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TCC Assistência da enfermagem em pacientes com DPOC

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CENTRO EDUCACIONAL CATAGUASES 
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 
 
 
 
ELISÂNIA SANTOS DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DPOC – DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIA CRÔNICA 
ASSISTÊNCIA DA ENFERMAGEM EM PACIENTES COM DPOC 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cataguases, MG 
2023 
 
 
ELISÂNIA SANTOS DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
DPOC – DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIA CRÔNICA 
ASSISTÊNCIA DA ENFERMAGEM EM PACIENTES COM DPOC 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso submetido 
ao corpo docente do Curso de Técnico de 
Enfermagem do Centro Educacional 
Cataguases (CEC) como parte dos 
requisitos necessários à obtenção do 
diploma de Técnico de Enfermagem. 
 
 Cataguases, 07 de julho de 2023 
 
 
 
 
 
 
 
Cataguases, MG 
2023 
 
 
COMISSÃO EXAMINADORA 
 
 
 
 
 
_________________________________________________ 
Prof. Kátia Morais Rodrigues de Souza 
Centro Educacional Cataguases 
 
 
 
 
_________________________________________________ 
Prof. (nome do professor convidado) 
Centro Educacional Cataguases 
 
 
 
__________________________________________________ 
Prof. (nome do representante da escola) 
Centro Educacional Cataguases 
 
 
 
 
 
 Aprovado em: ____/____/_____ 
 
 
 
 
Cataguases, ___ de ________________de 2023
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico solenemente este trabalho a Deus, à 
minha estimada família, em especial à minha mãe, e 
a minha própria pessoa. Manifesto minha gratidão a 
Deus por ser minha fonte inabalável de força e 
inspiração, à minha família pelo apoio incansável e 
incondicional, e à minha própria perseverança e 
determinação. Que esta obra seja uma reverência ao 
amor, à dedicação e à fé que permearam minha 
trajetória, e um tributo a todos aqueles que 
contribuíram para o meu crescimento intelectual e 
pessoal.
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço imensamente a Deus por ter me concedido vida e por me fortalecer para 
superar todos os obstáculos ao longo desta jornada. A citação de Josué 1:9, "Seja forte e 
corajoso! Não se apavore nem desanime, pois o Senhor, o seu Deus, estará com você por 
onde andar", tem sido uma fonte constante de inspiração e encorajamento para mim. Sou 
grato(a) por Sua presença constante em minha vida. 
Expresso minha profunda gratidão à minha mãe, Solange Jesus dos Santos, por estar 
sempre ao meu lado, sendo meu porto seguro em todos os momentos de angústia, medo e 
nervosismo. Agradeço por acreditar em mim e por todo o apoio incondicional. 
Também gostaria de agradecer ao meu pai, que, mesmo em um momento tão difícil, 
me motivou a seguir o curso técnico em enfermagem. Sua influência e encorajamento foram 
fundamentais para minha trajetória acadêmica. 
Não posso deixar de mencionar minha irmã, Elizandra Pereira dos Santos, que me 
ajudou inúmeras vezes durante essa jornada. Sua dedicação e apoio foram inestimáveis. 
Agradeço de coração por tudo o que fez por mim. 
Ao meu namorado, Ciro Alves Vieira Neto, expresso minha gratidão pelo seu 
companheirismo e acolhimento ao longo desse processo. Acreditar em mim e ter tanta 
paciência foram fundamentais para minha motivação e sucesso. 
Não posso deixar de agradecer ao meu padrasto, Omar Marcos Lacerda, ao meu tio 
Sérgio José da Silveira e à minha tia Elizabete da Silva Berreto por estarem sempre dispostos 
a me ajudar. Sua presença e apoio foram essenciais em momentos difíceis. 
Aos meus professores, meu profundo agradecimento. Sua dedicação e conhecimento 
contribuíram grandemente para o meu crescimento pessoal e profissional. Sou grato(a) por 
cada ensinamento recebido. 
Por fim, quero expressar minha gratidão a todas as pessoas que, direta ou 
indiretamente, contribuíram para a minha formação ao longo dessa trajetória. Seus gestos de 
apoio, encorajamento e orientação foram fundamentais para meu crescimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“A enfermagem é uma arte, e para realizá-la como arte, 
 requer uma devoção tão exclusiva, 
um preparo tão rigoroso, 
quanto a obra de qualquer pintor ou escultor.” 
(Florence Nightingale) 
 
 
 
RESUMO 
 
SILVA, ELISÂNIA SANTOS. DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA(DPOC): 
Assistência da enfermagem em pacientes com DPOC 2023. (Trabalho de Conclusão de 
Curso). Curso técnico em enfermagem em Centro Educacional Cataguases, Cataguases/MG, 
turma de 2023. 
 
A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é uma condição respiratória crônica 
caracterizada por uma obstrução persistente do fluxo de ar nos pulmões. Esta revisão busca 
fornecer um resumo abrangente sobre a DPOC, abordando sua etiologia, fatores de risco, 
patogênese, manifestações clínicas, diagnóstico, tratamento e impacto socioeconômico. 
A principal causa da DPOC é o tabagismo, embora a exposição a poluentes 
atmosféricos e predisposição genética também possam desempenhar um papel. Os principais 
fatores de risco incluem tabagismo ativo e passivo, exposição ocupacional a agentes irritantes 
e poluição ambiental. A patogênese da DPOC envolve processos inflamatórios crônicos nos 
pulmões, levando à obstrução do fluxo de ar e destruição dos tecidos pulmonares. Isso resulta 
em sintomas como dispneia, tosse crônica e produção excessiva de muco. 
O diagnóstico da DPOC baseia-se na avaliação clínica, história do paciente, exames 
físicos e testes de função pulmonar. O tratamento é multifacetado e inclui cessação do 
tabagismo, uso de broncodilatadores, reabilitação pulmonar, vacinação, corticosteroides e 
tratamentos cirúrgicos em casos graves. A DPOC tem um impacto socioeconômico 
significativo, com altos custos de tratamento, absenteísmo no trabalho e diminuição da 
qualidade de vida. Políticas de saúde pública são necessárias para prevenir, diagnosticar 
precocemente e gerenciar efetivamente a doença. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Palavra-Chave: DPOC, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, tabagismo, obstrução 
do fluxo de ar, inflamação pulmonar, dispneia, tosse crônica, fatores de risco, diagnóstico, 
tratamento, impacto socioeconômico.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
DPOC Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica 
DAC Doença Arterial Coronariana 
GOLD Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Diesease 
FEV1 Volume Expiratório Forçado Em 1 Segundo 
mMRC Escala de dispneia MRC modificada 
PEEP Pressão Positiva Expiratória Final 
PEEPI Pressão Positiva Expiratória Final Intrínseca 
RP Reabilitação Pulmonar 
TC Tomografia Computadorizada 
TFP Teste de Função Pulmonar 
CVF Capacidade Vital Forçada 
ECG Eletrocardiograma 
EPOC Excess Post-exercise Oxygen Consumption ou Excesso de 
Consumo de Oxigênio Pós-Exercício 
Sumário 
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 11 
1.1 APRESENTAÇÃO ................................................................................................. 14 
1.2 JUSTIFICATIVA .................................................................................................... 16 
2. OBJETIVOS .............................................................................................................. 17 
2.1 Objetivo Geral ............................................................................................................ 17 
2.2 Objetivo Específico ..................................................................................................... 17 
3 METODOLOGIA ....................................................................................................... 18 
3.1 TIPO DE ESTUDO ..................................................................................................... 18 
4 DESENVOLVIMENTO .............................................................................................. 19 
4.1 Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica - DPOC ........................................................... 194.2 Sistema de Avaliação GOLD para DPOC ................................................................... 21 
4.2.1 Os quatro estágios da DPOC: GOLD DPOC graus ................................................. 21 
4.2.2 Classificação ABDC ................................................................................................ 22 
4.2.3 Grupo e Grau para o paciente ................................................................................. 23 
4.3 SINAIS E SINTOMAS ................................................................................................. 24 
4.3.1 Exacerbações (Crises) Agudas ............................................................................... 25 
4.3.2 Complicações da DPOC .......................................................................................... 26 
4.4 Sintomas de cada Fases da DPOC ............................................................................ 27 
4.4.1 Estágio 1 ................................................................................................................. 27 
4.4.2 Estágio 2 ................................................................................................................. 27 
4.4.3 Estágio 3 ................................................................................................................. 27 
4.4.4 Estágio 4 ................................................................................................................. 28 
4.5 Progressão da DPOC ................................................................................................. 29 
4.5.1 DPOC Precoce ........................................................................................................ 30 
4.6 DIAGNÓSTICO .......................................................................................................... 31 
4.6.1 Testes de Função Pulmonar .................................................................................... 31 
4.6.2 Exames durante crises de DPOC ............................................................................ 33 
4.7 PROGNÓTICO ........................................................................................................... 34 
 
