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Monica Andrade TCC Praticas Prdagogicas

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PAGE 
6
FACULDADES INTEGRADAS DE JACAREPAGUÁ – FIJ
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM PSICOPEDAGOGIA
A PRÁTICA PSICOPEDAGÓGICA
Jacarepaguá 
2008
A PRÁTICA PSICOPEDAGÓGICA
Monografia realizada em cumprimento à exigência parcial de Conclusão de Curso de Pós Graduação Lato Sensu em Psicopedagogia, das Faculdades Integradas de Jacarepaguá – FIJ.
Jacarepaguá 
2008
“A psicopedagogia trata os pertinentes às dificuldades de aprendizagem apresentadas provenientes não somente da vida escolar, como durante todo o processo de aprender experienciado pelo indivíduo”. 
(Maria Lúcia Weiss)
Agradecimentos
A todos pelo carinho e atenção, assim como o amor no processo ensino-aprendizagem.
À Minha família que sempre esteve ao meu lado, contribuindo para que a paz e a compreensão estejam sempre presentes em meu viver.
A Deus, pois hoje, mais do nunca, compreendo a existência de um força maior. Sei que essa força me ajudou a seguir por este caminho. Sei também que será essa mesma força que me fará seguir em frente por qualquer caminho. Deus, meu agradecimento especial, Àquele que trouxe ao mundo o ensinamento do amor, ofereço minha vida e peço sua bênção para a nova jornada que se inicia. 
A MAIOR BRONCA QUE JÁ LEVEI
Tínhamos uma aula de Fisiologia na Escola de Medicina logo após a semana da Pátria. Como a maioria dos alunos havia viajado, aproveitando o feriado prolongado, todos estavam ansiosos em contar as novidades aos colegas e a excitação era geral.
Um professor entrou na sala e imediatamente percebeu que iria ter trabalho para conseguir silêncio. Com paciência, tentou começar a aula, mas você acha que a turma correspondeu? Que nada...
O professor tornou a pedir silêncio... Mas, não adiantou.
Foi aí que o professor perdeu a paciência e “rodou a baiana”, deu a maior bronca... Ele disse:
- Prestem atenção, porque eu vou falar isso uma única vez: desde que comecei a lecionar, descobri que nós, professores, trabalhamos apenas 5% dos alunos de uma turma inteira. Em todos esses anos, observei que, de cada cem alunos, apenas cindo são realmente aqueles que fazem alguma diferença no futuro; apenas cinco se tornam profissionais brilhantes. Os outros 95% servem apenas para fazer volume; são medíocres e passam pela vida sem deixar nada de útil. E o interessante é que esta porcentagem vale para todo o mundo. Se vocês prestarem atenção, notarão que, de cem professores, apenas cinco são aqueles que fazem a diferença; de cada cem garçons, apenas cinco são excelentes; de cada cem motoristas de táxi, apenas cinco são verdadeiros profissionais...
E continuou:
- É uma pena não termos como separar estes 5% do resto, pois, se isso fosse possível, eu deixaria apenas os alunos especiais e colocaria os demais para fora, então teria o silêncio necessário para dar uma boa aula. Mas, só o tempo é capaz de mostrar isso... Claro que cada um de vocês sempre pode escolher a qual grupo pertencerá. Obrigado pela atenção e vamos à aula de hoje.
Nem preciso dizer o silêncio que ficou na sala e o nível da atenção que o professor conseguiu após aquele discurso. Aliás, a bronca tocou fundo em todos nós, pois minha turma teve um comportamento exemplar em todas as aulas durante todo o semestre.
Hoje, não me lembro muito das aulas de fisiologia, mas a bronca do professor eu nunca mais esqueci. Para mim, aquele professor foi um dos 5% que fizeram a diferença em minha vida.
De fato, percebi que ele tinha razão e, desde então, tenho feito de tudo para ficar sempre no grupo dos 5%, mas como ele disse, não há como saber se estamos indo bem ou não, só o tempo...
Mas uma coisa é certa: se não tentarmos ser especiais em tudo o que fazemos, se não tentarmos fazer tudo o melhor possível, seguramente sobraremos na turma do resto.
autor desconhecido
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...........................................................................................................08
JUSTIFICATIVA.........................................................................................................14
OBJETIVOS...............................................................................................................17
METODOLOGIA.........................................................................................................18
AUTO-ESTIMA...........................................................................................................20
· O bom relacionamento depende da auto-estima positiva....................................21
· Necessidades fisiológicas e psicológicas.............................................................22
· Emoções...............................................................................................................28
· Sentimentos corporais..........................................................................................30
· Auto-estima em ação............................................................................................33
· Os seis pilares da auto-estima..............................................................................38
· A Auto-estima e seus reflexos nas atitudes..........................................................39
· Auto-estima e cultura............................................................................................41
· A influência da cultura...........................................................................................30
· Dicas para elevar a auto-estima...........................................................................47
CONCLUSÃO............................................................................................................57
REFERÊNCIAS.........................................................................................................58
INTRODUÇÃO
A psicopedagogia é uma área de conhecimento e de atuação que se dedica ao estudo do processo de aprendizagem humana para potencializá-lo ou corrigi-lo. O psicopedagogo é um profissional especialista em aprendizagem humana que atua com grupos e/ou indivíduos no âmbito institucional ou clínico e que já tem sua profissão legitimada socialmente e em vias de ser regulamentada pelo Congresso Nacional.
Há muitos caminhos neste mundo. Temos que viver a nossa história como ponto de partida e isso chama-se aceitação. Aceitar a realidade humana, a nossa natureza individual. A falta de sentido para a vida tem nos levado a várias neuroses, ao desenvolvimento da auto-estima baixa.
A partir do conhecimento sempre mais profundo de nós mesmos, teremos melhores condições de comunhão com os outros. 
É preciso experimentar gostar de si mesmo como é, amando com simplicidade de coração tudo o que de positivo e de negativo existir em você. Dessa forma, cada um será capaz de acreditar nas possibilidades de realização que a vida oferecer. O importante é cativar, preparar o coração e a cabeça para aceitar as limitações humanas, como o medo, a insegurança e a angústia. 
Agindo assim, a auto-estima torna-se essencial para uma vida livre de complexos, pois cada um deve conhecer e amar suas potencialidades para viver e promover a comunhão.
Com o contexto, observa-se a indisciplina, a falta de interesse e a dificuldade de aprendizagem, com isso, entende-se que é conseqüência da falta de auto-estima e conhecimentos de valores humanos. Sente-se que a educação precisa ser trabalhada os valores humanos e a auto-estima nos alunos.
Nesse estudo, vê-se que a auto-estima é tudo, pois ela significa gostar de si mesmo e confiar em si, possuindo um bom conceito de si próprio, sabendo apreciar os outros.
O problema se agrava com o ritmo acelerado de descobertas e inovações tecnológicas sem respostas educacionais e sociais imediatas e adequadas.
Portanto, propõem-se resgatar os valores humanos entre os alunos, visando a multiplicação dos mesmos para o contexto social e político a fim de buscar emancipação, integridade, liberdade e transformação da conduta humana.
Relacionamento interpessoal é energizar e extrair de cada encontro todo potencial de criar, mudar e desenvolverpessoas. O relacionamento interpessoal é uma estratégia de longo prazo para melhorar a qualidade, os serviços e as relações. Um ser humano equilibrado em suas relações pode desenvolver o senso de propriedade orgulhando-se do seu trabalho e buscando incessantemente, formas de fazê-lo cada vez melhor. Relacionamento interpessoal é compreensível quando se pensa em gestão participativa, cada colaborador é parte e dono do negócio institucional, usa sua capacidade de tomar decisões e implementá-las para que o negócio funcione.
A preocupação com o processo ensino-aprendizagem de qualquer disciplina do currículo escolar tem sido parte de temas presentes em seminários, encontros e outros eventos que se dispõem a refletir sobre o que esse ensino tem contribuído para a formação do educando nesse início do século. Lamentavelmente, poucos são os avanços nessa direção. Os discursos ainda não conseguem contribuir para um pleno redimensionamento da prática pedagógica, onde ações fragmentadoras e individualizantes, bastante criticadas no interior das instituições de ensino, ainda estão presentes na maioria das salas de aula.
Sem dúvida, constitui um consenso que o ensino deve se configurar uma diretriz para a formação do indivíduo, diante dos desafios e tarefas concretas postas pela realidade social. Nessa perspectiva, refletir sobre a complexidade do processo ensino-aprendizagem, tendo como foco primordial a atuação do professor, neste momento histórico, implica um profundo entendimento das transformações que ocorrem a todo instante na sociedade e que levam a exigir mudanças em todos os setores: políticos, sociais, tecnológicos e culturais, exigindo do professor uma concepção de sociedade, de escola e do ser humano, em suma, o entendimento da relação escola-sociedade e de seus determinantes sociais.
Implica, também, uma ruptura com a idéia de que a escola compreende a solução para todos os problemas sociais e de que a educação constitui a mola transformadora de todos os indivíduos, privilegiando o pedagógico, mas dissociado do político. 
É preciso entender, portanto, que a escola, os conteúdos, o professor e o aluno, o ensinar e o aprender não são realidades acabadas e genéricas, que poderiam ser recortadas e estudadas em si mesmas ou, quem sabe, modificadas por meio de técnicas específicas de intervenção. Pelo contrário, são acontecimentos, processos, algo em contínua construção e superação de si mesmos, fenômenos produzidos por homens concretos em situação historicamente determinada.
