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HM - V 1. Radiografia; 2. Fios, sutura e nó; 3. Bronquiolite e pneumonia; 4. Acesso; 5. Ausculta 6. Oncologia; 7. Insuficiência respiratória; 8. Oftalmologia 9. ECG 10. Fratura 11. Diarreia 12. Paramentação 13. Cirurgia amb 14. Uro ➔ Cirurgia ambulatorial Lidocaína Sem vasoconstritor - 5mg/kg/ dose Com vasoconstritor 7-10mg/kg/dose Introdução: •HISTÓRIA DA MEDICINA OS PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS COMEÇARAM COM PEQUENAS MANOBRAS MANUAIS E INSTRUMENTAIS DE CURTA DURAÇÃO E GESTOS ÚNICOS. •NOS PRIMÓRDIOS DAS CIVILIZAÇÕES EGÍPCIAS, CHINESAS, GREGA, ROMANA E PERSA, HÁ RELATOS DE PUNÇÕES, INCISÕES E CAUTERIZAÇÕES. •O CONCEITO DE CIRURGIA AMBULATORIAL NASCEU EM 1960 COM DAVID COHEN. Conceito: Procedimentos Cirúrgicos que requerem cuidados pós-operatórios pouco intensivos , de curta duração E QUE NÃO NECESSITAM DE INTERNAÇÃO HOSPITALAR. •Cirurgia Ambulatorial de Pequeno Porte: •Anestesia local com alta imediata: exérese de lipoma, exérese de nevus, drenagem de abscesso e exérese unha • Cirurgia Ambulatorial de Grande Porte: qualquer modalidade de anestesia, seguida de recuperação pós-operatória: hernioplastias de parede, colecistectomia videoparoscópica, Em termos práticos o paciente passa por quatro etapas do processo em cirurgia de ambulatório: 1ª Etapa – Pré-operatório; 2ª Etapa – Per-operatório; 3ª Etapa – Pós-operatório e 4ª Etapa – seguimento Ordem cronológica 1º Preparo do material cirúrgico 2º Preparo do campo cirúrgico 3º Anestesia 4º Inspeção e incisão 5º Debridamento, exérese, drenagem e enucleação 6º Sutura 7ª Curativo e tratamento pós-operatório Arlind� Marque� - Medicin� 2022 ● CISTO SEBÁCEO OU EPIDERMÓIDE Ocorre quando o conduto de uma glândula sebácea é ocluído e gera acúmulo de secreção com consequente formação de cisto de retenção. É mais frequente no adulto nas regiões de couro cabeludo, orelha, pescoço e face. A apresentação habitual é de lesão subcutânea abaulada, pouco consistente, arredondada, de crescimento lento e tamanho variável. Frequentemente apresenta pequeno orifício, através do qual pode haver eliminação de material resultante da desintegração das células sebáceas. 1 As lesões podem permanecer estáveis ou aumentar progressivamente. Infecção secundária pode ocorrer, inclusive com celulite adjacente, formação de abscesso e ruptura espontânea. 2 A indicação do tratamento baseia-se em aspectos estéticos, desconforto ou presença de infecção; e a conduta varia dependendo se há presença de infecção ou não. ● Cisto infectado (abscedido): •caso a lesão não esteja “madura”, isto é, apresente-se ainda endurecida, idealmente deve-se indicar calor local e combinar revisão em 24 a 48 horas. No caso de lesões “maduras”, isto é, com sinais flogísticos e consistência amolecida, a opção é a drenagem no ponto de maior flutuação, sem exérese do cisto, pois o processo inflamatório torna difícil a remoção completa da lesão e aumenta a chance de recidiva. Além disso, a tentativa de retirada de toda a cápsula pode romper as barreiras defensivas da pele havendo propagação da infecção. Anestésicos locais têm seu efeito diminuído, porém podem ser utilizados em doses habituais. A pele sobre a lesão deve ser incisada, o material purulento drenado e a ferida mantida aberta. Em casos selecionados, o material pode ser enviado para análise microbiológica. A presença de celulite adjacente à lesão pode indicar necessidade de antibioticoterapia, que não é utilizada rotineiramente. O agente mais freqüente é o Staphylococcus aureus. Deve-se esperar de quatro a seis semanas para o tratamento definitivo do cisto (excisão). ● Cisto não infectado: Está indicada a exérese. A técnica inclui anestesia local com bloqueio de campo ou infiltração entre a cápsula do cisto e os tecidos circunjacentes. Após, procede-se incisão linear da pele sobre a lesão e dissecase cuidadosamente o cisto separando-o dos tecidos adjacentes com o auxílio de afastadores ou ganchos, atentando para não romper a cápsula. A remoção completa do cisto íntegro (ou de qualquer vestígio de cápsula, no caso de lesões rotas) é necessária para evitar recidiva. Se houver extravasamento de material sebáceo, o tecido subcutâneo deve ser exaustivamente lavado. Tecidos devem ser aproximados, evitando espaço morto. Arlind� Marque� - Medicin� 2022 ● LIPOMA São tumores benignos de células adiposas maduras e representam a neoplasia benigna do tecido subcutâneo mais comum, localizada no subcutâneo. Ocorrem principalmente nas regiões do pescoço, dorso, nádegas e porção proximal das extremidades. Usualmente podem ser removidos à nível ambulatorial. Excluindo prejuízo estético, raramente causam sintomas. Entretanto, se presentes, pode haver dor leve, hipersensibilidade, desconforto ou compressão de estruturas adjacentes. Apresenta-se como nódulo subcutâneo de crescimento lento, único ou múltiplo, arredondado ou multilobulado1 e de tamanho muito variado, consistência amolecida, plano de clivagem bem definido em relação ao tecido adjacente, Usualmente, é ligado à pele que o recobre por feixes de tecido fibroso e que, quando pressionado, dá à pele um aspecto característico de casca de laranja. 1 Excepcionalmente, exames de imagem podem ser necessários, como em massas suspeitas, acima de 5 cm, irregulares ou manifestações. TRATAMENTO LIPOMA Dergermação e colocação e campos estéreis, anestesia local. É indicado marcar o perímetro da lesão previamente à cirurgia, pois a infiltração poderá distorcer as margens brandas do tecido. Deve-se incisar sobre o lipoma, respeitando as linhas de força da pele. Após a abertura da pele com o bisturi, utiliza-se pinça hemostática ( ) ou tesoura para separar o tumor do tecido adjacente. O plano de clivagem, via de regra, é encontrado facilmente. O dedo do cirurgião pode facilitar a dissecção. Geralmente, o sangramento é discreto, com exceção da região profunda do lipoma, por onde entram os vasos que o nutrem. Vasos maiores devem ser ligados. Após a remoção do lipoma, espaço subcutâneo residual deve ser fechado com pontos em “U” invertido de fio absorvível 3-0 ou 4-0. A pele é suturada com fio monofilamentar. Arlind� Marque� - Medicin� 2022 Para o abscesso sem flutuação, calor local reduz a dor e promove vasodilatação, acelerando a maturação. Repouso, elevação do segmento atingido e proteção do local são recomendáveis. 4 Abscesso com flutuação deve ser drenado prontamente. Abscessos perianais e anorretais fogem a esta regra devendo ser imediatamente drenados, mesmo sem flutuação, pelo risco de evolução para infecção perineal extensa. Ao utilizar anestésico local, deve-se considerar que, no baixo pH tecidual do abscesso, o efeito é menos satisfatório. Antibioticoterapia empírica é reservada para imunocomprometidos ou pacientes com extensa área de celulite, toxemia ou linfangite. Após antissepsia, anestesia local é realizada de forma troncular ou por infiltração intradérmica direta da área de incisão, incluindo ou não o perímetro da lesão. Incisão deve ser realizada no ponto de maior flutuação, respeitando as linhas de força. É prudente cobrir a área com gaze, visto que o abscesso está sob tensão, podendo haver pequena explosão de seu conteúdo. 8 É fundamental explorar a cavidade com pinça hemostática ( ), para a quebra das loculações. Realiza-se compressão manual para drenagem do conteúdo purulento e, após, irrigação copiosa com solução fisiológica. Uso de dreno (Penrose) não é rotineiro, mas pode ser necessário em lesões maiores, devendo ser fixado com ponto simples e removido pelo médico em 24 a 48 horas. É prática comum, ao se optar por não drenar, projetar a extremidade de uma gaze no interior da cavidade residual, mantendo-a até a primeira troca de curativos. Curativo deve ser realizado e trocado diariamente e a limpeza deve incluir soro fisiológico. A cicatrização se dará por segunda intenção. ● ABSCESSO CUTÂNEO Abscesso é coleção de tecido inflamatório purulento causado pela supuração dentro de tecido ou órgão. Das bactérias piogênicas infectante mais comum é Staphylococcus. Na clínica, deve-se procurarhistória de quebra de barreira (picada por inseto, mordedura, trauma, etc) e, no exame físico, lesão com sinais flogísticos. Abscessos maduros apresentam-se macios e flutuantes, e os não maduros, eritematosos e endurecidos. Drenagem espontânea eventualmente pode ser identificada. Aspiração com agulha na suspeita de abscesso pode facilitar o diagnóstico quando o exame físico é duvidoso. Entretanto, hematomas decorrentes de trauma não devem ser liberalmente explorados ou puncionados na ausência de alta suspeita ou clara definição de infecção. Abscessos maiores e profundos devem ser manipulados no centro cirúrgico. Abscessos cervicais devem ser cuidadosamente avaliados pelo risco de mediastinite descendente. Em áreas do corpo onde há preocupação estética (face, mamas, pescoço) ou áreas como palma das mãos, planta dos pés e dobra nasolabial, avaliação de cirurgião plástico é apropriada. Sinais de gravidade incluem extensa área de celulite adjacente, febre e presença de múltiplos abscessos. Na maior parte dos casos, incisão e drenagem sob anestesia local é o tratamento de escolha. Em lesões extensas ou pacientes graves, o procedimento deve ocorrer no bloco cirúrgico. Flegmão Arlind� Marque� - Medicin� 2022 foliculite Antraz Hidroadenite supurativa Flegmão ● NEVOS São lesões cutâneas constituídos por células névicas ou células maduras podendo ter depósito de pigmento melânico com coloração variada decorrentes de hiperplasia de estrutura epidérmicas. Tais lesões acometem tanto partes cutâneas quanto mucosas e têm morfologia e dimensões bastante variáveis. Estão presentes ao nascimento (nevos congênitos) ou surgem posteriormente (nevos adquiridos). A maioria dos nevos tem como tratamento a excisão cirúrgica. A excisão segue o seguinte padrão: anestesia local, incisão elíptica sem margens ao redor da lesão (margens de incisão justapostas às margens da