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Clínica Médica de Suínos Prof.ª Vanessa Tenedini Aula 1 – Introdução à disciplina • Revisão • Biosseguridade • Programa Nacional de Sanidade Suídea (PNSS) • Doenças de notificação obrigatória de Suínos • Programa Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes (PNCRC) e o uso racional de medicamentos. Mercado de Suínos Em 2022 foram abatidos 45,150 milhões de animais, o que gerou 4,35 milhões de toneladas de carne suína. A estimativa é que em 2023 sejam abatidos 45,840 milhões de suínos produzindo 4,455 milhões de toneladas de carne suína. Dados da USDA 3º ano seguindo superando a produção Mercado de Suínos Dados do IBGE Mercado de Suínos Dados do IBGE Mercado de suínos Região Sul: 1º Paraná 2º Santa Catarina 3º Rio Grande do Sul Mercado de suínos Oportunidades! • Sanidade Animal • Produção • Abate e beneficiamento de produtos cárneos • Fábricas de alimentação animal Evolução dos suínos • Descendente do Javali (Sus scrofa) • Existe há 40 milhões de anos • Consumo como alimento há 18.000 à 5.000 a.C. • Cultivo de vegetais e animais pelos homo sapiens. • Foram domesticados antes do gado. Sistemas de Criação de Suínos Sistemas de Criação de Suínos Sistema extensivo: também é chamado de sistema a campo, porque os suínos são criados livres. Sistema intensivo: animais são criados em menor área quando comparados ao extensivo e há maiores cuidados na criação. Sistema de Criação de Suínos Sistema extensivo: • A criação do suíno ocorre sem qualquer instalação ou benfeitoria. • Os animais permanecem no campo durante todo o período do processo produtivo, que envolve a cobertura, gestação, lactação e criação dos leitões, do nascimento até o abate. Sistema de Criação de Suínos Sistemas intensivos • Quando comparado ao sistema extensivo, tem menor necessidade de área. • Todas as fases são realizadas em confinamento. • Podem ser classificados em: • Sistema intensivo de suínos criados ao ar livre (SISCAL); • Sistema de criação misto ou semiconfinado; • Sistema confinado. Sistema de Criação de Suínos Sistema intensivo de suínos criados ao ar livre (SISCAL) • Fases de reprodução, maternidade e creche em piquetes. • ↓ custo de produção quando comparado ao confinado. • Tempo de manutenção no piquete depende da reposição da cobertura vegetal. *Terrenos com declive acima de 20% Sistemas de Criação de Suínos Sistema de criação misto ou semiconfinado • O sistema de criação misto ou semiconfinado utiliza piquetes para algumas categorias e confinamento para outras. • Recebem alimentação à vontade durante a fase de crescimento e depois, passam a ter a alimentação controlada Custo mais ↓ que o confinado e ↑ que o SISCAL Sistemas de Criação de Suínos Sistema confinado • Todas as categorias são criadas sob piso e cobertura. • Alimentação mecanizada. • Animais engordam de maneira rápida, porém a vida útil dos animais diminui. ↓ mão de obra. Custo de produção ↑↑ Biosseguridade Biosseguridade As doenças constituem um dos principais desafios da suinocultura, impactando diretamente sobre os resultados técnicos e financeiros das granjas. A preocupação com a biosseguridade e a prevenção de doenças tornam-se obrigatórias na busca de melhores resultados. ↑ taxas de mortalidade ↓ de desempenho O que é biosseguridade? A biosseguridade se refere à aplicação de normas e procedimentos utilizados na prevenção da introdução de doenças infecciosas em qualquer sítio de produção. Biosseguridade engloba um conjunto de práticas de manejo e normas rígidas que, seguidas de forma adequada, reduzem o potencial para introdução de doenças na granja e transmissão dentro delas. Biosseguridade • Cerca verde Biosseguridade • Cercas (muros e telas) Biosseguridade • Limitar acesso de veículos – caminhões para fora do perímetro da granja. Biosseguridade • Banho e/ou troca de roupas: uso de roupas descartáveis. Biosseguridade • Qualidade da água. Biosseguridade • Qualidade da alimentação. Biosseguridade • Destino dos suínos mortos. Biosseguridade • Separação de lixo. Biosseguridade • Programas de lavagem e desinfecção. Biosseguridade • Programas de lavagem e desinfecção. Programa Nacional de Sanidade Suídea Objetivo do PNSS O Programa de Sanidade Suídea trabalha para manter a saúde do rebanho suíno, concentrando-se nas doenças listadas na OIE, como a Peste Suína Clássica, Aujeszky, enfermidades estas que tem alto poder de difusão e que acometendo o rebanho comercial é capaz de causar muitos prejuízos econômicos ao Estado. A Competência da sanidade suídea é conferida ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento - MAPA. O regulamento Técnico do Programa Nacional de Sanidade Suídea foi aprovado pela Instrução Normativa nº 47, de 18/6/2004. http://extranet.agricultura.gov.br/sislegis-consulta/consultarLegislacao.do?operacao=visualizar&id=7938 PNSS - PSC O Brasil vem implementando zonas livre de PSC desde 1982. Acre, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul*, Rondônia, Santa