Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FACULDADE PENTÁGONO Funções Unovariáveis Prof. MSc Thiago Abraão Limites e Derivadas 2 Caro Aluno, Este material foi elaborado para servir de apoio durante as aulas da disciplina Função de Uma Variável do curso de Engenharia de Produção. Conforme o plano de aula da disciplina será abordado temas fundamentais do Cálculo Diferencial, a saber: Limites de funções de uma variável, derivada de funções de uma variável e suas propriedades. Para tanto, é fundamental a compreensão sobre funções elementares e, ainda conhecimento elementar de álgebra e de conjuntos numéricos. O curso de Função de Uma Variável é um conteúdo essencial para o aluno que pretende seguir carreiras nas áreas de Tecnologia ou nas Engenharias, sua importância é verificada em problemas onde há aplicação da modelagem matemática, por exemplo, na Física, estatística, elaboração de projetos, cálculo de estruturas, projetos de máquinas, entre outros. Há estudos que apontam o surgimento das ideias centrais do cálculo diferencial e integral no antigo império Egípcio (cerca de 2000 a.C.) com o objetivo de encontrar a solução de problemas em cálculo de áreas e volumes. No entanto, tais ideias ganharam rigor e sistematização somente no sec. XVII, através dos trabalhos de Isaac Newton e Gottfried Wilhelm Leibniz1. Essas contribuições vão desde a notação simbólica, comumente usada, até as demonstrações de teoremas fundamentais bem como a aplicação em problemas da mecânica clássica (Isaac Newton). Atualmente, o cálculo diferencial e Integral é uma ferramenta poderosa e, indispensável para engenheiros, tecnólogos, técnicos e cientistas, de uma maneira geral, sua aplicação vai desde o lançamento de satélites até a construção de pontes. Aplicações em diversas áreas das ciências, tais como: Termodinâmica, Mecânica Clássica, Eletromagnetismo, Microeletrônica, Óptica de Raios, Óptica Ondulatória, Física Nuclear, Cinética Química, e Resistência dos Materiais, etc. As motivações para aprofundar os estudos do cálculo diferencial e integral, são inúmeras, certamente os ganhos também são imensuráveis, uma vez que se amplia a capacidade de raciocínio lógico quantitativo e o desenvolvimento de 1 Embora Newton tenha utilizado o cálculo na solução de problemas da Física, a notação e o rigor de algumas demonstrações são creditados a Leibniz. 3 habilidades na modelagem matemática dos mais diversos sistemas (mecânicos, térmicos, elétricos, estruturais, entre outros). É com imensa satisfação, que elaboro este material e espero que o aproveite, que lhe sirva de ganho pessoal, intelectual e profissional, servindo de apoio na sua trajetória acadêmica. Ainda, para complementar os seus estudos não deixe de consultar livros, vídeos e outras boas referências encontradas na web. Há