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Fundamentos de Gestao PPP - Ebook 6

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WebAula 6
Fundamentos de 
Gestão do Projeto 
Político-Pedagógico
Prof. Esp. Lourivaldo Sátiro de Souza Filho
FUNDAMENTOS DE 
GESTÃO DO PROJETO 
POLÍTICO-PEDAGÓGICO
LIVRO 6
1ª EDIÇÃO
GOIÂNIA
Centro Universitário de Goiás UNIGOIÁS 
2021
Catalogação: Biblioteca Anhanguera
____________________________________________________________
Fundamentos de Gestão do Projeto Político-Pedagógico - 
WebAula 6 / Mayra Caiado Paranhos (organizadora); Lourivaldo 
Sátiro de Souza Filho – Goiânia : Centro Universitário de Goiás 
UNIGOIÁS, 2021.
24 p. : il.
ISBN XXX-XX-XXXXX-XX-X
1. Fundamentos de Gestão do Projeto Político-Pedagógico. I. 
Paranhos, Mayra Caiado. II. Filho, Lourivaldo Sátiro de Souza. 
III. Título. 
CDU: 658
____________________________________________________________
2021
Direitos exclusivos em língua portuguesa cedidos ao
Centro Universitário de Goiás UNIGOIÁS
Avenida João Cândido de Oliveira, 115,
Cidade Jardim Cep: 74423-115- Goiânia - GO
Tel: (62) 3246 1404Fax: 3246 1444
site: www.anhanguera.edu.br
FUNDAMENTOS DE GESTÃO DO 
PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
Organização
Pró-Reitoria de Ensino a Distância
Profª. Ms. Mayra Caiado Paranhos
Autor
Prof. Esp. Lourivaldo Sátiro de Souza Filho
Produção
Supervisão do Processo Instrucional (SPI) 
Supervisora Prof.ª Esp. Karina Adorno de La Cruz
Instrução de Material Didático Impresso (IMADIM)
Diagramador Hugo Sávio de Carvalho Melo
Revisor de Língua Portuguesa
Profª. Ms. Mairy Aparecida Pereira Soares Ribeiro
©2021 por Centro Universitário de Goiás UNIGOIÁS
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou transmitida 
de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação 
ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia 
autorização por escrito, do Centro Universitário de Goiás UNIGOIÁS.
 5CONSTRUINDO UM PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: 
DO PAPEL PARA A PRÁTICA
SUMÁRIO
WEBAULA 6
Construindo um Projeto Político Pedagógico: do papel 
para a prática .............................................................. 5
Apresentação........................................................................ 5
6.1 Como analisar as formas de construção de Planos de 
Ação ...................................................................................... 6
6.2 Estrutura de um Plano de Ação ............................... 13
6.3 Organização e garantia do cronograma de Planos de 
ação (follow-up). ............................................................... 15
6.4 Prática de Criação do PPP ......................................... 16
6.4.1 Revisão do Projeto Pedagógico .................... 17
6.5 Criação do Projeto Pedagógico ................................. 22
6.5.1. O que deve conter um projeto político 
pedagógico ............................................................... 22
6.5.2 Passos para a elaboração do documento .... 25
Fechamento ....................................................................... 27
WEBAULA 6
CONSTRUINDO UM PROJETO 
POLÍTICO PEDAGÓGICO: 
DO PAPEL PARA A PRÁTICA 
APRESENTAÇÃO
Nesta aula, iremos falar sobre formas de construção de 
um projeto pedagógico como instrumento de mudança na 
escola, pois esta, como espaço educativo não tem condições de 
motivar ou conduzir as suas ações de forma impensada, pois 
não cabe improviso. 
O Projeto Pedagógico construído coletivamente possibi-
lita à escola redirecionar e inovar sua prática pedagógica em 
função dos objetivos a que se propõe. O PP parte dos esforços 
efetivos rumo à realidade efetiva da escola em busca da reali-
dade sonhada, explicitando o caminho para chegar de uma à 
outra. 
Ao ser elaborado coletivamente, o projeto é repleto de 
nuances que podem falar muito a respeito dos anseios de toda 
a comunidade escolar e apontar trilhas possíveis para formar o 
cidadão requerido por essa comunidade.
Iremos aprender as configurações de um plano de ação 
em uma escola bem como trabalharemos a construção de um 
projeto pedagógico a partir do levantamento de dados até a sua 
conclusão. 
 76 FUNDAMENTOS DE GESTÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO CONSTRUINDO UM PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: 
DO PAPEL PARA A PRÁTICA
A elaboração do Plano de Ação é uma prática que vem 
sendo adotada pelas organizações há muito tempo e consistem 
em quatro passos simples, mas valiosos para que o gestor tenha 
a rápida noção do andamento dos processos e do atingimento 
dos seus objetivos, chamado de Ciclo PDCA. 
O PDCA surgiu nos Estados Unidos na década de 20, 
criado pelo estatístico americano Walter Andrew Shewhart. 
