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Alice Santos de Lima 5º período 2022/2 Esse resumo não está isento de erros Bradiarritmias Cada paciente apresenta uma FC basal diferente, a depender da sua condição FC normal: 50-100 bpm Bradicardia absoluta: FC < 500 Bradicardia relativa: quando o paciente não tem uma FC adequada à condição metabólica que está apresentando → incompetência cronotrópica relativa à condição metabólica e à idade do paciente - Pacientes com febre tende a fazer taquicardia como mecanismo reacional, assim como quadros infecciosos e sépticos Bradicardia fisiológica: sono, repouso, atletas Bradicardia patológica: - Doença do nó sinusal - BAVT - Hipotireoidismo Estímulo: surge no nó sinusal → átrios → nó AV → feixe de HIS → redes de Purkinje - Nó AV é responsável pela pausa necessária para que não haja contração simultânea de átrios e ventrículos Extrassístole: batimento extra do coração - Nem sempre o paciente faz taquicardia com extrassístole ESCAPE É uma pausa longa causada pelo nó sinusal Os escapes de origem supraventricular têm QRS geralmente estreito, mas sempre igual aos do ritmo sinusal de base, e podem ou não ser precedidos de onda P O escape atrial é um batimento tardio em que o QRS é precedido por onda P com morfologia diferente de cada P sinusal O escape juncional é um complexo QRS tardio igual ao do ritmo sinusal, mas não precedido por onde P O escape ventricular é um QRS tardio, sempre alargado e com morfologia diferente do QRS do ritmo sinusal, também não precedido por onda P Ao contrário das extrassístoles, os escapes são batimentos tardios de origem não sinusal. Quando a frequência de estimulação do nó sinusal diminui muito ou quando o estímulo sinusal é interrompido, outra região do coração, quer localizada nos átrios, quer nos ventrículos, pode originar um estímulo elétrico cardíaco. A este fenômeno, dá-se o nome de escape Enquanto a extrassístole é causada por hiperautomatismo de um foco ectópico, o escape é sempre consequência do automatismo normal de um foco ectópico que estava latente, inibido pela frequência maior do ritmo sinusal O escape é um fenômeno sempre tardio, isto é, inicia-se após uma pausa na inscrição do ECG, obrigatoriamente maior do que o intervalo RR de base Ritmos de escape Quando há pausas longas, outro foco de estímulo se manifesta Caso após o escape não ocorra retorna o ritmo sinusal, irá instalar o chamado ritmo de escape, de acordo com sua origem Atrial Juncional (nodal) Ventricular (idioventricular) DISFUNÇÃO DO NÓ SINUSAL Homens e mulheres 60 anos Incidência aumenta com idade Podem ser: - Extrínsecas: causadas por medicamentos, alterações do SNA simpático ou parassimpático - Intrínsecas: ocorre em idosos (doença degenerativa do NS relacionada à aterosclerose), crianças (má formação genética do NS) BLOQUEIOS ATRIOVENTRICULARES Wenckebach: relatou os bloqueios Alice Santos de Lima 5º período 2022/2 Esse resumo não está isento de erros Mobitz: classificou os bloqueios Dificuldade na passagem do estímulo do nó sinusal e dos átrios para os ventrículos BAV primeiro grau: é aquele plantonista que sempre chega 20 ou 30 minutos atrasado, mas que nunca falta BAV segundo grau - Mobitz I (fenômeno de Wenckebach): é a pessoa que rende o plantão sempre com atrasados maiores. No primeiro dia é de 20 minutos, depois de 30 minutos, 40 minutos e assim por diante. Até que um belo dia ele simplesmente não aparece - Mobitz II: é o plantonista que sempre chega na hora corretamente até um dia, sem aviso prévio algum ou sem qualquer justificativa, faltar BAV terceiro grau (bloqueio atrioventricular total – BAVT): aquele plantonista completamente desconectado da escala. Quanto é o dia de descansar, chega pontualmente para dar plantão. Quando é o dia dele cobrir o plantão, falta