ainda recursos adicionais, como softwares e aplicativos disponíveis para facilitar o entendimento e expandir o seu conhecimento. Citando alguns deles, como o Wolfram Alpha (https://wolframalpha.com) e software como o Geogebra (https://www.geogebra.org/?lang=pt). “Tenho a impressão de ter sido uma criança brincando à beira-mar, divertindo-me em descobrir uma pedrinha mais lisa ou uma concha mais bonita que as outras, enquanto o imenso oceano da verdade continua misterioso diante de meus olhos.” Sir. Isaac Newton https://www.wolframalpha.com/ https://www.geogebra.org/?lang=pt 4 Sumário 1. Introdução ao Cálculo .......................................................................................................5 1.1. Limite de uma Função de uma variável .....................................................................5 1.2. Vizinhança de um ponto ............................................................................................7 1.3. Definição de limite de uma função ............................................................................8 1.3.1. Limite de uma função constante (𝑦 = 𝑘 ou 𝑓(𝑥) = 𝑘, 𝑘 ∈ ℝ) ........................8 1.3.2. Limite de uma função do 1ºgrau ........................................................................9 1.3.3. Exercícios Propostos ...........................................................................................9 1.4. Propriedades dos Limites .........................................................................................10 1.4.1. Unicidade do Limite ..........................................................................................10 1.4.2. Limite da soma das funções .............................................................................10 1.4.3. Limite da diferença das funções .......................................................................10 1.4.4. Limite do produto das funções .........................................................................10 1.4.5. Limite do quociente das funções ......................................................................10 1.4.6. Exercícios Propostos .........................................................................................11 1.5. Indeterminação do tipo 00 no cálculo de limites ...................................................11 1.5.1. Exercícios Propostos .........................................................................................12 2. Derivada de uma Função em um ponto. .........................................................................13 2.1. Exercícios Propostos ................................................................................................16 2.2. Derivada de potência. ..............................................................................................16 