Inicialmente, conhecido como clico de Shewhart, era com-
posto por apenas três passos repetidos continuamente (especi-
ficação, produção e inspeção). Anos depois, em 1951, William 
Edwards Deming notou a necessidade da inserção de mais um 
passo, nascendo assim a “Roda de Deming”, a qual era com-
posta por quatro passos também repetidos de forma contínua: 
especificação, produção, colocar no mercado e reprojetar.
Após diversos anos de evolução, hoje o PDCA é um 
método mundialmente reconhecido como uma ferramenta de 
melhoria contínua composta pelas seguintes etapas:
P (do inglês – Plan) = Planejamento/Planejar
D (do inglês – Do) = Executar/Dirigir
C (do inglês – Check) = Verificação-Controle/Controlar
A (do inglês – Act) = Atuação/Agir 
Convido você a viajar conosco nesta construção do 
conhecimento. 
6.1 COMO ANALISAR AS FORMAS DE 
CONSTRUÇÃO DE PLANOS DE AÇÃO
Plano de ação é uma 
forma organizada e que segue 
uma metodologia definida 
para definir metas e objetivos, 
as atividades que devem ser 
realizadas, apontar os respon-
sáveis por desenvolver cada uma delas e acompanhar o anda-
mento de um projeto, para que se possa atingir os melhores 
resultados. É uma metodologia utilizada para identificar, orga-
nizar e controlar as ações necessárias para o atingimento de um 
ou mais objetivos pretendidos. Refere-se ao planejamento deta-
lhado e metódico das ações necessárias para conclusão de um 
determinado serviço, projeto ou para solução de um problema.
Iremos trabalhar ambas as formas de planejar, seja atra-
vés de um plano de ação ou um Projeto pedagógico, mas antes 
precisamos entender qual a diferença de um para o outro. 
Um Plano de Ação (também conhecido por Plano de Ati-
vidades ou ainda Plano de Trabalho) é uma das ferramentas 
mais simples e eficientes para o planejamento e acompanha-
mento de atividades. Ele pode ser utilizado para garantir que 
nenhuma tarefa seja deixada para trás, desde simples atas de 
reuniões até tarefas mais complexas, como um projeto pequeno.
De forma resumida, podemos dizer que um Plano de 
Ação é um documento utilizado para fazer um planejamento de 
trabalho necessário para atingimento de um resultado desejado 
ou na resolução de problemas (ANNIBAL, Affonso. 2016 s.p). 
 98 FUNDAMENTOS DE GESTÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO CONSTRUINDO UM PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: 
DO PAPEL PARA A PRÁTICA
Definições de cada uma das etapas do Planejamento e do 
Gerenciamento de Tarefas de acordo com o Ciclo PDCA utili-
zado na Administração de Empresas. 
O Planejamento (P) é a etapa na qual o que será feito é 
planejado, ou seja, nessa etapa o cenário ou problema é anali-
sado e, diante disso, deve ser construído um plano contendo 
os passos que se pretende realizar. 
A Execução (D) é a etapa mais importante, pois sem 
sua realização não é possível colocar em prática as etapas 
seguintes. É a etapa de “pôr as mãos na massa” para executar 
o que foi planejado.
A Verificação (C) é a etapa em que é avaliado o que foi 
feito durante a execução (etapa anterior), procurando identifi-
car o que deu certo e o que deu errado. Geralmente, verifica-se 
se as atividades planejadas foram feitas corretamente, se o 
resultado esperado foi atingido e quais foram os pontos positi-
vos e negativos na execução do plano. Nesta etapa, é impor-
tante ter definido o que será medido (por exemplo, indicadores 
– osquais recomenda-se definir durante a etapa de planeja-
mento), assim é possível identificar quais foram os resultados 
positivos e no que ainda é preciso trabalhar para melhorar.
O Atuar/Agir (A) é a etapa que mais requer atenção. 
Está relacionada a agir/atuar de acordo com o resultado 
obtido e observado na etapa de verificação. Sendo assim, 
pode haver duas situações: o alcance ou não do resultado 
esperado. Caso o resultado seja alcançado, deve-se incorporar 
o método/processo ou melhoria na rotina ou até mesmo em 
outros processos. Entretanto, caso o resultado não tenha atin-
gido as expectativas desejadas, deve-se identificar os pontos 
de falhas e reiniciar o ciclo novamente. (Gilles B. De Paula, 
Treasy Consultoria, 2016 s.p). 
Podemos fazer algumas adaptações para a realidade 
escolar mantendo as premissas básicas do Ciclo de Deming 
(PDCA), mas adequando à realidade escolar, com pontos auto-
explicativos: 
• Apresentação
• Problemas e desafios (problematização)
• Ações
• Recursos 
• Cronograma 
• Envolvidos (stakeholders) 
• Metas Estabelecidas
• Resultados esperados (avaliação)
Os planos de ação são muito comuns no ambiente esco-
lar e já são utilizados há alguns anos. Destacam-se nas escolas 
por exemplo, em momentos como: 
1) Nas Semanas Pedagógicas, em forma de instrumento 
de apoio pedagógico;
2) Na consulta à comunidade para designação de diretor 
e diretor auxiliar, possibilitando a reflexão e efetividade da ges-
tão democrática em consonância com o Projeto Político-Peda-
gógico da escola.