A partir dessas considerações, como repensar a reconstrução da prática pedagógica, neste momento histórico, no sentido de formar alunos capazes de pensar o real e de enfrentar os desafios da construção da liberdade e da autonomia, do respeito ao outro e do compromisso com o amanhã, na perspectiva, sempre, da transformação da sociedade? Como conseguir que o educando, hoje, apesar do aparato tecnológico a que muitos têm acesso, valorize o diálogo professor-aluno como possibilidade de crescimento das habilidades cognoscitivas, e como referência para a elaboração pessoal?
Vale, pois, refletir sobre alguns aspectos, dos muitos que poderiam minimizar a complexidade do ensino-aprendizagem de qualquer disciplina do currículo escolar.
Uma prática pedagógica voltada para uma visão de mundo e de sociedade, não pode prescindir de uma postura crítica do professor enquanto responsável pela coordenação, controle e organização da prática pedagógica. O professor lida com pessoas; para ser professor, é preciso renunciar aos papéis e, marchando contra a corrente, apostar num novo ser humano, sem fazer disso uma atitude religiosa, mas postulando novas condições de pensar o saber e de propor novos horizontes para o conhecimento que o aluno precisa se apropriar.
O atual paradigma de competência repousa em uma ação humana criativa, contextualizada, adequada à realidade, respaldada no conhecimento científico e realizada com muita maturidade emocional.
Aprender a lidar com o desconhecido, com o conflito, com o inusitado, com o erro, com a dificuldade, transformar informação em conhecimento, ser seletivo e buscar na pesquisa as alternativas para resolverem os problemas que surgem são tarefas que farão parte do cotidiano das pessoas.
A escola, no cumprimento da sua função social, deverá desenvolver nas crianças e jovens que nela confiam a sua formação, competências e habilidades para prepará-los para agir conforme as exigências da contemporaneidade. 
Como não há como se distanciar desta realidade, todos os profissionais da educação sentem a necessidade de refletir sobre suas ações pedagógicas no que diz respeito a conhecer e reconhecer a importância do sujeito da aprendizagem, a entender o que pode facilitar ou impedir que se aprenda. 
Auxiliando professores e todos aqueles envolvidos com a questão do aprender, surgiu a Psicopedagogia, ciência nova que se destina a buscar as causas dos fracassos escolares e resgatar o prazer de aprender numa visão multidisciplinar, podendo orientar as instituições escolares e seus professores e atender a pais e alunos na perspectiva de transformar as relações com o aprendizado.
Para cumprir com o papel de mediador na aquisição do conhecimento, apresentando o elenco de informações de forma adequada ao grau de compreensão que seu aluno é capaz, estruturalmente, de ter, o professor precisa agir “psicopedagogicamente”. 
Observar, educar o seu olhar na perspectiva do outro, adotar a escuta como meio de conhecer mais o seu aluno, refletir sobre sua “práxis”, buscar nas pesquisas e em outros profissionais a resposta para suas questões, resgatar o seu aluno, conduzindo-o ao prazer de conhecer e aprender - são ações que poderão ser implementadas pelos professores.
Assim, desafiando os óbices do sistema, o professor precisa ter clareza de sua importância na formação do educando. No entanto, somente o sentimento de ser um profissional comprometido, permitirá a compreensão de seus alunos e, por conseguinte, o entendimento do “ser” professor, como ser humano, como cidadão com direito a uma vida digna, merecedor de condições dignas de vida e de sobrevivência, para exercer com dignidade a sua função social como educador, o seu trabalho... Com direito à sua identidade, a ter voz, mesmo eivada de contradições e de recusa, mas repleta de esperanças e de busca por um mundo melhor.
JUSTIFICATIVA
“Uma criança que não sabe brincar, uma miniatura de velho, será um adulto que não saberá pensar” 
(CHATEAU, 1987, P. 14).
A psicopedagogia, empenhada em solucionar os problemas da alfabetização, vem buscando criar formas de administrar a relação professor/aluno/aprendizado, através de métodos adotados amplamente pela psicopedagogia. Entre esses métodos, encontra-se a psicopedagogia, que consiste na análise da criança através dos seus brinquedos, uma vez que a criança desloca para o exterior seus medos e ansiedades.
Já que os jogos e brincadeiras envolvendo música, comprovadamente pode trazer tantos benefícios para a saúde física e mental, incluí-la no cotidiano escolar certamente trará benefícios tanto para os professores quanto para os alunos. Os educadores encontrarão mais um recurso, e os alunos se sentirão mais motivados, se desenvolvendo de forma lúdica e prazerosa.
Além de contribuir para deixar o ambiente escolar mais alegre, a música pode ser usada para proporcionar uma atmosfera mais receptiva à chegada dos alunos, oferecendo um efeito calmante após períodos de atividade física e reduzindo a tensão em momentos de avaliação, “a música também pode ser usada como um recurso no aprendizado de diversas disciplinas” (BURROWS, 2000).
Os professores precisam ter uma visão da importância da atividade lúdica no desenvolvimento e educação da criança, fornecendo subsídios e planejando a execução de atividades diárias na sala de aula. No que se refere aos recursos materiais a ser utilizados, não se torna necessário o uso de materiais sofisticados. O material de sucata, por exemplo, é de fácil obtenção e não exige gastos por parte dosalunos e professor. “Além disso, contribui para o desenvolvimento da imaginação e da criatividade, pois a criança terá a oportunidade de explorar, perceber sob um novo enfoque e utilizar de forma criadora objetos que fazem parte de sua vida cotidiana” .
Como professores, temos que tornar nossas aulas tão interessantes e divertidas quanto possível. As crianças necessitam de movimentos não apenas porque têm períodos de concentração muito curtos, mas também porque aprendem com o uso do corpo inteiro. Cada aula deve incluir pelo menos uma ou duas atividades das quais deveria ser um jogo ou uma brincadeira incluindo a música.
É correto afirmar que, “o êxito do processo ensino-aprendizagem dependem, em grande parte, da integração professor-aluno, sendo que neste relacionamento, a atividade do professor é fundamental”, devendo criar condições para que a criança explore seus movimentos, manipule materiais de diferentes texturas e sonoridades, interaja com seus companheiros e resolva situações-problema. Ele deve ser antes de tudo, um facilitador da aprendizagem.
Pensar...descobrir...criar novas possibilidades...
Reflexão...participação...
Aprender a conhecer... 
Aprender a fazer... 
Aprender a conviver com os outros... 
Aprender a ser...
O Psicopedagogo é aquele que possibilita o outro a ser, crescer, vivenciar suas emoções. E, seguindo esta proposta, é preciso acreditar que a escola tem seu lugar garantido no desenvolvimento da criança, podendo a relação professor-aluno oferecer oportunidades riquíssimas de crescimento e os conflitos que possam surgir exercem um importante papel, não só no desenvolvimento infantil, como no processo de aprendizagem como um todo. É fundamental criar um vínculo positivo nesta relação, sendo que o professor deve estabelecer limites e normas que seja válidas para todo o grupo.
“Para ser válida toda educação, toda ação educativa, deve necessariamente ser precedida de uma reflexão sobre o homem e de uma análise do meio de vida concreto, do homem concreto a quem queremos educar ou melhor, a quem queremos ajudar a que se eduque. Se vier a faltar tal reflexão sobre o homem, corre-se o risco de adotar métodos educativos e maneiras de agir que reduzem o homem à condição de objeto, quando a sua vocação é a de ser sujeito e não objeto.”
Paulo Freire.
A educação escolar tem a tarefa de promover a apropriação de saberes, procedimentos, atitudes e valores por parte dos alunos, pela ação mediadora dos professores e pela organização e gestão da escola. O encargo das escolas, hoje, é assegurar o desenvolvimento das capacidades cognitivas, operativas, sociais e morais pelo seu empenho na dinamização do currículo, no desenvolvimento dos processos do pensar, na formação da cidadania participativa e na formação ética. Para isso, faz-se necessário superar as formas conservadoras de organização e gestão, adotando formas alternativas, criativas, de modo que aos objetivos sociais e políticos da escola correspondam estratégias compatíveis de organização e gestão.
A conquista da cidadania requer um esforço dos educadores em estimular instâncias e práticas de participação popular. A participação da comunidade possibilita à população o conhecimento e a avaliação dos serviços oferecidos e a intervenção organizada na vida da escola. A participação influi na democratização da gestão e na melhoria da qualidade de ensino. 
OBJETIVOS
Gerais:
· Possibilitar o educando a desenvolver suas potencialidades e a compreender melhor o mundo, interligando os vários ramos do conhecimento.
· Contribuir para o aprimoramento do educando do ponto de vista humano, incluindo a formação ética e a autonomia intelectual e do pensamento crítico.
Específicos:
· Demonstrar o respeito ao próximo e a si mesmo;
· Conduzir os alunos a refletir sobre seu processo de aprendizagem;
· Construir a auto-estima em sala de aula;
· Demonstrar novas habilidades, novos comportamentos que auxiliarão a resolver os problemas de equipe e a crescer como pessoas;
· Construir competências e habilidades e disposições de conduta e não simplesmente entupir o aluno de informações;
· Exercer a cidadania a partir do círculo de convivência cotidiana.
METODOLOGIA
Todos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o funcionamento da escola, conhecer com mais profundidade os que nela estudam e trabalham, intensificar seu envolvimento com ela e, assim, acompanhar melhor a educação ali oferecida. 
Em resumo, participação significa a intervenção dos profissionais da educação e dos usuários (alunos e pais) na gestão da escola. Há dois sentidos de participação articulados entre si. Há a participação como meio de conquista da autonomia da escola, dos professores, dos alunos, constituindo-se como prática formativa, como elemento pedagógico, metodológico e curricular. Há a participação como processo organizacional em que os profissionais e usuários da escola compartilham, institucionalmente, certos processos de tomada de decisão.
No primeiro sentido, a participação é ingrediente dos próprios objetivos da escola e da educação. A escola é lugar de aprender conhecimentos, desenvolver capacidades intelectuais, sociais, afetivas, ética, estéticas. Mas é também lugar de formação de competências para a participação na vida social, econômica e cultural. 
