o de pessoa física, ou seja; relativo ao CPF do usuário, que pode ser tanto um 
funcionário/colaborador do importador, um diretor, ou um Representante Legal, 
 
 
14 
o Profissional Despachante Aduaneiro, conforme Artigos 808 a 810 do Decreto 
n. 6759/2009. 
A Declaração de Importação, bem como a Declaração Única de 
Importação, possui as seguintes características para sua elaboração: 
1) Permite a inserção de dados gerais da carga e dados específicos. 
2) Sua capa possui dados gerais da importação. 
3) Suas adições possuem detalhes específicos da importação. 
4) Há um custo financeiro para sua elaboração, conforme IN 680/2006. 
5) É um comprovante de recolhimento dos tributos federais na importação. 
6) Sua identificação é numérica, gerada pelo próprio Siscomex. 
7) É utilizada pela RFB na fiscalização da importação, (ver IN n. 680/06). 
8) É considerado o principal documento da importação no Brasil. 
A seguir, imagem extraída do Portal da Receita Federal do Brasil, 
demonstrando a funcionalidade do Siscomex no Módulo Importador. 
 
O acesso ao Sistema Siscomex - Perfil Importador, é via internet por meio 
do Certificado Digital, onde o importador ou seu Representante Legal, irão 
registrar todos os dados de suas “cargas” de importação conforme o layout 
exposto acima, desde que possua Habilitação no Sistema RADAR da RFB, tema 
amplamente observado em conteúdos anteriores. 
 
 
 
15 
Importante 
Observação: A plataforma na internet para elaboração da Declaração de 
Importação pode ser acessada pelo link a seguir, (Siscomex Importação, 2016) 
mediante uso de um Certificado Digital (Tema visto em conteúdos anteriores), 
sendo que para cada Declaração, o Sistema fornecerá um número de 
identificação composto por 10 dígitos, com os dois primeiros sendo o ano, 
exemplo: (20/000000-0). 
4.2.1 Demonstrações das telas principais da Declaração de Importação 
Elaboração da Declaração de Importação: 
Figura 1 – Tela atual de abertura (capa) da Declaração de Importação 
 
Em que: 
Ficha Importador: 
Onde é inserida uma identificação conveniente ao elaborador. Também 
se insere o CNPJ do Importador. 
Na divisão de Caracterização da Operação, deverá se informar se é 
própria, ou se trata-se de Conta e Ordem de Terceiros ou por Encomenda, 
(temas vistos em conteúdos anteriores). 
 
 
 
16 
Figura 2 – Ficha Básica 
 
Em que: 
 URF de Despacho: (unidade da RFB onde a importação será 
desembarcada/fiscalizada por aquele órgão, sendo porto, aeroporto, 
fronteira, ou Estação Aduaneira de Interior “EADI”). 
 Modalidade de Despacho: Na maior parte das importações a opção é 
“normal”, sendo diferente apenas quando se tratar de importação atípica. 
 Processo Vinculado, preenchido apenas quando houver a importação 
vinculada a algum tratamento especial (a ser visto mais adiante). 
 Documentação de Instrução de Despacho: No campo Denominação, 
constará a identificação da Fatura Comercial, Romaneio de Carga, 
Conhecimento de Transporte, e outros documentos (Tema 1 desta aula). 
 Informações Complementares: Campo reservado ao importador para 
inserção de dados considerados úteis para sua coordenação do 
embarque, como também para orientações complementares à RFB, e ao 
Fiel Depositário onde a importação será fiscalizada/desembaraçada. 
 
 
 
17 
Figura 3 – Ficha transporte 
 
Em que: 
 Via de Transporte: Informa-se o Modal de Transporte. 
 Doc. Chegada da carga: De acordo com o Modal de Transporte. 
 Transportador: Conforme o Modal (Cia aérea, armador, transportador). 
 Bandeira: Nacionalidade do veículo transportador (avião, navio). 
 Conh. Transporte/Identificação: Conforme o Modal (Tema 1 desta aula) 
 Local e Data de Embarque: Conforme informações do Embarque. 
 Utilização: Na maior parte será total (casos atípicos, será parcial). 
Figura 4 – Ficha carga (parte 1) 
 
Em que: 
 País de Procedência: Do qual a mercadoria embarcou. 
 Data de chegada: No local de liberação da carga. 
 URF de Entrada no País: Porto, Aeroporto, ou Fronteira de entrada. 
 