Em uma escola é 
importante que ocorra uma 
reflexão constante dos aspec-
tos que fazem parte do apren-
dizado dos alunos. Isso por-
que, ao reconsiderar algumas 
dinâmicas, é possível promo-
ver a melhoria da qualidade 
do ensino. A elaboração do Plano de Trabalho Docente é o 
momento do planejamento docente, e representa a intenciona-
lidade da proposta de ensino e aprendizagem, trazendo con-
 1110 FUNDAMENTOS DE GESTÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO CONSTRUINDO UM PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: 
DO PAPEL PARA A PRÁTICA
sigo as concepções e decisões tomadas, coletivamente, e expres-
sas na efetividade da prática educativa. 
A elaboração do Plano 
de Ação da escola também é o 
momento de planejar para 
rever a prática educativa por 
todo o coletivo escolar. Nesse 
sentido, o planejamento dos 
objetivos, metas, ações e 
resultados esperados devem ser seguidos pela equipe de gestão, 
no início do ano letivo prevendo os desafios a serem enfrenta-
dos no decorrer do ano, em conformidade com o diagnóstico 
dos indicadores da qualidade da educação.
O Plano de Ação deve integrar: 
1. As Experiências de Educação existentes e conhecidas 
no sistema de ensino e na educação não formal. 
Deve-se observar no aluno toda a sua trajetória e o seu 
repertório adquirido ao longo de sua vida, valorizando os 
conhecimentos culturais e sociais, conhecido por Pierre Bour-
dieu como capital cultural (BOURDIEU,1997). 
2. O Diagnóstico do contexto escolar partindo de uma 
leitura da realidade escolar, identificando as necessidades e o 
potencial da escola;
O Planejamento de Ações Educativas, articulando as 
metas aos objetivos, os fundamentos, os conteúdos e as estra-
tégias metodológicas, considerando os contextos comunitário 
e escolar, as condições e o ambiente educacional, os sujeitos 
envolvidos, a qualidade, a habilidade e a experiência dos edu-
cadores (as) e o processo de avaliação e acompanhamento 
(SILVA; ZENAIDE, s/d).
As dimensões que devem ser minimamente contempla-
das no Plano de Ação da escola são: gestão escolar democrá-
tica; prática pedagógica; avaliação (permanência e sucesso na 
escola) e formação dos profissionais da escola.
Gestão Escolar Democrática - Em uma Gestão Demo-
crática as relações não são verticais. Objetiva-se formar indiví-
duos e cidadãos e as decisões 
e responsabilidades na escola 
estão a cargo do coletivo. Essa 
gestão é um objetivo e um 
percurso. É um objetivo por-
que define uma meta a ser 
sempre aprimorada; e é um 
percurso porque se revela como um processo que, a cada dia, se 
avalia e se reorganiza. Ponderando sobre a relação entre os fins 
democráticos da educação e a gestão da escola, Paro (2001) 
afirma que a escola deve ser duplamente democrática. Diz ele:
Por um lado, porque ela se situa no campo das relações 
sociais onde (...) torna-se ilegítimo o tipo de relação que não 
seja de cooperação entre os envolvidos. Por outro, porque (...) 
a característica essencial da gestão é a mediação para a con-
cretização de fins; sendo seu fim a educação e tendo esta um 
necessário componente democrático, é preciso que exista a 
coerência entre o objetivo e a mediação que lhe possibilita a 
realização, posto que fins democráticos não podem ser alcan-
çados de forma autoritária. (PARO, 2001. p. 52).
Prática Pedagógica - A prática pedagógica se dá por 
meio de uma ação planejada e refletida do professor. No dia a 
dia da sala de aula, a escola realiza seu maior objetivo: fazer 
com que os alunos aprendam e adquiram o desejo de aprender 
cada vez mais e com autonomia. Para atingir esse objetivo, é 
preciso focar a prática pedagógica na relação professor-aluno, 
 1312 FUNDAMENTOS DE GESTÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO CONSTRUINDO UM PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: 
DO PAPEL PARA A PRÁTICA
o que significa observá-los de perto, conhecê-los, compreender 
suas diferenças, demonstrar interesse por eles, conhecer suas 
dificuldades e incentivar suas potencialidades.
Avaliação - A criança precisa ser tratada como o centro 
da ação avaliativa, muito 
comum em nosso meio per-
ceber que o processo avalia-
tivo tem como o resultado de 
testes, provas, trabalhos ou 
pesquisas que são dados ao 
aluno e aos quais se atribui 
uma nota ou conceito. Este aprova ou reprova. Temos, então, 
um julgamento. Na verdade, a avaliação acompanha todo o 
processo de aprendizagem e não só um momento privilegiado 
(o da prova ou teste), pois é um instrumento de “realimenta-
ção” contínuo para o educando e para todos os participantes. 