No segundo sentido, por meio de canais de participação da comunidade, a escola deixa de ser uma redoma, um lugar fechado e separado da realidade, para conquistar o status de uma comunidade educativa que interage com a sociedade civil. Vivendo a prática da participação nos órgãos deliberativos da escola, os pais, os professores, os alunos, vão aprendendo a sentir-se responsáveis pelas decisões que os afetam num âmbito mais amplo da sociedade.
1. AUTO-ESTIMA
A auto-estima é uma forma de lhe dar consigo mesmo. Tanto pode ser positiva como negativa. Uma pessoa que se sente digna de ser amada e conhece seu próprio valor tem uma auto-estima elevada, está feliz por ser ela mesma e também faz outras pessoas felizes. Ela se gosta e se aceita na medida justa, com equilíbrio. Isso he dá uma força tão grande que alavanca tudo o mais na vida.
Entretanto, existem problemas profundos na história de cada um que podem gerar sentimentos de rejeição, frustração, timidez e inseguranças, onde não acredita em sai mesmo nem se valoriza e acaba, realmente, afastando o carinho das outras pessoas e as boas oportunidades da vida. A auto-estima elevada, ao contrário, faz a pessoa ter simpatia, ser participante e com isso, acaba atraindo coisas boas para si mesma.
A auto-estima positiva é essencial para o processo de vida, é ela que nos fornece todas as armas para enfrentar quaisquer vicissitudes em nossa existência; e é ela que nos estimula na busca de nossos ideais, que nos impulsiona para as realizações e para o sucesso.
A baixa auto-estima diminui a nossa existência na vida e nos faz sucumbir diante de fatores adversos; ela nos torna pequenos e impotentes diante dos obstáculos, nos reduzindo ao fracasso.
Se tivermos uma confiança realista em nossas noções e em nosso valor pessoal, se nos sentirmos seguros a nosso respeito, nossa tendência será viver um mundo como um lugar aberto para nós, respondendo a seus desafios e oportunidades de maneira apropriada.
A auto-estima fortalece, dá energia e motivação. Ela nos inspira a obter resultados e nos permite sentir prazer e orgulho diante de nossas realizações. Ela nos abre a possibilidade de sentir satisfação.
Reconhecer o seu auto-valor, possuir auto-respeito, buscar a sua felicidade, reafirmar os seus pensamentos, expressar seus sentimentos, sentir satisfação pelas suas realizações, isso faz construir a auto-estima.
Você assume uma convicção a respeito de si mesmo?
- Você se conhece (auto-conhecimento)?
- Você se sabe competente (auto-eficiência)?
- Você se percebe merecedor do sucesso, de respeito, de amizade e de amor (auto-respeito)?
1.1 - O Bom Relacionamento depende da Auto-estima Positiva
Anos se passaram, tempo bastante quando a Terra abriu os olhospara o Universo. Galileu inventou o telescópio e nós, humanos, não conseguimos ver que o Universo somos nós. 
Como chegar a esse conhecimento? Conhece-te a ti mesmo e descobrirás a grandiosidade que todos possuem. O tempo pode ser o tempo de sua passagem por essa vida e existe apenas um caminho, único e universal: o amor. O amor simples e incondicional. Ama a tudo e a todos. Ama e encontrarás aquilo que ninguém jamais pode explicar.
Às vezes, nos sentimos pouco amados e descobrimos que em algum tempo da nossa vida, fomos agredidos e ameaçados. Nos fazendo criar um sentimento de que não fomos o bastante bons e em nossa mente criamos sensações de ansiedade, que começam com pensamentos negativos que temos sobre nós. Criamos uma proteção para nos sentirmos seguros e nos isolarmos do mundo, das pessoas, levando uma vida solitária. 
Pensamentos nada mais são do que palavras, que em nossa mente têm significado, quando nos concentramos nas mensagens negativas que nos martelam. Reserva uma hora, de preferência, todos os dias, assegura-te de que não serás perturbado ou interrompido, concentra-se em algum tempo bom de sua vida, deixa essas lembranças e sentimentos emergirem. E manifesta esses sentimentos de alguma maneira; se forem sentimentos bons, de paz e alegria, sorria. Se forem sentimentos de ódio, rejeição e desamor, manifesta-os mesmo chorando. Coloca todas as suas emoções para fora, manifestando primeiramente a sensação. Quando se sentires livres, reflete sobre a maneira que ela contribui nas decisões e atitudes da vida. Talvez o segredo da felicidade se reside na capacidade da renúncia.
1.2 - Necessidades Fisiológicas e Psicológicas
Freud dizia que necessitamos de trabalho e amor para nos sentirmos mentalmente sadios, mas embora necessários em nossas vidas, não são suficientes. Temos necessidades fisiológicas, precisamos comer, beber, dormir e temos necessidades psicológicas, como segurança, auto-estima, reconhecimento, respeito e amor. Mas sejam quais forem nossas necessidades, há um consenso de que viver é crescer e crescer é experimentar a plenitude da vida. Crescemos quando enfrentamos, existimos e alcançamos. Crescemos quando aceitamos desafios, quando tomamos iniciativas. Acredito piamente que existem pessoas que vêem as coisas acontecerem; outras que fazem as coisas acontecerem e outras ainda que nunca sabem quando alguma coisa aconteceu.
Há na alma a tendência insaciável de doação total, desejo de união integral. Mas esse desejo num ser limitado pode terminar em frustração. É muito bonito ver alguém apaixonado, que não mede esforços nem sacrifícios, que faz doação total de si mesmo, sacrificando a própria integridade moral e pessoal, terminando numa profunda depressão. 
São Tomás de Aquino sabia muito bem quando definia o egoísmo como o grande inimigo da perfeição. O homem deve saber doar-se aos amigos e às pessoas que ama, mas nunca sacrificar sua identidade espiritual, daí valendo a tese de que “o homem deve, por caridade, amar mais a si mesmo do que ao próximo”. Temos em nós um desejo infinito de união que nos foi infundido pelo Criador e só nEle podemos encontrar satisfação.
O ajustamento imaturo se dá quando desviamos as energias e potencialidades, bloqueamos o caminho mais reto com comportamentos ingênuos, infantis, desvios, inibições, que muito perturbam a vida.
O ajustamento é neurótico quando frustra de forma maior, nossas necessidades básicas, com comportamentos mais desajustados, desvios de conduta normal, levando a compensações, derivações e problemas maiores na realização integral.
A sociedade hoje oferece uma multiplicidade de valores que, não raro, confundem as pessoas na busca de sua realização. Frente a essa torrencial avalanche de valores de meios de comunicação, que oprimem o ser humano, convergem os estudos de sugestões dos estudiosos e especialistas , no sentido do homem e proteger por um espírito mais crítico, analítico e sintético, assumindo os verdadeiros valores realizadores e ignorando os valores deformadores das novelas, filmes, jornais, revistas, suspeito e negativo.
Para isso, importa sempre ter um auto-conhecimento, fazer a auto-análise permanente e um auto-questionamento eficaz. Ter liberdade de ser e auto-determinação para as opções vitais.
Acima de tudo, importa ter um sentimento de vida e a coragem de ser, isto é, identidade de ser e autenticidade no agir.
A pessoa constrói realmente a sua personalidade quando busca uma educação total do ser humano, isto é, estabelece uma harmonia de todas as dimensões e realizações.
Formar a pessoa física e biologicamente saudável, juntamente com o desenvolvimento psíquico intelectual e efetivo que tanto plenifica a realidade corporal e mental, formar o ser humano emocional e sexualmente com a formação social, de relação e diálogo e comunitariamente na convivência da vida. Formar o ser humano vocacional e profissionalmente pode dar-se a realização básica de sobrevivência e bem-estar familiar e social. Formar o ser humano, ética, moral e espiritualmente, pois essas necessidades fundamental todos os direitos e deveres da pessoa. A mais bela liberdade é aquela que começa na liberdade do outro.
A construção de nossa personalidade é possível, é o empenho mais gratificante e o ideal mais realizador do ser humano em sua caminhada consciente, ou camuflada de todo o ser humano.
A auto-estima é uma poderosa necessidade humana, que contribui de maneira essencial para o processo da vida, sendo indispensável para um desenvolvimento normal e saudável. Tem valor de sobrevivência.
Cada um decide a pessoa que é. A cada momento. E, se não estiver gostando, pode mudar. Pode reprogramar-se.
Acreditar na sua capacidade de decidir sua vida é um passo essencial para ter auto-estima e realizar seus ideais.
A valorização de si mesmo é um processo que se constrói no dia-a-dia e que pode ser ajudado através do autoconhecimento. Quem se conhece, sabe da riqueza que existe em seu mundo interior, sabe dos recursos de que pode lançar mão nos momentos bons e ruins, confia mais em si mesmo, entretanto a pessoa que não se valoriza que não sabe para onde está indo, qualquer caminho serve.
A auto-estima fortalece, dá energia e motivação. Ela inspira a obter resultados e permite sentir prazer e satisfação diante de realizações. 
A auto-estima proclama-se como uma necessidade porque sua (relativa) ausência compromete nossa capacidade de funcionar. É por esse motivo que dizemos que ela tem valor de sobrevivência. E hoje mais do que nunca. Atingimos um ponto na história em que a auto-estima, que sempre se mostrou como uma necessidade psicológica de suma importância, também se tornou uma necessidade econômica da maior relevância, atributo imperativo para a adaptação a um mundo cada vez mais complexo, desafiador e competitivo
O indivíduo com boa auto-estima é:
· Ambicioso sem ser ganancioso 
· Poderoso sem ser opressor 
· Assertivo sem ser agressivo 
· Inteligente sem ser pernóstico 
· Humilde sem ser subserviente 
· Compreensivo ser idiota 
 
Há mais ou menos trinta e cinco anos, o homem entrou na era da informatização. Uma nova e profunda reestruturação no processo de sobrevivência e de evolução dos seres humanos neste planeta.
