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Fichamento - O Cuidado

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
CURSO DE PSICOLOGIA
Aluno: Letícia França
R.A.: N509JE6
Semestre: 7° semestre
Turno: Noturno
Professor: Andréia 
Texto 
CYTRYNOWICZ, M. B. Criança e infância: fundamentos existenciais Clínica e Orientações. - Capítulo V – O cuidado e a responsabilidade do adulto. Editora Chiado, São Paulo, 2018.
Síntese
	 Quando uma criança nasce, ela ainda não está pronta para desfrutar e entender como funciona o mundo a sua volta, tudo é novo e interessante para ela. Como ela ainda não entende as limitações do mundo a função do adulto, ou responsável do responsável pela criança é apresentar esse mundo. Quando falamos responsável nos referimos ao individuo que pode responder e a responsabilidade se trata da condição do responsável, sendo assim ele responde pela vida da criança. É importante que o adulto esteja presente na vida dessa criança, assim ela consegue obter um referencial claro possibilitando que ela construa a sua própria história, sem esse referencial ela acaba ficando muito confusa e perdida, além não poderem contar com um apoio para suas decisões.
Principais ideias
	Pode-se compreender que no início da vida de uma criança, ela caba ficando de lado nas decisões da própria vida, até porque neste período ainda não é desenvolvido por ela a capacidade de discernimento de certo e errado. Sendo assim cabe aos adultos fazerem essas escolhas. Quando falamos de adultos estamos nos referindo a indivíduos que cuidam e possuem responsabilidade pela criança. Para que possamos entender um pouco melhor os conceitos o texto faz uma breve explicação, onde conclui que o responsável seria aquele sujeito que pode responder e a responsabilidade seria a qualidade do responsável, ou seja a sua principal característica. 
	Ter a responsabilidade por alguém é também ser a autoridade, a falta de experiência da criança torna o responsável aquele que pode evitar problemas futuros para ela. Não significa que pelo fato dela não ter experenciado as vivências da vida ela se encontra em sofrimento, significa na verdade que como a criança ainda não possui uma gama de experiencias e não tem noção da amplitude das possibilidades que existem, o cuidado deve ser constante para que exista uma orientação mais adequada até que a criança consiga aos poucos alcançar sua total autonomia. 
	É importante que todos os envolvidos no cuidado da criança estejam dispostos a ter a responsabilidade pelas crianças, os educadores também fazem parte do ciclo da criança, o convívio dela na escola amplia o conhecimento sobre si, o convívio com pessoas inicialmente estranhas, mas que depois se transforma em amizades. Além desses fatores a criança também desenvolve interesse pelo aprender e se satisfaz a conhecer e aprender novas atividades.
	O adulto também não deve planejar o futuro da criança, ele deve criar da forma que acredita ser a mais coerente, mas deve entender que existe um limite, mas isto ele só descobre quando está cuidando da criança. O crescimento e desenvolvimento da criança está intrinsicamente ligado as limitações que existem na relação cuidador e cuidado, ou seja, os parâmetros, as referências e orientações vêm deste cuidador. As vezes quando tentam acalmar a criança, ou sugerir que siga seus comandos, usam de interesses alheios como justificava para fazerem o que é solicitado, o que muitas vezes causa confusão e até mesmo insegurança, pois a criança não entende o apelo utilizado nas palavras e consegue compreender que estão omitindo algumas informações. 
	Sendo assim é possível compreender que para educar, e cuidar de uma criança é necessário estipular limites e explicitar o que certo do que é errado, é importante buscar a compreensão do que desejam, não apenas sobre si, mas também do outro também, procurando informar e ensinar como se expressar com zelo. O cuidador neste quesito tem suma importância, pois ele será o responsável por transmitir esses ensinamentos, um trabalho muito importante para desenvolver o crescimento infantil, transmitindo segurança e cuidado para aquele que ainda está aprendendo e evoluindo a cada dia.
Citações
“Cabem aos adultos as escolhas iniciais que configuram e conduzem desde a espera pelo nascimento de uma criança até aquelas que se dão nos primeiros anos de vida e ao longo crescimento” (p.125).
“Com novas possibilidades do convívio que surgem nas relações com os outros inicialmente estranhos, outras formas de amizade e de autoridade não familiares são estabelecidas.” (p. 128)
“O cuidado ainda pode ser caracterizado pela falta de paciência, pressa ou receio de não acertar” (p.133).
“No envolvimento entre adulto e criança, ambos encontram oportunidades para descobrirem a si e ao outro para o crescimento próprio. E as limitações de um afeta ao outro, que também não estará livre para compartilhar possibilidades mais amplas do próprio crescimento.” (p.134). 
“Em algumas situações, o adulto busca acalmar inquietações que o afligem. Para isso, ele pode provocar uma proximidade que, artificial em seu exagero, somente o afasta da criança que permanece diste. Dose exagerada ou estranha de expectativas aparece quando as crianças são incentivadas a perceberem e se manifestarem de um modo que nem sempre condiz com os seus mais próprios interesses.” (p.135). 
“A presença do adulto comprometido que oferece parâmetros e referências para a criança é um dos aspectos mais fundamentais no crescimento infantil. Assim, quando ele falta, as crianças se tornam carentes da segurança necessária para a orientação de suas procuras infantis, ficando também comprometida a possibilidade de sua confiança pessoal.” (p.136).

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