Nesse sentido, fala da consecução e não dos objetivos da 
aprendizagem. 
Luckesi (2005) destaca que o papel da avaliação é diag-
nosticar a situação da aprendizagem, tendo em vista subsidiar 
a tomada de decisão para a melhoria da qualidade do desempe-
nho do educando. Nesse contexto, a avaliação, segundo o autor, 
é processual e dinâmica. Na medida em que busca meios pelos 
quais todos possam aprender o que é necessário para o próprio 
desenvolvimento, é inclusiva. Sendo inclusiva é, antes de tudo, 
um ato democrático.
Formação dos profissionais da escola - Esta dimensão é 
um dos itens fundamentais que contribuem para a qualidade 
da educação, visto que as condições de trabalho de todos os 
profissionais da escola interferem diretamente no resultado do 
processo de ensino-aprendizagem. A formação continuada e 
permanente é um dos indicadores imprescindíveis para a esta-
bilidade do corpo docente e para a consolidação dos processos 
e vínculos de aprendizagem, fator que contribui para a melho-
ria e qualidade da educação.
O Plano de Ação pre-
cisa ser elaborado com cla-
reza e com a participação de 
todos que fazem parte da 
comunidade escolar, inclusive 
com as organizações sociais 
envolvidas no entorno da 
escola e deve se fundamentar 
na realidade sociocultural e 
nas demandas sociais e educacionais da escola, sistematizadas 
e avaliadas permanentemente, contendo estratégias metodoló-
gicas de ação e de monitoramento coerentes com os princípios 
da educação. 
6.2 ESTRUTURA DE UM PLANO DE AÇÃO 
1 Apresentação 
São apresentados os indicadores da qualidade da educa-
ção, e devem ser consideradas pela escola, numa análise refle-
xiva e crítica, contemplando a sua realidade social de modo a 
contribuir para a melhoria da educação. É o momento de apre-
sentar o que se pretende.
2 Problemas e desafios 
Os problemas e desafios da escola podem ser diagnosti-
cados e serem elencadas como prioritárias pela escola. A partir 
desta análise, a escola percebeos problemas e desafios a serem 
superados. O desafio surge quando, analisando os indicadores 
da escola, percebe-se, por exemplo, uma taxa elevada de aban-
dono. Neste momento, a escola deve ter o compromisso de pro-
por estratégias de superação.
 1514 FUNDAMENTOS DE GESTÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO CONSTRUINDO UM PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: 
DO PAPEL PARA A PRÁTICA
3 Ações 
Referem-se às atividades que a escola irá propor para a 
resolução dos problemas diagnosticados. 
4 Recursos 
Para a realização das ações previstas no Plano de Ação, a 
escola deve prever os recursos financeiros, humanos e de infra-
estrutura que possibilitem a viabilidade do mesmo. 
5 Cronograma 
O cronograma deve compor o Plano de Ação a fim de 
organizar início e fim de cada ação e sua efetividade durante o 
ano letivo.
6 Envolvidos 
São os segmentos da comunidade escolar (professores, 
funcionários, alunos, pais, comunidade em geral) envolvidos 
direta ou indiretamente nas ações, conforme a área de atuação.
7 Metas
Representam os objetivos a serem atingidos quantitati-
vamente, ou seja, trata-se do percentual de cada ação. Exemplo: 
reduzir a taxa de abandono de 0,3% para 0,1%. Quando a meta 
não for quantitativa a escola deverá preencher que não há pre-
visão de percentual para esta ação. 
8 Resultados esperados
Os resultados estão relacionados ao sucesso das ativida-
des propostas com relação aos objetivos e metas previstas. 
Exemplo: redução da taxa de abandono dos alunos e manuten-
ção do egresso. Apresenta-se a Avaliação dos resultados. 
6.3 ORGANIZAÇÃO E GARANTIA 
DO CRONOGRAMA DE PLANOS 
DE AÇÃO (FOLLOW-UP). 
É chamado nas organizações de “controle de projetos” o 
conjunto de ações que visam monitorar o andamento do pro-
jeto, analisar desvios e ajustar o seu desempenho. 
Entre essas ações estão:
✓ Comparar o desempenho real com o planejado;
✓ Analisar os dados obtidos;
✓ Avaliar alternativas e possíveis de mudança de com-
portamento do programa;
✓ Executar ações corretivas junto aos professores, coor-
denadores;
Dessa forma, o principal benefício do controle de proje-
tos é evitar desvios e informar as partes interessadas sobre o 
andamento dos trabalhos, por meio do monitoramento perió-
dico e frequente do avanço do projeto (follow-up) e está estrita-
mente ligado ao cronograma, que é justamente onde se deta-
lha as tarefas e os responsáveis por executá-las. 