A dinâmica eu/tempo/espaço tornou-se mais agitada, e houve uma perda de conexão com o Eu-interior, uma dicotomia do Eu vivente na dimensão do tempo/espaço com o Eu-interior que transcende essas dimensões.
A vida tornou-se mais agitada e as crianças tiveram cada vez menos tempo de serem crianças. O desenvolvimento deixou de ser orgânico para ser artificial, bombardeado por informações eletrônicas de toda ordem.
Com esse desequilíbrio, várias deformações ocorreram no Eu-interior do ser humano, produzindo em contrapartida, várias compensações no Eu-exterior. A "persona" passou a se confundir com o verdadeiro Eu. Com este novo modo de ser neste planeta, os indivíduos esqueceram a espontaneidade, a criatividade e a alegria de viver.
De todos os julgamentos que as pessoas enfrentam na vida, nenhum émais importante que aquele que se tem de si mesmo. Quase todos os problemas psicológicos – da ansiedade e depressão a autosabotagem no trabalho ou na escola, do medo da intimidade à hostilidade crônica – são atribuídos à baixa auto-estima
Desde de a infância já existe o incentivo à autodesvalorização, estudos feitos nos EUA demonstram que crianças com quatro anos de idade escutam um elogio e nove repreensões, em média, a cada 24 horas. Para que uma repreensão seja cancelada ou neutralizada no cérebro de um endivido, são necessários pelo menos sete elogios. Isso é o oposto do que foi verificado na pesquisa.
A imagem que todos nós formamos de nós mesmos, através de nosso desenvolvimento e de nossa história de vida, nos diz quem nós somos, o que podemos esperar dos outros e de nós, até mesmo o que achamos que merecemos ter e ser. Muitas vezes acreditamos ter opiniões a respeito de coisas, pessoas e lugares. Na verdade, quase sempre a história é exatamente oposta. As opiniões têm a gente. É o que muitas vezes ocorre na sociedade capitalista, voltada exclusivamente para o consumo, mostrando que no fundo, o nível de escolha é muito pequeno, tornando as pessoas uma marionete, decodificando a imagem que se tem de si mesmo e muitas vezes enxergando o mundo com olhos que não são seus.
Quem tem a estima baixa está sujeito a vários problemas psicológicos, tais como depressão ou ansiedade, pois seu modo de ver o mundo e conseqüentemente de se comportar o faz se sentir infeliz, inseguro e preocupado. A autoestima de uma pessoa, do ponto de vista prático, é manifestada em diferentes áreas de sua vida, algumas das áreas principais são a saúde, finanças, amizades, família e trabalho No campo amoroso, o indivíduo pode entregar-se a relacionamentos por apenas um pouco de atenção. Na vida pessoal ou profissional, a pessoa com baixa estima pode deixar boas oportunidades passarem, por não se achar bom o suficiente. Pode deixar de cuidar do seu corpo, a auto aceitação é um dos grandes segredos na evolução pessoal, e não existe auto-aceitação completa sem que se passe a aceitar o sue corpo do jeito que ele é. Isso se torna um círculo vicioso que parece a ele não ter saída. 
O dó de si mesmo é comum em quem tem baixa auto-estima, assim como o medo de não conseguir ou de perder o desejado. A pessoa considera-se vítima das circunstâncias, dos maus relacionamentos, da "falta de sorte". Patamares elevados de perfeição podem rondar sua fantasia, pondo-se como uma barreira à realização de desejos que se tornam inatingíveis vistos desta ótica. O outro pode ser visto como sempre melhor, mais desejável, mais competente, mais provável de amor do que ele próprio.
As pessoas com baixa auto-estima tendem a desconsiderar o que sua mente produz. Isso não significa que nunca tenham boas idéias. Mas não as valorizam, não as consideram potencialmente importantes, e em geral nem sequer se lembram delas por muito tempo - é raro as concretizarem.
Quanto mais saudável for a auto-estima, mais propenso se torna tratar os outros com respeito, benevolência, boa vontade e equanimidade – uma vez que não se tende percebê-los como ameaça, e que o auto-respeito é a base do respeito pelo outro. Enfim, a auto-estima elevada é a base para a felicidade pessoal.
A prática da auto-aceitação. É a disposição de admitir, experimentar e assumir a responsabilidade por pensamentos, sentimentos e ações, sem fugir, negar ou refutar, e sem se repudiar, permitindo avaliar conceitos, vivenciar emoções e analisar ações sem necessariamente apreciá-las, aprová-las ou justificá-las. A aceitação do eu como ele é evitará que as pessoas se comportem como se estivessem sendo julgadas; desse modo, não estarão sempre na defensiva e conseguirão ouvir críticas ou idéias diferentes sem se tornarem hostis ou competitivos.
É muito mais provável encontrarmos empatia e compaixão, tanto quanto benevolência e cooperação, em pessoas com auto-estima elevada do que nas de baixa auto-estima; o relacionamento com os outros tende a espelhar e refletir o relacionamento consigo mesmo. Ao comentar a máxima "ama ao teu próximo como a ti mesmo", o filósofo Eric Hoffer observa que o problema é que as pessoas fazem exatamente o contrário disso: elas odeiam os outros como odeiam a si mesmas. Os criminosos deste mundo, no sentido literal e figurado, não são pessoas que mantêm um relacionamento íntimo e afetivo com seu eu interior.
Com uma auto-estima elevada, é mais provável que consigamos persistir diante das dificuldades. Com uma auto-estima baixa é mais provável que desistamos ou façamos o que tem que ser feito, sem dar de fato o melhor de nós. As pesquisas mostram que os indivíduos com auto-estima alta persistem nas tarefas um tempo significativamente maior do que os indivíduos com baixa auto-estima.
O valor da auto-estima não está apenas no fato de ela permitir que nos sintamos melhor, mas pode permitir que vivamos melhor – respondendo aos desafios e às oportunidades de maneira mais rica e mais apropriada
1.3 - Emoções
As emoções são experiências do nosso progresso ser, que constitui um conjunto de todos os sentimentos.
A emoção pode ser percebida através de três fatores sendo eles : experiências emocionais, comportamento emocional e alterações fisiológicas do corpo.
As dimensões das experiências emocionais tarefas de organizar um número extraordinariamente grande de experiências emocionais. Segundo Krech (2001), quatro dessas dimensões são :
* Intensidade de Sentimento : quanto à intensidade, as experiências emocionais vão desde o resquício pouco perceptível de uma disposição passageira até a mais violenta das emoções;
* Nível de tensão: refere-se ao impulso para a ação. A pessoa pode sentir-se obrigada a atacar a barreira frustradora, a fugir do objeto ameaçador, a dançar de prazer, onde essas são as emoções ativas. As emoções passivas não incluem esse impulso para a ação, em que a pessoa triste pode ficar por exemplo sentada sem querer movimentar-se; a pessoa satisfeita pode não sentir impulsos para agir. Portanto, a diferença entre ambas é o grau de excitação e força ao impulso de ação;
* Caráter hedonista : são as experiências emocionais que variam conforme o prazer e o desprazer que provocam. Exemplo : os sentimentos de tristeza, vergonha, medo e remorso são nitidamente desagradáveis, alegria, orgulho e satisfação, são nitidamente agradáveis. Portanto, uma emoção pode ser agradável e tornar-se tão intensa que chaga a ser desagradável;
* Grau de Complexidade : são experiências emocionais que podem ser complexas devido ao seu padrão de sentimentos diferentes, então a forma de sentirmos emoções é o que vai descrever se o fator é desagradável ou agradável, demonstrando a complexidade;
Na descrição das emoções percebemos que elas ocorrem como aspectos essenciais e inseparáveis de todas as nossas experiências vividas. Portanto, o fato de analisarmos o nosso sentimento interior é o contexto amplo do significado de emoção.
1.4 - Sentimentos Corporais 
A influência do meio aliadas às nossas experiências internas transmite ou são percebidas nas expressões do nosso corpo. Identificando, assim, o nosso grau de emoção.
Empatia, simpatia e complementalidade
A maneira como percebemos a expressão externa dos sentimentos de um outro indivíduo, variam o modo de pensarmos emocionalmente de acordo com a situação,desenvolvendo relações empáticas, simpáticas e de complementalidade.
Situação Confusa
Encontrar fuga ou saída para uma situação emocional desconhecida, ou seja, a pessoa vem ligar a emoção a um aspecto adequado de situação mesmo que, para fazê-lo, precise "inventar" uma situação e isso, muitas vezes, acontece com as crianças, desde a mais tenra idade.
Emoções ligadas à auto-estima 
De acordo com Krech (2001), as emoções ligadas à auto-estima são :
· Êxito e fracasso; 
· Orgulho e vergonha; 
· Culpa e Remorso.
Onde que nossos sentimentos e emoções são determinados através de nossas percepções e relacionados às experiências ou situações em que vivemos, assim, a maneira de oindivíduo enxergar a si mesmo demonstrará seu nível (elevada ou baixa) de auto-estima e influenciará na determinação de sua emoção, portanto, êxito e fracasso, orgulho etc..., serão fatores que por exemplo, se a pessoa achar que é um fracassado automaticamente é porque sua auto-estima esta baixa; neste exemplo fica claro que as emoções estão relacionadas com nossa auto-estima. 
De acordo com Branden (2002), auto-estima é a capacidade que uma pessoa tem de confiar em si própria, é algo que afeta crucialmente todos os aspectos da nossa experiência, é expressar de forma adequada para si e para os outros as próprias necessidades e desejos. 