2.2.1. Exercícios Propostos .........................................................................................17 2.3. Derivada do produto de duas funções ....................................................................17 2.4. Derivada do quociente de duas funções .................................................................17 2.4.1. Exercícios Propostos .........................................................................................18 3. Referências Bibliográficas ...............................................................................................19 Lista de Figuras Figura 1 - Gráfico de uma Função Constante. .......................................................... 8 Figura 2 - Gráfico de uma Função do 1°Grau ........................................................... 9 Figura 3 - Reta Secante .......................................................................................... 13 Figura 4 - Representação Geométrica da Derivada ................................................ 14 Lista de Tabelas Tabela 1 - Variação dos Valores de x e f(x) ara valores a esquerda de 3. ................ 5 Tabela 2 - Variação dos Valores de x e f(x) ara valores a direita de 3. ..................... 6 https://ufabcedubr-my.sharepoint.com/personal/thiago_asilva_ufabc_edu_br/Documents/PENTAGONO/2019_2Semestre/TECNOLOGIA_MECATRONICA_INDUSTRIAL_3LMTPIA-S409/FUV_FUNCAO_UMA_VARIAVEL_2019/Apostila_Calculo_diferencial.docx#_Toc23178354 https://ufabcedubr-my.sharepoint.com/personal/thiago_asilva_ufabc_edu_br/Documents/PENTAGONO/2019_2Semestre/TECNOLOGIA_MECATRONICA_INDUSTRIAL_3LMTPIA-S409/FUV_FUNCAO_UMA_VARIAVEL_2019/Apostila_Calculo_diferencial.docx#_Toc23178355 https://ufabcedubr-my.sharepoint.com/personal/thiago_asilva_ufabc_edu_br/Documents/PENTAGONO/2019_2Semestre/TECNOLOGIA_MECATRONICA_INDUSTRIAL_3LMTPIA-S409/FUV_FUNCAO_UMA_VARIAVEL_2019/Apostila_Calculo_diferencial.docx#_Toc23178356 https://ufabcedubr-my.sharepoint.com/personal/thiago_asilva_ufabc_edu_br/Documents/PENTAGONO/2019_2Semestre/TECNOLOGIA_MECATRONICA_INDUSTRIAL_3LMTPIA-S409/FUV_FUNCAO_UMA_VARIAVEL_2019/Apostila_Calculo_diferencial.docx#_Toc23178357 5 1. Introdução ao Cálculo1.1. Limite de uma Função de uma variável A noção de limite de uma função nos ajuda a compreender o que ocorre com uma função quando o valor do seu domínio tende ao infinito ou até mesmo a um determinado valor em particular. Para termos uma ideia, vamos considerar a função abaixo: 𝑓(𝑥) = 𝑥2 − 2𝑥 − 3 𝑥 − 3 (1) Analisando a função dada em (1) verifica-se que o seu domínio NÂO ESTÁ DEFINIDO PARA “3”, uma vez que, caso “𝑥” seja igual a “3”, teremos imediatamente o denominador igual “0”. Assim, temos que o domínio é dado por: 𝐷 = {𝑥 ∈ ℝ / 𝑥 ≠ 3} No entanto, caso quiséssemos entender qual o comportamento da função para