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ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURA PORTUÁRIA E AEROPORTUÁRIA AULA 6 Prof. Leonardo Mercher Coutinho Olimpio de Melo CONVERSA INICIAL Nesta aula, ainda que de forma breve, traremos de algumas inovações e experimentos positivos na gestão tecnológica de portos e aeroportos. Falaremos sobre as principais vantagens competitivas nas organizações portuárias e aeroportuárias, os processos de inovação e tecnologia nos portos e aeroportos, algumas das principais características da inovação e a gestão da informação em tempos modernos. Desejamos uma ótima leitura! CONTEXTUALIZANDO Vimos que um dos principais temas envolvendo superação de desafios na gestão e operações de portos e aeroportos está relacionado à capacidade de se modernizarem e se tornarem mais competitivos no mercado mundial. Mas como e onde buscar novas tecnologias? E como ter certeza de que as tecnologias com que entramos em contato realmente trazem maior eficiência competitiva das operações em portos e aeroportos? Essas dúvidas serão esclarecidas ao longo das seções a seguir. Antes de tratarmos diretamente sobre as tecnologias, vamos lembrar as vantagens competitivas nas organizações portuárias e aeroportuárias. Gestão e estrutura são as bases para identificarmos os desafios em que as tecnologias poderão auxiliar. A identificação de desafios pode ser local (em casos específicos de operações em um porto/aeroporto), mas também coletiva, como na realidade de portos e aeroportos de toda uma região de um país. Por isso, a seção seguinte trará esse tema de forma mais objetiva, para que não fique repetitivo após tantas aulas sobre o assunto. Posteriormente, seguiremos com as tecnologias separadas em portos e aeroportos. TEMA 1 – VANTAGENS COMPETITIVAS NAS ORGANIZAÇÕES PORTUÁRIAS E AEROPORTUÁRIAS As principais vantagens competitivas em portos e aeroportos passam por dois grupos de variáveis: as físicas e estruturais; e as de gestão estratégica junto aos mercados. No caso das físicas e estruturais, podemos entender variáveis como: capacidade de carga e descarga; equipamentos modernos e eficazes; diminuição de custos/recursos com aumento da eficiência; automação em 3 práticas de gestão de dados; e localização estratégica em rotas de logística. Já as variáveis de gestão estratégica junto aos mercados seriam: gestão dos recursos (incluindo captação de recursos); mão de obra qualificada e em treinamento constante; orientação conjunta com o planejamento da infraestrutura para a logística de produção à exportação e de demanda regional à importação; parcerias produtivas; e consciência dos desafios e pontos a serem melhorados. As capacidades de carga e descarga são de fácil percepção. Um porto ou aeroporto com pouca capacidade de operações de carga e descarga pode gerar custos para importadores/exportadores. Com isso, outros portos e aeroportos na região podem ser escolhidos. Ganhar competitividade com a capacidade física também explica a necessidade de sempre se atualizar os equipamentos, como guindastes, loaders, empilhadeiras, esteiras e estruturas de segurança e armazenamento. Por exemplo, ter um portêiner que consiga elevar dois contêineres ao mesmo tempo ganha tempo e diminui a espera para carga/descarga de embarcações. A diminuição de custos ou do uso de recursos, aumentando a eficiência e bons resultados, pode ser visto como positivo por permitir que o excedente de recursos seja utilizado em outras áreas. Por exemplo, no uso de recursos renováveis e novos modais tecnológicos mais baratos e eficientes, sobrarão mais recursos financeiros para financiar outras atividades, como a compra de equipamentos e treinamento de funcionários. A automação em práticas de gestão de dados, como compras de computadores mais potentes, e programas de informação que facilitem o dia a dia das operações também aumenta a eficiência do porto/aeroporto e diminui os impactos dos gargalos da infraestrutura. Com a localização estratégica em rotas de logística, retornamos ao primeiro ponto de nossa disciplina. Em parte enquanto variável física e estrutural, pois precisa gerir a logística local de acessibilidade e, em parte enquanto gestão competitiva no mercado global, assimilando rotas comerciais com potencial de crescimento. No caso das variáveis de gestão estratégica junto aos