 
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 Peso Bruto: Peso total da carga considerando embalagens. 
 Peso Líquido: Peso Líquido apenas da carga (peso líquido/net). 
 Volumes/tipo de embalagem: Pacote, caixas, pallets, rolos etc. 
 Local de Armazenamento/Recinto: Unidade da RFB onde a carga está. 
Armazém: Nome do local (alfândega de liberação da importação). 
Saiba mais: 
Quando ocorrem erros na Declaração de Importação, o usuário poderá 
requerer a correção por meio de Retificação, sendo: 
1. Retificação de Ofício: RFB solicita Retificação durante o período de 
fiscalização, por meio de exigência fiscal, e nestas circunstâncias, pode 
ocorrer cobrança de multa pela RFB, conforme Artigos 706 a 749 do Decreto 
n. 6759/2009, e Lei 10.833/2003, Art. 77, inciso IV, alínea “c”. (recomenda-
se a leitura destes artigos. 
2. Retificação Espontânea: O importador pode, durante o período do 
despacho aduaneiro (IN n. 680/2006), requerer a retificação, porém também 
estarão sujeitos à penalização conforme o caso. 
3. Retificação após o Desembaraço: O importador requer à RFB alteração da 
DI, após a liberação da carga, porém também estando sujeito à penalização 
conforme o caso, ou para efeitos cambiais, sem multas. 
Figura 5 – Ficha Carga (parte 2) 
 
 
 
 
19 
Em que: 
 Valor total das Mercadorias no Local de Embarque: Informa-se o valor 
pago ao exportador referente somente à mercadoria adquirida no exterior. 
 Frete Total: Valor do Frete, sendo: (Collect, a pagar), (Prepaid, pago 
antecipadamente) 
 Seguro Total: Valor pago à contratação do seguro internacional da carga. 
 Obs: Nos três campos, a moeda é definida por código de 3 dígitos 
numéricos. 
 Exemplo: Dólar americano 220, Euro 978, Real 790 etc. (ver tabela na 
lupa). 
Encerrada a capa da Declaração de Importação, onde constaram os 
dados gerais da importação, agora veremos a adição, onde são inseridos os 
dados específicos da mercadoria importada. 
Saiba mais 
Importante reforçarmos a recomendação de que ao nos depararmos com 
abreviaturas de definições legais, leis, decretos, instruções normativas, durante 
a Disciplina, encontremos um tempo para ler os Artigos citados a fim de que 
possamos compreender com exatidão o contexto ali exposto, lembrando que: 
 IN (Instrução Normativa); 
 Dec (Decreto); 
Port. (Portaria). 
Figura 6 – Ficha Adição (Fornecedor) 
 
 
 
20 
Em que: 
Fornecedor: No campo “Vinculação entre Comprador e Vendedor”, 
haverá vinculação, somente se a negociação for entre empresas do 
mesmo grupo econômico. 
No campo “Relação entre Exportador e Fabricante/Produtor”, caso o 
fabricante seja empresa diferente do exportador, ao clicar no campo “o 
fabricante/produtor não é o exportador, ou é desconhecido”, surgirá opção para 
inserção dos dados do fabricante/produtor, ou se for desconhecido, apenas 
mencionará esta informação. 
Dados Cambiais: uma opção será selecionada, conforme cada 
importação. 
Figura 7 – Ficha Adição (Mercadoria) 
 
Em que: 
 Ncm: Informar a classificação fiscal da mercadoria, e se for importação 
do Mercosul, deverá informar os campos NALADI/SH e NALADI/NCCA. 
 Peso Líquido: Peso apenas da mercadoria, e sua embalagem primária. 
 Aplicação: Conforme a característica da importação (revenda/consumo). 
 Quantidade: De acordo com a mercadoria (unidade, kilograma, metro 
etc). Moeda: Será a informada na Capa da DI (ver telas anteriores). 
 Valor Unitário: Valor pago a cada mercadoria conforme a quantidade. 
 Qtde na Unidade Comercializada: (Valor unitário, por metro etc.). 
 
 
21 
 Especificação da Mercadoria: O máximo de informações da mercadoria. 
Observação: Esta ficha da Adição na Declaração de Importação, deve 
ser preenchida a exemplo de todas as outras fases do documento, com a 
máxima atenção, e com base em documentos de instrução da compra no 
exterior, pois qualquer erro cometido por falha de observação de dados dos 
documentos, ou mesmo intenção em lesar o Fisco (RFB), com informações não 
reais, pode ser penalizado com aplicação de multas administrativas, conforme 
constante nos Artigos 706 a 749 do Decreto n. 6759/2009, aos quais recomenda-
se a leitura para melhor compreensão deste tema. 
Figura 8 – Ficha Adição (Valor Aduaneiro) 
 