 
4.8 PREVENÇÃO ............................................................................................................. 35 
4.9 TRATAMENTO ........................................................................................................... 36 
5 ASSITÊNCIA DA EQUIPE DE ENFERMAGEM EM PACIENTE DPOC .................... 38 
6 CONCLUSÃO ............................................................................................................... 40 
7 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 41 
 
 
11 
 
1. INTRODUÇÃO 
A sigla DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) denomina um grupo de 
entidades nosológicas respiratórias que acarretam obstrução crônica ao fluxo aéreo de caráter 
fixo ou parcialmente reversível, tendo como alterações fisiopatológicas de base, graus 
variáveis de bronquite crônica e enfisema pulmonar. Sob o tópico de DPOC não se enquadram 
pacientes portadores de: bronquiectasias difusas, sequelas de tuberculose, asma, 
bronquiolites, pneumoconioses ou outras doenças parenquimatosas pulmonares. 
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é reconhecida como um importante 
problema de saúde pública responsável por um aumento importante da morbidade e 
mortalidade. É a única das principais causas de morte a nível mundial cuja morbidade e 
mortalidade estão aumentando. 
Estima-se que 5,5 milhões de pessoas sejam acometidas por DPOC no Brasil e 52 
milhões em todo o mundo, tendo sido essa doença responsável por 2,74 milhões de óbitos 
em 2000. No Brasil, vem ocupando entre a 4ª e 7ª posição entre as principais causas de 
morte. Nos EUA, é a 4ª causa mais frequente. Nos dois países a taxa de mortalidade é 
crescente. No Brasil, no ano de 2003, a DPOC foi a 5ª maior causa de hospitalização de 
pacientes maiores de 40 anos no sistema público de saúde (cobertura de 80% da população), 
com 196.698 internações e gasto aproximado de 72 milhões de reais. 
As exacerbações são frequentes (2,4 a 3 episódios/ano por paciente). Em cerca de 
50% das vezes o paciente não procura o médico. Em casos de internação, a mortalidade 
hospitalar geral é de 3 a 4%, podendo alcançar de 11 a 24%, quando há necessidade de 
tratamento intensivo, e chegando a atingir de 43 a 46% em um ano. A chance de reinternação 
por nova exacerbação é de 50% em 6 meses. Após uma exacerbação, é de se esperar 
redução temporária da função pulmonar e da qualidade de vida. Vale ressaltar que, em 
recente estudo, cerca de 3/4 dos pacientes admitidos em hospital por exacerbação de DPOC 
que necessitaram de intubação endotraqueal sobreviveram e que cerca da metade dos 
pacientes continuaram vivos após dois anos da admissão. 
A prevalência da DPOC aumenta gradualmente com a idade. Sete a cada 1000 
pessoas com idade de 40 a 45 anos (0,7%) sofriam da doença em 2003, enquanto que a 
prevalência entre pessoas de 80 a 85 anos foi de 150 a cada 1000 (15%). Como resultado do 
envelhecimento da população, a prevalência da DPOC continuará a crescer nas próximas 
décadas. A DPOC é mais prevalente em membros de classes sociais mais baixas. 
A prevalência do diagnóstico de DPOC diminuiu discretamente entre homens nas 
últimas três décadas, enquanto um acréscimo considerável foi observado entre mulheres nos 
mesmos períodos. Isso está relacionado provavelmente ao aumento da prevalência de 
12 
 
fumantes entre mulheres nos últimos 30 anos. O tabagismo continua o fator de risco mais 
importante para o desenvolvimento da doença, e em torno de 10% a 15% dos fumantes são 
diagnosticados com DPOC. É aceito que a DPOC continua largamente subdiagnosticada. 
O desenvolvimento ou agravamento da hiper insuflação pulmonar dinâmica, com 
aprisionamento aéreo, consiste na principal alteração fisiopatológica na exacerbação da 
DPOC. Os principais mecanismos envolvidos são: aumento da obstrução ao fluxo aéreo 
(causada por inflamação, hipersecreção brônquica e broncoespasmo) acompanhado de 
redução da retração elástica pulmonar. Todos esses fatores resultam em prolongamento da 
constante de tempo expiratória, ao mesmo tempo em que se eleva a frequência respiratória 
como resposta ao aumento da demanda ventilatória, encurtando-se o tempo para expiração. 
A hiper insuflação dinâmica gera aumento substancial da autoPEEP ou Pressão Positiva 
Expiratória Final Intrínseca (PEEPi), impondo uma sobrecarga de trabalho à musculatura 
inspiratória para deflagração de fluxo de ar na inspiração. Por sua vez, a hiper insuflação 
também compromete a performance muscular respiratória, modificando a conformação 
geométrica das fibras musculares, reduzindo a curvatura diafragmática. Além disso, nos 
pacientes com doença mais avançada, pode haver diminuição direta da força muscular por 
uso crônico de corticosteroides e desnutrição. Nas exacerbações muito graves, pode haver 
diminuição da resposta do comando neural no centro respiratório à hipóxia e à hipercapnia, 
estas decorrentes do desequilíbrio ventilação/perfusão e de hipoventilação alveolar, 
agravando a acidose respiratória e a hipoxemia arterial. 
O tratamento da doença tem o objetivo de diminuir os sintomas, aumentar a 
capacidade física, melhorar a qualidade de vida, diminuir a progressão da doença, evitar 
exacerbações e internações e aumentar a sobrevida. São feitas abordagens farmacológicas 
e não farmacológicas, de acordo com o quadro clínico do paciente, podendo ser na fase 
estável ou na exacerbação. 
Desta maneira o tratamento fisioterapêutico atuará com medidas preventivas e de 
reabilitação por meio da Reabilitação Pulmonar (RP), exercícios, e fortalecimento com o 
objetivo de promover uma melhoria do condicionamento físico, visando desacelerara 
progressão da doença e assegurar um melhor bem-estar e independência possível ao 
paciente 
Para pacientes com DPOC, a coordenação entre respiração e deglutição é ainda mais 
importante já que episódios de aspiração traqueal decorrentes de transtornos da deglutição 
podem levar a uma exacerbação da doença. Inversamente uma exacerbação da DPOC pode 
levar a episódios de aspiração, aumentando assim a gravidade do quadro. Os transtornos de 
deglutição, conhecidos como disfagias orofaríngeas são potencialmente letais requerendo 
atenção significativa do profissional de saúde. 
13 
 
A disfagia orofaríngea é um distúrbio de deglutição com sinais e sintomas específicos 
que se caracterizam por alterações em qualquer etapa e/ou entre as etapas dinâmicas da 
deglutição, podendo ser congênita ou adquirida. O quadro disfágico pode trazer importantes 
complicações ao quadro clínico do paciente com 15 DPOC como: desnutrição, complicações 
pulmonares, desidratação e desconforto ao se alimentar.
14 
 
1.1 APRESENTAÇÃO 
O documento de consenso da Organização Mundial de Saúde - Global Initiative for 
Chronic Obstructive Lung Disease (GOLD) - usa a seguinte definição: a Doença Pulmonar 
Obstrutiva Crônica é uma doença prevenível e tratável com alguns efeitos extrapulmonares 
significantes que podem contribuir para a gravidade individualmente. O componente pulmonar 
da doença é caracterizado pela limitação ao fluxo aéreo que não é totalmente reversível. A 
limitação ao fluxo aéreo é geralmente progressiva e associada à resposta inflamatória anormal 
dos pulmões a partículas nocivas ou gases. Além da dispneia, tosse, sibilância, produção de 
secreção e infecções respiratórias de repetição, consequências sistêmicas, tais como 
descondicionamento, fraqueza muscular, perda de peso e desnutrição são frequentemente 
observadas. A atividade física na vida diária está significativamente reduzida em comparação 
com indivíduos saudáveis pareados para a idade. Problemas emocionais como depressão, 
ansiedade e isolamento social também são observados. Todos esses fatores contribuem para 
o estado de saúde dos pacientes e incluem alvos tratáveis importantes para fisioterapeutas. 
A DPOC é uma condição respiratória progressiva e debilitante que afeta milhões de 
pessoas em todo o mundo. Caracterizada pela obstrução crônica e não totalmente reversível 
do fluxo de ar, a doença é amplamente associada ao tabagismo, mas também pode ser 
influenciada por fatores ambientais e genéticos. 
No meu estudo, busquei compreender melhor a etiologia, os fatores de risco, a 
patogênese e as manifestações clínicas da DPOC e a assistência da enfermagem em 
pacientes com DPOC. Analisei como a inflamação crônica nos pulmões leva à obstrução do 
fluxo de ar e à destruição dos tecidos pulmonares, resultando em sintomas como dispneia e 
tosse crônica. 
Um aspecto importante que investiguei foi o impacto socioeconômico da DPOC. 
Discuti os altos custos do tratamento, o absenteísmo no trabalho e a diminuição da qualidade 
de vida dos pacientes. Destaquei a importância de políticas de saúde pública para a 
prevenção, o diagnóstico precoce e o manejo adequado da doença e a importância da 
assistência da enfermagem com as famílias e pacientes. 
Além disso, examinei a combinação de tratamentos farmacológicos e não 
farmacológicos, como a terapia de cessação do tabagismo e a atividade física, para melhorar 
a qualidade de vida dos pacientes e reduzir a progressão da doença. 
Neste trabalho, procurei reunir informações relevantes sobre a DPOC, usando o 
método pesquisas bibliográfica, afim levantar tais informações da assistência da enfermagem 
bem como seu impacto na sociedade. Espero que este estudo contribua para o entendimento 
15 
 
mais amplo da DPOC e para a busca de soluções eficazes no tratamento e manejo dessa 
doença respiratória crônica.
16 
 