A auto-estima não aparece de modo isolado, ela se desenvolve como parte de nossa personalidade. Portanto, a auto-estima é a chave para o sucesso ou para o fracasso. 
Existe a auto-estima positiva e a auto-estima negativa. A auto-estima positiva é sentir-se confiantemente adequado a vida e a auto-estima baixa é sentir-se inadequado a vida, com negativismo sobre si mesmo.
Segundo alguns estudiosos, a auto-estima parece ter uma ligação muito forte com os objetivos e planos que estabelecemos para nós e que dão um significado à nossa vida.
Desenvolver a auto-estima é desenvolver a condição de que somos capazes de viver e somos merecedores da felicidade, e portanto, capazes de enfrentar a vida com mais confiança, boa vontade e otimismo, que nos ajudam a atingir nossas metas e a sentirmo-nos realizados. Desenvolver a auto-estima é expandir nossa capacidade de ser feliz.
Segundo Neri e Freire (2000), "em qualquer idade, a importância do meio social composto por outras pessoas, é fundamental tanto na formação e na manutenção do auto-conceito quanto na avaliação resultante".
Para Neri e Freire (2000), se ter auto-estima é julgar que "sou" adequado à vida, à experiência da competência e do valor, se a auto-estima é a auto-afirmação da consciência, de uma mente que confia em si, então ninguém pode gerar uma determinada experiência a não ser seu "eu" mesmo. Portanto a importância de uma auto-estima saudável está no fato de que ela é o fundamento da nossa capacidade de reagir ativa e positivamente às oportunidades da vida. 
A baixa auto-estima gera ansiedade, medo, depressão, fobias, enfim, uma série de outros problemas. Pois a baixa auto-estima revela uma pessoa que não expressa os seus sentimentos para os outros, acaba tornando-se mentirosa a si mesma.
Auto-estima, seja qual for o nível, é uma experiência íntima, reside na carne do nosso ser. É o que eu penso e sinto sobre mim mesmo, não o que o outro pensa e sente sobre mim.
Segundo Branden (2002), na qualidade de uma vivência psicológica plenamente realizada, a auto-estima é a soma integrada desse dois aspectos :
* Auto-eficiência significa confiança no funcionamento de nossa mente, em nossa capacidade de pensar, nos processos por meio dos quais refletimos, escolhemos e decidimos. É a confiança em nossa capacidade de entender os fatos da realidade que estão dentro da nossa esfera de interesses e necessidades. É uma autoconfiança cognitiva. 
* Auto-respeito significa ter certeza de nossos valores; uma atitude afirmativa diante de nosso direito de viver e ser feliz; a sensação de conforto ao reafirmar de maneira apropriada os nossos pensamentos, as nossas vontades, as nossas necessidades; o sentimento de que a alegria é nosso direito natural por termos sido criados e existirmos no mundo.
Se um indivíduo (aluno) se sente inadequado para enfrentar os desafios da vida, se não tem uma autoconfiança básica, confiança em suas próprias idéias, reconheceremos nele uma auto-estima deficiente, sejam quais forem suas outras qualidades.  Ou, então, se falta ao indivíduo um senso básico de respeito por si mesmo, se ele se desvaloriza e não se sente merecedor de amor e respeito da parte dos outros, se acha que não tem  direito à felicidade, se tem medo de expor suas idéias, vontades e necessidades, novamente reconheceremos uma auto-estima deficiente, não importa que outros atributos positivos ele venha a exibir.  
Auto-eficiência e auto-respeito são os dois pilares da auto-estima saudável;    se   um deles   estiver   ausente,   a    auto-estima   está comprometida.  Ambos são características definidoras do termo por serem fundamentais.  Não representam significados derivados ou secundários da auto estima, mas sua essência. 
Enfim, quanto mais verdadeiro o indivíduo for com si próprio, melhor será o conceito que ele tem de si mesmo e maior será a auto-estima.
1.5 - A auto-estima em ação 
Branden (2002), relata que auto-estima saudável esta significativamente relacionada com racionalismo, realismo, intuição, criatividade, independência, flexibilidade, capacidade de enfrentar os desafios, disponibilidade para admitir e corrigir erros, benevolência e cooperação. Portanto, se entendermos de fato o que é a auto estima, a lógica dessas correlações torna-se clara.
De acordo com Branden (2002) :
* Racionalismo – Está relacionado ao funcionamento do lado esquerdo do cérebro, ao exercício da razão. É o exercício da função integradora da consciência, que leva a pessoa a agir com bom-senso. O indivíduo racionalista busca respeitar os fatos. Seu guia é a lei da não-contradição - nada pode ser verdadeiro e não-verdadeiro (A e não A), ao mesmo tempo e relacionado com a mesma coisa. 
A pessoa que exerce esta habilidade busca sempre a verdade dos fatos, refletindo sobre os mesmos, de modo a não cair em contradição, respeitando a integridade das coisas, mesmo que ela tenha que mudar de opinião se for comprovado que a verdade é diferente ao que ela pensava antes. Está relacionado com o realismo. 
* Realismo - Neste contexto, o termo significa simplesmente o respeito pelos fatos, o reconhecimento de que o que é é, e o que não é não é. Ninguém pode se sentir competente para lidar com os desafios da vida se não levar a sério a distinção entre o real e o irreal; ignorar essa distinção é bastante prejudicial. A auto-estima elevada é intrinsecamente orientada pela realidade. 
Nos testes, indivíduos com baixa auto-estima tendem a subestimar ou superestimar suas capacidades; indivíduos com auto-estima elevada tendem a avaliar suas capacidades de maneira realista. 
Este mecanismo de subestimar ou superestimar a própria capacidade tem a ver com os mecanismos psicológicos chamados de complexos de inferioridade e de superioridade, que, na realidade, são extremos de um mesmo processo. 
O indivíduo tenta, muitas vezes, fugir da baixa auto-estima (inferioridade) superestimando a sua capacidade, através de uma falsa auto-estima (superioridade). 
Quando a pessoa prima por uma auto-estima elevada ela faz uma análise realista de si mesma sem se subestimar ou superestimar.   
* Intuição – Está relacionada com o lado direito do cérebro, com o uso adequado das emoções. Com muita freqüência - em especial, por exemplo, ao tomar decisões complexas -, o número de variáveis que precisam ser processadas e integradas é muito maior do que a mente consciente pode abarcar. Integrações complexas e super-rápidas podem ocorrer abaixo do limiar da percepção consciente e apresentar-se como "intuições". A mente pode, então, rastrear dados para sustentar as evidências ou contrapor a elas. Homens e mulheres, cujo contexto é em geral altamente consciente e experiente, valem-se confiantes dessas integrações subconscientes, pois o grande número de suas vitórias ensinou-lhes que, fazendo isso, na maioria das vezes acertam mais do que erram. Como essa função intuitiva com freqüência permite que dêem saltos inesperados que o pensamento comum só efetua bem mais devagar, eles vivenciam a intuição como o ponto central de seus processos; executivos de alto nível às vezes creditam a intuição muitas de suas realizações. A mente que aprendeu a confiar em si mesma tem mais probabilidade de confiar nesse processo (e de empregá-lo com eficácia, testando-o de maneira condizente com a realidade) do que aquela que não aprendeu. Isso é igualmente válido no mundo dos negócios, dos esportes,das ciências e das artes - nas atividades humanas mais complexas. 
A intuição é importante fator de auto-estima apenas na medida em que expressa uma alta sensibilidade aos sinais interiores e uma apropriada consideração pelos mesmos. Está relacionada com o próximo item a criatividade. 
* Criatividade - Pessoas criativas ouvem seus sinais interiores, as suas intuições, e confiam neles mais do que a média. Têm a mente menos subserviente ao sistema de crenças dos outros, pelo menos no que diz respeito à sua área de criatividade. São mais auto-suficientes. Podem aprender com os outros ou inspirar-se neles. Mas valorizam os próprios pensamentos e as próprias percepções mais que a média das pessoas. 
Alguns estudos revelam que as pessoas criativas têm muito mais probabilidade de anotar idéias interessantes; passam o tempo alimentando-as e cultivando-as; investem energia na exploração das mesmas. Elas valorizam sua produção mental. 
As pessoas com baixa auto-estima tendem a desconsiderar o que sua mente produz. Isso não significa que nunca tenham boas idéias. Mas não as valorizam, não as consideram potencialmente importantes, e em geral nem sequer se lembram delas por muito tempo - é raro as concretizarem. Na verdade, têm a seguinte atitude: "Se a idéia é minha, como pode ser boa?". 
* Independência - A prática de pensar por si mesmo é um corolário natural - tanto causa como conseqüência - da auto-estima saudável. Também é a prática de assumir toda a responsabilidade pela própria existência - pela consecução de seus objetivos e pela conquista da felicidade. 
* Flexibilidade - Ser flexível é ser capaz de reagir às mudanças sem apegos inadequados ao passado. O apego ao passado diante de circunstâncias novas e mutáveis é, em si, produto da insegurança, da falta de autoconfiança. 
A rigidez é, em geral, a reação da pessoa que não confia em si mesma para lidar com o novo, ou dominar o desconhecido - ou que apenas se tornou complacente ou até mesmo relapsa. A flexibilidade, em contraste, é a conseqüência natural da auto-estima. A pessoa que confia em si mesma é capaz de reagir com rapidez ao novo porque está disponível para enxergar. 
* Capacidade para enfrentar mudanças - É uma conseqüência da flexibilidade. A pessoa com uma boa auto-estima não considera a mudança algo assustador, pelas razões descritas no parágrafo anterior. A auto-estima flui com a realidade; a indecisão íntima luta contra ela. A auto-estima acelera o tempo de reação; a indecisão íntima retarda-o. 
