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Análise de decisão 1 Distorções nos julgamentos Percepção e Cognição Distorções • De percepção: como as pessoas percebem a realidade • De cognição: como as pessoas usam a informação da realidade Distorções de percepção 1. Esterio@pagem 2. Efeito de halo 3. Percepção sele@va 4. Transferência 5. Molduras psicológicas Percepção • Que você diria de uma pessoa que fosse: • Disciplinado na escola • Vegetariano • Candidata-se à Academia de Belas Artes, escreve poemas Esterio@pagem • Ocorre quando um indivíduo atribui caracterís@cas a outro, exclusivamente com base na inserção em um contexto social ou demográfico 1. Encaixamos os indivíduos em um grupo com base nas informações percep@vas 2. Designamos uma gama de caracterís@cas do grupo a este indivíduos • Uma vez estabelecido, os estereó@pos são diYceis de serem destruídos, rever@dos Efeito de halo • Ocorre quando as pessoas generalizam sobre uma variedade de atributos com base no conhecimento de uma caracterís@ca do indivíduo • Generalização de uma caracterís@ca posi@va ou nega@va • Pessoa sorridente – é honesta • Pessoa carrancuda – é desonesta • Muito u@lizada em Marke@ng • Ocorre quando: • Existe pouca experiencia com a pessoa – aí generaliza-se o que se sabe • Quando a pessoa é muito conhecida Outros problemas de percepção Percepção sele,va • Quando isolamos informações que dão suporte ou reforçam uma convicção anterior ao mesmo tempo que filtra informações que não a confirmam • Perpetua estereó@pos ou efeito halo Projeção • Quando uma pessoa atribui suas caracterís@cas ou sen@mentos a outra. • Emana da necessidade de proteger o conceito que alguém tem de si mesmo. • É comum que os negociadores assumir que a outra parte reage da mesma forma que eles Quadros de referência – molduras psicológicas • São molduras para os nossos mapas mentais • Como as molduras de um quadro, facilitam a focalização de nossa atenção na realidade que interpretamos, separando o que está dentro da moldura (a realidade como a vemos) do que está fora da moldura • As molduras fazem parte de nossos paradigmas...e ajuda na nossa interpretação do mundo – reconheço o que está dentro da moldura e não reconheço o que está fora Exemplos de molduras • Gestos, que entre pessoas costumam representar amizade e que se forem vistas em outro contexto, podem significar agressão ou ofensa ou outra coisa.... Mapas mentais • Ao procurarmos um produto para comprar o USUALMENTE que avaliamos? • Preço, qualidade, adequação.... • Ou um negócio – o que avaliamos? exemplo hep://blogdoorestes.com.br/ocn/?p=178 Exemplo • Ao encontrarmos novos produtos no mercado, só avaliamos o preço, qualidade, aparência.... Não nos perguntamos: • Onde foi fabricado, se empregou trabalho escravo, ou o quanto de poluição causou.... • Porque estas são nossas molduras psicológicas – não ir além do preço, qualidade, aparência. • Para mudar, precisamos alargar ou mudar nossas molduras, nossos limites psicológicos.... Incluir outras variáveis a serem inves@gadas... Referências 1. Bateson, G., Part III- A theory of play and fantasy, in Steps to an ecology of mind. 1972, Balla@ne Books: New York, USA. p. 541. 2. Dias, Maria Amelia P et al. Sustainability in prospec@ve scenarios: the future of biodiesel. Futures (82), pg 1-14. 3. El Sawy, O.A. and T.C. Pauchant, Triggers, templates and twitches in the tracking of emerging strategic issues. Strategic Management Journal, 1988. 9: p. 455-473. 4. Lewicki, R., D.M. Saunders, and B. Barry, Fundamentos de Negociação. 5a. ed. 2014, Porto Alegre, RS: AMGH editores LTDA. 315. 5. Mintzberg, H., B. Ahlstrand, and J. Lampel, Safari de estratégia – um roteiro pela selva do planejamento estratégico. 2000, Porto Alegre, Brazil: Bookman. 6. BAZERMAN, M. H., MOORE, Don. Processo decisório: para cursos de Administração, Economia e MBAs. Rio de Janeiro: Elsevier/Campus, 2004. 