1.2 JUSTIFICATIVA 
A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é uma das principais causas de 
morbidade e mortalidade em todo o mundo, representando um desafio significativo para os 
sistemas de saúde. Justifica-se, portanto, a realização de um estudo abrangente sobre a 
DPOC e suas implicações clínicas, diagnósticas e terapêuticas. 
A DPOC afeta milhões de pessoas, causando sintomas debilitantes e impactando 
negativamente sua qualidade de vida. Compreender a etiologia, os fatores de risco e os 
mecanismos fisiopatológicos da doença é fundamental para o desenvolvimento de estratégias 
eficazes de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento. 
Além disso, a DPOC possui um impacto socioeconômico significativo, resultando em 
altos custos de tratamento, perda de produtividade e diminuição da qualidade de vida dos 
pacientes. Compreender e quantificar esses impactos é crucial para informar políticas de 
saúde pública e alocar recursos de forma adequada. 
A pesquisa e o estudo da DPOC também são importantes para promover a 
conscientização sobre os riscos do tabagismo, principal fator de risco para a doença, e 
incentivar a cessação do tabagismo em indivíduos vulneráveis. 
Além disso, a DPOC é uma doença complexa, com uma ampla gama de 
apresentações clínicas e resposta variável ao tratamento. Portanto, é necessário investigar e 
avaliar diferentes abordagens terapêuticas, tanto farmacológicas quanto não farmacológicas, 
para proporcionar melhores opções de tratamento e melhorar a qualidade de vida dos 
pacientes. 
Considerando todos esses aspectos, a realização deste estudo se justifica pela 
importância de expandir o conhecimento sobre a DPOC, promover estratégias de prevenção 
e diagnóstico precoce, melhorar o manejo clínico da doença e reduzir seu impacto 
socioeconômico. Espera-se que os resultados deste trabalho possam contribuir para a 
melhoria dos cuidados de saúde e o bem-estar dos indivíduos afetados pela DPOC.
17 
 
2. OBJETIVOS 
Este trabalho tem como objetivo abordar e enfatizar as principais formas da atuação 
do profissional de enfermagem ao tratar indivíduos portadores de Doença pulmonar obstrutiva 
crônica DPOC. Buscando responder aos problemas e dúvidas que o profissional possa ter 
perante a doença, ao paciente e familiares. 
2.1 Objetivo Geral 
O objetivo geral deste estudo é analisar e compreender a Doença Pulmonar Obstrutiva 
Crônica (DPOC) em seus diferentes aspectos, bem como a importância da equipe de 
enfermagem. Desde a etiologia até as opções de tratamento disponíveis, visando contribuir 
para o conhecimento e a melhoria dos cuidados de saúde relacionados a essa doença. 
2.2 Objetivo Específico 
Analisar a assistência de enfermagem em pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva 
Crônica (DPOC), visando promover a saúde, prevenir complicações e melhorar a qualidade 
de vida. Serão abordadas questões como o manejo dos sintomas, educação em saúde, 
prevenção de exacerbações, suporte psicossocial e promoção da cessação do tabagismo. 
Através de uma revisão bibliográfica, busca-se fornece recomendações e diretrizes para a 
prática da enfermagem nesse contexto, com o objetivo de otimizar o cuidado e melhorar os 
resultados clínicos dos pacientes com DPOC. 
18 
 
3 METODOLOGIA 
3.1 TIPO DE ESTUDO 
Trata-se de um estudo bibliográfico com abordagem descritiva onde pode se 
aprofundar sobre o assunto retratado. Foram definidos critérios de inclusão e exclusão dos 
procedimentos do indivíduo portador da doença, a definição do problema clínico, a 
identificação das informações necessárias, a condução da busca de estudos na literatura 
e sua avaliação crítica, a atuação da equipe de enfermagem perante o paciente e 
familiares, conduta profissional, saúde publica e assistência aos pacientes com DPOC.
19 
 
4 DESENVOLVIMENTO 
4.1 Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica - DPOC 
O desenvolvimento da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) está associado 
a fatores como a exposição crônica a substâncias tóxicas inaladas, sendo o tabagismo a 
principal causa. A inalação defumaça do cigarro provoca uma resposta inflamatória nos 
pulmões, levando a danos progressivos nas vias aéreas e nos tecidos pulmonares. 
O tabagismo é o maior fator de risco para a DPOC em muitos países, sendo 
responsável por 40 a 70% dos casos. A exposição de 40 anos/maço é particularmente 
preditiva para desenvolver a doença. Além disso, os tabagistas com reatividade preexistente 
das vias respiratórias, como asma, têm maior risco de desenvolver a doença. Por outro lado, 
nem todos os fumantes desenvolvem DPOC, o que sugere que outros fatores intrínsecos ou 
extrínsecos são importantes para o desenvolvimento da doença clínica. 
A DPOC é caracterizada pela obstrução crônica e não totalmente reversível do fluxo 
de ar nas vias respiratórias. Isso ocorre devido a alterações nas pequenas vias aéreas, como 
inflamação crônica, estreitamento e perda de elasticidade. Além disso, a destruição do 
parênquima pulmonar também contribui para a obstrução do fluxo de ar. Essa obstrução é 
progressiva e está relacionada a resposta inflamatória anormal dos pulmões à inalação de 
partículas e/ou gases tóxicos, sobretudo a fumaça de cigarro. Embora a DPOC acometa os 
pulmões, há diversas manifestações sistêmicas relacionadas a esta enfermidade. 
Inflamação das vias aéreas e destruição do parênquima pulmonar são as alterações 
características da DPOC e contribuem para a limitação ao fluxo aéreo, que é o marcador 
funcional da doença. Entretanto, o quadro clínico e as repercussões no estado geral de saúde 
do paciente sofrem a influência das manifestações sistêmicas da DPOC e reforçam a 
necessidade de abordagem multidimensional que contemple todos os componentes da 
doença. Além da inflamação presente nas vias aéreas, há evidências de inflamação sistêmica 
nos pacientes com DPOC, mas a relação entre inflamação local e sistêmica não está 
estabelecida. Existem também evidências de desequilíbrio entre a formação de radicais livres 
de oxigênio e a capacidade antioxidante que resulta em sobrecarga oxidativa nos pulmões. 
Este desequilíbrio está envolvido na patogênese da doença e pode causar lesão 
celular, hipersecreção mucosa, inativação de antiproteases e aumentar a inflamação 
pulmonar por meio da ativação de fatores de transcrição. 
Há evidências recentes de alterações similares às que ocorrem no pulmão, isto é, o 
estresse oxidativo e a inflamação podem estar envolvidos nos mecanismos de 
desenvolvimento dos efeitos sistêmicos da DPOC. 
20 
 
Pacientes com DPOC apresentam perda de peso, indicador independente de desfecho 
da doença. Perda da massa magra do corpo também resulta em disfunção muscular 
periférica, diminuição da capacidade para realizar exercícios e da qualidade de vida, 
alterações que são importantes determinantes de prognóstico e sobrevida em pacientes com 
DPOC.) Portanto, índices que incluem manifestações locais e sistêmicas da DPOC podem 
ser mais adequados para avaliar a sobrevida destes pacientes. De fato, a avaliação e medidas 
para melhorar o estado nutricional e a tolerância ao exercício fazem parte das recomendações 
da Iniciativa Global para a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. 
Os principais sintomas da DPOC incluem falta de ar (dispneia), tosse crônica, 
produção de muco e chiado no peito. Esses sintomas tendem a piorar progressivamente ao 
longo do tempo, afetando a qualidade de vida dos pacientes. A DPOC é uma doença crônica 
e progressiva, podendo levar a complicações graves, como insuficiência respiratória e 
doenças cardíacas. 
O diagnóstico da DPOC baseia-se na história clínica do paciente, nos sintomas 
apresentados e em testes de função pulmonar, como a espirometria, que avalia a capacidade 
pulmonar e a obstrução do fluxo de ar. Biomarcadores como a dosagem de proteína C-reativa 
também podem ser utilizados para auxiliar no diagnóstico e na avaliação da gravidade da 
doença. 
O tratamento da DPOC tem como objetivo controlar os sintomas, prevenir 
complicações e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. O tratamento farmacológico inclui 
o uso de broncodilatadores, que ajudam a abrir as vias aéreas e facilitam a respiração, e em 
casos mais graves, corticosteroides podem ser prescritos. Além disso, a cessação do 
tabagismo é fundamental para interromper a progressão da doença. 
Além do tratamento farmacológico, a abordagem não farmacológica desempenha um 
papel importante no manejo da DPOC. A reabilitação pulmonar, que envolve exercícios e 
educação sobre a doença, auxilia na melhoria da capacidade pulmonar e no controle dos 
sintomas. Medidas de prevenção, como evitar a exposição a poluentes e vacinação contra 
infecções respiratórias, também são recomendadas. 
A assistência de enfermagem desempenha um papel essencial no cuidado aos 
pacientes com DPOC. Os enfermeiros podem fornecer educação e suporte para o manejo 
dos sintomas, orientações sobre a adesão ao tratamento, auxílio na cessação do tabagismo, 
monitoramento da progressão da doença e suporte psicossocial. 
Em resumo, a DPOC é uma doença pulmonar crônica caracterizada por obstrução do 
fluxo de ar, causada principalmente pelo tabagismo. Seu diagnóstico e tratamento exigem 
uma abordagem multidisciplinar, envolvendo cuidados médicos, farmacológicos e de 
enfermagem. O controle dos sintomas, a prevenção de complicações e a melhoria da 
qualidade de vida dos pacientes são os principais objetivos do manejo da DPOC. 
21 
 