mercados, podemos iniciar com a gestão dos recursos (incluindo captação de recursos). Também se aproxima da gestão dos recursos materiais e dos financeiros de forma estratégica: onde investir; como investir; como se divulgar no mercado; e 4 como ter retorno positivo dos recursos excedentes. Já a qualificação da mão de obra deve ser contínua, tanto por questões de segurança como por qualificação para uso dos equipamentos e das novidades tecnológicas. Ouvir de forma não hierarquizada as experiências de todos os setores e funcionários, incluindo os terceirizados, também pode melhorar a capacidade de identificar dificuldades e, com isso, buscar soluções. Esse planejamento conjunto da administradora com o dia a dia dos funcionários e clientes pode organizar posições junto ao planejamento da infraestrutura para a logística de produção à exportação e, de demanda regional, à importação. Isso significa que os governos e o próprio mercado, para criarem agendas conjuntas de desenvolvimento, precisam escutar as bases de operação e funcionários que são a linha de frente do funcionamento dos portos e aeroportos. Parcerias com outros portos e aeroportos no mundo também podem facilitar a gestão da informação e fortalecer rotas comerciais, atraindo mais clientes e mercados. Agora que já vimos algumas variáveis que podem ampliar a competitividade de portos e aeroportos, vamos para as próximas seções, em que alguns exemplos no mundo serão apresentados enquanto boas práticas. Entenda boas práticas como medidas que surtiram eficiência e que podem ser copiadas por outros de realidade semelhante. TEMA 2 – PROCESSO DE INOVAÇÃO E TECNOLOGIA NOS PORTOS Vamos começar pelo famoso exemplo de inovação tecnológica: a automação das operações no terminal portuário de Roterdã, na Holanda. Parte da gestão portuária de contêiner em Roterdã tornou quase que industrial os processos internos de translado das cargas com pouca e às vezes nenhuma presença humana, muito diferente dos portos cheios de funcionários em muitas partes do mundo. Os investimentos em automação após os anos 2000 trouxeram equipamentos com inteligência artificial e interconectados por sistemas digitais de dados, em que uma vez definida a operação, as máquinas seguiam seu trabalho sem hora de almoço, descanso e podendo funcionar 24 horas por dia, sete dias por semana. A circulação de contêineres em pranchas automáticas levam a carga dos píeres e cais até sua disposição nos armazéns, faça chuva ou faça sol. Esses portos que usam a tecnologia da informação com automação 5 e agilizam sua eficiência são conhecidos como smart ports – ou portos inteligentes. Figura 1 – Conceito de Smart Port: sistemas integrados de informação Crédito: Travel mania/Shutterstock. Mas essa automação não coloca em risco o emprego dos trabalhadores? Evidentemente, sim. Contudo, pensando nisso, muito se planejou para que os funcionários e futuros funcionários pudessem se adequar a outras atividades, incluindo a gestão de dados e manutenção de tais equipamentos. A automação tira frentes de empregos e por isso sua aplicação deve ser planejada levando em consideração os trabalhadores e suas famílias, para que possam ser realocados. Mas então quais ganhos existem? Os de eficiência e de maior funcionamento de organização dos contêineres, que diminuem a espera e as filas de desembaraços. Se, antes, para se trabalhar em portos era exigido força física, hoje se exige domínio de idiomas e de ferramentas digitais.Outra mudança possível de identificar atualmente no mercado de embarcações é a construção em estaleiros de navios muito grandes, com alta capacidade de carga – para atender ao aumento do consumo do comércio internacional, mas também de embarcações menores e bem mais rápidas, para que, de certa forma, sejam concorrentes do modal aéreo em velocidade. Claro que um avião cruzará um oceano mais rápido que uma embarcação, mas entre escolher um modal caro de quatro dias (aeroespacial) ou um modal lento e barato de 20 dias (modal marítimo tradicional), um modal intermediário de oito a dez dias pode ser um grande diferencial de empresas de transportes comerciais. Caberia aos portos pensar e criar estruturas para melhor atender a esses novos 6 tipos de embarcações – tanto as gigantes e lentas, como as menores e mais rápidas. Sobre dados de novas tecnologias aplicadas em nossos portos