lesão), retirada econômica de tecido subcutâneo, sem aprofundar. A sutura é simples ou intradérmica com fio de nylon. O curativo é feito com micropore. Acantectomia Arlind� Marque� - Medicin� 2022 Tentacânula ➔ Oncologia No organismo, verificam-se formas de crescimento celular controlado e não controladas. A hiperplasia, a metaplasia e a displasia são exemplos de crescimento controlado. Neoplasias são formas de crescimento não controlada “tumores”. Neoplasias é uma forma de proliferação anormal do tecido que foge parcialmente ou totalmente ao controle do organismo e tende á autonomia e á perpetuação, com efeitos agressivo sobre o hospedeiro. Varias classificações foram propostas para as neoplasias. A mais utilizada leva em consideração dois aspectos básicos: o comportamento biológico e a histogênese. Comportamento biológico: - Tumores podem ser: benignos, limítrofes ou “bordeline”, malignos. - Cápsula - Benignos - crescimento lento e expansivo determinando compressão dos tecidos vizinhos, formação de pseudocápsula fibrosa. - Malignos - crescimento rápido, desordenado, infiltrativo e destrutivo e Arlind� Marque� - Medicin� 2022 normalmente não permite a formação desta pseudocápsula. - Benignos - crescimento lento, possuem estroma e uma rede vascular adequada, raramente apresentam necrose e hemorragia. - Malignos - maior rapidez e desorganização do crescimento, maior capacidade infiltrativa e alto índice de duplicação celular. Desproporção entre o parênquima tumoral e o estroma vascularizado. Áreas de necrose ou hemorragia de grau variável com a velocidade de crescimento e a idade tumorais. MORFOLOGIA - Benignos- semelhantes e reproduzem o aspecto das células do tecido que lhes deu origem. - Malignos - tem graus variados de diferenciação e portanto guardam pouca semelhança com as células que as originaram. MITOSE - No caso dos tumores, o número de mitoses está inversamente relacionado com o grau de diferenciação. - Benignos, as mitoses são raras e têm aspecto típico. - Malignos- elas são em maior número e atípicas. ANTIGENICIDADE - Benignos - bem diferentes, menor capacidade de produzir antígenos. - Malignos - poucos diferenciado, útil no diagnóstico precoce de alguns tipos de câncer. METÁSTASE As duas propriedades principais das neoplasias malignas são: a capacidade invasivo-destrutiva local e a produção de metástase. Por definição, a metástase constitui o crescimento neoplásico á distância, sem continuidade e sem dependência do foco primário. CARACTERÍSTICAS DIFERENCIAIS DOS TUMORES CRITÉRIO BENIGNO MALIGNO ENCAPSULADO FREQUENTE AUSENTE CRESCIMENTO LENTO RÁPIDO EXPANSIVO INFILTRATIVO BEM DELIMITADO POUCO DELIMITADO MORFOLOGIA SEMELHANT E Á ORIGEM DIFERENTE MITOSE RARAS E TÍPICAS FREQUENTES E ATÍPICAS ANTIGENICIDA DE AUSENTE PRESENTE METÁSTASE NÃO OCORRE FREQUENTE O QUE É CÂNCER? Desordem em relação ao crescimento ou ao comportamento celular, que tem interferências diretas ou indiretas para seu desenvolvimento e características do CA (genético/ambiental). Câncer é um termo que abrange mais de 100 diferentes tipos de doenças malignas que tên em comum o crescimento desordenado de células que podem invadir tecidos adjacentes ou órgãos a distância. Dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores que podem espalhar-se para outras regiões do corpo. Os diferentes tipos de câncer correspondem aos vários tipos de células do corpo. Outras características que diferenciam os diversos tipos de câncer entre si são: - A velocidade de multiplicação das células; - A capacidade de invadir tecidos e órgãos vizinhos ou distantes, conhecida como metástase. TODO TUMOR É CÂNCER: Não, nem todo tumor é câncer. Arlind� Marque� - Medicin� 2022 A palavras tumor corresponde ao aumento do volume observado numa parte qualquer do corpo. Quando o tumor se dá por crescimento do número de células, ele é chamado de neoplasia, que pode ser benigna ou maligna. COMO SURGE O CÂNCER? - Gene TP53 (é um gene supressor de tumor, vai diminuir/dividir a parte celular que foi lesada, vai fazer a parte da apoptose para destruir a parte que foi lesada) - Proto-oncogenes O câncer surge a partir de uma mutação genética ou seja, de uma alteração do DNA da célula que passa a receber instruções erradas para as suas atividades. As alterações podem ocorrer em genes especiais denominados proto-oncogenes responsaveis por transformar as células normais em células cancerosas. Os efeitos cumulativo de diferente agentes cancerígenos ou carcinógeno é determinada pela expressão a esses agentes, em uma dada frequência e em dado perído de tempo, pela interação entre eles. Devem ser considerados no entanto as características individuais que facilitam ou dificultam a instalação do dano celular. Estágio de iniciação: Genes sofrem ação dos agentes cancerígenos, que provocam modificações em alguns dos seus genes. A células se encontram geneticamente alteradas porém ainda não é possível se detectar um tumor clinicamente. Elas encontram-se “preparadas”, ou seja, “iniciadas”. Estágio de promoção: Cél. geneticamente alteradas, ou seja, iniciadas, sofrem o efeito dos agentes cancerígenos classificados como oncopromotores. A célula iniciada é transformada em cél. malignas, de forma lenta e gradual. Para que ocorra essa transformações é necessário um longo continuado contato com o agente cancerígeno promotor. Alguns componentes da alimentação e a exposição excessiva e prolongada a hormônios são exemplos de fatores que promovem a transformação de células iniciadas em malignas. Contato rápido que pode levar a câncer: RADIAÇÃO Estágio de progressão: Se caracteriza pela multiplicação descontrolada e irreversível das células alteradas. Nesse estágio, o câncer já está instalado, evoluindo até o surgimento das primeiras manifestações clínicas da doença; Os fatores que promovem a iniciação ou progressão da carcinogênese são chamados agentes oncoaceleradores ou carcinógenos. O fumo é um agente carcinógeno completo, pois possui componentes que atuam no trÊs estágio carcinogênicos. Fatores de riscopara câncer: - Histórico familiar; - Genes e cromossomos - Oncogenes, proto-oncogenes e genes supressores tumorais; - Idade; - Fatores ambientais, etilismo, tabagismo; - Dieta; - Medicamentos e tratamento médicos; - Infecções; - Distúrbios inflamatórios. Medicamentos que podem aumentar a chance de desenvolver um CA: ESTRÓGENO Infecção: EPSTENBAR, HPV, HIV, HEPATITES B e C Fatores modificáveis se referem principalmente aos hábitos de vida passíveis de mudança. Tabagismo; Consumo de álcool; Excesso de peso; Sedentarismo. TERMINOLOGIA Arlind� Marque� - Medicin� 2022 A designação dos tumores baseia-se na sua histogênese e histopatologia. Para os tumores benignos, a regra é acrescentar o sufixo “oma” (tumor” ao termo que designa o tecido que os originou. Ex: Tumores benignos do tecido cartilaginoso - condroma; Tumor benigno do tecido gorduroso - lipoma; Tumor benigno do tecido glandular - adenoma. Exceções: Tumores embrionários. Teratomas podem ser benignos ou malignos, dependendo do seu grau de diferenciação, seminomas, coriocarcinomas e carcinoma de células embrionárias. Epônimos - linfoma de Burkitt, Doença de Hodgkin, sarcoma de Ewing, sarcoma de Kaposi, tumor de Wilms (nefroblastoma), tumor de krukenberg (adenocarcinoma mucinoso metastático para ovário) Morfologia tumoral: os carcinomas e adenocarcinomas podem receber nomes complementares (epidermóide, papilífero, seroso, mucinoso, cístico, medular, lobular etc), para melhor descrever sua morfologia. Sufixo indevido - algumas neoplasias malignas ficaram denominadas como se fosse benignas (ou seja, apenas pelo sufixo “oma”), por não possuírem a correspondente variante benigna: melanoma, linfoma e sarcomas. Algumas vezes, a nomenclatura de alguns tumores escapa a qualquer critério histogenético ou morfológico: mila hidatiforme (uma neoplasia trofoblástica gestacional como o corioma) e micose fungóide (linfoma não Hodgkin cutâneo). Graduação histopatológica: - Baseia-se no grau de diferenciação das células tumorais e no número de mitoses; - Bem diferenciado (G1); - Moderadamente diferenciado (G2) - Pouco diferenciado (G3) - Anaplástico (G4). Outro dado importante é o número de mitoses que expressa a atividade celular. Quanto maior a proliferação de um tecido, maior será o número de mitoses verificadas. ESTADIAMENTO O conhecimento da biologia dos tumores levou a União Internacional Contra o câncer a desenvolver um sistema que permitisse classificar a evolução das neoplasias malignas para se determinar o melhor tratamento e a sobrevida dos doentes. TNM - Classificação de tumores Malignos Avaliação da dimensão do tumor primário (representada pela letra T) Extensão de sua disseminação para os linfonodos regionais (representada pela letra N) E a presença ou não, de metástase à distância (representada pela letra M) Qual a importância do TNM: Para se ter um resumo/mapa de como está aquele paciente, através disso identificar o tipo e tratamento mais adequado. Obtenção de informações sobre o comportamento biológico do tumor; Seleção da terapêutica Previsão das complicações; Obtenção de informações para estimar o prognóstico do caso; Avaliação dos resultados do tratamento; Investigação em oncologia: pesquisa básica e clínica; Publicação dos resultados e troca de informações; Estadiamento Patológico O estadiamento patológico baseia-se nos achados cirúrgicos e no exame anatomopatológico da peça operatória. É estabelecido após o tratamento cirúrgico e determina a extensão da doença com maior precisão. Este estadiamento pode ou não coincidir com o estadiamento clínico. Arlind� Marque� - Medicin� 2022 É grafado com a letra p minúscula antes das letras T. Símbolos adicionais: x - para os casos em que o tumor primário, os linfonodos regionais ou metástase não possam ser avaliados pelo exame físico ou com exames complementares, sendo grafado em letras minúsculas após o T, N ou M. y- para os casos em que o estadiamento é feito durante ou após o