sem avisar ninguém Os BAVs com potencial de causar mais problemas é o de segundo grau tipo 2 e o de terceiro grau Os bloqueios serão vistos através da onda P, visto que esta corresponde ao estímulo sinusal Bloqueio atrioventricular de primeiro grau Retardo na condução ao nível da junção AV Aumento do intervalo PR Intervalo PR > 0,2 segundos → acima de 1 quadrado - Cada quadradinho tem 0,04 segundos e o quadrado maior tem 0,2 segundos - Intervalo PR normal: 3 a 5 quadrados menores → até 1 quadrado grande - É o intervalo entre o começo da onda P e o começo da onda R FC normal ou baixa Ocorre em atletas, em pacientes beta-bloqueados Intervalo PR alargado, mas toda onda P está acompanhada de um QRS Bloqueio atrioventricular de segundo grau Tipo I Aumento progressivo do intervalo PR até o bloqueio de uma onda P, seguida pelo encurtamento do próximo intervalo PR → onda P aparece, mas QRS não aparece Nó AV Onda P sem QRS circulada Depois volta a ter o QRS Tipo II Bloqueio da onda P sem alargamento do intervalo PR precedente Sistema HIS-Purkinje É o arriscado Bloqueio atrioventricular total Nenhuma onda P é conduzida para os ventrículos Ondas P completamente aleatórias CONDIÇÕES EXTRÍNSECAS QUE DETERMINAM BRADICARDIA Ação medicamentosa BB Amiodarona Bloqueadores dos canais de cálcio Quinidina, propafenona, procainamida Digoxina Alice Santos de Lima 5º período 2022/2 Esse resumo não está isento de erros São todos os medicamentos que farão um cronotropismo negativo, estimulando, por exemplo, o SNA parassimpático Alteração na influência do SNA Hipertonia vagal - É o estímulo de parassimpático, e tudo que estimula o parassimpático fará uma bradicardia Hipersensibilidade dos seios carotídeos QUADRO CLÍNICO DOS PACIENTES COM BRADICARDIA Assintomática Indisposição Cansaço Sensação de escurecimento visual Síncope → sinal de baixo débito IC Morte súbita é o maior risco da bradicardia EXAME FÍSICO Bradicardia Hipotensão arterial Palidez cutânea por má perfusão Sudorese fria EXAMES COMPLEMENTARES ECG Holter: ECG de 24 horas para entender qual tipo de bradicardia o paciente está tendo Ecodopplercardiograma: entender se o paciente tem alteração cardíaca, quadro isquêmico Estudo eletrofisiológico: permite avaliar condução elétrica TRATAMENTO Paciente com instabilidade hemodinâmica Precisa estar monitorizado → colocar paciente em UTI Marcapasso provisório → avalia indicação Drogas cronotrópicas positivas → uso para aumentar a frequência cardíaca como atropina Paciente estável Afasta causas reversíveis, havendo tempo para estudar o paciente Os BAVs são avaliados no ECG Observar: procura causas Ausência de sintomas importantes, mas presença de alteração no ECG: indicação de marcapasso MPTV: marcapasso transvenoso Marcapassos Transcutâneo Colocado à nível de pronto socorro Placas adesivas sobre o precórdio que geram pulsos de alta tensão, capazes de comandar o coração sem contato direto → no próprio desfibrilador tem o modo marcapasso Situações de extrema urgência: ponte para o MP transvenoso Mal tolerado: necessário sedação Transvenoso Provisório ou definitivo (colocado por dentro da pele) É como se fosse um acesso central, pegando a jugular → cabos vão até o coração fazer o estímulo elétrico Forma útil e segura de estimulação temporária → paciente fica em UTI Alice Santos de Lima 5º período 2022/2 Esse resumo não está isento de erros Punção ou dissecção venosa Ajusta os parâmetros até o paciente chegar em uma frequência adequada (60 bpm) Complicações Pneumotórax e hemotórax quando for puncionar Hematoma Perfuração miocárdica: hemopericárdio e tamponamento cardíaco - Tem que observar o ECG durante toda a punção porque é dele que sairá a precisão Infecção do cateter, assim como pancardites
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