4.2 Sistema de Avaliação GOLD para DPOC 
GOLD significa Iniciativa Global para Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, que é uma 
organização que emite diretrizes internacionais para o tratamento da DPOC. Médicos em todo 
o mundo usam as diretrizes GOLD ao decidir a melhor forma de tratar e gerenciar seus 
pacientes com DPOC. 
A Sistema GOLD avalia a DPOC usando a Ferramenta de Avaliação ABCD Refinada, 
que considera: 
• Resultado da espirometria - para confirmar o diagnóstico inicial de DPOC e medir a 
obstrução ao fluxo de ar 
• Seus sintomas e como eles afetam sua vida 
• O risco de ter uma exacerbação (surto), que ocorre quando os seus sintomas pioram 
repentinamente. 
A partir daí, sua DPOC é classificada com um número de Grau 1 a 4 e uma carta do 
Grupo A ao Grupo D. Isso dá ao seu médico informações valiosas sobre como monitorar e 
tratar sua DPOC. Eles também estarão atentos para identificar e tratar imediatamente 
qualquer outra doença que possa ter impacto sobre a sua DPOC. 
 
4.2.1 Os quatro estágios da DPOC: GOLD DPOC graus 
Os graus 1 a 4 informam o seu médico sobre o seu nível de obstrução ao fluxo de ar, 
conforme medido por espirometria. Neste teste de respiração simples, uma máquina chamada 
espirômetro é usada para medir: 
• O volume total de ar que você pode expirar de uma vez - chamado de capacidade vital 
forçada (FVC) 
• A quantidade de ar que você pode expirar no primeiro segundo de uma expiração forte 
- chamado de volume expiratório forçado em 1 segundo (FEV1). 
Pessoas com vias aéreas obstruídas apresentam VEF1 reduzido para a idade. Um 
diagnóstico de DPOC é confirmado se o seu FEV1 / FVC for inferior a 70%. Seu médico 
avaliará sua DPOC nos quatro estágios da DPOC, de 1 a 4 - Leve, Moderada, Grave e Muito 
Grave - dependendo de quão reduzida é sua pontuação de espirometria FEV1 para a sua 
idade: 
 
• GOLD DPOC Grau 1 - FEV1 leve é 80% ou superior 
• GOLD DPOC Grau 2 - FEV1 moderado está entre 50% e 79% 
• GOLD DPOC Grau 3 - FEV1 grave está entre 30% e 49% 
22 
 
• GOLD DPOC Grau 4 - FEV1 muito grave é inferior a 30% 
Embora esses graus meçam o grau de obstrução das vias aéreas, eles não são tão 
úteis na hora de escolher o melhor tratamento para você. Originalmente, os médicos só 
levariam em consideração os resultados do FEV. No entanto, para obter uma compreensão 
mais ampla de sua condição, agora eles também avaliarão seus sintomas atuais, as chances 
de agravamento da DPOC e quaisquer outras condições de saúde que você tenha. 
4.2.2 Classificação ABDCO seu médico irá classificar a sua DPOC em um de quatro grupos de acordo com os 
sintomas que você tem, quão leves ou graves eles são e o risco de ter uma exacerbação 
(surto). 
Simplesmente, você corre mais risco de ter um surto se tiver tido um recentemente. 
Portanto, se você não teve surtos de DPOC no ano passado, seu risco de surtos futuros é 
classificado como baixo. Se você teve apenas um surto no ano passado e não precisou ir ao 
hospital, isso também o coloca em baixo risco. 
Se você teve que ir ao hospital por causa de sua DPOC no ano passado, você está 
sob alto risco de ter outro surto. Duas ou mais crises no último ano também o colocaram na 
categoria de alto risco, mesmo que você não estivesse se sentindo mal o suficiente para ir ao 
hospital em qualquer uma dessas ocasiões. 
Normalmente, seu médico pedirá que você preencha um pequeno questionário sobre 
quais sintomas você tem e como eles afetam sua vida. Os dois questionários mais comumente 
usados são: 
Teste de Avaliação de DPOC (CAT) - pede que você avalie como a DPOC afeta sua 
vida em termos de tosse, catarro, humor, sono, aperto no peito, falta de ar, atividades diárias, 
energia e quando você está fora de casa. De uma pontuação total de 40, uma pontuação de 
5 ou menos seria esperada em um não fumante saudável. No sistema GOLD, uma pontuação 
CAT inferior a 10 indica 'menos sistemas' e uma pontuação CAT de 10 ou superior indica 
'mais sintomas'. 
Escala de dispneia MRC modificada (mMRC) - esta é uma medição mais simples de 
falta de ar em uma escala de quatro pontos. No sistema GOLD, uma pontuação mMRC de 0 
a 1 indica 'menos sintomas' e uma pontuação mMRC de 2 ou superior indica 'mais sintomas'. 
O seu médico combinará o risco de surto e a pontuação dos sintomas para determinar 
o seu Grupo de DPOC, da seguinte forma: 
 
 
23 
 
OURO DPOC Grupo A Baixo risco de surto, menos sintomas 
OURO DPOC Grupo B Baixo risco de surto, mais sintomas 
OURO DPOC Grupo C Alto risco de surto, menos sintomas 
OURO DPOC Grupo D Alto risco de surto, mais sintomas 
 
4.2.3 Grupo e Grau para o paciente 
A nota informa o estágio em que sua DPOC atingiu. Seu grupo, junto com quaisquer 
outros problemas médicos, determina qual tratamento e plano de gerenciamento é o melhor 
para você. O seu médico pode ajustar o seu tratamento dependendo de como a sua condição 
responde ou se piora. 
Todo mundo é diferente e Grau e Grupo não necessariamente correspondem. Por 
exemplo, uma pessoa com DPOC muito grave, mas estável e sem surtos no último ano teria 
DPOC de Grau 4, Grupo B, enquanto outra pessoa com DPOC muito grave que precisou de 
tratamento hospitalar duas vezes no ano passado para sua condição teria Grau 4, Grupo D 
DPOC. Se houver uma grande diferença entre Grau e Grupo seu médico pode fazer alguns 
testes adicionais, como testes de função pulmonar ou tomografia computadorizada, ou revisar 
outros problemas médicos que você precisa para entender o que está acontecendo com sua 
DPOC.
24 
 
4.3 SINAIS E SINTOMAS 
A DPOC leva anos para se desenvolver e progredir. A maioria dos pacientes 
fumou ≥ 20 cigarros/dia durante mais de 20 anos. 
Habitualmente, a tosse produtiva é o sintoma inicial em pacientes tabagistas com 40 a 
50 anos de idade. 
A dispneia que é progressiva, persistente, relacionada com o esforço ou que piora na 
vigência de infecção respiratória surge eventualmente no momento em que o paciente está 
entre os 50 e os 60 anos de idade. 
Em geral, os sintomas progridem rapidamente em pacientes que continuam a fumar e 
têm exposição mais elevada ao tabaco durante a vida toda. A cefaleia matinal desenvolve-se 
na doença mais avançada e sinaliza hipercapnia ou hipoxemia noturnas. 
Os sinais de doença pulmonar obstrutiva crônica incluem sibilos, uma fase expiratória 
prolongada da respiração; hiper insuflação pulmonar que se manifesta pela atenuação dos 
sons cardíacos e pulmonares; e aumento do diâmetro anteroposterior do tórax (tórax em 
barril). Pacientes com enfisema avançado perdem peso e desenvolvem perda muscular 
decorrente da imobilidade; hipóxia; ou da liberação de mediadores inflamatórios sistêmicos, 
como FNT-alfa. 
Os sinais da doença avançada envolvem respiração com lábios cerrados, uso de 
músculos respiratórios acessórios, movimento paradoxal da caixa torácica inferior para dentro 
durante a inspiração (sinal de Hoover) e cianose. Os sinais de cor pulmonale incluem 
distensão da veia do pescoço; desdobramento da 2ª bulha cardíaca, com hiperfonese do 
componente pulmonar; sopro da insuficiência tricúspide; e edema periférico. Os impulsos do 
ventrículo direito são incomuns na doença pulmonar obstrutiva crônica, em virtude da hiper 
insuflação pulmonar. 
O pneumotórax espontâneo pode ocorrer (possivelmente relacionado com ruptura das 
bolhas) e deve-se suspeitar dele em qualquer paciente com doença pulmonar obstrutiva 
crônica cujo estado pulmonar piora de maneira abrupta. 
A Doença Pulmonar Crônica Obstrutiva apresenta diversos sintomas. Eles costumam 
ser notados somente após ocorrer significativo dano ao pulmão e, caso o paciente não trate, 
geralmente pioram no decorrer dos anos, principalmente se a exposição ao tabaco persistir. 
Na fase inicial da DPOC, os sintomas costumam ser: 
• Dificuldade para respirar; 
• Falta de ar; 
• Tosse; 
• Presença de catarro. 
25 
 