tratamento, sendo grafado com a letra y minúscula antes do TNM ou do pTNM. r - para os caso de recidiva tumoral, quando o estadiamento é feito após um intervalo livre de doença sendo grafado com a letra r minúscula ante do TNM ou pTNM. R- a ausência ou presença do tumor residual ao término do tratamento é descrito pela letra R: Rx: a presença do tumor residual ou não pode ser avaliado, R0: ausência de tumor residual. R1: tumor residual microscópico. R2: tumor residual macroscópico. TRATAMENTO DO CÂNCER - Cirurgia - Quimioterapia - Radioterapia - Hormonioterapia - Imunoterapia - Terapia-alvo - Transplante de medula óssea CIRURGIA - é o mais antigo tipo de tratamento contra câncer. É o principal tratamento utilizado para vários tipos de câncer e pode ser curativo quando a doença é diagnosticada em estágio inicial. A cirurgia também pode ser realizada com objetivo de diagnóstico, alívio de sintomas como dor e em alguns casos remoção de metástase. QUIMIOTERAPIA - utiliza medicamentos anticancerígenos para destruir as células tumorais. Por ser um tratamento sistêmico, atinge não somente as cél. cancerosas como também as sadias do organismo. De forma geral, a quimioterapia é administrada por via venosa, embora alguns quimioterápicos possam ser administrados por via oral e pode ser feita aplicando um ou mais quimioterápicos. A quimio de acordo com seu objetivo, pode ser: Curativo - quando usada com o objetivo de objetivo de obter o controle completo do tumor. Adjuvante - realizada após a cirurgia, com objetivo de eliminar as cél. cancerígenas remanescentes, diminuindo a incidência de recidiva a metástase á distância. Neoadjuvantes - para reduzir o tamanho do tumor, visando que o tratamento cirurgico possa ter maior sucesso. Paliativa - sem finalidade curativa, para melhor a qualidade da sobrevida do paciente. Curativa: é o caso das leucemias RADIOTERAPIA - é usando as radiações ionizantes para destruir ou inibir o crescimento das células anormais que formam um tumor. As mais utilizadas são as eletromagnéticas (Rios X ou Raio gama) e os elétrons (disponíveis em aceleradores lineares de alta energia). A radioterapia é sempre cuidadosamente planejada de modo a preservar o tecido saudável tanto quanto possível. Tipos de radioterapia: Radioterapia externa, radioterapia conformacional 3D, radioterapia de intensidade modulada, radiocirurgia estereotáxica e braquiterapia. A radioterapia pode ser utilizada como o tratamento principal do câncer, como tratamento adjuvante (após o tratamento cirúrgico), como tratamento neoadjuvante (antes do tratamento cirúrgico), como tratamento paliativo, para alívio de sintomas da doença como dor ou sangramento e para o tratamento de metástases. HORMONIOTERAPIA - tem como objetivo impedir a ação dos hormônios em células sensíveis Algumas cél. tumorais possuem receptores específicos para hormônios, como os de estrógeno, progesterona e andrógeno e em alguns tipos de câncer, como o da mama e da próstata, esses hormônios são responsáveis pelo crescimento e proliferação das células malignas. Arlind� Marque� - Medicin� 2022 Leva a diminuição do nível de hormônios ou bloqueia a ação desses hormônios nas cél. tumorais com o objetivo de tratar os tumores malignos dependentes do estímulo hormonal. A forma mais antiga de hormonioterapia é a CASTRAÇÃO TERAPIA ALVO: O tratamento sistêmico que utiliza medicamentos alvo moleculares que atacam especificamente ou menos preferencialmente determinados elementos preferencialmente na superfície ou no interior das cél. cancerosas. Cada tipo de terapia alvo funciona de uma maneira diferente, mas todos alteram a forma como uma cel. cancerígena cresce, se divide auto repara ou como interage com outras cél. IMUNOTERAPIA: é o tratamento biológico cujo objetivo é potencializar o sistema imunológico, utilizando anticorpos produzidos pelo próprio paciente ou em laboratório. O sistema imunológico é responsável por combater infecções,além de outras doenças. Atuando no bloqueio de determinados fatores, a imunoterapia provoca o aumento da respostaimune, estimulando a ação das cél. de defesa do organismo, fazendo que essas cel. reconheçam o tumor como um agente agressor. TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA A medula óssea é encontrada no interior dos ossos e contêm cel.-tronco responsáveis epla formação dos componentes do sangue: hemácias (glóbulos vermelhos), leucócitos (glóbulos brancos) e plaquetas. O transplante de medula óssea (TMO) é a coleta da medula para alguns tipos de câncer: leucemias, linfomas e mieloma múltiplos. Após a quimioterapia em altas doses, associadas ou não a radioterapia, o paciente recebe a medula óssea por meio de uma transfusão, provenientes do proprio paciente ou de um doador. O transplante de medula óssea pode ser: Alogênico - quando a medula ou as cel. precursoras provêm de outro indivíduo (doador), o doador e receptor são pessoas diferentes). Autólogo - quando a medula ou as cél precursoras provêm do próprio indivíduo transplantado, o doador e o receptor são a mesma pessoa. Todo tratamento deve ser avaliado de acordo com o tipo tumoral e com a condição individual. Levando em conta a eficácia, possíveis efeitos colaterais, riscos x benefícios do tratamento, estado geral do paciente e desejo do mesmo. ➔ In�ufi��ên�i� ��s�i��tóri� ��u�� n� ��i�nça As crianças são mais suscetíveis aos problemas respiratórios graves. É uma das principais causas de parada cardiorespiratória em crianças. O reconhecimento precoce é fundamental para o melhor desfecho - maiores chances de sobrevivência. DEFINIÇÃO -> incapacidade do sistema respiratório de obter oxigênio para suprir as necessidades teciduais e de eliminar dióxido de carbono proveniente do metabolismo celular. Caracteriza-se por: Hipoxemia - pressão parcial de O2 em sangue arterial (PaO2) < 50 mm Hg em recém-nascidos e < 60 mm Hg em crianças maiores. Hipo/normo ou hipercapnia - hipercapnia como PaCO2 > 45 mm Hg, em qualquer idade. Distúrbios do equilíbrio ácido-base. As crianças têm características anatômicas e fisiológicas que as predispõem ao desenvolvimento de insuficiência respiratória quando acometidas de patologias do sistema respiratório. Dentre elas, destacam-se: - A língua dos lactentes é maior; Arlind� Marque� - Medicin� 2022 - A respiração é predominantemente nasal até o 4º - 6º mês de idade. (patologias que levam à obstrução nasal podem causar desconforto respiratório importante e crises de apneia). - As vias aéreas em crianças possuem menor diâmetro e são mais curtas e em menor número do que em adultos. - Em adolescentes e adultos, a porção mais estreita da via aérea é no nível das cordas vocais; - Em crianças abaixo de 10 anos, a porção mais estreita da via aérea é abaixo das cordas vocais, no nível da cartilagem cricoide, e a laringe assume a forma de funil, devido ao tamanho relativamente menor da cartilagem cricoide em relação à cartilagem tireoide. - A epiglote do lactente é mais longa e flácida -> Esta disposição anatômica das estruturas supraglóticas favorece a instalação de insuficiência respiratória precoce e grave em crianças acometidas de doenças que causam edema e inflamação da região. - A caixa torácica em crianças é mais complacente do que em adultos; - O movimento do diafragma é menor durante a inspiração, o que limita a expansibilidade da caixa torácica. - As crianças são mais suscetíveis à fadiga respiratória porque possuem musculatura respiratória menos desenvolvida e frequência respiratória mais elevada. Quadro clínico da insuficiência respiratória aguda; 1. Aumento da FR; 2. Aumento do esforço respiratório; 3. Observa-se batimento de asas do nariz, tiragem intercostal, supra/sub-esternal, supraclavicular, subcostal, contração da musculatura acessória da respiração e movimento paradoxal do abdome. 4. Diminuição da frequência respiratória (bradipneia) e o aparecimento de ritmo respiratório irregular são sinais de alerta para a deterioração das condições clínicas da criança; 5. Gemidos expiratórios - sinalizam colapso alveolar e de pequenas vias aéreas; 6. Estridor respiratório/alterações na voz - sugerem obstrução das vias aéreas superiores; 7. Sibilos - indicativo de asma e bronquiolite; 8. Palidez cutânea e cianose central sinalizam hipoxemia; 9. A diminuição do nível de consciência e do tônus muscular são sinais tardios associados à fadiga, e ocorrem em fases mais avançadas da insuficiência respiratória aguda. Avaliação laboratorial e monitorização; A gasometria arterial permite avaliar a eficácia da oxigenação e da ventilação, quantificar acidose respiratória ou metabólica, e monitorar a resposta à terapêutica. A oximetria de pulso permite avaliar continuamente a saturação arterial de oxigênio. Tratamento inicial da insuficiência respiratória; O objetivo principal do tratamento é restaurar oxigenação e a ventilação adequadas. Deve reconhecer a insuficiência respiratória o mais rápido possível para iniciar o tratamento precoce. Deve então classificar o tipo, gravidade, intervenção e reavaliar o paciente. O tratamento inicial envolve a permeabilização das vias aéreas, a oxigenioterapia e a ventilação assistida, a manutenção da circulação adequada pela fluidoterapia e uso de drogas vasoativas (quando indicado), a otimização do transporte de oxigênio pela transfusão de concentrado de hemácias (se necessário), o tratamento da doença de base (p. ex. , antibioticoterapia para as causas infecciosas, correção dos distúrbios hidroeletrolíticos e metabólicos, etc.), a fisioterapia e o suporte nutricional. 