O controle do projeto precisa ser 
feito com a devida regularidade, dentro 
da necessidade do projeto. É bastante 
comum o acompanhamento semanal 
ou quinzenal, embora em alguns casos 
bastante específicos o acompanha-
mento possa ser realizado mensal-
mente ou diariamente. Tudo vai depender das características 
do projeto, como complexidade, riscos ou outras restrições.
Considere o intervalo de tempo, para não dar margem 
aos erros é importante fazer checagens sobre como anda o pro-
cesso de trabalho em intervalos curtos de tempo. 
 1716 FUNDAMENTOS DE GESTÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO CONSTRUINDO UM PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: 
DO PAPEL PARA A PRÁTICA
✓ Tenha um checklist; 
✓ Dê suporte à equipe, verifique se está indo tudo bem 
ou se precisam de ajuda;
✓ Faça cobranças e elogios, comunique-se com os inte-
grantes do projeto. 
✓ Estimule sua equipe, todas as pessoas precisam estar 
animadas diante dos desafios. 
 
6.4 PRÁTICA DE CRIAÇÃO DO PPP
Falamos a respeito da implementação e programação de 
um Projeto Escolar ou um Plano de Ação a ser desenvolvido na 
escola para obtenção dos dados estatísticos e manutenção dos 
programas existentes na escola, pois a partir de um projeto 
com a dimensão proposta, é possível obter várias informações 
a respeito do aluno, da família e das condições sociais da comu-
nidade escolar que a unidade está inserida. 
Agora vamos falar a respeito do Projeto Pedagógico em 
si, e a sua manutenção e construção. 
O PPP serve como um 
guia de como a escola deve 
agir e conduzir sua gestão e o 
processo de ensino aprendi-
zagem dos estudantes, será a 
Carteira de Identidade da 
Escola, e por essa razão, 
devido à sua importância é preciso mantê-lo sempre atuali-
zado, como um cartão de visita, um documento de orientação 
da instituição. 
Preparamos um passo a passo, para auxiliá-lo na revisão 
do PPP a partir das novas necessidades da instituição.
Se a escola possui o documento desatualizado, uma das 
formas de construção será o “refazimento”, ou seja, é necessá-
ria a atualização do documento, conforme já falamos nos nos-
sos últimos encontros, e a outra forma é a produção do Projeto 
que veremos a seguir. 
6.4.1 REVISÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO
1º Passo: convide a comunidade escolar para contribuir 
O Projeto Político Pedagógico deve ser elaborado e revi-
sado em sinergia com as expectativas das famílias, dos alunos 
e da comunidade escolar.
Reúna a comunidade 
escolar, façam assembleia 
com os pais, alunos, convide 
as pessoas do entorno dos 
movimentos sociais, associa-
ções de bairro para discuti-
rem propostas de como a 
escola pode auxiliar na resolução de necessidades bairristas, e 
como ela pode contribuir para o desenvolvimento do bairro. 
Vejam as possibilidades que a escola pode oferecer de 
apoio!
a) A escola deve buscar se aproximar da comunidade 
onde ela está inserida para compreender e identificar qual a 
melhor forma de contribuir com ela e como isso pode refletir 
no PPP. 
UM EXEMPLO PRÁTICO
Existem situações em que a comunidade local, precisa 
por exemplo de espaço físico, como a utilização da quadra de 
 1918 FUNDAMENTOS DE GESTÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO CONSTRUINDO UM PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: 
DO PAPEL PARA A PRÁTICA
b) A escola pode formar um conselho de educação na 
comunidade, abrindo espaço para ouvir diferentes opiniões, 
críticas, ideias e sugestões; 
Esse documento deve ser visto como um guia para a 
escola e também deve atender às necessidades de cada estu-
dante. Para isso, é importante levar em consideração tanto a 
realidade da escola quanto da comunidade como um todo. 
2º Passo: incentive a colaboração da equipe
✓ Tanto a elaboração quanto a revisão do PP devem 
envolver não apenas a gestão escolar, mas também o corpo 
docente e os demais funcionários. 
✓ Os professores podem se reunir no contraturno para 
observar o que muda de um horário de trabalho para outro! As 
mudanças ocorrem o tempo todo, e o perfil de aluno que 
estuda em um horário matutino é bastante diferente dos que 
estudam no período vespertino.
Ouvir e observar auxiliam no mapeamento de ações e 
projetos que favoreçam a melhoria do ensino. 
✓ O diretor escolar deve ser o responsável por conduzir 
o processo e garantir a participação de toda a equipe e por isso 
o PP deve ser flexível o suficiente para adaptar-se a novos con-
textos apontados pela equipe.
3º Passo: Colocar em prática 
 
É fundamental colocar o PP em prática na forma de um 
planejamento efetivo para alcançar as metas traçadas a partir 
dos objetivos da instituição.
esportes da escola para que os adolescentes se ocupem às tar-
des em dias da semana para jogar futebol. E se a escola puder 
contribuir com a comunidade, oferecendo este espaço?
E se puder contribuir com o apoio de um professor de 
educação física ainda que voluntário para dar início a um 
projeto de reabilitação de jovens em situação de vulnerabi-
lidade social? 