 
Conforme a doença for se agravando, outros indícios passam a ser notados, como: 
• Chiado; 
• Aperto no peito; 
• Necessidade de limpar a garganta ao acordar, devido a quantidade excessiva de muco 
pulmonar (pigarro); 
• Lábios com coloração azulada (cianose); 
• Falta de energia; 
• Presença de infecções respiratórias mais frequentes; 
• Tornozelos, pés ou pernas inchadas; 
• Perda de peso. 
Um sinal de alerta especificamente para fumantes é quando começam a ter muitos 
casos de gripe ou pneumonia seguidos. Além disso, é preciso dar atenção redobrada à tosse 
crônica, matinal e diária nos últimos 2 anos. Este é considerado o sintoma da DPOC mais 
característico e, ao mesmo tempo, mais negligenciado. 
De maneira geral, quando a DPOC se encontra em fase adiantada, os sintomas são 
praticamente diários e intensos. Com isso, tendem a dificultar a realização de atividades 
simples do cotidiano, e quase impossibilitar a prática de atividades físicas. 
Os sintomas podem ser classificados de acordo com as atividades que causam 
dispneia usando a Escala de dispneia MRC modificada (mMRC) 
4.3.1 Exacerbações (Crises) Agudas 
Uma crise (ou exacerbação) de DPOC é um agravamento de sintomas, geralmente 
tosse, aumento da produção de catarro e falta de ar. A cor do catarro muitas vezes muda para 
amarelo ou verde; às vezes, ocorrem febre e dores no corpo. A falta de ar pode estar presente 
quando a pessoa está em repouso e pode ser grave o suficiente para exigir a hospitalização. 
Poluição intensa do ar, alérgenos comuns e infecções virais ou bacterianas podem causar 
crises. 
Durante crises graves, as pessoas podem desenvolver um quadro clínico 
potencialmente de risco à vida chamado de insuficiência respiratória aguda. Entre os 
possíveis sintomas estão falta de ar (uma sensação comparada ao afogamento), ansiedade 
grave, sudorese, cianose e confusão. 
As agudizações ocorrem de forma esporádica durante a evolução da doença pulmonar 
obstrutiva crônica e são anunciadas pelo aumento da gravidade dos sintomas. A causa 
específica de qualquer exacerbação é quase sempre impossível de ser determinada, mas as 
exacerbações são frequentemente atribuídas à infecção da via respiratória superior de 
26 
 
etiologia viral, bronquite bacteriana aguda ou exposição a irritantes respiratórios. À medida 
que a doença pulmonar obstrutiva crônica progride, as agudizações tendem a se tornar mais 
frequentes, chegando a cerca de 1 a 3 episódios/ano. 
4.3.2 Complicações da DPOC 
Se os baixos níveis de oxigênio não forem tratados com oxigênio suplementar, podem 
ocorrercomplicações. Os baixos níveis de oxigênio no sangue, se não forem tratados, 
estimulam a medula óssea a enviar mais glóbulos vermelhos para a corrente sanguínea, um 
quadro clínico conhecido como Policitemia secundária (também denominada eritrocitose). Os 
baixos níveis de oxigênio no sangue também causam constrição dos vasos sanguíneos que 
levam sangue do lado direito do coração para os pulmões, aumentando assim, a pressão 
nestes vasos. Como resultado do aumento da pressão, denominado hipertensão pulmonar, 
pode ocorrer insuficiência do lado direito do coração (denominado cor 
pulmonale). Inchaço nas pernas se desenvolve em pessoas com insuficiência cardíaca direita. 
Níveis altos de dióxido de carbono tendem a tornar o sangue acídico (acidose 
respiratória). As pessoas ficam sonolentas e podem entrar em coma e morrer se o problema 
não for corrigido. 
As pessoas com DPOC também têm risco aumentado de desenvolver anormalidades 
no ritmo cardíaco (arritmias). As pessoas com DPOC que fumam têm um risco maior de 
desenvolver câncer de pulmão do que as pessoas que não têm DPOC, mas fumam a mesma 
quantidade. As pessoas com DPOC parecem ter um risco aumentado de 
desenvolver osteoporose, depressão, doença arterial coronariana, desgaste muscular 
(atrofia) e refluxo gastroesofágico. No entanto, não é claro se o risco é aumentado por causa 
da DPOC ou outros fatores. 
Além disso, dependendo do estado de saúde do paciente, ele pode necessitar o uso 
de oxigenoterapia para conseguir manter a saturação de oxigênio adequada.
27 
 
4.4 Sintomas de cada Fases da DPOC 
O médico vai determinar se a DPOC é leve, moderada ou grave em 
função de diferentes fatores. Principalmente, avaliará se o paciente está 
experimentando sintomas, quanto esforço precisa para que a pessoa fique sem 
ar, quanto isso limita o desenvolvimento de sua vida diária. E também, avaliará se o paciente 
tem infecções frequentes das vias respiratórias como resfriados e gripes, se tem 
um quadro instalado de tosse produtiva crônica e com que frequência ocorre este 
surto. Vale destacar que as pessoas com DPOC geralmente têm exacerbações, 
frequentemente causadas por uma infecção do trato respiratório, como um resfriado. 
No quadro muito grave ou exacerbação da doença são comuns os 
seguintes sinais; a etapa grave da EPOC (Excess Post-exercise Oxygen Consumption 
ou Excesso de Consumo de Oxigênio Pós-Exercício), também podem ocorrer outros 
sinais e sintomas da doença pulmonar grave como: a cianose que é caracterizada como 
uma coloração azul na pele, retenção de líquido o que causa, o edema nos pés, joelhos e 
pernas, dispneia (cansaço extremo), perda de peso 
Cada pessoa é diferente e os sintomas e características da DPOC variam muito de um 
indivíduo para outro. No entanto, os estágios da DPOC progridem amplamente da seguinte 
forma: 
4.4.1 Estágio 1 
DPOC estágio 1 (leve): É comum não notar nenhum sintoma até os 50 anos, portanto, 
a DPOC precoce pode não apresentar nenhum sintoma. Ou você pode ter uma tosse 
persistente que é seca ou produz um pouco de catarro. Falta de ar após o exercício é um 
sintoma precoce comum, embora seja fácil confundir isso com apenas estar um pouco fora 
de forma. 
4.4.2 Estágio 2 
DPOC estágio 2 (moderado): Você pode sentir tosse e catarro persistentes 
(geralmente pioram pela manhã), aumento da falta de ar, cansaço, problemas de sono ou 
respiração ofegante. Cerca de uma em cada cinco pessoas apresenta exacerbações que 
pioram os sintomas e fazem com que a cor do catarro mude. Pode começar a afetar a sua 
saúde mental, causando mau humor e / ou confusão. 
4.4.3 Estágio 3 
28 
 
Estágio 3 (DPOC grave): Os primeiros sintomas pioram e você pode notar que está 
tendo mais crises do que antes. Você pode descobrir que tem mais infecções no peito do que 
antes, ter uma sensação de aperto no peito e respiração ofegante com as tarefas diárias. 
Algumas pessoas podem notar inchaço nos tornozelos, pés e pernas. 
4.4.4 Estágio 4 
Estágio 4 (DPOC muito grave ou em estágio final): Os sintomas do estágio 3 pioram e 
se tornam mais persistentes. Apenas respirar torna-se um esforço. Os surtos podem ser mais 
frequentes e graves. Outros sintomas podem incluir um 'estalo' ao inspirar, tórax em barril, 
delírio, batimento cardíaco irregular ou rápido, perda de peso ou hipertensão pulmonar.
29 
 