1. Permeabilização das vias aéreas; 2. Aspiração; 3. Abertura das vias aéreas; 4. Dispositivos adicionais; 5. Oxigenação e ventilação; Arlind� Marque� - Medicin� 2022 6. Efeitos adversos da ventilação com pressão positiva com bolsa-máscara. POSICIONAMENTO É importante que se posicione corretamente a cabeça da criança, de forma a alinhar os eixos oral, traqueal e faríngeo. Esta posição é adquirida colocando-se um coxim embaixo dos ombros (crianças < 2 anos) para evitar flexão do pescoço ou um coxim abaixo do occipício (a partir de 2 anos), alinhando-se a parte anterior do ombro com o meato auditivo. ASPIRAÇÃO Se necessário, deve-se fazer a limpeza das vias aéreas por meio da aspiração de secreção, muco ou sangue. ABERTURA DAS VIAS AÉREAS Realiza-se a abertura das vias aéreas com manobra manual de inclinação da cabeça e elevação do queixo. DISPOSITIVOS ADICIONAIS: - CÂNULA OROFARÍNGEA - CÂNULA NASOFARÍNGEA DISPOSITIVOS DE FORNECIMENTO DE OXIGÊNIO -> - SISTEMAS DE BAIXO FLUXO: 1. Máscara simples de oxigênio; 2. Cânula ou cateter nasal. - SISTEMAS DE ALTO FLUXO: 1. Tenda facial; 2. Capacete ou capuz de oxigênio; 3. Tenda de oxigênio; 4. Máscara com reinalação parcial; 5. Máscara não reinalante; 6. Máscara de Venturi: 7. Ventilação assistida; 8. Ventilação com bolsa-máscara; - Técnica de ventilação com bolsa-máscara; Arlind� Marque� - Medicin� 2022 - Escolha da máscara adequada; - Tipos de bolsa: Há bolsas autoinfláveis e fluxoinfláveis. **Antes de iniciar a ventilação com bolsa- máscara, confirme se o oxigênio está conectado adequadamente à bolsa. - Efeitos adversos da ventilação com pressão positiva com bolsa-máscara; - Máscara laríngea; - Intubação traqueal. Tamanho do tubo traqueal: O tamanho adequado do tubo varia de acordo com a idade. Em recém-nascidos prematuros, pode-se usar cânulas com diâmetro interno de 2 mm, 2,5 mm ou até de 3,0 mm. Em recém-nascidos a termo, utilizam-se cânulas com diâmetro interno de 3 ou 3,5 mm, e em crianças com 1 ano, 4 ou 4,5 mm. Em crianças maiores de 2 anos, o diâmetro interno do tubo (em mm) pode ser calculado segundo as Equações 9 e 10. Embora seja um método de medida grosseiro e de pouca precisão, pode-se estimar o diâmetro interno do tubo comparando-o ao diâmetro do quinto dedo da mão do paciente. Os tamanhos de cânula e de sonda de aspiração de acordo com a faixa etária. - Indicações de intubação traqueal: 1. Controle inadequado da ventilação pelo sistema nervoso central. 2. Presença de obstrução funcional ou anatômica grave das vias aéreas. 3. Perda dosreflexos de proteção das vias aéreas. 4. Trabalho respiratório excessivo levando à fadiga e insuficiência respiratória. 5. Necessidade de alto pico de pressão inspiratória para manter as trocas gasosas. 6. Necessidade de proteção das vias aéreas. Equipamento de intubação: 1. Monitor cardiorrespiratório e oxímetro de pulso. 2. Dispositivos para aspiração de grande calibre. 3. Ressuscitadores manuais e fonte de oxigênio. 4. Estilete (fio guia) para aumentar a rigidez do tubo traqueal e ajudar a guiá-lo através das cordas vocais; cuidado para não ultrapassar a ponta do estilete além da extremidade distal do tubo. 5. Três tamanhos de tubo, o estimado pela fórmula, um de menor calibre e outro de maior calibre. 6. Lâmina e cabo de laringoscópio com luzes funcionando. 7. Fitas, cadarços ou esparadrapo para fixar o tubo, ou fixadores apropriados. 8. Cateter de aspiração do tubo traqueal. 9. Detector de CO2 (capnógrafo). SANAR Insuficiência respiratória - hm v 1. Pode ser por qualquer alteração pulmonar e de vias aéreas; 2. Alterações do SNC; Arlind� Marque� - Medicin� 2022 3. Alterações cardiovasculares; 4. Alterações neuromusculares, periféricas; 5. Disfunção da parede torácica e pleura. A - VIAS AÉREAS B - VENTILAÇÃO C - CIRCULAÇÃO Classificação: ➔ Tipo 1 - hipoxêmica - devido a redução da PaO2 < 60mmHg (o gradiente alveolo-capilar está elevado >15 - ela ocorre por disfunção, prejuízo que envolva a parede do alvéolo … esses pacientes têm ventilação mantida. É causada devido o distúrbio de ventilação e perfusão. Ex: atelectasia - colaboração das paredes dos alvéolos Espaço morto - ventilação preservada e não tem perfusão. EFEITO ESPAÇO MORTO NÃO GERA HIPOXEMIA , GERA HIPERCAPÂNIA. Limitação da difusão de O2 - devido a edema intersticial, inflamação intersticial, fibrose. Redução da Fração inspirada de oxigênio - quanto maior, maior será a chance desse paciente realizar hipoxemia. (incêndios, aumento da altitude). ➔ Tipo 2 - hipercápnica - PCO2 > 45mmHg e ph <7,35 (tem que ter CO2 elevado e acidemia) o gradiente alvéolo-capilar está normal <15. O distúrbio principal é ventilatório, onde se tem um acúmulo de gás carbônico no sangue com alterações do pH. Redução drive respiratório - comandando pelo centro respiratório localizado no bulbo (TCE grave, Avc isquêmico extenso) Acometimento das vias aéreas - obstrução de via aérea por rebaixamento da língua na queda de consciência, bronquite, enfisema. Doenças neuromusculares - esclerose amiotrófica, miastenia grave. QUADRO CLÍNICO - Alterações de consciência - agitado ou diminuição da consciência; - Taquipneia, respiração paradoxal e uso de musculatura acessória; - MV diminuído, estertores crepitantes e sibilos; - Cianose, sudorese e taquicardia. CONFIRMAÇÃO - por meio da oximetria de pulso e da gasometria. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 1. Ic descompensada; 2. Acidemia; 3. DPOC; 4. Neuromuscular.; 5. Asma. TRATAMENTO Oferecer oxigênio, tratar a causa base (broncodilatador, diurético, antibiótico) Para realizar a diferença entre os dois tipos, deve-se realizar a avaliação do GRADIENTE ALVÉOLO-CAPILAR PAO2- Causas da insuficiência respiratória: - Obstrução de via aéreas superiores; - Obstrução de Vias aéreas inferiores; - Doença o parênquima pulmonar; - Controle anormal. TIPOS DE CATETERES Arlind� Marque� - Medicin� 2022 CATETER NASAL - BAIXO FLUXO E BAIXA CONCENTRAÇÃO DE O2, UTILIZA ATÉ 6L POR MIN. MÁSCARA DE VENTURI - NÍVEIS VARIADOS, FAVORECE A TROCA COM O AMBIENTE. MÁSCARA FACIAL COM RESERVATÓRIO - ALTO FLUXO BOLSA MÁSCARA VÁLVULA - 15L/MIN CÂNULA NASAL DE ALTO FLUXO - 60L/MIN oxigênio aquecido e umidificado MÁSCARA LARÍNGEA Arlind� Marque� - Medicin� 2022 Definição - é a incapacidade do sistema respiratório de atender as demandas de oxigenação e/ou ventilação (eliminação de CO2) produzido por nosso organismo. Constrição mais acentuada - cartilagem cricoide nas crianças. Caixa torácica: Complacência aumentada; Tórax em barril (cilindro); Costelas cartilaginosas e horizontais; Esterno não ossificado totalmente; Músculos em desenvolvimento - poucas fibras do tipo 1 FR mais elevada Incoordenação sono REM Parênquima pulmonar: Ventilação colateral pobre (poros de Kohn e canais de Lambert) Menor elastina >> menor complacência pulmonar Menor quantidade de surfactante. Classificação: Tipo 1 (hipoxêmica) - PaO2 baixa - PaCo2 normal Tipo 2 (hipercápnica) - PaO2 baixa - PaCo2 elevada **Gasometria** Alta - acima da laringe Baixa - abaixo da laringe Tempo de instalação: Aguda - dias ou horas Crônica - tempo de compensação Hipóxia Hipoxêmica Redução da PaO2 no sangue Hipóxia Anêmica Redução da taxa de Hb Hipóxia Circulatória Redução do volume circulante Hipóxia Histotóxica Incapacidade celular Etiologia: Causas neurológicas: - SNC: Medicamentos(sedativos, anestésicos), epilepsia, encefalopatia hipóxicoisquimica. Trauma crânio-encefálico, infecções (meningites e encefalites) - Sistema nervo periférico: síndrome de Guillan-Barré, miastenia Gravis, infecções (miosites, botulismo), intoxicação por organofosforado, bloqueio neuromuscular por medicamentos. Causa pulmonares: - Patologias obstrutivas das vias aéreas - Obstrução de vias aéreas superiores - laringite, epiglotite, corpo estranho - Obstrução de vias aéreas inferiores - asma aguda, bronquiolite aguda, compressão extrínseca - Patologias restritivas do parênquima pulmonar - edema pulmonar, pneumonia, síndrome do desconforto respiratório agudo, doença da membrana hialine, fibrose pulmonar. Causas mecânicas: - Caixa torácica - derrame pleural, pneumotórax, trauma torácico, hérnia diafragmatica Arlind� Marque� - Medicin� 2022 - Esqueléticas - cifoescoliose, malformações torácicas, escoliose congênita. - Abdominais - ascite volumosas, tumores abdominais, hemorragias intra-abdominal, obstrução do trato gastrointestinal. Causa de transporte de gases aos tecidos: - Choque - Insuficiência cardíaca - Alterações metabólicas - Intoxicação por cianeto Causa metabólicas: - Hipofosfatemia - Hipomagnesemia - Hipopotassemia - Alcalose metabólica grave Quadro clínico: Respiratório - taquidispnéia, sons respiratório (gemido), bradipnéia Cardiovascular - taquicardia, hiper ou hipotensão, Má perfusão, cianose Sinais gerais e SNC - sonolência ou irritabilidade, palidez, fadiga, sudorese Sons: ESTRIDOR - obstrução de via aérea superior SIBILOS - obstrução de via aérea inferior CREPITOS - doença parênquima pulmonar GEMIDO - falência respiratória Avaliação complementar: Monitor cardíaco e oxímetria de pulso Gasometria arterial Radiografia de tórax De acordo com a suspeita clínica - triagem infecciosa, eletrolitos, tomografia - crânio ou TC Conduta terapêutica: 1. Garantir potência e manutenção da VA 2. Suporte respiratório 3. Suporte cardiovascular 4. Tratamento doença de base. AVALIAÇÃO PRIMÁRIA A - abertura de vias aéreas B - respiração C - circulação D - disfunção E - exposição Suporte respiratório Calculo FiO2= 21% + 4% por litro ofertado. Dispostivos de baixo fluxo (cânula nasal) = FiO2 25 a 40% = Fluxo 1 a 4 litros Dispostivos de alto fluxo (masc. reinalante) = FiO 80 a 100% = Fluxo 10 a 15 litros Dispostivos de alto fluxo (masc. reinalante parcial) = FiO2 50 a 60% = Fluxo 10 a 12 litros Dispostivos de alto fluxo (masc. de venturi) = FiO2 25 a 50% = Fluxo 8 a 12 litros Dispostivos de alto fluxo (mas. não reinalante) = FiO2 80 a 100% = Fluxo 10 a 15 litros Arlind� Marque� - Medicin� 2022 Dispostivos de alto fluxo (capacete ou hood) = FiO2 25 a 90% = Fluxo 10 a 15 litros Suporte respiratório pressão positiva Não invasiva - CPAP, BIPAP Dispostivos de alto fluxo (cânula nasal) - O2 aquecido 37° - Umidificado 100% - Alto fluxo - Pressão positiva ★ Fios, suturas e nós FIO IDEAL é aquele com maior força tensil, mole, flexível e pouco elástico, baixa reatividade tecidual, estabilidade a longo prazo, absorção lente, baixo custo e de fácil esterilização. O fio ideal não