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P3 - CARD LEISHMANIOSE

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Daniela Junqueira Gomes Teixeira 
 (leishmaniose) 
DEFINIÇÃO DIAGNÓSTICO 
Doença endêmica no Brasil → NOTIFICAR! 
Antropozoonótica 
Doença infecciosa, não contagiosa transmitida por mosquito 
TESTE DE MONTENEGRO 
Teste prognóstico 
Avalia grau de resposta Th1 
Pápula > 5 mm → Positivo (falsos-positivos: alergia ao diluente, reação cruzada – 
chagar, esprotricose, hanseníase, tuberculose e cropromicose) 
Negativo: primeiras 4-6 semanas, precocemente tratados e nos pacientes 
anérgicos 
EXAME DIRETO 
Formas amastigotas no interior dos mononucleares 
HISTOPATOLOGIA 
Granuloma linfo-histiocitário 
Lesões recentes: parasito intracelular. Quanto menos recente, mais difícil se 
torna observar o agente. 
CULTURA 
Feita no meio NNN (Novy-McNeal-Nicolle) → liberada em algumas semanas 
Positiva em apenas 40% dos casos. 
SOROLOGIA 
Imunofluorescência indireta, ELISA 
VETOR E AGENTE 
Mosquitos hematófagos → Lutzomiya e Psycodopigus 
Protozoário de divisão binária 
Subgênero Vianna → L. (V.) amaznensis, L. (V.) guyanensis 
Subgênero Leishmania → L. (L.) braziliensis 
Ordem Kinetoplastida, família Tryoarossatídea 
Formas: promastigota (flagelado – mosquito), amastigota 
(aflagelado – humano) 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
Período de incubação: 1-3 meses 
Lesão inicial: pápula eritematosa → lesão papulocrostosa, 
papulovesiculosa ou papulopustulosa 
Lesão ulcerada: dias ou semanas depois → lesão com aspecto 
ulceroso (bordos elevados e bem definidos, com centro 
granulado, de cor vermelho-viva e com secreção serosa) 
Lesão vegetante: lesões → cicatrização espontânea ou formação 
de placas vegetantes, verrucosas que cronificam e crescem 
lentamente. 
LEISHMANIOSE CUTÂNEA-LOCALIZADA 
Úlcera indolor única ou múltipla 
Espécies do subgênero Leishmania e Vianna 
Boa resposta Th1 
Com parasitas 
LEISHMANIOSE CUTÂNEA-MUCOSA 
Úlcera necrótica 
Espécie do subgênero Vianna 
Muito boa resposta Th1 
Ausência dos parasitas 
LEISHMANIOSA ANÉRGICA DIFUSA 
Nódulos disseminados 
Espécie do subgênero Leishmania 
Fraca resposta Th1 (resposta Th2) 
Avalanche de parasitas 
 
TRATAMENTO 
PRIMEIRA ESCOLHA: ANTIMONIATO DE MEGLUMINA (EV OU IM) 
1 amp = 5ml; 1 amp = 1,5 ml antimoniato bruto; 1 ml = 81 mg Sb+5 
Dose: entre 10 mg e 20 mg Sb+5/kg/dia, sugerindo-se 15 mg Sb+5/kg/dia durante 20d 
Dose máxima: 3 amp/d ou 15ml/d 
Forma localizada: 10 mg/kg/dia por 20d 
Forma difusa ou mucosa: 20mg/kg/dia por 30d 
Efeitos adversos: cardiotoxicidade, reação de Jarish-Herxheimer, nefro/hepatotoxidade, pancreatite aguda 
SEGUNDA ESCOLHA: ANFOTERICINA B LIPOSSOMAL 
Idade a partir de 50 anos, insuficiência renal, cardíaca e hepática, transplantados renais, primeira opção para gestantes 
Dose: de 2 mg a 3 mg/kg/dia, sem limite de dose máxima diária até atingir a dose total de 20 mg a 40 mg/kg, dependendo da resposta clínica. 
Forma cutânea: 1 a 1,5g 
Forma mucosa: 2,5 a 3g 
Efeitos adversos: hipocalemia, hipomagnesemia, nefrotoxicidade 
TERCEIRA ESCOLHA: ISITIONATO DE PENTAMIDINA 
1 fraco-ampola: 300 mg 
Dose: 4mg/kg/dia, IM, de 2 em 2 dias 
Dose máxima: 2g 
Efeitos adversos: hipoglicemia, hiperglicemia, nefrotoxidade

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