7. TVERSKY, Amos KAHENMAN, Daniel Judgment under uncertainty . Problemas de cognição Vieses cogni@vos são ocasionados por equívocos no uso da informação 1. A intensificação irracional do comprome@mento 1. Manutenção de um curso de ação, mesmo quando já fracassou – a síndrome do custo afundado 2. Medo de assumir o fracasso 3. Esperança irracional que “as coisas vão melhorar” 2. A convicção mí@ca em montantes fixos • Quando se pressupõe que não há possibilidade de negociação coopera@va e trade-offs benéficos • Quando não percebe que além do obje@vo principal, há questões periféricas que podem aparecer com a decisão. • Exemplo: em negociações salariais, além do valor do aumento do salário, pode exis@r um rol de beneYcios adicionais que podem e devem ser negociados também, especialmente aqueles que significam salários indiretos. 3. O Ancoramento e o ajustamento • Pode ser um aprofundamento da heurís@ca de disponibilidade • Quando se tem um número na cabeça por algum mo@vo, é diYcil se afastar dele • Quando se fixa um valor ou uma condição e não se consegue sair dela. • Exemplos: veja o número 103 • Com que idade você acha que Gandhi morreu? • Já Elis Regina, morreu muito nova, mas deixou 3 filhos Idade • Gandhi morreu com 78 anos • Elis morreu com 36 anos 3. O Ancoramento e o ajustamento Exemplos: • em uma negociação de preço, uma oferta muito baixa de uma parte feita logo de início pode provocar uma reconsideração as expecta@vas de outra parte como uma âncora que vai para o fundo... 4. Propensão a risco Teoria dos prospectos – • Ganhos x riscos • As pessoas são mais avessas ao risco quando um problema é considerado como um possível ganho • Tendem a aceitar qualquer oferta, quando a questão é vista como um ganho, porque temem a perda • Perdas x riscos • E inclinadas ao risco quando o problema é encarado como perda • Tendem a esperar uma oferta melhor 5. A disponibilidade de informações • Informações apresentadas de forma vívida e clara, coloridas e chama@vas são aceitas mais rapidamente que as apresentadas de forma confusa • Cada decisor necessita de diferentes @pos e quan@dade de informação para trabalhar 5. A disponibilidade de informações Sistema de apoio às decisões • Depende de cada decisor, apesar de aparentemente conter as informações essenciais ao negócio • A apresentação das informações também precisa seguir a preferência do decisor (tabelas ou gráficos ou relatórios) 6. Excesso de confiança • Pode aumentar o grau em que os decisores dão suporte a posições ou opções incorretas ou inadequadas, induzindo – o a erros • Induz as pessoas a diminuir o valor ou a legi@midade dos julgamentos vindos de outros, desqualificando-os como fonte de informação importante para a questão, também induzindo a erros • Por outro lado, com mais confiança ou o@mismo as pessoas tendem a persis@r mais nos seus propósitos 7. A Lei dos pequenos números • Tendência das pessoas a @rarem conclusões com base em pequenas amostras • As pessoas tendem a se basear na própria experiência, generalizando-a para todos os casos, mesmo que eles sejam resultado de amostras insignificantes • No entanto, es@los e estratégias que funcionaram no passado, em casos específicos, não são garan@a de sucesso no futuro 8. Os vieses em favor próprio • Pessoas tentam “explicar” o comportamento de outros, simplificando a questão • Tende também a explicar com questões que beneficie a si próprio, age de forma diferente de quando ele mesmo tem um determinado comportamento. • Exemplo: se algo der (deu ) errado com o que o outro faz, é culpa dele. Mas algo der errado com o que eu faço, foi azar (não é minha culpa!) 9. O efeito da capitalização • Supervalorização daquilo que eu tenho • Pode induzir a es@ma@vasexageradas de valor 10. A tendência de ignorar a cognição dos outros • Decisores que não perguntam sobre percepções e pensamentos dos pares • Costumam trabalhar com informações incompletas • Pode ser uma predisposição contra os demais Emoção x Cognição • Lenda de Ulisses e as sereias: eu quero x eu devo Como administrar os vieses 1. Reconhecer que eles existem e iden@ficá-los 2. Discu@r com os outras pessoas 3. Fazer discussões mais profundas, inclusive as é@cas 4. Privilegiar decisões conjuntas, sempre que possível
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