Em que: 
 Incoterm: Informar de acordo com o definido no momento da aquisição. 
 Local da Condição: Será definido de acordo com o Incoterm utilizado. 
 Acréscimos: Também ocorrerão conforme o Incoterm utilizado. 
 Na ficha TRIBUTOS, (próxima a partir da Ficha vista imediatamente 
anterior), constarão as alíquotas e valores destes, conforme a 
Classificação Fiscal, Valores, Incoterm informados, para que o Siscomex 
possa elaborar a tributação da Importação, tema a ser analisado e 
estudado mais adiante. 
Obs.: Apenas como prévia do Tema “Tributação”, mencionamos a seguir 
os impostos incidentes na Importação. 
 
 
22 
1) Imposto de Importação. 
2) Ipi – Imposto sobre Produtos Industrializados. 
3) Pis – Programa de Integração Social. 
4) Cofins – Contribuição para financiamento da seguridade social. 
5) ICMS – Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços. 
Após o preenchimento da Adição da Declaração, o usuário voltará para 
capa, onde preencherá os dados bancários de onde serão debitados os impostos 
incidentes na importação (os quais veremos detalhadamente mais adinate). 
TEMA 5 – DECLARAÇÃO ÚNICA DE IMPORTAÇÃO (DUIMP) 
A Declaração Única de Importação (DUIMP), instituída pela IN RFB n. 
1833/2018 e Portaria da Coana3 n. 77/2018, será elaborada pelo importador (ou 
seu representante legal) via siscomex, (por conexão com a internet), e deverá 
conter todas as informações correspondentes a uma importação, como dados 
cambiais, fiscais, comerciais, estatísticos, logísticos e demais características. 
(Sempre com Certificado Digital de pessoa física). 
Link para a elaboração da DUIMP: 
DUIMP - Elaboração da Declaração. Disponível em: 
<http://receita.economia.gov.br/interface/lista-de-
servicos/aduana/importacao/elaboração>. Acesso em: 21 fev. 2020. 
Após o registro, o sistema fornecerá uma numeração composta de 10 
dígitos numéricos, que vem a ser a identificação da importação perante a RFB, 
assim, haverá então a submissão da importação ao órgão aduaneiro competente 
para a fiscalização, (RFB), que seguirá os procedimentos da IN n. 680/2006, 
IN1833/2018, Decreto n. 6.759/2009. 
Saiba mais 
Para Importadores habilitados com o Certificado Internacional OEA 
(Operador Econômico Autorizado), visto em conteúdos anteriores, deverá adotar 
a Declaração Única de Importação, e não a Declaração de Importação. 
É muito importante dedicar um tempo para leitura completa das duas INs 
citadas no parágrafo anterior, para compreender a forma como a RFB realiza o 
 
3 Coana, Coordenação Geral da Aduana Brasileira, e como o nome sugere, tem como a principal atribuição, 
a coordenação de todo o sistema aduaneiro da Alfândega Brasileira. 
 
 
23 
procedimento de fiscalização nas importações. Já o Decreto n. 6.759/2009 
recomenda-se a leitura dos artigos 20, 77, 78, para compreensão dos assuntos 
analisados até o presente momento da Disciplina, e para que na sequência das 
aulas possamos aprofundar o tema das Declarações, permitimo-nos a 
compreensão mais clara dos assuntos tratados até aqui nesta Disciplina. 
5.1 Elaboração da Declaração e Declaração Única de Importação 
Ao acessar o link disposto no início deste tema, o usuário poderá 
preencher os dados de sua importação conforme os documentos desta, (vistos 
no Tema 1 desta aula). 
5.1.1 Documentos para a elaboração da DUIMP e apresentação à RFB e 
demais órgãos 
Também é necessário compreendermos que no Portal Único do 
Siscomex, (Disponível em: <https://portalunico.siscomex.gov.br/portal/>. Acesso 
em: 21 fev. 2020), consta uma ferramenta para anexação de documentos de 
instrução do Despacho Aduaneiro, conforme os Artigos 554 a 558 do Dec. 
6759/2009, e IN 680/2006, para que os órgãos federais participantes do 
processo de Despacho Aduaneiro (IN 680/2006), possam proceder com as 
anuências e fiscalização baseados nos documentos relativos à importação em 
questão.
 
