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Doenças de pele, metabólicas e nutricionais de suínos Professora Vanessa Tenedini Doenças de pele Doenças primárias da pele • Epidermite exsudativa • Pitiríase rósea • Varíola suína • Papiloma Doenças secundárias à doenças sistêmicas • Erisipela • Síndrome da dermatite e nefropatia suína (SDNS) Epidermite Exsudativa As bactérias penetram multiplicam-se na epiderme Desenvolvem micro colônias produtoras de toxinas esfoliativas ou dermonecrótica Lesionam a pele Em casos de lesões cutâneas generalizadas Podem ser induzidas respostas sistêmicas inflamatórias Staphylococcus hyicus Epidermite Exsudativa Sinais clínicos Duas a cinco semanas de idade Podendo ser de forma generalizada ou localizada Mais comum • Apatia • Diarreia • Modificação na coloração da pele Nas fases iniciais do seu desenvolvimento. Inicialmente apresentam vesículas ao redor dos olhos e face externa da orelha, alastrando-se a seguir para o restante da face, áreas laterais do tronco, abdômen e face interna das pernas. Essas dão origem a vesículas secundárias, as quais se rompem e resultam na exsudação e hiperemia. O aumento da secreção cutânea tende a favorecer o crescimento bacteriano e, consequentemente, a produção de necrose e odor rançoso. Epidermite Exsudativa Epidermite Exsudativa Tratamento O tratamento produz resposta mais satisfatória se realizado no início da doença. Animais severamente afetados, principalmente aqueles que já apresentam envolvimento renal, podem não responder. Doença bacteriana Antimicrobiano Bactericida + Bacteriostático • Sulfadiazina + Trimetoprim • Ceftiofur • Enrofloxacina • Ampicilina Pitiríase Rósea Agente causador desconhecido Dermatite Pustular Psoriasiforme • Autolimitante • Simétrica • Maculopapular Acomete leitões jovens (2 a 14 semanas de idade) Que cursam ou acabaram de passar por períodos de distúrbios digestivos, como inapetência, vômitos e diarreia. • Mortalidade baixa • Condenação de carcaças dos animais com quadros agudos • Abertura de porta de entrada para outras infecções • Eliminação de animais recuperáveis • Uso desnecessário de medicamentos Processo hereditário Raça Landrace Pitiríase Rósea Tratamento • Manter os animais em ambiente limpo; • Evitar a aplicação de produtos como antibióticos ou desinfetantes. Varíola Suína A doença nos suínos pode ser provocada por dois vírus distintos: O suipox – SWPV (membro exclusivo do gênero suipoxvírus) é o responsável pela varíola dos suínos e está associada com condições sanitárias precárias. A varíola é causada por um vírus presente no mundo todo. • Vírus vaccínia (pode afetar outras espécies animais) • Vírus da varíola suína ou suipoxvírus. A varíola suína pode afetar suínos de todas as idades, porém, é mais grave em animais jovens (0 a 4 meses de idade). Morbidade pode chegar à 100%. Varíola Suína Na pele, principalmente nas regiões abdominal e inguinal podendo espalhar- se pela cabeça (orelhas e focinho), aparecem inicialmente áreas puntiformes avermelhadas que se transformam em pápulas, convertendo-se em pústulas amareladas que secam e originam crostas crateriformes que se desprendem deixando uma zona cicatricial A transmissão pode ser dar por contato direto e o mecanismo parece ocorrer através da picada do piolho do porco Hematopinus suis que ocorre na maioria das granjas e através de moscas e outros insetos voadores que também podem atuar como disseminadores. Período de incubação (3 a 7 dias) Manifestações clínicas: febre, abatimento, perda de apetite, prostração e eriçamento nos pelos. Hematopinus suis Varíola Suína Varíola Suína Tratamento? Isolamento dos animais doentes. Papiloma Causada por um vírus da família Papilomaviridae Conhecida também como verruga, figueira, verrucose, fibropapilomatose e epitelioma contagioso.