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▶ Características microscópicas: Enzimas proteolíticas demoram a ser destruídas após a morte celular, preservando a arquitetura histológica da célula. Isso ocorre, pois a vinda de necrófagos demora ■ Alterações nucleares: cariolise não acontece ■ Alterações citoplasmáticas: fica homogêneo e eosinofílico devido à coagulação de proteínas. ■ Infarto: necrose de coagulação por isquemia. Necrose de coagulação associada a Isquemia absoluta prolongada: distúrbio da circulação arterial ou venosa que causa interrupção total do fluxo sanguíneo Necrose de coagulação associada a isquemia prolongada: consumo da reserva energética na área afetada resulta em necrose ▶ Características macroscópicas: ■ Infarto branco: apresenta área em formato de cunha que é pálida e sem contorno inicialmente, mas depois fica amarela e bem delimitada, com o halo hiperêmico-hemorrágico ou não. Com o passar das semanas, o tecido é substituído por uma cicatriz conjuntiva fibrosa. Abscesso: colonização de microrganismos ou embolia séptica no local no infarto ■ Infarto vermelho: tem presença de hemorragia NECROSE CASEOSA . Nesse tipo de necrose não há preservação da arquitetura histológica, o local vira uma massa granular friável que sai na mão quando aperta, similar a queijo cottage. Causado principalmente pela tuberculose, a bactéria não precisa ter muitos filamentos para causar resposta inflamatória e necrose. A região tem a presença de calcificação com aspecto arenoso ao toque, tecido granuloso e amorfo. NECROSE DE LIQUEFAÇÃO . A necrose de liquefação ocorre principalmente no cérebro e nos abscessos. ■ Sistema nervoso central: recebe o nome de malácia, mais especificamente, encefalomalácia quando ocorre no cérebro e mielomalácia, na medula espinhal. ■ Quadros de hipóxia não geram degeneração hidrópica ou necrose isquêmica no SNC, pois, como os neurônios são muito sensíveis, morrem rápido. ■ A reação inflamatória provoca a formação de pus, chamado de abscesso ou flegmão. Os abscessos são ricos em enzimas líticas que fazem dissolução rápida do tecido lesionado Abscesso: lesão purulenta focal encapsulada Flegmão: lesão purulenta sem delimitação Piotórax: pus dentro do tórax Empiema: pus dentro de cavidades NECROSE GANGRENOSA . ▶ Gangrena seca Ocorre em regiões periféricas, como cauda, para, orelha e úbere. O tecido fica mumificado, retraído e amarronzado e enegrecido ■ Causa: contaminação de alcaloide do ergort na ração de suínos, ingestão da festuca pelos bovinos ou frio excessivo. Festuca: a substância faz vasoconstrição das arteríolas periféricas, diminuindo a passagem do sangue e criando trombos Frio: água intracelular cristaliza, aumenta de tamanho e rompe as membranas plasmáticas. Obs: necrose desidratada e há mumificação, ou seja, o tecido cai. Em humanos também é causada por cigarro, é comum amputar porque a necrose gera toxinas ▶ Gangrena úmida Decorrente da decomposição tecidual das bactérias saprófitas e anaeróbicas que causam putrefação e amolecimento do tecido, levando ao aspecto úmido. ■ O local fica com odor pútrido e com coloração castanho-avermelhado a enegrecida ▶ Gangrena gasosa Proliferação de bactérias anaeróbicas no tecido necrótico, o tecido fica com coloração vermelho enegrecida e com bolhas de gás ■ Bactérias: Clostridium perfringens, Clostridium septicum e Clostridium chauvoei (carbúnculo) NECROSE DE GORDURA OU ESTEATONECROSE . A necrose de gordura é dividida em três tipos, porém, a gordura fica esbranquiçada, firme e calcificado em todos eles. Microscopicamente, é possível observar a gordura saponificada e com coloração eosinofílica a basofílica (roxo ou rosa) ■ Necrose enzimática ou pancreatite: enzimas pancreáticas (lipases) são liberadas no tecido adiposo que envolve o órgão. ■ Necrose enzimática por esmagamento: trauma comprime gordura pelvica no parto distósico (bezerro mal posicionado) ou em bovinos deitados por muito tempo ■ Necrose abdominal em bovinos: a causa é desconhecida SEQUELAS DA NECROSE .