* Disponibilidade para admitir (e corrigir) erros - Uma característica básica da auto-estima saudável é uma forte orientação pela realidade. Os fatos são prioritários em relação às crenças. A verdade tem muito mais valor do que estar certo. A consciência é percebida como mais desejável do que a auto-proteção inconsciente. Se a autoconfiança estiver vinculada ao respeito pela realidade, corrigir um erro será mais valorizado do que fingir que ele não foi cometido. 
A pessoa com auto-estima saudável não se envergonha de dizer, quando a ocasião exige, "Eu estava errado". Negações e uma postura defensiva são características da insegurança, da culpa, do sentimento de inadequação e da vergonha. É a baixa auto-estima que vive a simples admissão de um erro como humilhação e até mesmo como auto-condenação. 
* Benevolência e cooperação - Estudiosos do desenvolvimento infantil sabem que uma criança tratada com respeito tende a internalizar esse respeito e depois a tratar os outros da mesma maneira - em contraste com uma criança que sofreu abusos, internalizou o desrespeito por si mesma e cresceu reagindo aos outros com medo e ódio. Se estou centrado em mim mesmo, se estou seguro de meus limites, confiante em meu direito de dizer "sim" e "não" quando quero, a benevolência será a conseqüência natural. Não tenho por que ter medo dos outros, nem preciso me proteger atrás das muralhas da hostilidade. Se estou seguro de meu direito de existir, se confio que pertenço a mim mesmo, se não me sinto ameaçado pela certeza e pela autoconfiança dos outros, então a cooperação com eles para obtermos resultados comuns tenderá a ser desenvolvida com espontaneidade. Condutas como essas atendem claramente a meus interesses, satisfazem uma variedade de necessidades e não são obstruídas pelo medo, ou pela auto-desconfiança. 
É muito mais provável encontrarmos empatia e compaixão, tanto quanto benevolência e cooperação, em pessoas com auto-estima elevada do que nas de baixa auto-estima; meu relacionamento com os outros tende a espelhar e refletir meu relacionamento comigo mesmo. Ao comentar a máxima "ama ao teu próximo como a ti mesmo", o filósofo Eric Hoffer observa que o problema é que as pessoas fazem exatamente o contrário disso: elas odeiam os outros como odeiam a si mesmas. Os criminosos deste mundo, no sentido literal e figurado, não são pessoas que mantêm um relacionamento íntimo e afetivo com seu eu interior.
1.6 - Os seis pilares da auto-estima 
Segundo Branden (2002:94), "como a auto-estima é uma conseqüência, um produto de atitudes geradas internamente, não podemos trabalhar de forma direta nem com a nossa nem com de ninguém. Temos de nos reportar à fonte. Se entendermos o que são essas atitudes, podemos nos empenhar para inicia-las dentro de nós e lidar com os outros de modo a auxilia-los e encoraja-los a fazer o mesmo." 
É a mesma coisa que auto-amor, estima, amor por si mesmo. A prática da auto-estima produz um sentimento de satisfação, de completitude, de prazer interior. 
De acordo com Branden (2002), existem seis práticas ou atitudes essenciais para se construir uma auto-estima elevada, necessária para todas as pessoas: 
1. A prática de viver conscientemente: Aqui se inclui o respeito pelos fatos; participar intensamente daquilo que fazemos enquanto o fazemos (por exemplo, se nosso cliente, supervisor, funcionário, fornecedor ou colega está falando conosco, ouvir atentamente durante o encontro); buscar e estar totalmente aberto a qualquer informação, conhecimento ou feedback que afirme nossos interesses, valores, metas e planos; e buscar compreender não apenas o mundo a nossa volta, mas também nosso mundo interior, para não agir inconscientemente em virtude de nossa cegueira. 
2. A prática da auto-aceitação: É a disposição de admitir, experimentar e assumir a responsabilidade por nossos pensamentos, sentimentos e ações, sem fugir, negar ou refutar, e sem se repudiar, permitindo-nos avaliar nossos conceitos, vivenciar nossas emoções e analisar nossas ações sem necessariamente apreciá-las, aprová-las ou justificá-las. A aceitação do eu como ele é evitará que nos comportemos como se estivéssemos sendo julgados; desse modo, não estaremos sempre na defensiva e conseguiremos ouvir críticas ou idéias diferentes sem nos tornarmos hostis ou competitivos. 
3. A prática do senso de responsabilidade. O senso de responsabilidade consiste em perceber que somos os autores de nossas escolhas e ações; que cada um de nós é responsável pela própria vida, pelo próprio bem-estar e pela realização de nossas metas; que, se precisamos da cooperação de outras pessoas para atingir nossos objetivos, devemos oferecer um valor em troca; e que a pergunta não é "De quem é a culpa?", mas sempre "O que precisa ser feito?" 
4. A prática da auto-afirmação. Afirmar a si mesmo significa ser autêntico nas relações interpessoais; respeitar os próprios valores e as outras pessoas em contextos sociais; recusar-se a camuflar a realidade de quem somos ou do que gostamos para evitar a desaprovação do outro; é estar disposto a defender a si mesmo e suas idéias da maneira apropriada em circunstâncias apropriadas. 
5. A prática de viver objetivamente. Consiste em estabelecer nossos objetivos ou planos de curto e longo prazo e as providências necessárias para concretizá-los, organizar o comportamento em função desses objetivos, monitorar as ações para garantir que está no caminho certo e prestar atenção ao resultado para saber se precisaremos voltar à estaca zero e quando teremos de fazê-lo.6. A prática da integridade pessoal. É como viver coerentemente com nossos conhecimentos, palavras e atos; é dizer a verdade, honrar nossos compromissos e servir de exemplo dos valores que declaramos admirar; é tratar os outros de maneira justa e benevolente. Quando traímos nossos valores, traímos nossas próprias mentes e a auto-estima é inevitavelmente prejudicada.
1.7 - A auto-estima e seus reflexos nas atitudes
A auto-estima é a maneira que cada um se gosta. Ela representa a maneira como o ego se gosta, sendo a sua principal expressão emocional. Ele relata que a "Auto-estima é a grande força motivacional do ego, gerando um potencial psíquico intenso e dinâmico perante o meio ambiente, impulsionando-o para um maior ou menor estado de felicidade". Aqui, percebemos que o meio ambiente está presente na construção da auto-estima, a força que leva o indivíduo a se projetar e adequar ao meio em que participa.
Para Braghirolli (2002), Freud classifica o ego como "o sistema que, entrando em contato com o mundo exterior, procura satisfazer as exigências instintivas do "id" como impulsos instintivos que busca a satisfação inconscientemente". Assim a busca da satisfação e sua adequação ao meio externo podem gerar um estado elevado ou baixo da felicidade.
Um indivíduo com a auto-estima elevada, pode ser observado através de seu comportamento, assim como as outras emoções, ela pode ser medida através da percepção que temos de suas atitudes. Segundo Braghirolli et al (2002), existem três indicadores que são utilizados para identificar as emoções. São eles:
· Através de relatos verbais onde os indivíduos expressam oralmente ou escrevem sobre seus sentimentos; 
· Através da observação do comportamento que demonstra respostas visíveis às emoções; 
· Através de indicadores fisiológicos, através da observação da pressão, tensão muscular, sudorese, ritmo cardíaco, entre outros.
O ego desenvolve um sentimento construtivo do amor, fazendo com que os indivíduos procurem a satisfação de seus próprios interesses e necessidades. Para ele a motivação (intensidade de energia que leva um indivíduo a agir), contribui e muito para a construção da auto-estima. Por exemplo quando acreditamos ter um objetivo a alcançar, nos sentimos motivados de alguma forma a conseguir. Ao alcançarmos esse objetivo, nos sentimos seguros e capazes, elevando assim a auto-estima. Por outro lado a frustração (interrupção do comportamento motivado), pode rebaixar a auto-estima.
Alguns estudiosos acreditam que a auto-estima é composta por vários fatores, principalmente sociais e que o meio contribui para sua elaboração, além de ser estruturada por várias emoções como o amor, a paixão, a frustração, inveja, medo, prazer, alegria, solidão, entre outros.
O elogio é um exemplo de motivação positiva, pois gera o prazer do reconhecimento, a aceitação de suas idéias, que podem aumentar o nível de energia interna. "Naturalmente o seu ego tenderá a ficar centrado em si mesmo, sentindo-se momentaneamente mais querido, desenvolvendo assim a expectativa de receber novos estímulos de valorização".
No caso da auto-estima baixa, o indivíduo tende a reagir contra o que lhe contrariar como se fosse um obstáculo à concretização de seus objetivos, desestimulando-o e fazendo com que perca a confiança em si mesmo. Assim sua meta, será substituída por comportamentos como: lamentações, agressividade, insatisfação e até depressão, principalmente "quando não se encontra produzindo algo concreto o que se torna uma necessidade compulsiva".
1.7 - Auto Estima e Cultura
A auto-estima está relacionada de acordo com a nossa cultura, onde que podemos perceber como somos afetados e influenciados por ela. Não sabemos exatamente o parâmetro para entender se a auto-estima é considerada com o uma idéia ou um ideal, que se encontra em todas as culturas. Surgiu no ocidente apenas recentemente e ainda estar longe de ser bem entendidas.
De acordo com Branden (2002), o senso de segurança não derivava das realizações da pessoa, mas de ela ver-se como parte integrante da "ordem natural".