brasileiros, existe o caso do Porto de Santos. Nos últimos anos, é possível ver o crescimento da inteligência artificial nas operações, bem como sistemas baseados em algoritmos de atracação, VTS e sensores. Tudo isso vai ao encontro da ideia de smart port, em que a automação passa a ganhar espaço. A própria Codesp (2020) defende essa estratégia de melhoria tecnológica ao Porto de Santos. Terminais em Santos já contam com câmeras de alta resolução, inspeção a distância, leitura de lacres digitalmente e diversos aplicativos e meios de comunicação e troca de dados de informação. Mas isso, como já mencionado, altera o perfil dos profissionais que passam a atuar nessas áreas, exigindo-se cada vez mais aperfeiçoamento profissional, formação acadêmica e técnica em novas tecnologias do que apenas a força física. TEMA 3 – PROCESSO DE INOVAÇÃO E TECNOLOGIA NOS AEROPORTOS A automação e a ideia de smart airpot (aeroporto inteligente) também se encontram como carro-chefe de como as tecnologias se colocam para otimizar as operações de carga nesse setor. Por exemplo, a GOLLOG foi uma das primeiras (senão a primeira) a disponibilizar no Brasil aplicativo de rastreamento e cotação de encomendas e outros serviços em tempo real. Já no atendimento, assim como fizeram muitas empresas atualmente, foi criado um mecanismo de atendimento virtual por inteligência artificial, conhecido como robô Gil. O Gil tira dúvidas de trâmites, regras, tempos e outras informações sobre os serviços de transporte aéreo da empresa, descarregando os funcionários do atendimento. 7 Figura 2 – Robô Gil, atendente virtual de cargas Fonte: Gollog. Figura 3 – GOLLOG Fonte: Gollog. Além dessas inovações, existem as aquisições de aeronaves cargueiras (que carregam cargas sem passageiros) e reformas de terminais de carga e sua otimização, como as reformas e os investimentos da Latam em 2018 e 2019. Mas investimentos secundários, como no monitoramento das cargas ainda nas rodovias e dentro dos terminais, também exigem câmeras, GPS e outros mecanismos de localização e monitoramento essenciais para a eficiência dos serviços nesse modal aéreo. A separação de aeronaves de passageiros das aeronaves cargueiras parece até óbvia para ampliar a eficiência de carga, visto que quando a aeronave 8 é compartilhada perde espaços com passageiros e suas bagagens e resta pouco espaço para a carga. Entretanto, esbarramos, mais uma vez, no desafio da infraestrutura: poucos terminais para a alta demanda. Para que empresas aéreas invistam em aviões cargueiros é preciso ter terminais preparados para carga e descarga e, atualmente, o gargalo da logística e da infraestrutura no Brasil é um dos empecilhos para o crescimento e inovação do setor. Equipamentos de leitura e transferência de dados são comuns em aeroportos, como todos os passageiros já estão acostumados na hora de entregarem suas malas para despacho. Mas um grande desafio hoje, e em que a tecnologia tem um papel fundamental enquanto possibilidade de solução, é interconectar os sistemas da Receita Federal, das transportadoras e do manuseio da carga. Não basta apenas que os sistemas conheçam as etapas em que a carga está ou em que local se encontra (rastreamento), mas é preciso fazer com que todos os atores envolvidos com a carga se comuniquem virtualmente. Facilidades como assinaturas digitais e processos financeiros (como pagamentos e reembolsos) virtuais, significaria diminuição de tempo gasto no desembaraço e no embarque da mercadoria. As tecnologias de dados virtuais podem diminuir a burocracia das partes envolvidas não apenas em nosso país, mas também no diálogo com outros atores e aeroportos ao redor do mundo por simples aplicativos de celulares. Isso ocorre entre as nações da União Europeia, já que lá vigora um livre mercado e uma união aduaneira, porém, não é o caso dos países membros do MERCOSUL. Talvez a inovação do pensamento estratégico posto em uma região pudesse favorecer ainda mais rotas comerciais da América do Sul com o resto do mundo, redistribuindo cargas e terminais para toda a região e evitando sobrecarga no eixo brasileiro Guarulhos-Manaus. TEMA 4 – CARACTERÍSTICAS DAS INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS DOS PORTOS E AEROPORTOS BRASILEIROS Pensar as características de inovação no Brasil não fica distante do que ocorre no mundo e do que já mencionamos