valores próximos de “3”, poderíamos tomar dois caminhos, o primeiro considerando a vizinha a esquerda de “3”, ou seja, considerando valores menores que “3”, o segundo, considerando os valores da vizinhança a direita, ou seja, tomando valores maiores que “3”, em ambos os casos pode-se verificar alguns padrões. (STEWART, 2009) Este tipo de análise nos permite compreender o comportamento da função, quando o domínio tende a valores próximos “3”. Vejamos o que acontece com a função conforme apresentado na tabela 1, encontramos os respectivos valores de 𝑥 e 𝑓(𝑥) considerando valores da vizinhança a esquerda de “3”. Tabela 1 - Variação dos Valores de x e f(x) ara valores a esquerda de 3. 𝒙 1 2 2,5 2,9 2,99 2,999 2,9999 𝒇(𝒙) 2 3 3,5 3,9 3,99 3,999 3,9999 6 Agora, vejamos o que acontece com a função quando tomamos valores na vizinhança do lado direito de 3, na tabela 2 encontramos os respectivos valores de 𝑥 e 𝑓(𝑥). Tabela 2 - Variação dos Valores de x e f(x) ara valores a direita de 3. 𝒙 5 4 3,5 3,1 3,01 3,001 3,0001 𝒇(𝒙) 6 5 4,5 4,1 4,001 4,001 4,0001 Comparando as duas tabelas, percebemos que quando os valores de “ x ” tendem a 3 pela direita ou pela esquerda os valores da função tendem a valores próximos de 4. Ainda, verifica-se que quão mais próximo o valor de “ x ” for 3 o valor de f(x) será mais próximo de 4. Esta análise pode ser representada matematicamente utilizando o conceito de limite, assim, as abordagens tomadas para valores a esquerda e a direita de 3 podem ser representadas da seguinte maneira: Resumidamente, temos que o limite da função f(x) quando x tende a valores a direita de 3 é igual a 4. lim 𝑥→3+ 𝑥2 − 2𝑥 − 3 𝑥 − 3 = 4 Resumidamente, temos que o limite da função f(x) quando x tende a valores a esquerda de 3 é igual a 4. lim 𝑥→3− 𝑥2 − 2𝑥 − 3 𝑥 − 3 = 4 Os símbolos “+” e “-” representados sobre o número 3 indicam o sentido da variação dos valores (maiores ou menores) de 3. Essa abordagem é conhecida como limites laterais da função, quando os resultados dos limites são iguais nos dois sentidos, diz-se que o limite existe e é único. Assim, concluímos: lim 𝑥→3 𝑥2 − 2𝑥 − 3 𝑥 − 3 = 4 A importância do uso dos limites é fundamental para compreender o que ocorre com uma função quando os valores tendem ao infinito ou há valores nos quais o domínio da função não está definido. O uso deste recurso é crucial para 7 elaboração dos gráficos de funções mais complexas. Em épocas remotas, quando não havia a disponibilidade de computadores e calculadoras gráficas, a construção de gráficos era possível através de uma análise do seu limite. 