existe, apesarde existir “parecidos”. - Classificação 1. Quanto a natureza; Biológica (algodão, seda e linho) Sintética (criado no laboratório) 2. Número de filamentos; Monofilamentar= apenas um filamento, é menos maleáveis, menos propício a infecções. (Nylon, PDS- polidioxanona). Possuem apenas um filamento e, por este motivo, são menos maleáveis e possuem maior memória, o que torna mais difícil o seu manuseio e diminui a segurança de seus nós. No entanto, têm como vantagem o fato de causarem menos lesões durante sua passagem pelos tecidos. Multifilamentar= filamentos torcidos e trançados, melhor manuseio e flexibilidade, mais traumático, mais propício a infecções. Possuem vários filamentos trançados ou torcidos entre si, conferindo maior flexibilidade, porém causam maiores traumas ao tecido e possibilitam maior adesão bacteriana entre seus filamentos. (Catgut simples e cromado, algodão, vicryl). Elasticidade= tensão intrínseca com propriedade desejável. Memória= tendência a retornar ao seu formato original após manipulação. SUTURA: - DEFINIÇÃO: Arlind� Marque� - Medicin� 2022 Sutura é a união ou aproximação de estruturas teciduais lesionadas, pela aposição ordenada de inúmeros nós cirúrgicos. Tem como objetivo a manutenção de uma correta contiguidade dos tecidos, visando contribuir nas fases iniciais do processo de cicatrização, ao mesmo tempo em que fornece uma força tênsil necessária à união destes tecidos, até que este processo se conclua. - OBJETIVOS: 1. Evitar infecção da ferida; 2. Promover hemostasia; 3. Diminuir o tempo de cicatrização; 4. Favorecer um resultado estético. - CLASSIFICAÇÃO: Podem ser contínuas (chuleio) ou descontínuas; CONTÍNUAS: quando há continuidade do fio entre suas alças, ou seja, há somente um nó inicial e um nó final DESCONTÍNUAS: quando os pontos são separados, ou seja, para cada alça de fio corresponde um nó. PINÇAS Podem ser traumáticas: Dente de rato – tecidos grosseiros Ou atraumáticas: Anatômica - tecidos delicados Adson – Brown (mais delicado) PORTA-AGULHAS Porta-agulhas de Hegar: possui duas argolas na extremidade das hastes o que permite que sua empunhadura seja igual à de uma pinça hemostática (polegar em uma argola anular em outra argola, indicador estabilizando). Porta-agulhas de Mathieu: possui hastes livres, sem argolas. Ideal para suturas na superfície. Geralmente utilizado por cirurgiões-dentista. Arlind� Marque� - Medicin� 2022 ne����i� �d�u���da �� C��un����e n� I��ân�i� A pneumonia é a principal causa de mortalidade em crianças menores de cinco anos nos países em desenvolvimento. O diagnóstico correto e a intervenção precoce são os pontos fundamentais para reduzir a mortalidade. Os sinais e sintomas são dependentes da idade da criança, doa extensão do acometimento e da gravidade do quadro. - Tosse; - Febre, - Taquipneia; - Tiragens subcostais; - Crepitações; - Dor Torácica; - Hipoxemia; - Sintomas sistêmicos. Na criança com sinais de infecção respiratória aguda como febre e tosse, a frequência respiratória (FR) deverá sempre ser avaliada!! Segundo OMS, crianças de dois meses a cincos anos com PAC e tiragem subcostal são classificadas como PNEUMONIA GRAVE. As que tem outros sinais sistêmicos de gravidade é PNEUMONIA MUITO GRAVE. Menores de dois meses MUITO GRAVES: FR > 60irpm, tiragem subcostal, febre alta ou Arlind� Marque� - Medicin� 2022 hipotermia, recusa do seio materno por mais de três mamadas, sibilância, estridor em repouso, sensório alterado com letargia, sonolência anormal ou irritabilidade excessiva. A radiografia de tórax não deve ser realizada de rotina para o diagnóstico de pneumonia em crianças sem sinais de gravidade, sem necessidade de tratamento hospitalar. Deve ser realizada nas seguintes situações: • Se há dúvida de diagnóstico, embora radiografia normal não exclua pneumonia e radiografia anormal pode ser interpretada como normal; • Pneumonia com hipoxemia, desconforto respiratório, entre outros sinais de gravidade; • Falha de resposta ao tratamento em 48 a 72h ou se piora progressiva, para verificar se há complicações (empiema, pneumotórax, escavação); • Paciente hospitalizado (PA e perfi l). A radiografia de tórax não deve ser realizada após tratamento de pneumonia com boa resposta clínica. Deve-se realizar radiografia de controle após o tratamento: • Após 4 a 6 semanas, se história de pneumonias recorrentes, sempre no mesmo lobo; suspeita de malformação ou aspiração de corpo estranho; • Deve ser considerado nos casos de pneumonia redonda, presença de colapso pulmonar e/ou sintomas persistentes. Exames laboratoriais que contribuem para o diagnóstico: 1. Hemocultura é recomendada para todos os pacientes hospitalizados; 2. Exame bacteriológico (derrame pleural); 3. Teste de aglutinação do látex para a pesquisa de antígenos do pneumococo e do H. infl uenzae tipo b no líquido pleural ou urina; 4. Mycoplasma pneumoniae (IgM); 5. Chlamydia sp (IgM e IgG); 6. PCR. Sinais de gravidade: • Tiragem subcostal; • Dificuldade para ingerir líquidos • Sinais de dificuldade respiratória mais grave (movimentos involuntários da cabeça, gemência e batimentos de asa do nariz); • Cianose central. Antibiótico: A escolha do mesmo depende do agente infeccioso, da faixa etária, situação clínica e região. 1. AMOXICILINA é a principal escolha em crianças de dois meses a cinco anos, na dose de 50 mg/kg/dia de 8 em 8 horas ou de 12 em 12 horas. -Possibilidade de M.pneumoniae usa ERITROMICINA, CLARITROMICINA OU AZITROMICINA. Arlind� Marque� - Medicin� 2022 Toda criança com pneumonia, que tenha condições clínicas de ser tratada em seu domicílio e deve passar pela consulta após 48 a 72h do início do tratamento ou a qualquer momento se houver piora clínica. Caso apresente melhora, o tratamento deve ser mantido até completar sete dias. Por outro lado se a criança estiver pior ou inalterada cabe avaliar internação hospitalar. Exames para identificar complicações: 1. Radiografia de tórax; 2. Ultra-sonografi a do tórax; 3. Tomografia Computadorizada; 4. Análise do líquido pleural. Bro����ol��� A bronquiolite por vírus sincicial respiratório (VSR) é a causa mais frequente de infecção do trato respiratório inferior e internação em neonatos jovens em todo o mundo. É uma doença sazonal,que normalmente começa entre o outono e a primavera, com seu pico no inverno. Infecção por VSR normalmente é leve e começa com sintomas do trato respiratório superior, assemelha-se a um resfriado comum. Depois de alguns dias a doença passará a afetar os bronquíolos distais: sinais clínicos de taquipneia, crepitações, roncos e retração torácica. DIAGNÓSTICO E MONITORAMENTO: - Exame físico; - Histórico de apneia; - Letargia; - Insuficiência respiratória moderada a grave (dilatação nasal, taquipneia, roncos, retrações ou cianose). Internação na unidade de terapia intensiva pediátrica (UTIP) deve ser considerada em pacientes que apresentam sinais clínicos de exaustão, marcadores de insuficiência respiratória aguda (definidos como PaO2/FiO2≤ 300 mmHg) ou sinais de apneia. SATURAÇÃO A Academia Americana de Pediatria (AAP) recomenda uma SpO2 de 90% como limite para a administração de oxigênio suplementar. TESTE ETIOLÓGICO - PCR: padrão base; - Imunofluorescência; - Hemoculturas; - Contagens de Leucócitos. **Raio X** O principal objetivo durante a infecção aguda é atingir um equilíbrio de fluidos adequado e níveis de saturação de oxigênio normais. Neonatos com bronquiolite viral apresentam maior produção de muco,detritos epiteliais que invadem o lúmen bronquiolar, edema peribronquiolar e infiltração de leucócitos. Além disso,pequenas vias aéreas e sacos alveolares em desenvolvimento são mais propensos a colapsar, geram um desequilíbrio na ventilação/perfusão que normalmente leva a hipoxemia e,em estágios avançados, hipercapnia. Portanto, quando a SpO2 está abaixo de 90-92%, o oxigênio suplementar poderia ser administrado para aumentar os níveis de oxi-hemoglobina. ADMINISTRAÇÃO DE FLUIDOS:- Manutenção com uma boa hidratação oral/amamentação. - Contudo, caso um neonato hospitalizado não possa receber alimentação via oral devido à alta frequência respiratória (> 60 Arlind� Marque� - Medicin� 2022 respirações/minuto), um tubo nasogástrico pode ser colocado para restabelecer a alimentação adequada e a hidratação. BRONCODILATADORES E ESTEROIDES INALADOS: Nenhuma evidência comprova a administração de corticos-teroides sistêmicos e/ou agonista inalado e/ou epinefrina no tratamento de pacientes hospitalizados com bronquioliteviral. SOLUÇÃO SALINA HIPERTÔNICA: A solução salina hipertônica nebulizada tem propriedades osmóticas e mostrou-se efetiva em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e fibrose cística. Essa intervenção aumenta o espaço livre das vias aéreas, por meio da redução do edema das vias aéreas, da produção de muco e da reidratação do líquido da superfície das vias áereas. ANTIBIÓTICOS O uso inadequado de antibióticos em pacientes com bronquiolite viral normalmente é observado na prática clínica. Apesar de às vezes ser difícil separar segundo critérios clínicos e radiológicos, infecÇões virais de infecções bacterianas, neonatos com ITRI por VSR são apenas excepcionalmente coinfectados e precisam de antibióticos.Crianc¸as que avançam para infecc¸ão grave com insuficiência respiratória são internadas em uma UTIP e provavelmente receberão antibióticos empíricos. VACINAS a palivizumabe reduzir em 55% as infecções por VSR graves, sua administração é incômoda e o medicamento é caro. Assim, seu uso está restrito a populações que apresentam alto risco de infecção grave. ➔ Paramentação Estrutura Física do Centro Cirúrgico - Equipe Cirúrgica - Assepsia e Antissepsia do Cirurgião e do Paciente - Instrumental Cirúrgico e sua arrumação na Mesa Cirúrgica Equip� cirúrgic� comp�st� po�: LAVAGEM CIRÚRGICA DAS MÃOS ANTISSEPSIA: Conjunto de medidas utilizadas para inibir a colonização por microrganismos patogênicos, por um determinado período de tempo, podendo ou não os destruir. Diminuição da caga microbiana em tecidos do paciente. Higienização preventiva. ASSEPSIA: Conjunto de medidas utilizadas para impedir a penetração de agentes infecciosos em locais que não os contém (ambiente asséptico). Diminuição da carga microbiana em superfícies inanimadas. Desinfecção de um local ou objeto. ANTISSEPSIA CIRÚRGICA – Remover todos os acessórios antes da desinquinação. – Ensaboar as mãos e antebraços com a parte esponjosa do sabão. Arlind� Marque� - Medicin� 2022 – Com as cerdas da escova alterne a mão em cada passo da lavagem, seguindo a seguinte ordem: unhas, palmas, dorso da mão, interdigitais e, por fim, o antebraço. – Enxaguar as mãos e antebraços sem tocar na pia ou torneira, removendo a espuma por completo. PROCEDIMENTO DE DEGERMAÇÃO CIRÚRGICA: 1°) Abrir a torneira, observar se o mecanismo para acionar a saída e a parada de água é a própria alavanca da torneira, células fotoelétricas ou acionamento pelo chão; Obs.: se a torneira for comum, de cabo, deverá ser fechada com o cotovelo. 