aqui como exemplos. Investimentos em tecnologia da informação, gestão de cargas por automação, ampliação física de terminais e sistemas de segurança são as áreas em que mais podemos ver preocupação com esse destino. De modo geral, hoje vivenciamos um momento 9 em que os portos brasileiros não querem ser reconhecidos apenas enquanto entrepostos burocráticos de cargas e descargas para o mundo. Mudanças na gestão de cargas, operações, segurança e de planejamento já ocorrem em nosso país. O Porto de Santos encabeça a lista de boas práticas na inovação, como mencionado. Já nos aeroportos ainda nos deparamos com o desafio de investimentos em PPP por concessões e com as iniciativas pontuais das empresas transportadoras, como a GOLLOG, Azul e LATAM para cargas. As inovações tecnológicas podem tornar mais eficientes os sistemas de gestão e operações, mas não superam gargalos da infraestrutura de responsabilidades pública ou de empresas privadas, tampouco conseguem substituir modais rodoviários por fluviais e ferroviários – sendo um planejamento muito maior, que caberia aos governos federal e estadual. O Porto de Suape (Pernambuco) cria parcerias com startups para trabalhar com sistemas de dados e aplicativos e o complexo de Pecém (Ceará) investe fortemente em renovar as fontes energéticas para a solar, mas os desafios de alimentação e escoamento da produção brasileira até esses portos ainda é difícil. A inovação precisaria chegar a processos intermodais conforme as características de nosso país, como grande espacialidade quase que continental. Para que isso ocorra são necessários investimentos. Como também já discutimos, os investimentos públicos não se mostram suficientes para a modernização e garantir a competitividade, por isso as parcerias público- privadas (PPP) ganham espaço. Entretanto, essas parcerias devem ser pensadas e planejadas, e não apenas leiloadas, com metas a serem alcançadas de forma quase que utópica às novas administradoras. Exemplos de inovação de gestão não se limitam à tecnologia. Como vimos, inovação é buscar a solução para algo de outra forma, de um jeito diferente. Isso pode passar pela absorção de tecnologias, mas não pode se resumir apenas à automação ou a novos equipamentos. Para superar desafios maiores, precisamos de uma ação conjunta. TEMA 5 – GESTÃO DAS INFORMAÇÕES EM TEMPO REAL Gestão da informação é a administração de dados, como pagamentos, declarações, códigos de rastreamento, procedimentos sobre a carga e operações de funcionários e empresas. No caso de ser em tempo real, significaque as partes com acesso a esses sistemas irão acompanhar/receber as 10 informações das operações na mesma hora em que elas forem ocorrendo. Quem nunca ficou esperando uma compra pela internet e averiguava todo dia onde a encomenda se encontrava na transportadora? Isso também ocorre com importadores e exportadores e, mais ainda, consiste na atividade profissional de muitos que trabalham com comércio exterior e internacionalização de negócios. Mas as informações em tempo real não servem apenas para matar nossa curiosidade e ansiedade em receber um produto. Na verdade, no campo de gestão empresarial, elas significam otimizar as atividades da empresa. Extrair valor das iniciativas de big data analytics pode fomentar os bons resultados do porto e aeroporto. Mas o que seria isso? Seria investir em sistemas da informação, softwares, aplicativos, meios digitais de processar as informações que irão favorecer as tomadas de decisões. Lembra-se do caso do terminal de Roterdã na Holanda? Lá ocorreu a automação do gerenciamento de cargas em contêineres – do cais às prateleiras de armazenamento. O que essa automação trouxe de ganhos? A eficiência em fazer mais traslados de carga em menor tempo. Agora imagine que gestores, operadores e fiscais precisam terminar um serviço para iniciar outro (o que é muito natural do fazer humano). Mas entenda que o tempo em que cada profissional exerce suas atividades não depende apenas de seu fazer. Muitas vezes, para encerrar uma atividade e começar outra, ele precisa receber um código, uma informação, uma resposta do sistema ou de outro órgão governamental. O estivador só pode prosseguir para o cais se for informado, pelo rádio, que a carga que estava lá já foi retirada e agora há espaço para a que ele carrega, ou que o fiscal da Receita Federal