1.2. Vizinhança de um ponto Sabemos que existe uma correspondência biunívoca entre os números reais e os pontos de uma reta, ou seja, a cada ponto da reta corresponde um único número real e, reciprocamente, a cada número real corresponde um ponto da reta. Assim, devido a essa correspondência usa-se indistintamente as palavras número e ponto. Considerando um intervalo aberto: 𝐼 = {𝑥 ∈ ℝ / 𝑎 < 𝑥 < 𝑏} 𝑜𝑢 ] 𝑎, 𝑏 [ Onde a e b são reais e distintos. Se �̅� ∈ 𝐼 o intervalo é chamado de vizinhança do ponto �̅�. Assim: No caso particular de �̅� ser o ponto médio de ] 𝑎, 𝑏 [, dizemos que o intervalo é uma vizinha simétrica de �̅�. Note que nesse caso x̅ = (a + b)/2. Assim: Dessa forma, Vizinhança de �̅� é qualquer intervalo aberto ao qual �̅� pertence. 𝑥 𝑏 �̅� 𝑎 𝑥 𝑏 �̅� 𝑎 Vizinhança simétrica de �̅� é qualquer intervalo aberto do qual �̅� é ponto médio. 8 1.3. Definição de limite de uma função O limite de 𝒚 = 𝒇(𝒙) é 𝑏 quando 𝑥 tende 𝑎 se, para qualquer vizinhança 𝑽𝒃 𝒅𝒆 𝒃, existir em correspondência com uma vizinhança 𝑽𝒂 𝒅𝒆 𝒂 tal que para qualquer 𝒙 ∈ 𝑽𝒂 com 𝒙 ≠ 𝒂 se tenha 𝒇(𝒙) ∈ 𝑽𝒃. 1.3.1. Limite de uma função constante (𝑦 = 𝑘 ou 𝑓(𝑥) = 𝑘, 𝑘 ∈ ℝ) O gráfico de uma função constante é uma reta paralela ao eixo x. Digite a equação aqui. Assim, para qualquer 𝑎 ∈ ℝ temos: Como exemplo: a) lim𝑥→1 12 = 12 b) lim𝑥→−2 √2 = √2 c) lim𝑥→0 [sen 𝜋 4 ] = √2 2 𝒚 𝒙 𝒌 𝒚 = 𝒌 𝒂 lim 𝑥→𝑎 𝑘 = 𝑘 𝟎 Figura 1 - Gráfico de uma Função Constante. 9 1.3.2. Limite de uma função do 1ºgrau O gráfico de uma função constante é uma reta paralela ao eixo x. Assim, para qualquer 𝑎 ∈ ℝ temos: Como exemplo: a) lim𝑥→5(3𝑥 + 5) = 3 ∙ 5 + 5 = lim𝑥→5(3𝑥 + 5) = 20 b) lim𝑥→−1 ( 3 4 𝑥 − 5 4 ) = 3 4 ∙ (−1) − 5 4 → lim 𝑥→−1 ( 3 4 𝑥 − 5 4 ) = −2 1.3.3. Exercícios Propostos 1. Determine os limites: 𝒙 𝒚 𝒇(𝒂) 𝒇(𝒙) = 𝒎𝒙 + 𝒏 𝒂 𝟎 lim 𝑥→𝑎 (𝑚𝑥 + 𝑛) = 𝑓(𝑎) a) lim𝑥→0 [sen 3𝜋 4 ] b) lim𝑥→4 √−27 3 c) lim𝑥→−0,5(3 − 2𝑥) d) lim𝑥→0,5(0,2𝑥 − 0,5) e) lim𝑥→3 (𝑎𝑥 − 3 5 ) = 1 4 f) lim𝑥→−2 ( 3 4 − 5𝑎𝑥) = 4 Figura 2 - Gráfico de uma Função do 1°Grau 10 1.4. Propriedades dos Limites As propriedades dos limites são importantes, pois ajudam a encontrar a solução dos limites para demais casos. 1.4.1. Unicidade do Limite O valor de lim𝑥→𝑎 𝑓(𝑥), se existir, é único. Assim, temos que se lim𝑥→𝑎 𝑓(𝑥) = 𝑏 e lim𝑥→𝑎 𝑓(𝑥) = 𝑐, então 𝑏 = 𝑐. Todas as propriedades estão relacionadas com duas funções. Sejam, portanto, 𝑓(𝑥) e 𝑔(𝑥) tais que: 1.4.2. Limite da soma das funções 1.4.3. Limite da diferença das funções 1.4.4. Limite do produto das funções 1.4.5. Limite do quociente das funções lim𝑥→𝑎 𝑓(𝑥) = 𝐿1 e lim𝑥→𝑎 𝑔(𝑥) = 𝐿2 lim𝑥→𝑎[𝑓(𝑥) + 𝑔(𝑥)] = lim𝑥→𝑎 𝑓(𝑥) + lim𝑥→𝑎 𝑔(𝑥) = 𝐿1 + 𝐿2 lim𝑥→𝑎 𝑓(𝑥) 𝑔(𝑥) = lim𝑥→𝑎 𝑓(𝑥) lim𝑥→𝑎 𝑔(𝑥) = 𝐿1 𝐿2 (𝑠𝑒 𝐿2 ≠ 0) lim𝑥→𝑎[𝑓(𝑥) − 𝑔(𝑥)] = lim𝑥→𝑎 𝑓(𝑥) − lim𝑥→𝑎 𝑔(𝑥) = 𝐿1 − 𝐿2 lim𝑥→𝑎[𝑓(𝑥) ∙ 𝑔(𝑥)] = lim𝑥→𝑎 𝑓(𝑥) ∙ lim𝑥→𝑎 𝑔(𝑥) = 𝐿1 ∙ 𝐿2 11 1.4.6. Exercícios Propostos 2. Determine o valor de m nos casos seguintes: 3. Utilizando as propriedades dos limites já estudadas, calcule: 1.5. Indeterminação do tipo 𝟎 𝟎 no cálculo de limites Tomamos como exemplo o seguinte limite: