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Exa��� no Pré-Nat�� Nadielson Abas | Enfermagem, UNCISAL INTRODUÇÃO Os exames de rotina para triagem de situações clínicas de maior risco no pré-natal é solicitado no acolhimento da mulher no serviço de saúde, imediatamente após o diagnóstico de gravidez. Alguns exames solicitados deverão ser repetidos no início do 3º trimestre da gestação. PRIMEIRO TRIMESTRE Fonte: Caderno 32, ministério da saúde. Hemograma, urina tipo 1 + urocultura, glicemia de jejum, sorologia para sífilis ou teste rápido, teste rápido de HIV, anti-Hiv ( laboratorial), sorologia para hepatite B ( HBsAg), igm e IgG para toxoplasmose. Obs: Se estiver disponível na minha unidade, eu faço a testagem já na primeira semana. No terceiro semestre, a partir de 27 semanas, refaz os exames. A depender da anamnese: ● Beta HCG ( gravidez psicológica) ● grupo sanguíneo e fator RH ● colpocitologia oncótica( Não è um exame de pré natal, mas de rotina), ● variante Du ● COOMBS indireto ( Toda pessoa que tem o sangue negativo) ● anti-hbs ( O anti-hbs nos mostra se a mulher possui imunidade para hepatite) ● USG. 2 TRIMESTRE Teste de tolerância para glicose com 75g, se a glicemia estiver acima de 85 mg/dl ou se houver fator de risco ( realize este exame preferencialmente entre a 24 e a 28 semana) e coombs indireto ( se for Rh negativo) TERCEIRO SEMESTRE Todos os exames que são passíveis de mudar. Hemograma, glicemia em jejum, coombs indireto, VDRL, anti-hiv, sorologia para hepatite B ( Hbsag), repita o exame de toxoplasmose se o IgG não for reagente ( em casos de IGM positivo no primeiro não repito no 3) , urocultura + urina tipo I ( sumário de urina-SU) e bacterioscopia de secreção varginal ( a parti de 37 semanas de gestação). Exa��� no Pré-Nat�� Nadielson Abas | Enfermagem, UNCISAL EXAMES E INTERPRETAÇÕES Exa��� no Pré-Nat�� Nadielson Abas | Enfermagem, UNCISAL A presença de hCG: Detectável no plasma ou na urina após 10 dias da ovulação ( antes da falha menstrual - 4 semanas de gestação) Obs: Se detectados os sinais de certeza de gravidez, por meio de USG ou ausculta dos BCF não tem sentido fazer a solicitação desse exame. Tipagem sanguínea e fator RH: Nas hemácias expressam, em sua superfície, diferentes antígenos com capacidade de gerar resposta imunológica. Os indivíduos Rh + produzem em suas células sanguíneas antígenos D, os indivíduos RH- não apresentam esses antígenos. Obs: Toda mulher que é negativa só recebe alta quando se descobre a tipagem sanguínea do bebe. Uma vez que, caso o bebe tenha sangue positivo a mulher pode acabar gerando antígeno anti-d, o que pode ser prejudicial para a sua segunda gravidez. Desta forma, a mulher negativa precisa tomar matergan ( hemoglobina) até 72h após o parto. Fonte: Google fotos. Condutas: Fator Rh negativo: parceiro Rh positivo ou desconhecido solicitar teste de coombs indireto. HEMOGRAMA : Exa��� no Pré-Nat�� Nadielson Abas | Enfermagem, UNCISAL Quando 8g/dl < hemoglobina < 11 g/dl, considera-se como caso de anemia de leve a moderada. Nesses casos é importante orientar dieta, investigar parasitoses e realizar tratamento com ferro elementar, o hemograma precisa ser repetido de 30 a 60 dias para avaliar a necessidade de manter ou aumentar a dose . Caso a hemoglobina tenha entrado em uma padrão de normalidade seguir com a profilaxia. Hemoglobina ≤ 8 g/dl indica uma anemia grave, a gestante deve ser encaminhada para o pré-natal de alto risco. URINA Cilindros = infecção urinária alta Nitritos= infecção urinária baixa Piócitos ( leucócitos) ainda é considerado normal. presença de cilindrúria é indicativo de encaminhamento para avaliação de pré-natal no alto risco e nos casos de hematúria é importante avaliar a presença de infecção com o uso da urocultura, caso a infecção esteja presente é fundamental o tratamento adequado e acompanhamento posterior com os exames Urina Tipo I e Urocultura. Se há hematúria persistente é necessário avaliação em pré-natal de alto risco. Atenção para casos de hematúrias isoladas sem sinais de infecção, pois podem ser indicativos de sangramento vaginal. Glicemia em jejum no pré-natal que se inicia antes da 20ª semana de gestação o exame a ser solicitado para a avaliação da glicemia é a glicemia de jejum, caso o resultado seja ≥ 126 mg/dl, considera-se como Diabetes Pré-Gestacional. Nesse caso a gestante já deve ser submetida a tratamento. Se a glicemia em jejum apresenta resultado 92 mg/dl ≤ glicemia de jejum ≤ 126 mg/dl, considera-se como uma Diabetes