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FAPAL – FACULDADE DE PALMAS QUÍMICA ESTRUTURAL: FM3Q-0157 Roniel Da Silva Melo Raylla Ketelly Bevenuto da Silva Diabete Mellitus e Intolerância a Lactose Prof. Marildo Ribeiro PALMAS – TOCANTINS 2018 Diabete Mellitus O diabetes mellitus é uma doença crônica, conhecida pelo homem há mais de 3.500 anos. Sua denominação atual foi dada pelo grego Aratæus da Capadócia nos primórdios da Era Cristã (diabetes significa “fluir através”) e posteriormente acrescida do termo latino “mellitus” (doce), representando a manifestação clínica mais característica da doença – a ingestão de grandes quantidades de líquidos e sua correspondente eliminação por meio de urina adocicada. A descoberta da insulina em 1921 e sua posterior utilização terapêutica permitiram a elucidação completa dos mecanismos do diabetes e inauguraram a fase moderna de tratamento. Características do Diabetes O diabetes mellitus caracteriza-se pelo excesso de açúcar no sangue, causado por uma redução na produção ou na atividade da insulina – hormônio fabricado pelo pâncreas, com importante papel na transformação dos alimentos em energia. Como consequência, o açúcar da alimentação não é transformado em energia e acumula-se no sangue, sendo eliminado de forma anormal pela urina. Existem dos tipos de Diabetes: a do tipo 1 e do tipo 2 Diabetes tipo 1 De 5% a 10% dos casos de diabetes são do tipo 1, que começa mais frequentemente na infância e adolescência (no passado era chamado de “diabetes juvenil”), mas, na verdade, pode surgir em qualquer idade. Os indivíduos com esse tipo de diabetes são chamados insulinodependentes, porque não sobrevivem se não receberem a reposição de insulina por meio do medicamento. A insulina somente é administrada sob a forma injetável, pois seria destruída pelos ácidos do estomago se ingerida por via oral. Diabetes tipo 2 É a forma mais comum de diabetes, presente em cerca de 90% dos casos. Seu início se dá geralmente em adultos (mas não necessariamente), com muito mais frequência em pessoas obesas e forte influência da hereditariedade. Nesses casos, o problema principal não começa pela escassez de insulina, mas por sua dificuldade em estimular os receptores celulares. A obesidade é a situação mais comum em que ocorre essa dificuldade na interação da insulina com seus receptores, daí a propensão dos obesos para desenvolver esse tipo de diabetes. A reposição de insulina por meio de medicamento, como ocorre no diabetes tipo 1, não é vital no tipo 2. Na verdade, a maioria dos indivíduos com o tipo 2 não precisa ser tratada com insulina no início do quadro, bastando dieta, exercícios físicos e eventualmente uma medicação oral. Diagnóstico do Diabetes O diagnóstico de diabetes pode ser confirmado das seguintes formas: a) na presença de um quadro agudo de descompensação diabética, com hiperglicemia inequívoca; b) a pessoa apresenta os sintomas típicos e glicemia ao acaso (mesmo sem jejum) acima de 200 miligramas por decilitro de sangue; c) no indivíduo sem sintomas, presença de glicemia de jejum acima de 125 miligramas por decilitro de sangue, em duas ocasiões distintas; d) glicemia acima de 200 miligramas por decilitro de sangue duas horas após a ingestão oral de uma dose padronizada de glicose – chamado de ‘teste de tolerância à glicose’. Qualquer um desses critérios, quando preenchidos, confirma o diagnóstico de diabetes. O teste de tolerância à glicose permite ainda definir uma situação intermediária entre o diabetes e a normalidade, chamada tolerância diminuída à glicose. Isso ocorre quando, duas horas após a ingestão do estímulo de glicose, a glicemia fica entre 140 e 200 miligramas por decilitro de sangue. A tolerância diminuída à glicose é uma situação de risco para o desenvolvimento do diabetes e também para o desenvolvimento de problemas circulatórios, devendo receber atenção médica. A “glicemia de jejum alterada”, definida como uma glicemia de jejum entre 100 e 125 miligramas por decilitro de sangue, tem a mesma conotação. Tratamento do Diabetes O indivíduo com diabetes conviverá com a doença durante toda a sua vida. Para que essa convivência ocorra de forma adaptada é importante que ele e as pessoas que o cercam procurem conhecer o máximo possível sobre a doença. É importante também que o indivíduo procure desenvolver seu autoconhecimento, não só em relação ao padrão de flutuação e reações da sua glicemia ante os diversos fatores que podem modificá-la, mas também quanto às reações de seu organismo como um todo às várias demandas da vida diária. A insulina é o tratamento