lim 𝑥→3 𝑥2 + 2𝑥 − 15 𝑥2 − 9 (2) Substituindo 𝑥 por 3 verifica-se uma indeterminação do tipo 0 0 , neste caso, para encontrar a solução do limite é necessário fatorar, sendo realizado este processo até eliminar a indeterminação. Encontrando a raízes de 𝑥2 + 2𝑥 − 15, temos que 𝑥1 = −5 𝑒 𝑥2 = 3. Assim, podemos escrever que 𝑥2 + 2𝑥 − 15 = (𝑥 + 5) ∙ (𝑥 − 3). Ainda, usando diferença entre dois quadrados 𝑥2 − 𝑦2 = (𝑥 + 𝑦) ∙ (𝑥 − 𝑦). Dessa forma, 𝑥2 − 9 = (𝑥 + 3) ∙ (𝑥 − 3). Reescrevendo o limite (2), temos; a) lim𝑥→4[𝑥 ∙ (𝑥 + 3)] b) lim𝑥→0 3𝑥−4 𝑥+2 c) lim𝑥→−0,5 1 3 −𝑥 𝑥− 1 4 a) lim𝑥→10 𝑓(𝑥) = 5𝑚 − 3 𝑒 lim 𝑥→10 𝑓(𝑥) = 3𝑚 4 b) lim𝑥→𝜋 2 𝑔(𝑥) = 𝑚 2 + 𝑚 − 40 𝑒 lim𝑥→𝜋 2 𝑔(𝑥) = 40 − 𝑚 121.5.1. Exercícios Propostos 1. Calcule os limites: lim 𝑥→3 𝑥2 + 2𝑥 − 15 𝑥2 − 9 = 𝐥𝐢𝐦 𝒙→𝟑 (𝒙 + 𝟓) ∙ (𝒙 − 𝟑) (𝒙 + 𝟑). (𝒙 − 𝟑) = lim 𝑥→3 𝑥 + 5 𝑥 + 3 = 4 3 Agora não existe indeterminação do tipo 𝟎 𝟎 , dessa forma o limite pode ser resolvido a) lim𝑥→1 𝑥3−1 𝑥−1 b) lim𝑥→−2 𝑥3+4𝑥2+3𝑥−2 𝑥2−4 c) lim𝑥→2 𝑥3−8 𝑥−2 d) lim𝑥→1 𝑥4−1 1−𝑥2 e) lim𝑥→−5 𝑥3+8𝑥2+15𝑥 𝑥2−25 13 2. Derivada de uma Função em um ponto. Uma grande quantidade de problemas de cálculo podem ser resolvidos se encontrarmos a reta tangente a uma curva, em um ponto especifico da curva. Se a curva é uma circunferência, sabemos da geometria plana que a reta tangente em um ponto 𝑃 da circunferência é definida como a reta que intercepta a circunferência somente no ponto 𝑃. Conforme a Figura 3, seja 𝑓(𝑥) uma função, de uma variável, contínua no intervalo entre os pontos 𝑃 e 𝑄 definida por 𝑓(𝑥); Digite a equação aqui. A reta "𝑟" é chamada de secante a curva, pois intercepta a curva 𝑓(𝑥) em dois pontos (𝑃 𝑒 𝑄). Conforme a Figura 4, temos que o ponto 𝑥2 pode ser representando por; Considerando que o ponto 𝑄 percorra a curva até encontrar o ponto 𝑃, e ainda, sabendo que a inclinação da reta “r” é dada por; 𝑄(𝑥2, 𝑓(𝑥2)) 𝒚 𝒙 𝟎 𝑓(𝑥1) 𝑓(𝑥2) 𝑓(𝑥) 𝑃(𝑥1, 𝑓(𝑥1)) 𝑥1 𝑥2 𝑟 Figura 3 - Reta Secante 𝑄(𝑥2, 𝑓(𝑥2)) 𝑥2 = 𝑥1 + ∆𝑥 tg 𝜃 = 𝑓(𝑥1 + ∆𝑥) − 𝑓(𝑥1) 𝑥2 − 𝑥1 => 𝐭𝐠 𝜽 = 𝒇(𝒙𝟏 + ∆𝒙) − 𝒇(𝒙𝟏) ∆𝒙 14 Ao fazer o ponto 𝑄 se aproximar do ponto 𝑃 pela curva, temos que cada vez mais ∆𝑥 será menor. Assim, podemos dizer que quando ∆𝑥 → 0 o ponto 𝑄 tenderá ao ponto 𝑃 de tal forma que a reta tocará um único ponto da curva 𝑓(𝑥), dizemos que a reta será tangente a curva no ponto 𝑃. Simbolicamente de forma generalizada, obtemos; Assim, definimos que a derivada é a inclinação da reta tangente em relação ao eixo das abcissas. Simbolicamente, temos; Digite a equação aqui. 