A idéia que temos do "indivíduo" como uma unidade autônoma e auto-determinada, capaz de pensar independentemente e de assumir a responsabilidade pela própria existência, emergiu em decorrência de vários desenvolvimentos históricos; do Renascimento, na século XV, da Reforma, no século XVI, e do Iluminismo no XVIII – e de seus dois produtos, a Revolução Industrial e o capitalismo. A auto estima, tal como pensamos nesse conceito hoje em dia, tem suas raízes na cultura pós renascentistas em que o individualismo começa a despontar. Isso é valido para os vários ideais que nós (e um numero cada vez maior de pessoas de outros países) passamos a admirar, tais como a liberdade de casar-se por amor, a crença no direito de buscar a felicidade, a esperança de que o trabalho não seja apenas uma fonte de sustento, mas de auto-expressão e auto-satisfação. 
A auto-estima é uma realidade psicológica que existia na consciência humana milhares de anos antes de emergir como uma idéia explicita. Agora que emergiu, o desafio é entendê-la. 
A influência da cultura
Segundo Branden (2002), todo mundo possui o que pode ser chamado de "inconsciente cultural", um conjunto de princípios implícitos sobre a natureza, a realidade, os seres humanos, os relacionamentos, a compreensão e os valores de uma época e de um lugar histórico. Pelo menos alguns deles tendem a residir em todas a mentes e dada sociedade e talvez jamais se tornem objeto da consciência explicita.
Na maior parte da cultura do homem é socializada para identificar seu valor pessoal com a capacidade de ganhar dinheiro, de ser um "bom provedor". Se, tradicionalmente, as mulheres "devem" obediência aos homens, estes, por sua vez, "devem" a elas o sustento financeiro (e a proteção física). Se uma mulher perde o emprego não encontra outro, terá um problema financeiro, é claro, mas não se sentirá diminuída como mulher. Já os homens sentem-se com frequência desmasculinizados. Em épocas de crise, as mulheres não cometem suicídios porque não conseguem encontrar trabalho; os homens em geral o fazem porque foram treinados a identificar a auto-estima com a capacidade de ganhar dinheiro.
Podemos, agora, argumentar que existe uma justificativa racional para vincular a auto-estima à capacidade de ganhar dinheiro. A auto-estima não tem que ver com enfrentar de igual para igual os desafios da vida? Há pelo menos as duas coisas a serem ditas sobre isso. A primeira é que , se uma pessoa não consegue ganhar dinheiro por questão de escolha ou política – inconsciente, passividade e irresponsabilidade, essa incapacidade reflete, sem dúvida, sua auto-estima. Mas, se o problema resultar de fatores que estejam além do controle da pessoa, tais como uma depressão econômica, seria um erro fazer do problema uma ocasião para se auto-condenar. A auto-estima diz propriamente respeito só as questões abertas a nossa escolha evolutiva. A segunda coisa a ser dita sobre isso é que, em geral, a ênfase não está na capacidade de ganhar dinheiro em si., mas em ser um bom provedor. Os homens são julgados e incentivados a julgar a si mesmos pelo quanto podem cuida dos outro financeiramente. Eles são socializados para serem totalmente "servos" tanto quanto as mulheres; só que as formas de servidão culturalmente incentivadas são diferentes. Se um homem não pode sustentar uma mulher, ele tende a perder estatura aos olhos dela e aos seus próprios. Seria uma independência e uma auto-estima incomuns desafiar essa atitude culturalmente induzida e perguntar: "Por que essa é a medida de meu valor como homem"? 
A necessidade de auto-estima não é "cultural"
Branden (2002), relata que todo ser humano, seja qual for a estrutura de costumes e valores na qual ele se desenvolve, é obrigado a agir para satisfazer e realizar suas necessidades básicas. Não é sempre que nos sentimos automaticamente competentes diante desse desafio. Mesmo assim, os seres humanos precisam ter a experiência da competência (que chamamos deauto-eficiência), se quiserem possuir um senso básico de segurança e força interior. Sem isso, não podem comportar-se com adequação. Não nos sentimos sempre e automaticamente merecedores de amor, respeito, felicidade. Mesmo assim, todo ser humano precisa ter a experiência do valor próprio (auto-respeito), se quiser cuidar adequadamente de si, proteger seus interesses legítimos, obter alguma satisfação com seus esforços e (quando for possível) enfrentar os que possam prejudicá-lo e explorá-lo. Sem isso, ele não tem condições de agir adequadamente na defesa de seus interesses. A raiz da necessidade da auto-estima é biológica faz parte da sobrevivência e do funcionamento contínuo e eficiente.
Portanto, essa necessidade é inerente à natureza humana; não é uma invenção da cultura ocidental. 
De acordo com Branden (2001), ciência é a arte de gostarmos de nós mesmos, e de como isso é importante para o equilíbrio psicológico na infância, em parte porque a auto-estima é parte do conhecimento que temos a respeito de nós próprios, em parte porque ambos são importantes mediadores do bem-estar psicológico, das realizações do senso de integridade, das capacidades de lidar com os eventos de transição e da definição de metas. 
Portanto, auto-estima significa gostar de nós mesmos, não se trata de excesso de valorização de nossa própria pessoa, e não aparece de modo isolado, ela se desenvolve como parte de nossa personalidade. 
Para se construir uma identidade exige tempo, vivenciar muitas coisas para selecionar o que fará parte de nós. A integração é também um fator muito importante à auto-estima. 
Para as crianças, a identidade ainda não está confirmada e elas se preocupam em integrar-se ao meio, por esse motivo, em seus relacionamentos, escolhem pessoas que confirmem sua auto-imagem. Entretanto, a sociedade cria expectativas relacionadas a nosso comportamento que são aparentemente arbitrária ou que são origem em épocas mais remotas e, portanto, são ultrapassadas. Muitas dessas regras de conduta afetam as pessoas que estão começando a viver e a conviver com outras, principalmente na escola. Uma visão negativa dessa fase da vida, não contribui em nada para melhorar a auto-imagem e a auto-estima.
Vale ressaltar ás crianças que a auto-estima acompanha nosso desenvolvimento e muda ao longo da vida. Assim, em qualquer etapa da vida , a auto-estima pode ser melhorada ou adaptada á realidade, com a ajuda das pessoas importantes que nos cercam, que reafirmam aquilo que pensamos de nós, e que servem como modelos para nossa auto-avaliação. Assim, durante a vida passamos por alguns acontecimentos que podem ser bons ou ruins. Cada um vivencia os eventos de forma particular. Mas cada um de nós resolve os fatos de uma forma satisfatória e isso depende do auto-conceito e da auto-estima de cada um. Se julgarmos competentes e acreditarmos em nós mesmos, será mais fácil enfrentar os problemas.
Os relacionamentos sociais são importantes para o bem-estar físico e mental.
De acordo com Néri e Freire (2000:78:79), uma das maiores preocupações com a qualidade de vida diz respeito à busca de forma de prevenção de ocorrências e situações que possam afetar o bem-estar. Seguem alguns fatores que podem estar elevado a auto-estima e a qualidade de vida :
* Conhecer novas pessoas, fazer amigos. Trata-se de uma providência que pode contribuir para o auto-conhecimento e a auto-descoberta, além de poder revelar-se prazerosa; 
* Investir na capacidade de trocar conhecimentos com as outras pessoas. A generosidade investida preocupa-se produtivamente como outros funciona como uma vacina contra a infelicidade e o sentimento de inferioridade. 
* Buscar novos canais de comunicação entre pessoas da própria geração e de outras; 
* Participar de grupos, como escolar, lazer, atualização cultural, pois eles favorecem novas aprendizagens que resultam em crescimento pessoal e no surgimento de novos talentos; 
* Procurar conscientizar-se de seu papel como cidadão na sociedade e reconhecer seus diretos e deveres; 
* Investir em si mesmo, cuidando da saúde física e mental, alimentando-se corretamente, fazendo exercícios físicos com regularidade e cuidando da aparência. 
Estar bem e sentir-se bem consigo mesmo é o primeiro passo para parecer bonito e interessante aos olhos dos outros. Bom humor também conta muito. 
Portanto, cabe ao aluno saber usufruir de todos os momentos de lazer, interação social e o desenvolvimento de hobbies e interesses diversos colaboram para que a mente mantenha-se ativa e saudável.
É importante que a criança seja respeitada como ser humano que é, com todas as limitações inerentes a sua idade.
O maior anseio de todo ser humano certamente é poder realizar-se o mais plenamente possível em todas as dimensões de sua personalidade. É inerente à própria natureza e essência do ser, nascer, crescer, amadurecer, realizar-se em todas as fases do ciclo da vida, perfazendo a infância, a adolescência, idade madura e velhice.
Vivemos em um mundo ricamente complexo, cheio de maravilhas e misérias, alegrias e tristezas, tecnologias e frustrações, que condicionam e desafiam o ser humano, no caminho de sua realização e na busca de sua relativa felicidade.
Frente a este mundo desafiador, pouco ou nada adiantam as atitudes negativas ou pessimistas. Importa olhar o mundo de frente, valer-se de suas riquezas e contribuições, superar os problemas que se apresentam a cada momento e formar a personalidade.
A construção da personalidade, da auto-estima parte da orientação de nossas necessidades básicas, conduzindo-as pelas diversas áreas da educação que recebemos, para valores elevados e realizadores.
Ajustamento normal da personalidade se dá quando orientamos sadiamente as necessidades, canalizamos o caminho do bem, sublimamos as forças negativas e buscamos o melhor de nossa vida. Isso gera bem-estar, equilíbrio, unificação, realização feliz.
1.8 - Dicas Para Elevar a Auto-Estima
Aqui estão algumas dicas para identificar e aumentar sua auto-estima: 
O que é auto-estima? É a opinião e o sentimento que cada pessoa tem por si mesma. É ser capaz de respeitar, confiar e gostar de si.
O que mais dificulta a busca de algo que se quer é o nível da nossa auto-estima.