obrigatório no diabetes tipo 1, devendo também ser usada em cerca de 25% dos casos do tipo 2, para controle adequado da glicemia. Não há possibilidade de tomá-la por via oral, pois seria inativada pelos ácidos do estômago. Estuda-se a possibilidade de administração nasal. Todas as formas disponíveis atualmente são injetáveis, variando quanto à espécie animal de onde é extraída, o grau de pureza e o tempo de ação. Quanto ao tempo de ação, há seis tipos de insulina, sempre designados no rótulo do produto. As do tipo “R” (de regular) são transparentes como água, têm início e duração total de ação rápidos (meia e 4 horas, respectivamente) e atuam como suplemento da dose principal ou em situações de emergência, quando a glicemia sobe muito. As insulinas “L” (de lenta) e “N” (de NPH) têm ação intermediária (4 e 8-10 horas de início e duração total, respectivamente), são leitosas após homogenização (obrigatória antes do uso, porém sem chacoalhar o frasco) e atuam como as doses principais, uma ou duas vezes ao dia. As insulinas “U” (de ultralenta), de ação mais lenta e mais longa que as de ação intermediária, são adequadas a determinadas situações. Os dois tipos mais recentes no mercado são as ultra-rápidas – insulinas lispro e aspart –, com início de ação quase imediato, e as insulinas glargina e detemir, sem pico de ação, com efeito uniforme ao longo de 24 horas. Estas últimas são empregadas geralmente em esquemas especiais de tratamento. A insulina é, em última análise, o tratamento mais eficaz para o diabetes. Alguns preconceitos em relação a ela, baseados em lendas como as de que produz dependência, cegueira etc., são totalmente desprovidos de qualquer fundamentação séria. Prevenção da Diabetes A Diabetes é uma doença silenciosa, o que significa que geralmente, se não forem feitos exames médicos, a pessoa pode não ter consciência de que tem esta condição. Os principais fatores de risco para o desenvolvimento da Diabetes são: Excesso de peso e obesidade Ingestão de açúcar e gordura em excesso Sedentarismo História familiar e herança genética Idade Stress Alcoolismo Pré-Diabetes HTA Diabetes gestacional prévia História de doença cardiovascular prévia A prevenção da Diabetes, para quem tem um ou vários destes fatores de risco, mas não tem ainda o diagnóstico da doença, passa por adotar um estilo de vida mais saudável e consultar o médico, fazendo exames regulares de diagnóstico. Para quem tem o diagnóstico de Diabetes, a prevenção também é um fator importante para o controlo da doença e para uma maior qualidade de vida. A prevenção passa por alguns postos-chaves, fundamentais para ter uma vida mais saudável: Entender a Diabetes Adotar uma Vida Saudável: Uma alimentação equilibrada Praticar exercício físico regularmente Controlar a Diabetes: Monitorizando periodicamente os níveis de glicemia no sangue Tomando a medicação quando prescrita pelo médico Intolerância à lactose A intolerância à lactose, também conhecida como deficiência de lactase,é a incapacidade que o corpo tem de digerir lactose - um tipo de açúcar encontrado no leite e em outros produtos lácteos. Existem três tipos de intolerância à lactose. Conheça: Intolerância à lactose primária, resultado do envelhecimento. É comum em pessoas de idade mais avançada Intolerância à lactose secundária, resultado de alguma doença ou ferimento Intolerância à lactose congênita, quando a pessoa já nasceu com o problema. Diagnóstico de Intolerância à lactose Para ter certeza de que é realmente a intolerância à lactose que está causando esses sintomas, o médico deverá solicitar alguns exames, como: Exame de tolerância à lactose, em que o paciente ingere um líquido rico em lactose para, depois, realizar um exame de sangue e verificar a quantidade de glucose na corrente sanguínea. Exame de hidrogênio expirado, em que o paciente também ingere um líquido com altas quantidades de lactose para que o médico, depois, analise a quantidade de hidrogênio expelido pelo hálito do paciente. Medidor de ácidos. A lactose não ingerida produz ácido láctico no organismo, que consegue ser identificado por meio de um medidor de ácidos. Tratamento de Intolerância à lactose Não existem tratamentos para a intolerância à lactose. Mas você pode adicionar enzimas lactase ao leite normal ou tomá-las em forma de cápsulas e comprimidos mastigáveis. Prevenção Não há uma maneira conhecida de se prevenir a intolerância à lactose. Evitar ou restringir a quantidade de produtos lácteos em sua dieta pode reduzir ou prevenir os sintomas da intolerância à lactose.
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