Não são poucos os depoimentos de jovens que deixa-
ram o mundo das drogas após o ingresso em uma atividade 
física. 
Este é ume exemplo de um projeto social dentro de 
um projeto pedagógico! 
Que tal a promoção de momentos de conversas com 
toda a equipe para analisar a realidade e o contexto dos 
alunos a partir de diferentes pontos de vista?
Que tal se os professores se falarem mais? As suas 
experiências em sala de aula, são riquíssimas para atuali-
zação dos projetos e do currículo escolar. A adaptação do 
currículo fica a cargo da escola, e a diversidade de informa-
ções que obtiverem será uma ferramenta riquíssima para 
esta adaptação. 
EXEMPLO DE METAS
Organizaçãoda rotina de trabalhos pedagógicos da 
disciplina de Cidadania
Fazem parte da rotina semanal as seguintes ativida-
des: 
 2120 FUNDAMENTOS DE GESTÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO CONSTRUINDO UM PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: 
DO PAPEL PARA A PRÁTICA
Você observou que esta 
é uma lista de rotina das 
crianças na escola em um 
determinado dia da semana 
em determinada aula, certo? 
Você pode se perguntar 
por exemplo, como atualizar 
este documento, e qual o primeiro passo. 
Vamos lá?
4º Passo: Faça um checklist
Esta rotina vem sendo seguida? Ela é necessária? O que 
faltou na lista e que os professores fazem por conta? O que pre-
cisa ser retirado/substituído/alterado? 
Escute os envolvidos com os processos para avaliar se é 
viável a intervenção e ao haver constatação positiva, faça-a. 
Este foi o exemplo da rotina de atividades de uma turma 
específica, mas poderia ser por exemplo a discussão do cardá-
pio da escola, que vai envolver a questão financeira, nutricio-
nal, de fornecedores de verduras e frutas, etc. 
5º Passo: reavalie os pontos 
Feitas essas adequações, pense que o PP deve ser revisto 
periodicamente, pelo menos uma vez por ano; 
• Por diversos motivos, algumas ações e medidas previs-
tas pelo Projeto Político Pedagógico podem não funcionar da 
forma como foram pensadas; 
• Faça avaliações constantes dos resultados e pontos que 
precisam de melhoria e veja como eles podem ser traduzidos 
no PPP; 
• A revisão possibilita a reflexão das ações e uma melhor 
orientação da equipe.
a) Recepção: entrada 07h e 30min com música clássica e 
mais tranquila; 
b) Acolhimento em sala: momento onde as educadoras 
acolhem e acomodam as crianças; 
c) Café da manhã;
d) Rodinha interativa: momento de interação, acolhi-
mento, planejamento do dia, contagem por meio de 
quantos somos; 
e) Atividade coletiva: momento onde todos participam 
juntos da atividade proposta pela professora; 
f) Atividades para desenvolvimento das Linguagens; 
g) Hora da higiene: momento de orientação sobre os 
cuidados básicos com o corpo; 
h) Almoço; 
i) Escovação; 
j) Hora do descanso; 
k) Lanche; 
l) Banho; 
m) Atividades diversificadas com brincadeiras dirigidas 
e ou livres; 
n) Jantar; 
o) Escovação; e 
p) Despedida.
FIQUE DE OLHO 
Veja quantas pessoas se envolvem no PP e quantas 
são de fato necessárias! 
 2322 FUNDAMENTOS DE GESTÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO CONSTRUINDO UM PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: 
DO PAPEL PARA A PRÁTICA
6.5 CRIAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO
Para Veiga (1991, p. 82), “A 
importância desses princípios 
está em garantir sua operacio-
nalização nas estruturas escola-
res, pois uma coisa é estar no 
papel, na legislação, na proposta, 
no currículo, e outra é estar 
ocorrendo na dinâmica interna da escola, no real, no concreto”. 
Agora teremos pela frente o imenso desafio de efetivar o 
projeto pedagógico na escola validando o documento e dando-
-lhe o seu devido crédito. 
Ainda de acordo com Veiga (1991, p. 82), os princípios do 
PPP são: igualdade, qualidade, gestão democrática, liberdade/
autonomia e valorização do magistério. 
Esses possuem um caráter permanente e fundamentado 
nas ações pedagógicas.
Com base nestes princípios vamos dar início à nossa pro-
dução.
6.5.1. O QUE DEVE CONTER UM PROJETO 
POLÍTICO PEDAGÓGICO
Uma visão geral sobre a escola; suas particularidades; o 
que ela pretende ser para seus alunos; como pretende desenvol-
ver o ensino; ações objetivas para melhorar a instituição. 
6.5.1.1. Identificação da Escola. 
O documento deve começar, obviamente, identificando 
a escola ao qual se refere. O cabeçalho deve conter, então: 
- nome da escola
- entidade mantenedora (os mantenedores da instituição, 
ou pessoa jurídica ou física por trás da escola). 