2°) Lavar as mãos e antebraços com degermante contendo PVPI a 1% ou clorohexidina e água corrente para retirada de sujidades. Obs: As pessoas alérgicas ao iodo deverão usar a solução determante de clorohexidina a 4%. 3°) Enxaguar as mãos e elevá-las para o antisséptico escorrer em direção aos cotovelos indo da parte mais limpa para a menos limpa. 4°)Retirar a escova de degermação esterilizada do invólucro pela metade inferior com a mão esquerda e embebê-la com o degermante. Só usar escova de cerdas macias e, caso as disponíveis não atendam a essa especificação dispensar a escovação e realizar a antissepsia fazendo a fricção com as mãos conforme figura abaixo. 5°) Molhar as cerdas e colocar PVPI (se a escova já não contiver antisséptico com detergente). 6°) Escovar as unhas (ponta dos dedos) da mão direita com a escova na mão esquerda enquanto conta mentalmente até cinquenta (50x). 7°) Continuar a escovação por etapas (sentido: ponta dos dedos – cotovelo) escovando cada seguimento 25 vezes cada (25x). SEQUÊNCIA DA ESCOVAÇÃO: ponta dos dedos (50x) – dorso dos dedos (25x) – palma dos dedos (25x) – interdigitais (25x) – dorso da mão (25x) – palma da mão (25x) – região dorsal e ventral do antebraço (25x). ● Use sempre bastante espuma para emulsificar a gordura e evitar desconforto da pele com a escovação. ● Ao passar de uma mão para outra conserve a escova em posição vertical e enxague-a; transfira para a mão esquerda pela metade não tocada anteriormente, siga então, o mesmo procedimento. ● 8°) Passar a escova para a outra mão e lavá-la deixando a água escorrer; 9°) Passar o antisséptico degermante na escova e proceder à escovação da outra mão. 10°) Ao final, desprezar a escova na pia e enxaguar cada uma das mãos, unindo as extremidades dos dedos e colocando os antebraços na vertical de maneira que a água escorra em direção aos cotovelos. PARAMENTAÇÃO Na sala cirúrgica, a equipe te fornecerá o LAP cirúrgico: pacote com suas vestimentas, os campos estéreis e a compressa para enxugar as mãos. TÉCNICA PARA CALÇAR LUVAS CIRÚRGICAS (ESTÉREIS): 1°) Abrir o pacote de luvas de modo a deixar os punhos voltados para a pessoa que irá calçá- las. Ter o cuidado de afastar a aba interna do pacote sem tocar as luvas com as mãos desnudas; 2°) Retirar a luva esquerda do envelope, segurando-a pelo punho com a mão direita; 3°) Calçar a luva esquerda com o auxílio da mão direita tocando-a apenas pelo lado de dentro e mantendo a dobra do punho; 4°) Retirar a luva direita do envelope, colocando a mão esquerda na abertura do mesmo e introduzindo os quatro dedos sob a dobra do punho; 5°) Calçar essa luva com o auxílio da mão esquerda mantendo os dedos desta mão Arlind� Marque� - Medicin� 2022 introduzidos na dobra e puxando até cobrir o punho da manga do capote; 6°) Manter as mãos enluvadas para o alto (acima da cintura) e, quando não ocupadas, protegê- las com compressa estéril ou campo estéril. Existem alguns capotes com local apropriado para o descanso e proteção das mãos enluvadas. RECOMENDAÇÕES IMPORTANTES AO CALÇAR LUVAS ESTÉREIS: ● A mão nua só deve tocar a parte interna da luva, enquanto a mão enluvada só pode tocar a parte externa; ● Se, ao calçar as luvas, os dedos entrarem trocados, só tentar corrigir após ter as duas luvas calçadas; ● Com as mãos enluvadas, evitar tocar a gola, as costas e o terço inferir do capote cirúrgico por serem áreas consideradas “zonas perigosas” em termos de contaminação; Para descalçar as luvas deve-se, primeiramente, dobrar o punho da luva esquerda. Com os dedos da mão esquerda ainda enluvados, retirar a luva direita sem que esta toque a pele. Com a mão esquerda enluvada segurar a luva direita; depois com a mão direita desnuda remover a luva esquerda, puxando-a pela dobra do punho por sobre a luva direita. Tocar apenas a parte interna da luva esquerda. Preparo pré-operatório do paciente que será realizado pelo auxiliar que esteja circulando pela zona estéril. 1. Banho: deverá ser tomado de véspera, visto que, quando tomado no mesmo dia do procedimento, há predisposição à descamação da pele e difusão de germes, aumentado assim o risco de contaminação. 2. Vestimentas: o paciente deverá estar vestido com uma camisola, roupa íntima descartável, touca/gorro e propés. 3. Tricotomia: a tricotomia não reduz o risco de infecção, no entanto, ela é utilizada com o principal objetivo de prevenir a entrada de pelos dentro da ferida. 4. Degermação: a degermação é geralmente realizada pelo auxiliar. O profissional deverá estar vestindo pijamas, touca/gorro, propés e máscara. Então se você for apenas observar o procedimento e tem estes conceitos em mente, poderá degermar o local e ajudar no processo. Doença infecciosa aguda -> resultando em DIARREIA = É de início abrupto, com o aumento do volume e/ou frequência de evacuações com a duração máxima de 14 dias. (ao menos 2/3 evacuações líquidas/amolecidas por dia) EPIDEMIOLOGIA É a 2º causade óbito em <5 anos no mundo. Existe a redução da mortalidade devido às melhores condições socioeconômicas e de saneamento básico. ETIOLOGIA Doença infecciosa; Transmissão fecal-oral (por ingestão de alimentos e/ou água contaminada por toxinas ou microrganismos. Agentes – principalmente os vírus – ROTAVÍRUS, coronavírus, adenovírus, norovírus. Bacteriais – E. coli, Salmonella, Shigella, campylobacter jejuni, Vibria choleare, Yersinia… FISIOPATOLOGIA Ruptura das barreiras de defesa do hospedeiro, levando uma ação direta do agente etiológico ou da toxina, o que aumenta a secreção intestinal de água e eletrólitos, fazendo com que tenha um bloqueio de água = DIARREIA. ABSORÇÃO DE ÁGUA INTESTINAL – acontece de forma passiva que acompanha o gradiente osmótico criado pelo transporte ativo de sódio: - Cotransportador Na/Cl; - Cotrasnportador Na/glicose; - Contransportador Na/aminoácido. A diarreia pode ser de 3 tipos: Arlind� Marque� - Medicin� 2022 01. Secretora toxigênica; 02. Secretora invasiva; 03. Osmótica. Secretora toxigênica – pode ter sido produzida pela E. coli enterotoxigênica, Clostridium, Staphylococcus aureus e pelo Vibrio cholerae, que ativa a adenilciclase: aumentando a produção de AMP cíclico, fazendo com que seja inibido o contransportador Na/Cl e ativa a secreção ativa de cloreto para a Luz intestinal, resultando em uma diarreia aquosa de grande volume. Secretora invasiva – causada por Campylobacter jejuni, Shigella, Yersinia enterocolitica, Salmonella e a Entamoeba hystolytica, resultando na d estruição das superfícies absortivas das vilosidades, tendo uma secreção de água e eletrólitos pelas células das criptas, resultando em disenteria. (PERDA HEMÁCIAS, LEUCÓCITOS E PROTEÍNAS). Osmótica – o principal agente é o ROTAVÍRUS, que causa uma perda das enzimas da borda em escova, levando a má absorção dos açúcares complexos, fazendo com que tenha a perda hídrica por osmose. OBS: o rotavírus tem efeito direto na NSP4 e ativação do sistema imune nervoso entérico que leva a secreção de fluídos e eletrólitos. QUADRO CLÍNICO - Vírus: aquosa, volumosa. - Bactérias: disenteria. - Vômitos; - Febre; - Anorexia; - Cefaleia; - Mialgia. Achados específicos de certas bactérias: SHIGELLA – convulsões e rigidez de nuca; SALMONELLA – infecção sistêmica grave (pneumonia, meningite, sepse) CAMPYLOBACTER JEJUNI – Síndrome de Guillain-Barré e artrite reativa. PERDA HÍDRICA IMPORTANTE – QUE EVOLUIR PARA DESIDRATAÇÃO Classificação de desidratação – baseada na porcentagem de peso perdido: 1 grau <5% LEVE 2 grau 6-9% MODERADA 3 grau >10% GRAVE OBS: pode fazer também a avaliação clínica do estado de hidratação do paciente! HIPONATRÊMICA – SINAIS DE CHOQUE MUITO PRECOCES. HIPERNATRÊMICA – SINAIS CLÍNICOS POUCO EVIDENTES, SEDE, FEBRE E IRRITABILIDADE. DIAGNÓSTICO – É CLÍNICO Sempre avaliar o estado de hidratação; Coleta de eletrólitos – apenas em desidratação grave Investigação etiológica – pacientes graves, hospitalizados, diarreia persistente, surtos. TRATAMENTO É sempre direcionada pelo estado de hidratação; Doença autolimitada. 