 
24 
Figura 9 – Tela Atual de Abertura (capa) da Declaração Única de Importação 
 
 Ficha identificação: Preenchimento similar à Dec. de Importação, para 
identificação do Importador. 
Figura 10 – Ficha Carga
 
 Ficha Carga: A exemplo da Dec. de Importação, o Siscomex abrirá opões 
de preenchimento para cada modal de transporte e dados da carga, 
bastando a inserção dos dados conforme os documentos vistos no Tema 
1 da aula. 
Saiba mais 
Identificação da DUIMP 
O Sistema Siscomex por meio do Portal Único, fornecerá um número de 
identificação para a DUIMP, para atividades relacionadas àquela importação, 
 
 
25 
podendo também servir de parâmetro para próximas. Exemplo da elaboração 
da identificação pelo Siscomex: (20BR0000000111-1). 
Figura 11 – Ficha Documentos 
 Ficha Documentos: Será preenchida conforme os documentos de 
instrução da importação (Tema 1 desta aula). 
Figura 12 – Ficha Item 
 
 
 
26 
 Ficha Item: Ocorrerá a inclusão dos dados específicos da Mercadoria, 
como valores, pesos, quantidades, e demais detalhamentos específicos 
desta. 
Figura 13 – Ficha Resumo 
 Na ficha Resumo, o usuário receberá do Sistema Siscomex, o resumo 
das informações lançadas nas telas anteriores, e no campo Pagamento 
de Débito em Conta, informará os dados da Conta Corrente do 
Importador, de onde serão debitados os Impostos incidentes na 
importação, vistos previamente no final do Tema 4 desta aula. 
TROCANDO IDEIAS 
É importante buscarmos conhecer a legislação aduaneira, especialmente 
a que mais se aplica às importações nas quais pretendemos atuar, pois é na 
legislação que encontramos a fundamentação para a execução correta de todas 
as tarefas, como a solicitação de preenchimentos de documentos de instrução 
de despacho aduaneiro. 
Além da legislação, é muito interessante e indispensável buscarmos ao 
máximo a aproximação com o Sistema de Comércio Exterior do Brasil, o 
Siscomex, no portal único (link disponibilizado no Tema 5.1.1 anterior). 
 
 
27 
NA PRÁTICA 
Visando à fixação de conteúdo, imaginemos que sua empresa está 
propensa a executar a aquisição de um produto ou mercadoria no exterior, porém 
não há a menor base de ideia ou de prática, pois é a primeira importação da 
empresa, então, neste caso, o que deveríamos fazer para não termos prejuízos 
e também atendermos à legislação aduaneira vigente? 
FINALIZANDO 
 O Importador é o responsável por toda conferência da documentação da 
importação, a ser emitida pelo exportador e transportador. 
Também cabe ao importador a verificação do Tratamento Administrativo 
do Siscomex, em referência ao Licenciamento de Importação não automático, a 
ser submetido a um órgão anuente previamente ao embarque no exterior, ou 
não, para então autorizar o embarque da carga com destino ao Brasil, e quando 
neste chegar, ser submetida ao Despacho Aduaneiro, para que a RFB proceda 
com a liberação alfandegária e entrega da carga ao importador, para retirada da 
alfândega e transporte até seu endereço. 
 
 
 
28 
REFERÊNCIAS 
BRASIL. Decreton. 6.759, de 5 de fevereiro de 2009. Planalto, 2009. Disponível 
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-
2010/2009/Decreto/D6759.htm>. Acesso em: 21 fev. 2020. 
INSTRUÇÃO normativa srf n. 680, de 02 de outubro de 2006. Receita Federal, 
2006. Disponível em: 
<http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&
idAto=15618>. Acesso em: 21 fev. 2020. 
RECEITA FEDERAL. DUIMP - Elaboração da Declaração. Disponível em: 
<http://receita.economia.gov.br/interface/lista-de-
servicos/aduana/importacao/elaboracao>. Acesso em: 21 fev. 2020. 
RECEITA FEDERAL. Siscomex Importação. Disponível em: 
<http://receita.economia.gov.br/interface/lista-de-
servicos/aduana/importacao/importacao1>. Acesso em: 21 fev. 2020. 
RECEITA FEDERAL. Visão Geral do módulo Siscomex Declaração de 
Importação Web. Disponível em: 
<https://receita.economia.gov.br/orientacao/aduaneira/manuais/despacho-de-
importacao/sistemas/siscomex-importacao-web/declaracao-de-
importacao/visao-geral-do-modulo-siscomex-declaracao-de-importacao-web-
1>. Acesso em: 21 fev. 2020. 
SISCOMEX. Disponível em: <https://portalunico.siscomex.gov.br/portal/>. 
Acesso em: 21 fev. 2020. 
TRIPOLI, A. C. K.; PRATES, Rodolfo C. Comércio Internacional: teoria e 
prática. Curitiba: InterSaberes, 2016.

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