𝒚 𝒙 𝑄(𝑥2, 𝑓(𝑥2)) 𝟎 𝑓(𝑥1) 𝑓(𝑥2) 𝑻 𝑃(𝑥1, 𝑓(𝑥1)) 𝑥1 𝑥2 𝑓(𝑥2) − 𝑓(𝑥1) 𝜃 Figura 4 - Representação Geométrica da Derivada ∆𝑥 = 𝑥2 − 𝑥1 lim ∆𝑥→0 tg 𝜃 = lim ∆𝑥→0 𝑓(𝑥 + ∆𝑥) − 𝑓(𝑥) ∆𝑥 𝒅𝒇(𝒙) 𝒅𝒙 = 𝒇′(𝒙) = 𝐥𝐢𝐦 ∆𝒙→𝟎 𝒇(𝒙 + ∆𝒙) − 𝒇(𝒙) ∆𝒙 (𝟑) 15 Exemplos; a) 𝒇(𝒙) = 𝟑𝒙 + 𝟒 Primeiro encontramos 𝑓(𝑥 + ∆𝑥); 𝑓(𝑥 + ∆𝑥) = 3(𝑥 + ∆𝑥) + 4 Em seguida, substituindo 𝑓(𝑥 + ∆𝑥) em (3), temos; 𝑓′(𝑥) = lim ∆𝑥→0 3(𝑥 + ∆𝑥) + 4 − (3𝑥 + 4) ∆𝑥 = lim ∆𝑥→0 3𝑥 + 3∆𝑥 + 4 − 3𝑥 − 4 ∆𝑥 = 3 b) 𝒇(𝒙) = 𝒙𝟐 + 𝟐𝒙 Primeiro encontramos 𝑓(𝑥 + ∆𝑥); 𝑓(𝑥 + ∆𝑥) = (𝑥 + ∆𝑥)2 + 2(𝑥 + ∆𝑥) Em seguida, substituindo 𝑓(𝑥 + ∆𝑥) em (3), temos; 𝑓′(𝑥) = lim ∆𝑥→0 (𝑥 + ∆𝑥)2 + 2(𝑥 + ∆𝑥) − (𝑥2 + 2𝑥) ∆𝑥 𝑓′(𝑥) = lim ∆𝑥→0 𝑥2 + 2𝑥∆𝑥 + ∆𝑥2 + 2𝑥 + 2∆𝑥 − 𝑥2 − 2𝑥 ∆𝑥 𝑓′(𝑥) = lim ∆𝑥→0 2𝑥∆𝑥 + ∆𝑥2 + 2∆𝑥 ∆𝑥 = lim ∆𝑥→0 ∆𝑥(2𝑥 + ∆𝑥 + 2) ∆𝑥 𝑓′(𝑥) = lim ∆𝑥→0 2𝑥 + ∆𝑥 + 2 𝒇′(𝒙) = 𝟐𝒙 + 𝟐 16 2.1. Exercícios Propostos 1. Calcule a derivada das seguintes funções: 2.2. Derivada de potência. Seja 𝑓(𝑥) = 𝑥𝑛, uma função real, de uma variável. A sua derivada pode ser encontrada usando a equação 3. 𝑑 𝑑𝑥 [𝑥𝑛] = 𝑓′(𝑥) = lim ∆𝑥→0 𝑓(𝑥 + ∆𝑥) − 𝑓(𝑥) ∆𝑥 = lim ∆𝑥→0 (𝑥 + ∆𝑥)𝑛 − 𝑥𝑛 ∆𝑥 = lim ∆𝑥→0 [𝑥𝑛 + 𝑛𝑥𝑛−1∆𝑥 + 𝑛(𝑛 − 1) 2! 𝑥 𝑛−2∆𝑥2 + ⋯ + 𝑛𝑥∆𝑥𝑛−1 + ∆𝑥𝑛] − 𝑥𝑛 ∆𝑥 = lim ∆𝑥→0 𝑛𝑥𝑛−1∆𝑥 + 𝑛(𝑛 − 1) 2! 𝑥 𝑛−2∆𝑥2 + ⋯ + 𝑛𝑥∆𝑥𝑛−1 + ∆𝑥𝑛 ∆𝑥 = lim ∆𝑥→0 [𝑛𝑥𝑛−1 + 𝑛(𝑛 − 1) 2! 𝑥𝑛−2∆𝑥 + ⋯ + 𝑛𝑥∆𝑥𝑛−2 + ∆𝑥𝑛−1] = 𝑛𝑥𝑛−1 + 𝑛(𝑛 − 1) 2! 𝑥𝑛−2∆𝑥 + ⋯ + 𝑛𝑥∆𝑥𝑛−2 + ∆𝑥𝑛−1 = 𝑛𝑥𝑛−1 + 0 + ⋯ + 0 + 0 = 𝑛𝑥𝑛−1 𝒅 𝒅𝒙 [𝒙𝒏] = 𝒇′(𝒙) = 𝒏𝒙𝒏−𝟏 a) 𝑓(𝑥) = 10 b) 𝑓(𝑥) = 3𝑥 + 4 c) 𝑓(𝑥) = 𝑥2 + 4𝑥 d) 𝑓(𝑥) = 4 − √𝑥 e) 𝑓(𝑥) = 1 𝑥 ∆𝑥𝑛−2 ∆𝑥𝑛−1 17 2.2.1. Exercícios Propostos 1. Calcule a derivada das seguintes funções: 2.3. Derivada do produto de duas funções Seja ℎ(𝑥) = 𝑓(𝑥) ∙ 𝑔(𝑥), uma função real, de uma variável. A sua derivada pode ser encontrada usando a equação: 2.4. Derivada do quociente de duas funções Seja ℎ(𝑥) = 𝑓(𝑥) 𝑔(𝑥) , uma função real, de uma variável. A sua derivada pode ser encontrada usando a equação: a) 𝑓(𝑥) = 𝑥3 + 1 b) 𝑓(𝑥) = 3𝑥 + 4 c) 𝑓(𝑥) = 𝑥2 + 4𝑥 d) 𝑓(𝑥) = 4 − √𝑥 e) 𝑓(𝑥) = 1 𝑥 𝒅 𝒅𝒙 [ 𝒇(𝒙) 𝒈(𝒙) ] = 𝒉′(𝒙) = 𝒇′(𝒙) ∙ 𝒈(𝒙) − 𝒇(𝒙) ∙ 𝒈′(𝒙) 𝒈(𝒙)𝟐 𝒅 𝒅𝒙 [𝒇(𝒙) ∙ 𝒈(𝒙)] = 𝒉′(𝒙) = 𝒇′(𝒙) ∙ 𝒈(𝒙) + 𝒇(𝒙) ∙ 𝒈′(𝒙) 18 2.4.1. Exercícios Propostos 1. Calcule a derivada das seguintes funções: a) 𝑓(𝑥) = 𝑥 cos 𝑥 b) 𝑢(𝑥) = 𝑥2 cos 𝑥 + 2𝑥 c) 𝑦(𝑥) = √𝑥 sen 𝑥 d) 𝑔(𝑥) = √𝑥 𝑥2 e) 𝑡(𝑥) = 𝑥 sen 𝑥 f) 𝑡(𝑥) = tg 𝑥 g) 𝑓(𝑥) = sec 𝑥 19 3. Referências Bibliográficas ANTON, H. (2007). Cálculo: um novo horizonte (Vol. 1). Rio de Janeiro: Bookman. BOULOS, P. (1999). Cálculo diferencial e integral. São Paulo: Pearson Markon. GUIDORIZZI, H. L. (2001). Um curso de Cálculo. São Paulo: LTC. LARSON, R., HOSTETLER, R. P., & EDWARDS, B. (2000). Cálculo, 8º Edição. São Paulo: McGraw-Hill. LEITHOLD. (1994). O Cálculo com Geometria Analítica (Vol. I). São Paulo: Habra. Silva, T. A. (2011). Non Linear Dynamics. Em T. A, Non Linear Control (pp. 50-70). São Paulo: AIP. STEWART, J. (2009). Cálculo. Rio de Janeiro: Thomson. Da Silva, T. A. D. A., Meza, M. E. M., Fenili, A., Balthazar, J. M. & Da Fonseca Brasil, R. M. L. R. A nonlinear model and force control of a robotic claw. AIP Conf. Proc. 1637, 988–997 (2014). 20 TABELAS DE DERIVADAS 21 IDENTIDADES TRIGONOMÉTRICAS
Compartilhar