4.5 Progressão da DPOC 
No momento em que as pessoas com DPOC chegam na faixa dos 60 anos, 
especialmente se continuarem fumando, a falta de ar durante o esforço se torna mais 
problemática. 
Pneumonia e outras infecções pulmonares ocorrem com mais frequência. As infecções 
podem resultar em falta de ar grave, mesmo quando a pessoa está em repouso, e podem 
exigir hospitalização. A falta de ar durante as atividades cotidianas, como ir ao banheiro, lavar-
se, vestir-se e atividade sexual, pode persistir depois que a pessoa se recuperou de uma 
infecção pulmonar. 
Cerca de um terço das pessoas com DPOC grave apresentam perda de peso grave. 
A causa da perda de peso não é clara e pode variar em diferentes pessoas. As possíveis 
causas incluem falta de ar, que faz com que comer seja difícil e aumenta os níveis sanguíneos 
de uma substância denominada fator de necrose tumoral. 
Pessoas com DPOC podem expectorar sangue de forma intermitente, o que 
geralmente é decorrente de uma inflamação nos brônquios, mas que sempre traz 
preocupação quanto a câncer de pulmão. 
Cefaleia matinal pode ocorrer porque a respiração diminui durante o sono, o que causa 
aumento da retenção de dióxido de carbono e diminuição dos níveis de oxigênio no sangue. 
Conforme a DPOC progride, algumas pessoas, especialmente aquelas que têm 
enfisema, desenvolvem padrões respiratórios anormais. Algumas pessoas respiram através 
de lábios franzidos. Outras acham que é mais confortável ficar diante de uma mesa com seus 
braços estendidos e apoiar seu peso nas palmas das mãos ou cotovelos, uma manobra que 
melhora a função de alguns músculos respiratórios. 
Com o tempo, muitas pessoas desenvolvem tórax em tambor, pois o tamanho dos 
pulmões aumenta por causa do ar aprisionado. Os baixos níveis de oxigênio no sangue podem 
trazer uma coloração azul para a pele (cianose). O baqueteamento dos dedos é raro e levanta 
a suspeita de câncer de pulmão ou outras doenças pulmonares. 
Áreas frágeis nos pulmões podem se romper, permitindo que o ar escape dos pulmões 
para o espaço pleural, um quadro clínico denominado pneumotórax. Esse quadro clínico 
muitas vezes causa dor súbita e falta de ar e exige intervenção imediata de um médico para 
remover o ar do espaço pleural. 
 
 
 
30 
 
4.5.1 DPOC Precoce 
Em pessoas com DPOC, uma leve tosse com expectoração de catarro transparente 
se desenvolve quando a pessoa chega aos 40 ou 50 anos. A tosse e a expectoração de 
catarro são geralmente piores logo quando a pessoa levanta da cama pela manhã. A tosse e 
a expectoração de catarro podem persistir durante todo o dia. 
A falta de ar pode ocorrer durante o esforço. As pessoas costumam pensar 
inicialmente que o envelhecimento ou estar em má condição física é a causa e tendem a 
diminuir sua atividade física em resposta. Às vezes, a falta de ar ocorre a princípio somente 
quando a pessoa tem uma infecção pulmonar (geralmente bronquite), período em que a 
pessoa tosse mais e ocorre um aumento na quantidade de catarro. A cor do catarro 
frequentemente passa de transparente ou branco para amarelo ou verde.
31 
 
4.6 DIAGNÓSTICO 
O diagnóstico da DPOC é baseado na história clínica, nos sintomas relatados pelo 
paciente e em testes de função pulmonar. Um exame chamado de espirometria mede a força 
do sopro da pessoa e atesta a DPOC se o fluxo de ar for fraco. Para confirmar o diagnóstico, 
o médico avalia as queixas relacionadas à respiraçãoe ao cansaço e solicita outros testes. É 
o caso da radiografia do tórax e do oxímetro, que me de o teor de oxigênio (O2) no sangue. 
O enfisema é diagnosticado com base em resultados observados durante um exame 
físico e nos resultados dos testes de função pulmonar. No entanto, no momento em que o 
médico perceber essas anormalidades, o enfisema está moderadamente grave. Os achados 
da radiografia ou tomografia computadorizada (TC) do tórax também podem ajudar no 
diagnóstico de enfisema e bronquite crônica algumas vezes. Não é importante que os médicos 
diferenciem entre bronquite crônica e enfisema e, frequentemente, a bronquite crônica e o 
enfisema ocorrem juntos na mesma pessoa. O fator mais importante de como a pessoa se 
sente e atua é a gravidade da obstrução do fluxo de ar. 
Na DPOC leve, os médicos podem não encontrar nada anormal durante o exame 
físico. Conforme a doença progride, os médicos podem ouvir sibilos ou notar uma diminuição 
nos sons normais da respiração (diminuição dos sons respiratórios) quando escutam os 
pulmões com um estetoscópio. Os médicos podem notar que leva muito tempo para que a 
pessoa expire o ar que foi inspirado (expiração prolongada). O movimento do tórax durante a 
respiração diminui e a pessoa pode usar os músculos do pescoço e ombros para respirar. 
Na DPOC leve, a radiografia torácica geralmente é normal. Conforme a DPOC se 
agrava, a radiografia torácica indica que os pulmões contêm excesso de ar (superinflação dos 
pulmões). A superinflação, o afinamento dos vasos sanguíneos ou a presença de cistos nos 
pulmões (chamados vesículas) sugerem a presença de enfisema. 
 
4.6.1 Testes de Função Pulmonar 
Os médicos podem avaliar a obstrução do fluxo de ar com espirometria expiratória 
forçada (testes que medem o quanto e quão rapidamente o ar pode ser exalado dos pulmões 
Teste de Função Pulmonar (TFP)). 
Reduções na quantidade máxima de ar que a pessoa consegue expirar em um 
segundo (volume expiratório forçado em um segundo, ou VEF1) e a razão entre o VEF1 e a 
quantidade de ar que uma pessoa consegue forçar para fora dos pulmões depois de uma 
32 
 
respiração o mais profunda possível (capacidade vital forçada, ou CVF) são necessárias para 
demonstrar obstrução ao fluxo de ar e fazer o diagnóstico. 
Os médicos podem medir a quantidade de oxigênio no sangue por meio de um sensor 
colocado em um dedo ou uma orelha (oximetria de pulso) ou coletando uma amostra de 
sangue de uma artéria (Análise de gasometria arterial) ou de uma veia. Os níveis de oxigênio 
tendem a ser baixos em pessoas com DPOC. Níveis elevados de dióxido de carbono nas 
artérias ocorrem tardiamente no curso da doença. 
Nas pessoas que desenvolvem DPOC quando jovens, especialmente quando há um 
histórico familiar de DPOC, o nível de alfa 1-antitripsina no sangue é medido para determinar 
se há deficiência de alfa 1-antitripsina. Também se suspeita desse distúrbio genético quando 
a DPOC se desenvolve em pessoas que nunca fumaram. 
A avaliação de um distúrbio pulmonar muitas vezes envolve testar a quantidade de ar 
que os pulmões conseguem reter (volume pulmonar), bem como a quantidade e velocidade 
em que se consegue expirar o ar (fluxo de ar). As medições do fluxo de ar são feitas com um 
espirômetro, que é composto por um tubo e um bocal conectados a um dispositivo de 
gravação. Os lábios da pessoa devem ficar bem fechados em torno do bocal e prendedores 
de nariz devem ser usados para garantir que todo o ar inspirado ou expirado passe pela boca. 
A pessoa inspira profundamente, então, expira vigorosamente através do tubo tão 
rapidamente quanto possível, enquanto são feitas medições. O volume de ar inspirado e 
expirado e a duração de cada respiração são registrados e analisados. Esta medição é 
repetida várias vezes para ter certeza de que os resultados são consistentes. Muitas vezes, 
os testes são repetidos depois de uma pessoa receber um medicamento que abre as vias 
aéreas dos pulmões (broncodilatador). Em distúrbios como asma e DPOC, a capacidade para 
expirar rapidamente fica comprometida. 
• A espirometria é utilizada para testar a função pulmonar. A pessoa respira 
normalmente, em seguida, inspira rápida e profundamente através de um bocal ligado 
a um tubo. Em seguida, a pessoa expira rapidamente, até esvaziar seus pulmões, 
tanto quanto possível. Essas respirações são medidas pelo espirômetro (à direita), que 
tem uma peça plástica preta anexada que sobe e desce a cada respiração completa. 
Muitos espirômetro modernos são eletrônicos e não possuem pistão ou fole que se 
move enquanto uma pessoa respira. A espirometria usa um computador (ou seja, um 
espirômetro) para medir a função pulmonar. A respiração normal é gravada em um 
monitor de vídeo como pequenos círculos. Em seguida, uma inspiração profunda é 
gravada como um grande semicírculo pontilhado na parte inferior e uma expiração 
completa é gravada como uma curva descendente pontilhada na parte superior. 
 