Catarina*, São Paulo, Sergipe, Tocantins e os Municípios de Guajará, Boca do Acre, sul do município de Canutama e sudoeste do município de Lábrea, pertencentes ao Estado do Amazonense. * Zonas livres de PSC reconhecidas pela OIE desde 2015. PNSS - DA Com relação à doença de Aujeszky (DA), a estratégia do PNSS também é a regionalização, conforme a Instrução Normativa nº 08, de 3/4/2007, sendo a adesão das Unidades da Federação (UF) voluntária. http://extranet.agricultura.gov.br/sislegis-consulta/consultarLegislacao.do?operacao=visualizar&id=17719 PNSS – Papel do Produtor Rural • Manter o cadastro do estabelecimento de criação atualizado junto ao órgão estadual de defesa sanitária animal. • Disponibilizar ao órgão estadual de defesa sanitária animal, sempre que solicitado, registro atualizado de produtividade e sanidade do rebanho. • Criar e manter seus animais em condições adequadas de nutrição, manejo e profilaxia de doenças. • Comunicar imediatamente ao órgão estadual de defesa sanitária animal qualquer suspeita de doença no rebanho. • Facilitar todas as atividades relacionadas à legislação sanitária federal, estadual ou municipal. • Não alimentar suídeos com restos de comida, salvo quando submetido a tratamento térmico que assegure a inativação do vírus da PSC. • Cumprir as normas estabelecidas pelo IBAMA em relação à proteção ambiental. PNSS – Papel do Responsável Técnico • Os responsáveis técnicos por estabelecimentos de criação de suídeos devem orientar os produtores à adoção de medidas de prevenção e biossegurança em suas propriedades e a manter sempre registrados os dados zootécnicos e de produtividade de seus animais. • Além disso, estes profissionais devem sempre buscar atualização em relação à legislação sanitária. • O RT deve ser o representante do produtor junto ao serviço oficial, notificando as ocorrências de ordem sanitária e dados zootécnicos. PNSS – Trânsito de suínos • O trânsito de suídeos, independente do destino e da finalidade, está condicionado à emissão de Guia de Trânsito Animal (GTA) e à apresentação dos demais documentos sanitários e fiscais, observadas as legislações vigentes. • A critério do Serviço Veterinário Oficial, a emissão da GTA para o trânsito de suídeos poderá ser temporariamente suspensa em determinada região, tendo em vista a gravidade da situação epidemiológica e enquanto houver riscos para disseminação de doenças. PNSS - Granjas de Reprodutores de Suínos Certificadas • Todas as granjas cuja finalidade for distribuir e/ou comercializar suínos para fins de reprodução devem, obrigatoriamente, ser Granjas de Reprodutores de Suínos Certificadas (GRSC) conforme IN 19, de 15/02/2002. • A certificação de granja de reprodutores possui caráter estratégico para o programa de sanidade suína, garantindoa manutenção dos níveis de sanidade na base da cadeia produtiva. A certificação é obrigatória para as doenças: Peste Suína Clássica, Brucelose, Tuberculose, Doença de Aujeszky, Sarna e livre ou controlada para Leptospirose. A critério poderá ser requerida a certificação opcional de livre para as doenças: Rinite Atrófica Progressiva, Pneumonia Micoplásmica, Pleuropneumonia Suína e Disenteria Suína. Doenças de Notificação Obrigatória Doenças de Notificação Obrigatória - OIE As principais doenças de notificação obrigatória dos suídeos segundo a Lista da OIE são: • Cisticercose suína • Doença de Aujeszky • Brucelose • Triquinelose • Encefalomielite por vírus Nipah • Gastroenterite transmissível • Peste suína africana • Peste suína clássica • Síndrome Reprodutiva e Respiratória Suína (PRRS). Erradicada ou nunca registrada: Notificação imediata quando caso suspeito. Brucella melitensis Notificação imediata quando caso confirmado. Brucella suis Notificação imediata quando caso suspeito. Notificação mensal de caso suspeito. Doenças de Notificação Obrigatória - MAPA Programa Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes (PNCRC) e o uso racional de medicamentos. A principal base legal do programa é a Instrução Normativa SDA N.º 42, de 20 de dezembro de 1999. • Instrução Normativa Nº 162, de 1º de julho de 2022 - estabelece a ingestão diária aceitável (IDA), dose de referência aguda (DRfA) e os limites máximos de resíduos (LMR) para insumos farmacêuticos ativos (IFA) de medicamentos veterinários em alimentos de origem animal. • Instrução Normativa Nº 160, de 1º de julho de 2022 - estabelece os limites máximos tolerados (LMT) de contaminantes em alimentos. Programa Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes (PNCRC) Programa Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes (PNCRC) Resultados do Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes - PNCRC 2022 Atividade - Debate Uso racional de medicamentos veterinários em animais de produção. Precisam ser usados de maneira preventiva para todos os animais Devem ser usados apenas quando o animal tiver manifestação clínica da doença e apenas no animal “doente”
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