1. HIDRATADO – PLANO A 2. DESIDRATADO EM ALGUM GRAU – PLANO B Arlind� Marque� - Medicin� 2022 3. DESIDRATADO GRAVE – PLANO C PLANO A Alta pra casa – uso de soro de reidratação oral sempre depois de cada perda. <1 ano: 50-100ml 1-10 anos: 100-200ml >10 anos: livre demanda. Realizar o uso de Zinco via oral por 10-14 dias. Manter aleitamento e alimentação habitual. Orientar sinais de alerta (diminuir diurese, palidez, molinha..) – deve retornar para o atendimento. SORO DE REIDRATAÇÃO ORAL (SRO) Cotransportador Na/glicose (NÃO É AFETADO NA DIARREIA INFECCIOSA) NÃO SE FAZ SORO CASEIRO MAIS PLANO B Criança fica no pronto-socorro SRO – 100 ml/Kg em 4-6h Manter apenas o aleitamento materno; Índice de retenção: ganho peso (g) x 100 / volume ingerido (ml) IR <20% em 2 horas: falha. Hidratado: alta com orientações do grupo A Desidratado em algum grau: gastróclise (colocar sendo e oferecer soro por via nasogástrica). Desidratação grave: hidratação EV. PLANO C Internamento Coleta de Na, K, gasometria venosa e glicemia. Expansão volêmica: -Jejum; - <5 anos: SF 20ml/ Kg EV em 20-30min até 3x RN e cardiopatas: SF 10mL/Kg >5 anos: SF 30mL/Kg EV em 30min + RL 70mL/Kg em 2 horas e meia. Reidratado – soro de manutenção + soro de reposição - manter até boa aceitação oral SRO Outras indicações: - Alterações do nível de consciência; - Convulsões; - Íleo paralítico (ruído hidroaéreo ausente). OUTRAS MEDIDAS ANTIBIÓTICO: NÃO USAR NA ROTINA. DISENTERIA COM SINTOMAS SITÊMICOS – SHIGELLA: CIPROFLOXACINO 3 DIAS OU AZITROMICINA 5 DIAS. DIARREIA DOS VIAJANTES: E. COLI ENTEROTOZIGÊNICA: AZITROMICINA 3 DIAS; V. CHOLERAE: SMZ/TMP 3 DIAS. DIARREIA PÓS-ANTIBIÓTICO GRAVE: C. DIFFICILE: METRONIDAZOL 10 DIAS. ➔ ONDANSETRONA SE NÁUSEAS ➔ ANALGÉSICOS E ANTITÉRMICOS ➔ NÃO USAR ANTI-ESPASMÓDICOS. PROBIÓTICOS CEPAS LACTOBACILLUS GG, SACCHAROMYCES BOULARDII E LACTOBACILLUS REUTERI DSM 17938. (REDUZEM A DURAÇÃO DA DIARREIA E A NECESSIDADE DE INTERNAMENTO.) Infecção do trato urinário Acontece quando tem um crescimento significativo de bactérias no trato urinário. No geral são Gram negativas e enterobactérias. 1. Cistite – infecção restrita a bexiga. 2. Pielonefrite – quando a infecção vai até a pelve renal. Arlind� Marque� - Medicin� 2022 EPIDEMIOLOGIA Uma das mais comuns da infância, mais comum nas meninas, entretanto nos 3 primeiros meses de vida vai ser mais comum nos meninos principalmente nos não circuncidados. Pico entre 3-5 anos e na adolescência. ETIOLOGIA - Infecção ascendente (vem da flora intestinal) Enterobactérias (Escherichia coli uropatogênica, Klebsiella pneumoniae, Streptococcus faecalis e Proteus mirabilis (coloniza o prepúcio – comum em meninos não circuncidados) Pseudomonas (imunodeprimidos) Staphylococcus saprophyticus (comum em meninas na adolescência) - Via hematogênica (sepse e período neonatal) . ETIOPATOLOGIA A ocorrência da ITU depende tanto da virulência bacteriana e dos fatores predisponentes do hospedeiro. Virulência bacteriana: - E. coli (contém fimbrias que serve para adquirir ao epitélio – resultando na adesão que dificulta a expulsão da mesma para fora) contém flagelos que serve para da mobilidade, antígeno do polissacarídeo capsular – que invade as defesas do hospedeiro. Ela secreta Fator 1 neutralizante citotóxico – que destrói neutrófilos. Realizam a produção de siderófilos – que realizar a captura de ferro. - Proteus mirabilis – realiza a produção de uréase que aumenta a produção de amônia. Com uma maior frequência de amônia, vai ter uma maior alcalinização da urina (leva a precipitação de fosfato, carbonato e de magnésio ) com isso tem a formação de cristais e pedras de estrutiva (estrutiva – tem bactérias em seu interior, promove a estase urinaria). Fatores predisponentes hospedeiro: - Idade <1 ano; - Sexo feminino; - Raça branca; - Ausência de circuncisão em meninos; - Constipação intestinal; - Atividade sexual; - Anormalidades funcionais do trato urinário (bexiga neurogênica e disfunção miccional); - Mal-formações do trato urinário. . Obstrutivas: -Obstrução junção pieloureteral; -Obstrução junção ureterovesical; - Válvula de uretra posterior. . Refluxo vesico-uretral. QUADRO CLÍNICO Varia conforme a faixa etária: ➔ Recém-nascidos: baixo ganho poderal (irritabilidade, febre, anorexia, vômitos) ➔ Lactentes: febre sem sinais localizatórios. Nessas duas faixas etárias não é possível fazer a distenção entre cistite ou pielonefrite, então deve sempre abordar ITU febril como pielonefrite. ➔ Pré-escolares, escolares e adolescentes: - Cistite: disúria (dor ao urinar), polaciúria (urina varias vezes), urgência miccional, incontinência urinária, dor suprapúbica, febre baixa. - Pielonefrite: queda do estado geral, inapetência, febre alta, dor lombar (pesquisada por meio da punho percussão lombar – sinal de Giordano +). DIAGNÓSTICO Diagnóstico clínico insuficiente; Análise urinária: por meio do jato médio, sondagem vesical de alívio,punção supra-púbica. PIÚRIA – é a presença de leucócitos na urina + BACTERIÚRIA PIÚRIA >10 leucócitos/mm3 ou >10.000 leucócitos/ml >5 leucócitos/campo de alto aumento Esterase leucocitária positiva BACTERIOSCOPIA POSITIVA GRAM NITRITO POSITIVO (produzido por gram -) , tem baixa sensibilidade em lactentes BACTERIÚRIA: urocultura Arlind� Marque� - Medicin� 2022 >50.000 UFC/ml de uma única bactéria uropatogênica. OUTROS EXAMES: - Pielonefrite: .Hemograma: leucocitose com desvio à esquerda .Hemocultura positiva; .Elevação PCR e VSH; .Elevação discreta ureia e creatinina. EXAMES DE INVESTIGAÇÃO: - USG rins e vias urinárias; (pesquisa de obstrução e alteração anatômica, deve ser feita em toda criança febril <2 anos) Fase aguda mal- estado geral, sem melhora com 12-36h de antibiótico = FAZ IMEDIATAMENTE Boa resposta ao tratamento = faz de 1-2 semanas -Cintilografia renal DMSA; Padrão outro para pielonefrite. Fase aguda – má evolução clínica ou dúvida diagnóstica Boa resposta – faz de 4 a 6 meses para detecção de cicatriz renal, deve fazer o exames em todas crianças com ITU febril <2 anos - Uretrocistografia miccional. TRATAMENTO -Hospitalização: Comprometimento do estado geral/sepse; Vômito/desidratação; Baixa adesão ao tratamento; Maior risco de evolução grave (<3mese, imunodeprimidos, doenças prévias (litíase) ANTIBIÓTICO 7 -14 DIAS Hospitalar: ceftriaxone, amicacina Domiciliar: amoxicilina-clavulanato, ceruroxima, nitrofurantoína. Outras orientações: hidratação adequada, micções frequentes, controle da constipação, controle da febre e da dor. UROCULTURA DE CONTROLE: APENAS SE MÁ EVOLUÇÃO CLÍNICA. ★ Fratura Luxação glenoumeral; Manobras para luxação; Parvin - rodo membro suspenso, em decúbito ventral, tração delicada punho durante alguns minutos e depois levanta o braço delicadamente. Meyn e Quigley - antebraço suspenso, decúbito ventral, tração punho para baixo e orienta a redução com outra mão. Fraturas - é a perda da continuidade óssea: 1. Completa x Imcompleta 2. Articular x Extra-articular; 3. Fechada x aberta (exposta) 4. Topografia da fratura. Tratamento conservador: Não é ultrapassado, é uma arte. 67,7% das fraturas em adultos são tratadas conservadamente (>80% no membros MMSS e quase 50% nos MMII). Diferença entre fraturas: Fraturas diafisaias em geral fraturas articulares (tratamento cirúrgico) Úmero proximal, clavícula, metartarsos e falanges (conservador). Ser que habita a fratura (complexidade). Fratura exposta: -Manejo Sempre cirugica (exposição articular e óssea) *Pioartrite Antibioticoprofilaxia Profilaxia antitetanica Arlind� Marque� - Medicin� 2022 TÉCNICAS DE IMOBILIZAÇÃO Exame físico: - Deformidade; - Perda da ADM; - Comprometimento neurovascular; - Tromboembolismo venoso MMII; - Síndrome compartimental. EXAMES DE IMAGEM - Rx no mínimo 2 incidências (AP, P, e obliquoa.) - Papel da tomografia e da RM. PROFILAXIAS - Mecânicas (controle de danos, elevação do membro, imobilidade precoce, compressão pneumática…) - Importância da fisioterapia - Química. FRATURA NA CRIANÇA - Peculiaridades: tendência ao tratamento concervador, fise de crescimento, maior flexibilidade. FISE: PLACA DE CRESCIMENTO FRATURA SUPRACONDILIANA - 5-6 anos; - RX ap e perfil/ bilateral; - Clínica: dor, edema e deformidade + hematoma; - Neurovascular. ● Incidência lateral: ampulheta Eixo úmero/ capítulo: 40° Linhas de Rogers Incidência oblíqua de Jone. FRATURA NO ADULTO - Peculiaridades; - Tendência ao tratamento cirúrgico - Trauma de maior energia - Urgência: expostas, diafisária de fêmur, fraturas do anel pélvico, flutuantes. FRATURA DE TORNOZELO - 10% de todas as fraturas; - 2% em MMII; - Idade média 45 anos; - Trauma torcidonas; - Clínica: dor e edema. FRATURAS NO IDOSO - Fratura transtrocantérica e Colo do femural; ● Peculiaridades: osteoporose, trauma de baixa energia. - 20% das fraturas são operadas; - 50% das fraturas de quadril são operadas; - Risco durante a vida (M 50% e H 25%) - Idade média 65 anos; - Fator de risco: queda e osteoporose. Arlind� Marque� - Medicin� 2022 Evolução ortopedica: DT: 16/02/2021 MT: QPA P1: Fratura transtrocantérica - 31 A2 NV preservado, s/ ss sd comp. e TV. Pele integra, sem bloqueio articular, sem deformidades… ★ Acesso venoso central Definição: É uma punção venosa que proporciona o alcance da veia cava superior ou inferior. •Pode ser obtido através da punção percutânea ou dissecção, onde são inseridos nas veias jugular interna, subclávia ou femoral. Indicações: •Monitorização hemodinâmica invasiva •Infusão de soluções irritativas •Infundir, de maneira rápida, fluidos ou sangue •Acesso vascular de longo prazo •Acesso venoso em pacientes com veias periféricas de difícil acesso Contraindicações •Atividade enzimática abaixo de 50 % •Plaquetas abaixo de 50.000 •INR acima de 1,5 •Infecção/trauma da área subjacente Locais de Acesso •Veia Jugular Interna •Veia Subclávia •Veia Femoral •Veia Jugular Interna A Referência é o triângulo de Sedillot ••Menor risco de pneumotórax ••Possibilidade de compressão direta ••Risco de punção de carótida ••Risco de perfuração do ducto torácico ••Desconfortável para o paciente. •Veia Subclávia ••Menor risco de trombose e infecção ••Anatomia com pouca variabilidade ••Veia profunda. •Veia Femoral ••Acesso rápido com alto risco de sucesso ••Não interfere na intubação orotraqueal Arlind� Marque� - Medicin� 2022 ••Não há risco de pneumotórax ••Risco aumentado de trombose ••Dificuldade de manter o local de inserção estéril. Inicialmente, posiciona-se o paciente em decúbito dorsal horizontal com a cabeça para baixo a 30º Após o posicionamento do paciente, faz-se a degermação da pele com clorexidina degermante, seguida de antissepsia com clorexidina alcoólica Utiliza-se a técnica de Seldinger ● Veia Jugular Interna Inserção da agulha em direção ao mamilo ipslateral ● Veia subclávia O ponto de inserção do cateter é na junção do terço médio com o terço medial da clavícula A partir daí, a agulha é inclinada 10 a 15 graus e direcionada à fúrcula esternal. ● Veia Femoral •O paciente deve ser posicionado em decúbito dorsal horizontal, com a coxa fixada em ligeira rotação •Identifica-se a artéria femoral encontrando o ponto médio entre a crista ilíaca anterossuperior e a sínfise púbica •O ponto de referência para a punção da veia femoral é 5 mm medial ao pulso arterial e 2 a 3 cm abaixo do ligamento inguinal. •A agulha deve ser inserida neste ponto paralelamente à artéria femoral, em direção ao umbigo, com inclinação de 45 graus em relação ao plano da pele. •Utiliza-se a técnica de Seldinger Materiais Necessários 1. Soluções Degermantes 2. Pinças para assepsia 3. Cateteres venosos centrais (mono, duplo ou triplo lúmen) 4. Gases 5. Seringa + Solução salina 6. Soluções antissépticas (alcoólicas) 7. Anestésico local com xilocaína a 2% sem vasoconstrictor 8. Equipo 9. Luvas e aventais estéreis 10. Campos cirúrgicos estéreis 11. Fios de sutura para fixação 12. Material cirúrgico para fixação (porta-agulha, pinças e tesouras) 13. Esparadrapos comuns, hipoalérgicos e cirúrgicos Técnica de Seldinger 1.Posicione o paciente de acordo com o local anatômico a ser puncionado. 