Gestacional. Nesse caso a gestante, também já é submetida a tratamento. Se a glicemia de jejum apresentar resultado ≤ 92 mg/dl, entre a 24ª e a 28ª semana deve ser solicitado o TOTG 75g e no seu resultado, caso haja pelo menos um valor alterado, já se considera Diabetes Gestacional. Nesse caso a mulher, também, precisa ser tratada. Glicemia em jejum no pré-natal que se inicia depois da 20ª e antes da 28ª semana degestação: deve ser solicitado o TOTG 75g e atentar para os seguintes resultados: Glicose acima de 85 solicita o TOTG Glicemia em jejum no pré-natal que se inicia após a 28ª semana de gestação, a gestante deve realizar o TOTG 75g e os critérios de avaliação e possíveis diagnósticos são os mesmos do tópico anterior: Exa��� no Pré-Nat�� Nadielson Abas | Enfermagem, UNCISAL SÍFILIS VDRL negativo: escrever no cartão e informar à gestante sobre o resultado do exame e o significado da negatividade, orientando-a para o uso de preservativo (masculino ou feminino) quando indicado. Repetir o exame em torno da 30ª semana, no momento do parto ou em caso de abortamento, em virtude dos riscos sempre presentes de infecção/reinfecção; VDRL positivo: solicitar teste confirmatório (FTA-Abs ou MHATP), sempre que possível. Se o teste do confirmatório for não reagente, descartar a hipótese de sífilis e considerar a possibilidade de reação cruzada pela gravidez e/ou outras doenças, como lúpus, e encaminhar a gestante para consulta com especialista. Se o teste confirmatório for reagente, o diagnóstico de sífilis está afirmado, devendo ser instituído o tratamento e o acompanhamento. Na impossibilidade de se realizar teste confirmatório em tempo hábil, e a história de tratamento não puder ser resgatada, considerar o resultado positivo em qualquer titulação como sífilis em atividade. O tratamento será instituído imediatamente à mulher e a seu(s) parceiro(s) sexual(is) na dosagem e periodicidade adequada correspondente a sífilis tardia latente de tempo indeterminado. Tratamento: Penicilina G benzatina. Fonte: Google fotos. Nota técnica Cofen no 03/2017, assegura a administração de penicilina e pode ser prescrito por enfermeiro. HIV: realizar no pré-natal o teste que estiver disponível, em alguns estados o teste rápido está disponível para essa avaliação. Caso o resultado seja não reator, o exame deve ser repetido entre a 28ª e 30ª semana de gestação. Caso o resultado seja reator, a gestante deve ser encaminhada para iniciar o tratamento o mais precocemente possível. Hepatite B: avaliar história prévia (Anti HBS) e checar status vacinal (3 doses de vacina contra a Hepatite B, disponível nas unidades básicas de saúde), caso Aghbs, Anti Hbs e Anti Hbc não reatores, essa mulher deve ser imunizada, caso não seja imunizada ou fazer a complementação de doses faltosas. Anti Hbs reator, em qualquer situação, a gestante é considerada imune,não é necessário (re)vacinar a mulher. Caso o Ag Hbs seja reator, essa gestante precisa ser Exa��� no Pré-Nat�� Nadielson Abas | Enfermagem, UNCISAL encaminhada à infectologia e ser realizada a sorovacinação no nascimento da criança. Toxoplasmose: caso haja durante a gestação mudança de status sorológico, com resultado IgG + e IgM + é importante solicitar o teste de avidez e discutir/personalizar o acompanhamento e tratamento caso a caso. Citopatológico do colo do útero: caso a mulher esteja com atraso na coleta deste exame recomenda-se realizá-lo durante o pré-natal. O Ministério da Saúde recomenda a coleta de material celular somente da ectocérvice,entretanto não há evidências científicas que impeçam de ser coletado da endocérvice com a escova endocervical. Alguns estados e municípios mantém a recomendação nas suas unidades de saúde para a coleta de material celular da endocérvice e da ectocérvice. As alterações devem ser encaminhadas para a colposcopia de acordo com protocolos estabelecidos. Ultrassonografia Obstétrica/Ecografia Obstétrica: o Ministério da Saúde recomenda uma ultrassonografia precoce entre a 11ª e 14ª para verificar a idade gestacional, detecção de cromossomopatia/má formação fetal (ultrassonografia não faz essa confirmação diagnóstica) e diagnóstico de gemelaridade. Alguns serviços de saúde possuem no seu protocolo a solicitação de outras ultrassonografias, embora não haja evidências científicas para isso. Entretanto, o exame de imagem pode ajudar nos desfechos quando bem solicitado, quando bem realizado e em conjunção com uma avaliação clínica de qualidade.
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