33 
 
Um dispositivo mais simples para medir a rapidez com que o ar pode ser expirado é o 
medidor de pico de fluxo manual. Depois de inspirar profundamente, a pessoa sopra nesse 
dispositivo com toda força possível. 
Podem fazer outros exames para detectar outras doenças que poderiam estar 
causando os sintomas da pessoa. Às vezes, os médicos também testam a função cardíaca 
com o eletrocardiograma (ECG) ou examinam o coração com um ecocardiograma para 
garantir que um distúrbio cardíaco não esteja causando falta de ar. 
4.6.2 Exames durante crises de DPOC 
Quando as pessoas têm uma exacerbação da DPOC, os médicos frequentemente 
usam medições dos gases no sangue para determinar a quantidade de oxigênio e dióxido de 
carbono presente no sangue da pessoa. Os médicos também podem fazer uma radiografia 
do tórax para procurar evidências de infecção pulmonar. Caso suspeitem de uma infecção 
pulmonar, particularmente se a exacerbação for grave o suficiente para que a pessoa seja 
tratada no hospital, os médicos farão exames adicionais para identificar o vírus ou bactéria 
que está causando a exacerbação porque o tratamento depende do organismo responsável. 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/diagn%C3%B3stico-de-dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/eletrocardiograma
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/diagn%C3%B3stico-de-dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/ecocardiograma-e-outros-procedimentos-de-ultrassom
34 
 
4.7 PROGNÓTICO 
A própria DPOC geralmente não causa a morte ou sintomas graves se a pessoa parar 
de fumar em uma época em que o fluxo de ar está apenas levemente obstruído. Continuar a 
fumar, no entanto, praticamente garante que os sintomas piorarão. Com obstrução moderada 
e grave, o prognóstico torna-se progressivamente pior. 
Pessoas em estágios avançados de DPOC tendem a necessitar de ajuda considerável 
com assistência médica e atividades cotidianas. Elas podem, por exemplo, organizar-se para 
viver em um único andar de sua casa, comer várias pequenas refeições todos os dias ao invés 
de uma grande refeição e evitar o uso de sapatos que devem ser amarrados. 
A morte pode resultar de insuficiência respiratória, câncer de pulmão, doenças do 
coração (por exemplo, insuficiência cardíaca ou arritmias), pneumonia, pneumotórax ou 
bloqueio das artérias que irrigam os pulmões (embolia pulmonar). 
As pessoas com doença em estágio terminal que desenvolvem crises podem precisar 
de um tubo para respiração e ventilação mecânica. A duração da ventilação mecânica pode 
ser prolongada e algumas pessoas permanecem dependentes de ventilador até a morte. É 
importante para as pessoas discutirem com seus médicos e entes queridos se desejam ou 
não esse tipo de terapia de suporte e fazê-la antes que ocorra uma crise. 
Uma alternativaa essa terapia de suporte é um tratamento que visa o conforto (e não 
a prolongar a vida). A melhor maneira de garantir que os desejos da pessoa em relação à 
ventilação mecânica prolongada sejam respeitados é preparar instruções prévias e nomear 
um intermediário para os cuidados com a saúde. 
Pacientes com alto risco de morte iminente são aqueles com perda ponderal 
progressiva inexplicável ou declínio funcional grave (p. ex. aqueles que experimentam 
dispneia nas atividades de vida diária — ao vestir-se, tomar banho, ou comer). A mortalidade 
na doença pulmonar obstrutiva crônica frequentemente resulta de doença intercorrente, em 
vez da progressão da doença subjacente naqueles que interromperam o tabagismo. Em geral, 
a morte é causada por insuficiência respiratória aguda, pneumonia, câncer pulmonar, 
cardiopatia, ou embolia pulmonar. 
 
35 
 
4.8 PREVENÇÃO 
A prevenção da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é fundamental para 
reduzir sua incidência e impacto na saúde. Embora a DPOC seja uma doença crônica, muitos 
dos fatores de risco podem ser evitados ou controlados, contribuindo para a prevenção da 
doença. Aqui estão algumas medidas de prevenção que podem ser adotadas: 
• Cessação do tabagismo: O tabagismo é a principal causa da DPOC. Parar de fumar e 
evitar a exposição ao tabaco são as medidas mais eficazes para prevenir o 
desenvolvimento da doença. Os benefícios de parar de fumar podem ser observados 
em qualquer estágio da doença. 
• Evitar a exposição a poluentes e substâncias tóxicas: A exposição prolongada a 
poluentes atmosféricos, como poluição do ar, fumaça de cigarro e substâncias 
químicas irritantes, aumenta o risco de desenvolver DPOC. Portanto, é importante 
evitar ou minimizar a exposição a esses agentes. 
Proteção ocupacional: Certas ocupações podem expor os trabalhadores a substâncias 
nocivas que aumentam o risco de DPOC. É essencial seguir as medidas de segurança e 
proteção recomendadas no local de trabalho para reduzir a exposição a poeiras, produtos 
químicos e fumos industriais. 
• Vacinação: A vacinação contra doenças respiratórias, como a gripe e a pneumonia, é 
recomendada para prevenir infecções respiratórias que podem agravar os sintomas 
da DPOC. 
• Estilo de vida saudável: Adotar um estilo de vida saudável pode contribuir para a 
prevenção da DPOC. Isso inclui manter uma alimentação balanceada, praticar 
atividade física regularmente, evitar o uso excessivo de álcool e evitar o contato com 
substâncias tóxicas. 
 
É importante destacar que a prevenção da DPOC começa com a conscientização 
sobre os fatores de risco e a adoção de medidas preventivas. Além disso, a identificação 
precoce dos sintomas e a busca por atendimento médico são essenciais para um diagnóstico 
precoce e um tratamento adequado da doença 
 
36 
 
4.9 TRATAMENTO 
A doença não tem cura, mas uma série de medidas a mantém sob controle e, na 
medida do possível, devolve um pouco da função pulmonar. Os medicamentos 
broncodilatadores, que melhoram a respiração, são os mais usados, mas anti-inflamatórios 
também podem ser prescritos em alguns casos. 
O tratamento mais importante para a DPOC é parar de fumar. Parar de fumar quando 
a obstrução do fluxo de ar é leve ou moderada, muitas vezes diminui a tosse, reduz a 
quantidade de catarro e retarda o desenvolvimento de falta de ar. Parar de fumar a qualquer 
momento durante o processo da doença fornece algum benefício. Tentar várias estratégias 
ao mesmo tempo tem mais chances de funcionar. Entre essas estratégias estão o 
compromisso com uma data específica para parar de fumar, o uso de técnicas de modificação 
do comportamento (por exemplo, dificultar a obtenção de cigarros e recompensar-se por se 
abster por períodos cada vez mais longos), aconselhamento em grupo e sessões de apoio, 
bem como reposição de nicotina (por exemplo, mascar chiclete de nicotina, usar um adesivo 
de nicotina na pele ou usar um inalador de nicotina, pastilhas de nicotina ou spray nasal de 
nicotina). Os medicamentos vareniclina e bupropiona também podem ajudar a diminuir o 
desejo de fumar. No entanto, mesmo com os métodos mais eficazes, menos da metade das 
pessoas que tentam conseguem parar de fumar após um ano. 
As pessoas também devem tentar evitar a exposição a outras substâncias irritantes no 
ar, incluindo o fumo passivo e a poluição. 
Contrair influenza ou pneumonia pode piorar a DPOC intensamente. Portanto, todas 
as pessoas com DPOC devem receber a vacinação contra influenza todos os anos. É 
provável que a vacinação pneumocócica, tanto com a vacina pneumocócica polissacarídica e 
a vacina pneumocócica conjugada, também ajude. A vacinação contra a COVID-19 também 
ajuda. 
Quando a concentração de oxigênio no sangue está muito baixa, o indivíduo precisa 
fazer terapia para suplementar o fôlego. Fora isso, deve estar sempre atento às chamadas 
exacerbações agudas, picos de piora da doença que podem levar á insuficiência respiratória 
se não tratados imediatamente. 
Infecções respiratórias disparam as crises e agravam o quadro, por isso o médico 
geralmente recomenda a vacinação contra a gripe todos os anos. As atividades físicas 
também são importantes no tratamento, uma vez que problemas em fibras musculares são 
comuns em quem tem a doença. Além de fortalecer a musculatura, o exercício ainda combate 
a inflamação nos pulmões típicas do quadro. 
Como a DPOC pode causar perda de peso grave, as pessoas devem manter uma 
alimentação balanceada e nutritiva. 
37 
 
O tratamento da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) tem como objetivo 
aliviar os sintomas, melhorar a função pulmonar, prevenir complicações e melhorar a 
qualidade de vida do paciente. O tratamento da DPOC é baseado em abordagens 
farmacológicas e não farmacológicas. Aqui estão algumas opções de tratamento comumente 
utilizadas: 
• Medicamentos broncodilatadores: Os broncodilatadores são medicamentos que 
ajudam a dilatar as vias respiratórias, facilitando a passagem do ar. Eles podem ser 
administrados por inalação, incluindo os beta-agonistas de curta e longa duração e os 
anticolinérgicos de curta e longa duração. Esses medicamentos ajudam a aliviar a falta 
de ar e melhorar a capacidade de exercício. 
• Corticosteroides inalatórios: Em alguns casos, o médico pode prescrever 
corticosteroides inalatórios para reduzir a inflamação nos pulmões. Esses 
medicamentos são geralmente usados em combinação com broncodilatadores e são 
mais eficazes em casos de DPOC com maior componente inflamatório. 
• Oxigenoterapia: Em estágios avançados da DPOC, quando a função pulmonar está 
significativamente comprometida, a oxigenoterapia pode ser necessária. Ela envolve 
a administração de oxigênio suplementar para melhorar a oxigenação do sangue e 
aliviar a falta de ar. 
• Reabilitação pulmonar: A reabilitação pulmonar é um programa abrangente que inclui 
exercícios físicos supervisionados, treinamento respiratório, educação sobre a 
doença, suporte psicossocial e estratégias para melhorar a qualidade de vida. Esse 
programa visa melhorar a capacidade de exercício, reduzir a dispneia e promover a 
independência funcional. 
• Educação e autogerenciamento: A educação do paciente sobre a DPOC, seus 
sintomas, tratamento e medidas de prevenção é essencial. Os pacientes devem ser 
orientados sobre como evitar fatores desencadeantes, reconhecer e manejar 
exacerbações agudas, e adotar medidas de estilo de vida saudável, como parar de 
fumar e ter uma alimentação balanceada. 
 