Falamos tanto sobre isso, mas você sabe o que é auto-estima? Auto-estima é a opinião e o sentimento que cada um tem por si mesmo. É ter consciência de seu valor pessoal, acreditar, respeitar e confiar em si. Coisas nem sempre tão simples assim. 
A auto-estima, juntamente com o amor-próprio, é a base para o ser humano. É a cura para todas as dificuldades e sofrimentos. E mais, é acura para todas as doenças de origem emocional e relações destrutivas.
A auto-estima começa a se formar 
Na infância, a partir de como as outras pessoas nos tratam. Ou seja, as experiências do passado exercem influência significativa na auto-estima quando adultos. Perde-se a auto-estima quando se passa por muitas decepções, frustrações, em situações de perda, ou quando não se é reconhecido por nada que faz. O que abala não é só a falta de reconhecimento por parte de alguém, mas principalmente a falta de reconhecimento por si próprio. 
Quando a auto-estima está baixa a pessoa se sente inadequada, insegura, com dúvidas, incerta do que realmente é, com um sentimento vago de não ser capaz. Não acredita ser capaz de ter alguém que a ame, de fazer aquilo que quer, de se cuidar, desenvolvendo assim um sentimento de insegurança muito profundo, desistindo facilmente de tudo que começa.
Como ela mesma não se ama, se sujeita a qualquer tipo de relação para ter alguém ao seu lado, tornando-se dependente de relações destrutivas e não conseguindo forças para sair delas. Vale lembrar que esse processo acontece inconscientemente. 
A pessoa não tem consciência do por que está agindo assim, apenas sente o sofrimento que pode se expressar em forma de angústia, dor no peito, choro, pesadelos, vazio, agressividade, depressão, punição, doenças.
Culpam os outros pelos próprios erros, encaram todas as críticas comoataques pessoais e tornam-se dependentes de relações doentes. O maior indicador de uma pessoa com baixa auto-estima é quando sente intensa necessidade de agradar, não consegue dizer "não", busca aprovação e reconhecimento por tudo o que faz, sempre querendo se sentir importante para as pessoas, pois na verdade, não se sente importante para si mesma. Com isso se abandona cada vez mais.
A auto-estima também influencia a escolha dos relacionamentos. Aqueles com elevado amor-próprio em geral atraem pessoas com a mesma característica, gerando uniões saudáveis, criativas e harmoniosas. Já a baixa auto-estima acaba atraindo ou mantendo relacionamentos destrutivos e dolorosos. Quando há amor-próprio não se deixa envolver nem manter relações destrutivas. Há também uma relação direta e muito importante entre desempenho profissional e auto-estima, mas esse é outro assunto.
A auto-estima influencia tudo que fazemos, pois é o resultado de tudo que acreditamos ser, por isso o autoconhecimento é de fundamental importância para aumentar a auto-estima. Ou seja, confiar em si mesmo, ouvir sua intuição, acreditar em sua voz interior, respeitar seus limites, reconhecer seus valores, expressar seus sentimentos sem medo, sentir-se competente, capaz e se tornar independente da aprovação dos outros, tudo isso faz com que a auto-estima se eleve. Mas é um processo gradativo que exige trabalho e conscientização.
Na verdade, todos estamos à procura de amor. E esse sentimento ainda é o que rege tudo o que buscamos, fazemos e somos. Principalmente o amor por si mesmo, que é a base da construção da auto-estima. Que tal reconstruir a sua?
A opinião que a criança tem de si mesma está intimamente relacionada com sua capacidade para a aprendizagem e com seu rendimento. O auto-conceito se desenvolve desde muito cedo na relação da criança com os outros.
Os pais atuam como espelhos, que devolvem determinadas imagens ao filho. O afeto é muito parecido com o espelho. Quando demonstro afetividade por alguém, essa pessoa torna-se meu espelho e eu me torno o dela; e refletindo um no sentimento de afeto do outro, desenvolvemos o forte vínculo do amor, essência humana, em matéria de sentimentos.
É nesta interação afetiva que desenvolvemos nossos sentimentos positiva ou negativamente e construímos a nossa auto imagem.
Se os pais estão sempre opinando a partir de uma perspectiva negativa para os filhos, e se estão sempre taxando-os de inúteis e incapazes, ou usando de zombarias e ironias, irá se formando neles uma imagem "pequena" de seu valor. E se com os amigos, na rua e na escola, repetem-se as mesmas relações, teremos uma pessoa com auto - estima baixa e baixo sentimento de auto - avaliação.
 
1.9 - Como desenvolver a auto - estima ? 
Quando a criança tem êxito no que faz - e já falamos sobre a forma de ajudá-las nesse sentido - começa a confiar em suas capacidades. E quanto mais acredita que PODE FAZER, mais consegue.
É importante ensinar à criança que ela pode fazer algumas coisas bem, e que pode ter problemas com outras coisas. E que esperamos que faça o melhor que puder.
Também é uma boa ajuda admitirmos nossos próprios erros ou fracassos. Ela precisa saber que também nós não somos perfeitos : "Sinto muito. Não devia ter gritado. Fiquei o dia todo chateado."
Para ajudá-la a criar bons sentimentos é importante elogiá-la e incentivá-la quando procura fazer alguma coisa, fazendo-a perceber que tem direito de sentir que é "IMPORTANTE", que "pode aprender", que "consegue" e que sua família lhe quer bem e a respeita. O cuidado reside em adequar as tarefas que cabem a cada idade e permitir que ela tente, como colocar o suco no copo (ainda que derrame), a roupa (mesmo do avesso), a jogar objetos no lixo, guardar os brinquedos, as peças do jogo, ajudar na arrumação dos seus livros, fitas de vídeo, enfim, solicitar a ajuda da criança, partilhando com ela pequenos afazeres, vale até aplausos às suas conquistas.
Portanto, estabeleça metas realistas e adequadas a idade de seu filho. Dê-lhe oportunidade de desenvolver-se sem super protegê-lo ou sem pressioná-lo, nem compará-lo com outras crianças.
Assim, ele formará um conceito positivo de si mesmo. E para desenvolver esse sentimento, estimule-o quando ele sentir que não tem condições de realizar algo. Talvez tenha de dizer-lhe : "Claro que você pode. Vamos, vou te ajudar."
 
 
Breve Relato de Experiência 
 
Certa vez, como professora da 1a série, trabalhando com crianças de 6 anos e meio e 7 anos, deparei-me com um menino que possuía imensa capacidade intelectual, forte interesse pela literatura e na época já havia lido "Os Lusiadas" (Camões), mas sua coordenação motora global ficara comprometida, apresentando dificuldade para correr, pular, jogar bola, subir em árvores; atividades comuns às crianças desta faixa etária.
Sempre que íamos ao parque da escola, seus olhos brilhavam ao ver os amigos subindo e brincando na goiabeira. Incentivei-o muitas vezes a subir e orientei-o para não temer cair, pois a árvore estava rodeada de areia do parque. Até que certo dia, subi com ele na árvore: "Vamos, eu subo com você." E brincamos juntos. Foi o início de novas experiências para ele. Em outras situações, uma palmadinha no ombro, um sorriso, uma palavra de elogio ou de incentivo de vez em quando, ajuda e muito, a desenvolver na criança sentimentos positivos.
Mas é importante que o elogio seja merecido. Ela sabe quando é sincero. E se for falso, isso fará com que não tente mais! É melhor elogiar o que fez, do que elogiá-la diretamente. "Nossa, que quarto arrumadinho!"... "Gostei de ver como você foi educada com a mãe do Dudu." A criança precisa sentir-se satisfeita consigo mesma para aprender e para alidar os seus sentimentos.
 
1.10 - Considerações importantes a respeito do desenvolvimento da Auto - estima... 
 
A teoria de Piaget é ao mesmo tempo compreensiva e útil a todos. Ela oferece uma forma alternativa de se compreender o comporta- mento e o desenvolvimento humano, para aqueles interessados em educação e psicologia.
Não há leis ou fórmulas como na Física ou na Química, mas usar as teorias como recurso pedagógico e educativo e nos leva a descobrir aquelas que são mais úteis à formação da personalidade, que é de grande importância para todos nós, educadores, pois propõe uma reflexão sobre o nosso cotidiano e nossa relação com a criança. Isto é ao meu ver, o apelo da obra de Piaget. Ela vai ao encontro das expectativas de pais e professores preocupados com o desenvolvimento da criança em todos os aspectos da sua personalidade.
Uma série de recomendações consistentes com a teoria de Piaget é apresentada a seguir :
1.) Os pais e professores devem assumir relações de respeito mútuo com as crianças, e não autoritárias, pelo menos alguma parte do tempo em que permanecem juntos. Os pais podem encorajar as crianças a resolverem problemas por si mesmas e a desenvolverem a autonomia. Pais e professores precisam respeitar as crianças.
2.) Quando a punição às crianças se fizer necessária, ela deve estar baseada na reciprocidade e não na expiação. Por exemplo, o menino que se recusa a arrumar o seu quarto pode ser privado das coisas que estão no quarto. À menina que bate em outras crianças, deve ser negada a interação com outras crianças.
3.) Os professores podem promover a interação social nas salas de aula e encorajar o questionamento e o exame de qualquer problema que pode ser levantado pele criança. Existe valor intelectual em trabalhar com os interesses intelectuais espontâneos da criança e, para o desenvolvimento moral dela, é igualmente valioso lidar com as questões morais espontâneas. Isso cabe também aos pais.
4.) É possível envolver a criança, mesmo a da pré - escola, em discussões de problemas morais. À medida em que ela ouve os argumentos de seus colegas pode experimentar a desequilibração cognitiva, que pode conduzir à reorganização de seus conceitos. O conflito cognitivo é necessário para a reestruturação do raciocínio e para o desenvolvimento mental.
5.) Se muitos

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