- localização da escola, endereço completo, cidade, bairro, 
estado. 
- CNPJ e registro civil 
Também devem constar os nomes:
- do diretor
- do coordenador pedagógico
- de outros membros da equipe responsável
6.5.1.2. Missão, Visão e Valores
Pode-se explicar quais são os princípios da instituição de 
ensino: o que se acredita ser correto para educação e como é o 
aluno que se pretende formar. 
Já estudamos nos encontros anteriores, as referências a 
respeito da Missão, Visão e Valores na WebAula 04, reveja a 
estrutura destes tópicos no material relacionado. 
6.5.1.3. Contexto das famílias dos estudantes
É um momento propí-
cio para criar integração entre 
os vários segmentos da comu-
nidade escolar através de tra-
balhos que podem ser realiza-
dos visando à realização do 
diagnóstico da situação atual 
da escola. Podem ser feitos estudo do meio envolvendo alunos 
e professor, entrevista de alunos com seus pais, etc. 
Também devem ser acrescentadas as estatísticas socioe-
conômicas sobre a comunidade onde fica a escola. Esse tipo de 
 2524 FUNDAMENTOS DE GESTÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO CONSTRUINDO UM PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: 
DO PAPEL PARA A PRÁTICA
informação costuma ser disponibilizada por órgãos públicos, 
secretarias e prefeituras, por exemplo. 
Nesse trecho cabe também definir a participação que se 
espera dessas famílias no processo educacional.
6.5.1.4. Dados sobre a aprendizagem 
Além de um panorama socioeconômico da comunidade 
escolar, também é necessário explicar como está o ensino na 
escola. Para isso, devem ser citados dados internos, como:
- número de alunos
- taxas de reprovação
- médias de notas
- comparações com estatísticas municipais ou regionais
6.5.1.5. Recursos Disponíveis 
Devem ser informadas as potencialidades e limitações da 
escola, pois assim é possível realizar propostas viáveis dentro 
das condições que a escola comporta. 
- da estrutura física da instituição
- do quadro de funcionários
- dos recursos tecnológicos disponíveis
6.5.1.6. Diretrizes Pedagógicas 
Esta é a parte onde deve 
ser estabelecido o conteúdo e 
o método de ensino. É funda-
mental nesse processo a par-
ticipação dos professores de 
cada disciplina, pois eles pos-
suem conhecimentos especí-
ficos que podem ser de grande valia. Esse é um dos trechos 
mais importantes do projeto político pedagógico: é aqui que a 
escola exerce sua autonomia para elaborar o currículo.
6.5.1.7. Plano de Ação 
Todas as propostas de um projeto político pedagógico 
devem culminar em um plano de ação. Observe que trabalha-
mos sobre Plano de Ação nos capítulos anteriores, o que signi-
fica que o PPP, além de definir estratégias, deve definir como 
implantá-las. Desta forma este item deve estabelecer atitudes 
objetivas a serem tomadas. É importante que o texto não fique 
apenas no campo teórico. É necessário apontar os prazos, pro-
fissionais encarregados e recursos necessários. A partir de 
metas mensuráveis e realistas é possível fazer um acompanha-
mento do PPP ao longo do ano.
6.5.2 PASSOS PARA A ELABORAÇÃO DO 
DOCUMENTO
Finalizado o preparo do documento que será utilizado 
para o Projeto Pedagógico, cujo escopo foi SUGERIDO1, é o 
momento de pensar na elaboração do PPP a partir de três fases.
1ª fase: Diagnóstico da realidade escolar
A comunidade escolar precisa fazer a autoavaliação da 
escola e todos os dados que forem possíveis ser coletados devem 
estar disponíveis. 
1 Nota do Autor: O croqui para um projeto político-pedagógico 
acima foi sugerido com base nos modelos usuais disponíveis em várias 
instituições. Por ser um documento público, é possível consulta-los direta-
mente nas secretarias de escolas, bibliotecas escolares, secretarias de edu-
cação, e estes podem variar de acordo com a sua localização geográfica, 
condições socioeconômicas etc.
 2726 FUNDAMENTOS DE GESTÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO CONSTRUINDO UM PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: 
DO PAPEL PARA A PRÁTICA
Assim para criar um ponto de partida das ações, deverá 
criar um momento de integração com a comunidade da mesma 
forma se fosse atualizar o plano. Podem ser feitas algumas ava-
liações que envolvam professores e alunos, entrevista com os 
pais, etc.
Podem ser feitas algumas perguntas que mostrem opanorama da escola como por exemplo: 
✓ Como caracterizamos o contexto social-político-eco-
nômico em que a escola está inserida? 
✓ Qual tem sido a função social que a escola tem cum-
prido? 
✓ Que resultados a escola tem apresentado à comuni-
dade? 
✓ A comunidade está satisfeita com os resultados da 
escola?
Este é o momento que a análise entre a fraqueza da reali-
dade escolar e as oportunidades e ameaças da realidade local se 
encontram, para dar origem ao diagnóstico que servirá como 
pano de fundo para o projeto. 