É importante ressaltar que o tratamento da DPOC é individualizado, levando em 
consideração a gravidade da doença, os sintomas apresentados e as necessidades 
específicas de cada paciente. É fundamental que o tratamento seja realizado sob a orientação 
de um profissional de saúde especializado, como médicos e enfermeiros, para garantir uma 
abordagem adequada e eficaz. 
38 
 
5 ASSITÊNCIA DA EQUIPE DE ENFERMAGEMEM PACIENTE DPOC 
A equipe de enfermagem desempenha um papel fundamental na assistência aos 
pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Suas responsabilidades 
abrangem desde a educação e apoio ao paciente até a implementação de intervenções de 
enfermagem para melhorar a qualidade de vida e o manejo da doença. Aqui estão algumas 
das principais áreas em que a assistência da equipe de enfermagem atua com pacientes 
DPOC: 
• Educação e orientação: O(a) enfermeiro(a) desempenha um papel crucial na 
educação dos pacientes sobre a DPOC. Isso inclui fornecer informações detalhadas 
sobre a natureza da doença, seus sintomas, fatores desencadeantes, a importância 
da cessação do tabagismo e o manejo dos sintomas. O(a) enfermeiro(a) também 
instrui os pacientes sobre o uso correto dos medicamentos inalatórios, técnicas de 
respiração adequadas e a importância de aderir ao tratamento prescrito. 
• Avaliação e monitoramento: O(a) enfermeiro(a) realiza avaliações regulares dos 
pacientes com DPOC para monitorar a progressão da doença e a eficácia do 
tratamento. Isso pode incluir a avaliação dos sintomas respiratórios, como a dispneia 
(falta de ar), tosse e produção de muco, além da medição da função pulmonar com a 
ajuda de espirometria. O(a) enfermeiro(a) também pode monitorar a saturação de 
oxigênio e observar sinais de exacerbações agudas, como alterações na frequência 
respiratória e na coloração dos lábios e unhas. 
• Manejo das exacerbações: O(a) enfermeiro(a) desempenha um papel importante no 
manejo das exacerbações agudas da DPOC. Isso envolve a avaliação dos sintomas 
do paciente, a administração de medicamentos broncodilatadores e corticosteroides 
conforme prescrição médica, além do monitoramento da oxigenação e da resposta ao 
tratamento. O(a) enfermeiro(a) também pode fornecer orientações sobre o 
gerenciamento domiciliar das exacerbações, incluindo o uso adequado de 
medicamentos de resgate e quando buscar assistência médica adicional. 
• Reabilitação pulmonar: A reabilitação pulmonar é um componente essencial no 
tratamento da DPOC, e o enfermeiro desempenha um papel ativo na coordenação e 
implementação desse programa. Isso inclui a supervisão do exercício físico, o 
treinamento respiratório, a educação sobre a doença e a promoção de mudanças de 
estilo de vida saudáveis. O(a) enfermeiro(a) auxilia os pacientes na identificação de 
estratégias para gerenciar a dispneia durante as atividades diárias e oferece suporte 
emocional para ajudar os pacientes a enfrentar os desafios da doença. 
39 
 
• Suporte psicossocial: O(a) enfermeiro(a) desempenha um papel fundamental no 
fornecimento de suporte emocional e psicossocial aos pacientes com DPOC. Isso 
envolve a escuta ativa, o encorajamento e o aconselhamento para lidar com os 
impactos emocionais da doença, como ansiedade, depressão e medo de falta de ar. 
O(a) enfermeiro(a) também pode fornecer informações sobre grupos de apoio, 
recursos comunitários e programas de suporte para pacientes e familiares. 
 
Além disso, O(a) enfermeiro(a) desempenha um papel importante na coordenação do 
cuidado multidisciplinar. Isso envolve o trabalho em equipe com médicos, fisioterapeutas, 
assistentes sociais e outros profissionais de saúde para garantir uma abordagem holística e 
abrangente no cuidado aos pacientes com DPOC. O(a) enfermeiro(a) atua como defensor do 
paciente, facilitando a comunicação entre a equipe de saúde, fornecendo informações sobre 
o progresso do paciente e contribuindo para o planejamento e ajuste do tratamento. 
Em resumo, a equipe de enfermagem desempenha um papel fundamental na 
assistência aos pacientes com DPOC, desde a educação e orientação até a avaliação, 
monitoramento, manejo das exacerbações, reabilitação pulmonar e suporte psicossocial, 
visando melhorar a qualidade de vida e promover a independência funcional dos pacientes 
com DPOC 
 
 
40 
 
6 CONCLUSÃO 
A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é uma condição respiratória crônica 
que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. É uma doença progressiva e incapacitante, 
que requer uma abordagem multidisciplinar no cuidado aos pacientes. Ao longo deste 
trabalho, exploramos diversos aspectos relacionados à DPOC, desde o seu diagnóstico até o 
tratamento e o papel do enfermeiro na assistência. 
Ficou evidente que a equipe de enfermagem desempenha um papel fundamental na 
promoção da saúde e no cuidado aos pacientes com DPOC. Através da educação e 
orientação, o enfermeiro empodera o paciente, fornecendo informações essenciais sobre a 
doença e seu manejo. A avaliação e o monitoramento regular permitem a identificação 
precoce de complicações e a adaptação do tratamento conforme necessário. 
Além disso, desempenha um papel ativo no manejo das exacerbações agudas da 
DPOC, fornecendo cuidados imediatos, administração de medicamentos e monitoramento da 
resposta ao tratamento. A reabilitação pulmonar, coordenada pelo enfermeiro, desempenha 
um papel crucial na melhoria da capacidade funcional e qualidade de vida dos pacientes. 
Não menos importante, a equipe de enfermagem fornece suporte psicossocial aos 
pacientes, ajudando-os a lidar com os desafios emocionais e psicológicos decorrentes da 
DPOC. É um defensor do paciente, trabalhando em equipe com outros profissionais de saúde 
para garantir uma abordagem abrangente e integrada no cuidado. 
Em conclusão, toda equipe de enfermagem desempenha um papel indispensável na 
assistência aos pacientes com DPOC. Seu envolvimento desde o diagnóstico até o tratamento 
e acompanhamento contínuo contribui significativamente para a melhoria da qualidade de vida 
dos pacientes. Com uma abordagem centrada no paciente, desempenha um papel crucial na 
promoção da saúde pulmonar, na educação, no suporte emocional e no cuidado holístico dos 
pacientes com DPOC. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
 
7 REFERÊNCIAS 
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https://www.cdra.com.br/sintomas-dpoc.%20Acesso%20em%2005/Jun/2023
	1. INTRODUÇÃO
	1.1 APRESENTAÇÃO
	1.2 JUSTIFICATIVA
	2. OBJETIVOS
	2.1 Objetivo Geral
	2.2 Objetivo Específico
	3 METODOLOGIA
	3.1 TIPO DE ESTUDO
	4 DESENVOLVIMENTO
	4.1 Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica - DPOC
	4.2 Sistema de Avaliação GOLD para DPOC
	4.2.1 Os quatro estágios da DPOC: GOLD DPOC graus
	4.2.2 Classificação ABDC
	4.2.3 Grupo e Grau para o paciente
	4.3 SINAIS E SINTOMAS
	4.3.1 Exacerbações (Crises) Agudas
	4.3.2 Complicações da DPOC
	4.4 Sintomas de cada Fases da DPOC
	4.4.1 Estágio 1
	4.4.2 Estágio 2
	4.4.3 Estágio 3
	4.4.4 Estágio 4
	4.5 Progressão da DPOC
	4.5.1 DPOC Precoce
	4.6 DIAGNÓSTICO
	4.6.1 Testes de Função Pulmonar
	4.6.2 Exames durante crises de DPOC
	4.7 PROGNÓTICO
	4.8 PREVENÇÃO
	4.9 TRATAMENTO
	5 ASSITÊNCIA DA EQUIPE DE ENFERMAGEM EM PACIENTE DPOC
	6 CONCLUSÃO
	7 REFERÊNCIAS

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