É uma doença importante economicamente por piorar a aparência e causar depreciação do couro dos animais afetados e condenações em frigoríficos. Atualmente é considerada uma doença rara para suínos Abate dos animais em idade precoce (inferior a seis meses) e o descarte de matrizes e reprodutores antes que estes atinjam a senilidade. Papiloma A transmissão da forma cutânea pode se dar por contato direto (animal-animal) ou por contato indireto (cercas, bebedouros, comedouros, cordas, moscas e carrapatos, máquinas de marcar e ordenhadeira). Transmissão O tratamento é feito com a retirada cirúrgica e cauterização dos sítios das lesões A retirada de algumas verrugas pode estimular o sistema imune humoral e provocar a queda das outras formações semelhantes, já que é uma doença autolimitante. Tratamento Papiloma Prevenção • Produção da vacina autógena. • Aquisição de animais que apresentem papilomas, bem como o isolamento destes do restante do plantel. Erisipela Erysipelothrix rhusiopathae Através do contato com outros suínos portadores ou animais selvagens como: roedores e pássaros, bem como aves domésticas como galinhas, perus, etc... Transmissão A doença é relativamente rara em suínos com menos de 8 a 12 semanas de idade, devido à proteção proporcionada pelos anticorpos maternos através do colostro. Doença de fácil reconhecimento por suas lesões se parecerem com diamantes. Erisipela Infecção generalizada; Febre alta; Abortos; Leitões mumificados; Lesões cutâneas características de erupção cutânea de cerca de 10 a 50 mm na forma de diamantes; Prostração, dificuldade de locomoção, rigidez articular (infecção nas articulações); A morte súbita. Sinais Clínicos Doença hiperaguda ou aguda: Erisipela Sinais Clínicos Doença subaguda: Falta de apetite; Infertilidade; Lesões cutâneas características; A temperatura corporal varia; A doença pode ser tão leve que não é detectada; Alguns leitões morrem no útero após uma infecção subaguda e parecem mumificados. Doença crônica: Pode ou não ocorrer após a forma aguda ou subaguda; Afeta as articulações causando claudicação crônica ou artrite e inflamações que podem ser responsáveis por condenações nos frigoríficos; As válvulas cardíacas podem ser afetadas, o que pode levar a um coração aumentado e, consequentemente, à insuficiência cardíaca. Erisipela Erisipela Controle e prevenção • Em surtos individuais em suínos de terminação, as baias devem ser limpas e desinfetadas entre os lotes; • No caso de surtos contínuos em suínos em crescimento, pode ser necessário vacinar os animais com 8 semanas e possivelmente novamente com 10 a 12 semanas de idade. Os suínos normalmente não são vacinados antes de 8 semanas porque os anticorpos colostrais reduzem a resposta à vacinação; • Vacinação de porcas de reposição; • Vacinação semestral do rebanho reprodutor, incluindo varrões. . Tratamento Penicilina Síndrome da Dermatite e Nefropatia Suína (SDNS) Causada pelo Circovírus suíno tipo 2 (PCV-2) Acomete suínos de 8 à 18 semanas. Contaminação oronasal. Sinais clínicos: • Pápulas e máculas vermelhas escuras na pele (principalmente nas extremidades posteriores de tórax, abdômen e coxas, e área perineal). • Manchas púrpuro-avermelhadas, em relevo, de diversos tamanhos. • Diarreia, emagrecimento progressivo, crescimento retardado, aumento dos linfonodos, pneumonia, dispneia, apatia, pelos arrepiados e opacos, palidez corpórea e sinais respiratórios e/ou entéricos. Síndrome da Dermatite e Nefropatia Suína (SDNS) Prevenção • Limitar o contato entre animais; • Redução do stress; • Boas condições de higiene; • Boa nutrição; • Vacinação. Tratamento Atualmente não existe um tratamento efetivo. O controle está na correção do manejo sanitário e métodos vacinais que evitem o aparecimento da doença. Síndrome da Dermatite e Nefropatia Suína (SDNS) As lesões renais de hemorragias petequeais no córtex renal são descritos como o principal achado macroscópicos observado nessa síndrome. Os rins, macroscopicamente, apresentam-seaumentados e hemorrágicos Doenças Metabólicas e Nutricionais • Hepatose dietética • Inanição/hipoglicemia • Anemia ferropriva • Osteomalácia/raquitismo • Osteodistrofia fibrosa Doenças Metabólicas e Nutricionais • Hepatose dietética • Inanição/hipoglicemia • Anemia ferropriva • Osteomalácia/raquitismo • Osteodistrofia fibrosa 2. Quais são as causas? 3. É possível prevenir/controlar? Como? 1. O que é? 4. Quais são os sinais clínicos? 5. Tem tratamento? Qual?
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