2.Verifique se a iluminação está adequada. 3.Proceda à paramentação cirúrgica para realizar o procedimento. 4.Realize a lavagem e a escovação cirúrgica das mãos. 5.Coloque avental e luvas estéreis. 6.Faça a assepsia extensa do local de punção. 7.Coloque campos cirúrgicos estéreis para proteger a área do procedimento. 8.Localize a veia de acordo com as referências anatômicas do sítio da punção. 9.Realize a infiltração com anestésico local (xilocaína a 2%). 10.Realize a punção venosa com agulha calibrosa conectada à seringa, mantendo sempre uma pressão negativa com o êmbolo da seringa. 11.Quando houver refluxo de sangue, mantenha a posição da agulha e desconecte a seringa. 12.Introduza o fio-guia metálico com extremidade em J” por volta de 20 cm. 13.Mantenha o fio-guia nessa posição e retire a agulha. 14.Proceda à dilatação da pelee ao trajeto até o vaso com introdução do dilatador pelo fio-guia (pode ser necessária a abertura da Arlind� Marque� - Medicin� 2022 pele com lâmina de bisturi para introdução do dilatador). 15.Mantenha o fio-guia nessa posição e retire o dilatador. 16.Introduza o cateter definitivo com cuidado, sem perder a extremidade distal do fio-guia. 17.Retire o fio-guia. 18.Lave a via (distal) com solução salina e feche o lúmen. 19.Fixe o cateter com pontos, seguindo as especificações do fabricante do dispositivo. 20.Faça curativo oclusivo. 21.Descarte o material na caixa de perfurocortantes. 22.Realize a confirmação radiológica da posição adequada do dispositivo. ★ Radiografia I 10 COISAS QUE TODO MÉDICO DEVE SABER EM RADIOLOGIA; 1. PACIENTE PRIMEIRO – EXAME DEPOIS; 2. RADIAÇÃO É UMA PREOCUPAÇÃO; 3. COMO SOLICITAR UM EXAME; 4. MEIOS DE CONTRASTE; 5. A CLÍNICA É PARTE DA INTERPRETAÇÃO; 6. INTERPRETAR TC CRÂNIO; 7. FAZER O FAST; 8. RADIOGRAFIA DE TÓRAX; 9. BÁSICO DE TC DE ABDOME; 10. O RADIOLOGISTA É SEU AMIGO. Princípio alara – a radiação deve ser o mínimo necessário para o diagnóstico - Evitar radiar: tireoide, seios da face, pelve tanto masculina como masculina. Não existe dose segura de radiação. Doppler arterial ou venoso? Tomografia/ RM/ USG? Com ou sem contraste? Sempre coloque a história clínica Melhor custo x beneficio Procure interagir com o radiologista. Existem contra-indicações (próteses, marcapassos, implante coclear, alergia) Não há hierarquia entre os métodos. TÓRAX, ARTICULAÇÕES, CRÂNIO– sem contraste. PESCOÇO É COM CONTRASTE, ABDOME – contra-indicações iodoterapia. Meio de contraste – iodo, alergia, insuficiência renal aguda. - Godolíneo – não usar em pacientes com insuficiência renal (aguda ou crônica) Arlind� Marque� - Medicin� 2022 TC CRÂNIO: ATENUAÇÃO – osso, gordura, parênquima: subs. Branca, subs. Cinzenta, núcleos da base, líquor. BLOOD (SANGUE) – hemorragias, sangramentos. CAVIDADES/ DILATAÇÕES – hidrocefalia x exvácuos – herniações e desvios da linha média. EXTERIOR – osso. FISHER – escala de sangramento. FAST – procurar liquido livre. Vantagens do Raio x Baixo custo, amplamente disponível, rápido, pode ser feito no leito, menor dose de radiação, excelente para ver gás/ar e osso. Desvantagem Pouca resolução anatômica e de contraste, não permite imagens axiais. Densidades radiográficas: AR – pulmões, alças intestinais; Gordura; Partes moles/água – coração, vasos, músculos, fígado Osso Metálica TERMOS: Hipo, isso ou hiper DENSO Quanto mais branquinho, mais denso é Opacidade: aumento da densidade (mais branco) Hipertransparência (hiperluscência) diminuição da densidade. A – VIAS AEREAS – PARENQUIMA PULMONAR, TRAQUEIA, BRONQUIOS, PULMÕES A traqueia deve esta centralizada na linha média, Brônquios Pulmões Pleura Carina – é onde os brônquios se bifurcam, é importante ver a sua localização Fissura horizontal do pulmão direito O brônquio direito é o mais curto, mais verticalizado Arlind� Marque� - Medicin� 2022 O pulmão esquerdo é dividido em dois lobos somente – lobo superior e lobo inferior (pela fissura oblíqua) O pulmão direito é dividido em três lobos – lobo superior (pela fissura horizontal), lobo médio e lobo inferior (pela fissuras oblíquas. Procura por nódulos, fraturas, metástases ósseas. Claviculas Escapulas- devem ficar fora dos campos pulmonares Coluna vertebral – é difícil ver na visão posterior superior Os arcos costais vão ajudar para ver se a técnica esta correta – a porção posterior do arco ela é muito mais horizontal, enquanto a porção anterior é mais obliqua, e ela termina na articulação costocaudal (cartilagem) São um total de 12 arcos costais Coração e grandes vasos - Mediastino; - Coração Hilo pulmonar – concentração de vasos . O hilo pulmonar esquerdo fica mais superior do que o direito. Arlind� Marque� - Medicin� 2022 Diafragma situa-se mais alto no lado direito devido ao fígado. Diafragma situa-se mais baixo no lado esquerdo devido ao estômago. RECESSOS PLEURAIS – são locais onde a pleura se reflete, em casos de derrame pleural, tende a acumular líquido nessa região. RECESSOS COSTOFRÊNICOS – EM VERDE – DERRAME PLEURAL RECESSOS CARDIOFRENICOS – EM AMARELO – DERRAME PERICARDICO SE A BOLHA GÁSTRICA ESTIVESSE DESVIADA PARA CIMA, PODERIA SER UMA HERNIA. DEVE SEMPRE PEDIR – PÓSTERO – ANTERIOR E PERFIL!! Arlind� Marque� - Medicin� 2022 A pneumonia pneumocócica tende a começar nos lobos inferiores ou nos segmentos posteriores dos lobos superiores. O aspecto radiográfico típico da pneumonia pneumocócica aguda é a consolidação lobar. Hemotórax é o derrame e presença de sangue na cavidade pleural. É comumente o resultado de feridas penetrantes. Também pode resultar de qualquer trauma brusco que rompa a vasculatura. O acúmulo sangüíneo inicial dentro da cavidade pleural é o sangramento advindo do parênquima pulmonar. Essa foto mostra hemotórax esquerdo maciço após ferimento por arma de fogo no hemitórax esquerdo. Pneumotórax O pneumotórax é definido como o acúmulo de ar entre as pleuras parietal e visceral, levando ao aumento da pressão intratorácica, com colapso do tecido pulmonar, levando a hipóxia, podendo ser classificado em aberto, fechado, traumático, espontâneo e iatrogênico. Radiologicamente falando, teremos a presença de ar na cavidade pleural, que com o passar do tempo tenderá a empurrar o pulmão adjacente até colapsar o mesmo. É possível perceber a presença do pneumotórax no raio X de tórax quando olhamos para as periferias e observamos que não há mais trama vascular pulmonar. O que devemos ter cuidado é quando olhamos um exame muito Arlind� Marque� - Medicin� 2022 penetrado, pois, devido ao enorme tom escuro que os campos pulmonares adquirem em virtude de uma técnica ruim, podemos nos enganar em pensar em um pneumotórax apenas por isso. Outro detalhe importante é tomar cuidado com os pneumotórax hipertensivos, ou seja, aqueles que desviam as estruturas mediastinais. Esses precisam de intervenção rápida. Observe abaixo um exemplo: Pneumopericárdio e Pneumomediastino O termo “pneumo” nos remete a “ar”. Levando os conceitos ao pé da letra, temos: Pneumopericardio (ar livre no saco pericárdico) e Pneumomediastino (ar livre na cavidade mediastinal). Como acabamos de ver, o pericárdio é uma “capa” que envolve o coração e suas adjacências, mas o que seria mediastino? É o espaço central da cavidade torácica, localizado entre as regiões pleuropulmonares. O pneumopericárdio e o pneumomediastino possuem diferenças entre si. O pneumopericárdio é mais bem delimitado e contínuo, enquanto o pneumomediastino é mais descontínuo. Derrame Pericárdico O pericárdio é uma estrutura sacular que envolve o coração e adjacências. Esta estrutura possui firmes conexões ligamentosas com o esterno à frente, com a coluna atrás e inferiormente com o diafragma, permitindo a fixação anatômica do coração. O pericárdio é constituído por uma membrana serosa interna (pericárdio visceral) e uma membrana fibrosa externa (pericárdio parietal), separados por uma pequena quantidade (<50 ml) de um líquido ultrafiltrado do plasma (o líquido pericárdico). Este líquido serve como um lubrificante que evita atrito excessivo entre as duas membranas pericárdicas. A existência excessiva de líquido entre o pericárdio visceral e parietal é chamado de derrame pericárdico. De acordo com o seu volume, o derrame pericárdico pode causar repercussões hemodinâmicas graves, tais como o tamponamento cardíaco. Uma tríade simples para relembrar o tamponamento cardíaco é a tríade de Beck (ingurgitamento jugular ou veias distendidas no pescoço, bulhas abafadas e hipotensão). No contexto do trauma esse derrame pericárdico geralmente representa hemopericárdio (sangue na cavidade pericárdica), porém, de forma geral, remete ao líquido excessivo na respectiva cavidade. No raio X podemos encontrar um aspecto conhecido como “coração em formato de moringa”. Temos aumento do índice cardiotorácico (grande aumento da área cardíaca). No USG encontramos líquido (lesão anecóica ou lesão preta)
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