2ª fase: Que identidade a escola deseja construir 
As informações obtidas 
no diagnóstico devem, então, 
ser apresentadas à comuni-
dade escolar para que se abra 
o debate. A partir desse 
momento, é preciso definir de 
maneira ampla quais são as 
estratégias da escola para:
✓ Que escola pretendemos construir? 
✓ Que tipo de sociedade nossa escola quer formar? 
✓ Que tipo de cidadão nossa escola deseja formar? 
✓ Qual deve ser a missão da nossa escola?
3ª fase: Definição de estratégias para as ações propostas 
Depois de deliberar sobre questões amplas, é preciso 
debater com os profissionais de cada área as maneiras específi-
cas de se atingir os objetivos desejados. Essa é a hora de elabo-
rar propostas objetivas, definir currículos das disciplinas e 
sugerir metas concretas. 
Depois de pronto, o PPP escolar deve ser disponibilizado 
para toda a comunidade escolar. É válido imprimi-lo e distri-
buí-lo, ou deixá-lo em fichário acessível a qualquer pessoa, por 
exemplo.
FECHAMENTO 
Neste encontro, tratamos a respeito de estratégicas com 
exemplos práticos acerca da implementação de Projeto, Plano 
de Ação ou Plano de Trabalho, de acordo com a denominação 
que a instituição dá para o ato de planejar e dirigir e executar 
tarefas para controle e implementação de seus projetos. 
Estudamos o passo a passo para a construção de um 
plano de ação que integra o Projeto Pedagógico além de estu-
darmos a respeito dos principais passos para a confecção do 
documento do Projeto Pedagógico.
Fizemos um recorte das principais etapas para a revisão 
e depois para a construção de um PPP escolar, e estudamos 
como é importante a criação, manutenção, revisão do projeto 
pedagógico passando por cada uma das dimensões pedagógi-
cas que este fazimento nos proporciona. 
 2928 FUNDAMENTOS DE GESTÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO CONSTRUINDO UM PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: 
DO PAPEL PARA A PRÁTICA
Referências
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conter um plano de ação bem elaborado? Disponível em: 
<https://professorannibal.com.br/2016/12/13/que-informa-
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Disponível em: <https://gestaoescolar.org.br/>. Acesso em: 14 
fev. 2017.
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Escritos de Educação, Petrópolis: Vozes, 1998.
ERPLAN Tecnologia e Gestão SSMAQ. Ciclo PDCA: 
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2021.
FRAIDENRAICH, V. Coordenador pedagógico, uma 
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LIBÂNEO, J. C. Organização e gestão da escola: teoria e 
prática. 4. ed. Goiânia: Alternativa, 2001.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem 
na escola: reelaborando conceitos e criando a prática. 2 ed. 
Salvador: Malabares Comunicações e eventos, 2005.
PAR Plataforma Educacional. Como revisar o Projeto 
Político-Pedagógico. [Material Eletrônico]. Disponível em: 
<www.somospar.com.br>. Acesso em 02 fev. 2021.
PARO, Vitor Henrique. Escritos sobre educação. São 
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PORTAL EDUCAÇÃO. Projeto Político-Pedagógico: 
objetivos. 2013. Disponível em: <https://www.portaleducacao.
com.br/conteudo/artigos/pedagogia/projeto-politicopedago-
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VEIGA, I. P. A. Projeto político pedagógico da escola, 
uma construção possível. 29 ed. Campinas, SP: Papirus, 2013.
______. Escola, currículo e ensino. In: VEIGA, I. P. A.; 
CARDOSO, M. H. (Org.). Escola fundamental: currículo e 
ensino. Campinas: Papirus, 1991.
SILVA, Margarida Sônia Marinho; ZENAIDE, Maria de 
Nazaré Tavares. Plano de Ação em Educação em e para 
Direitos Humanos na Educação Básica, s.d. Disponível em: 
Importante lembrar que não há uma fórmula para a rea-
lização das atividades para a criação do PPP, o importante é 
que ela se atenha ao cumprimento do que está proposto e que 
ela aconteça!
Existe na literatura pedagógica vários caminhos e vários 
layouts de Projeto Político-Pedagógico comprovando que se 
trata de um documento flexível que deve ter a identidade da 
escola que o elabora, é preciso que os gestores encontrem aquele 
que mais atenda à sua necessidade. 
Bons estudos! 
 3130 FUNDAMENTOS DE GESTÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO CONSTRUINDO UM PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: 
DO PAPEL PARA A PRÁTICA
<http://dhnet.org.br/dados/cursos/edh/redh/02/modulo_2_3_
plano_de_acao_naza.pdf>. Acesso em: 15 fev. 2021. 
WPensar Pedagógico. O que é e como fazer o PPP 
escolar. Disponível em: <https://blog.wpensar.com.br/pedago-
gico/projeto-politico-pedagogico-ppp/>. Acesso em 14 fev. 
2021.
Imagens: Banco institucional Shutterstock.

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