só pode fazer o lançamento no sistema se a carga for autuada após averiguação de um perito do Ministério da Agricultura em documentos de algum arquivo do sistema. Tudo isso gira em torno de informações. Hoje entendemos que em processos sequenciais e em cadeia, como é a logística e o trabalho em portos e aeroportos, são necessárias também informações sequenciadas e em cadeia. Nesse sentido, quanto mais rápida for a informação, mais rápida será a conclusão de uma atividade e o início de outra. Assim, a otimização das operações em portos e aeroportos avança. Por isso, ter softwares e sistemas de dados que não criem incompatibilidade entre os sistemas, bem como capacitar a mão de obra para se interagir da forma mais proveitosa possível é um grande salto da inovação em 11 portos e aeroportos atualmente. A busca por tempo real e o grande número de empreendedores e startups podem causar a criação de muitos programas, e isso pode gerar ruído se a gestão portuária/aeroportuária não estabelecer uma organização de escolhas estratégicas: quais programa sutilizaremos? Por que escolher esses programas? Eles têm interconexão com outros programas dentro e fora do Brasil? Todas essas perguntas precisam ser feitas para uma melhora na otimização das operações em questão. O próprio governo dispõe das plataformas SISCOMEX e SISCOSERV, sendo a primeira mais recorrente em nosso uso de cargas e comércio exterior. Essa plataforma busca trazer informações em tempo real sobre os procedimentos, mas isso não significa que ela não possa melhorar, assim como qualquer outro sistema operacional e de transferência de dados. Um bom profissional da área deverá sempre se informar das novidades e de criações que possam solucionar ou inovar suas operações. Apresentar aos gestores e debater com os demais colegas profissionais será um bom início para se alcançar a otimização. TROCANDO IDEIAS Para leitura desta aula, sugerimos dois textos. O primeiro trata do incêndio que ocorreu em 2020 no Porto de Santos, noticiado como “Incêndio atinge terminal do Porto de Santos”, da Agência Brasil e disponibilizado em: <https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2020- 01/incendio-atinge-terminal-do-porto-de-santos>. Nesse texto, o que se busca é observar as fragilidades de segurança e como ocorre a operacionalização de ações dessa magnitude. Já o segundo texto é sobre a implementação de centros de inteligência e inovação em cidades portuárias, do Projeto Portogente, disponível em: <https://portogente.com.br/noticias/portos-do-brasil/108034-implantacao-de- centros-de-inovacao-nas-cidades-portuarias-brasileiras>. Nesse texto, é possível identificar as iniciativas para otimizar o espaço portuário no entorno do porto enquanto buscam inovação e aproximação da população local com as potencialidades de crescimento das atividades do porto. A leitura desses dois textos objetiva a compreensão da inovação enquanto parte de uma gestão para além das atividades de carga e descarga, mas pensando em outros temas, como na segurança e na integração com a 12 capacidade de inovação das pessoas locais. Boa leitura e que os textos ajudem em sua formação profissional. NA PRÁTICA A prática é aquele momento em que sugerimos uma atividade para reforçar sua percepção e testar sua compreensão do conteúdo da disciplina aqui apresentado. Por isso, como prática dessa etapa, sugerimos que siga os pontos abaixo: I) Entre na plataforma virtual do SISCOMEX na Receita Federal; II) Avalie a apresentação do sistema e elenque dúvidas e desafios para a sua utilização; III) Acesse seu ambiente virtual e faça o mesmo procedimento de avaliar dúvidas e desafios (caso já esteja bem familiarizado com ele, busque se lembrar dos desafios que teve no início para se adaptar); IV) Com os dois relatórios, avalie se seus desafios são os mesmos e quais seriam as possíveis causas e soluções. Com essa atividade, você fomentará sua capacidade avaliativa e crítica em relação a um meio de comunicação da informação virtual. Se possível, leve essa experiência e replique-a em outros sistemas de informação de portos e aeroportos. Acreditamos que irá ajudar bastante caso um dia precise utilizar alguns desses meios. No mínimo, fará com que tenha contato pela primeira vez com sistemas da sua área profissional. Bom exercício! FINALIZANDO Vimos nesta aula como a inovação se diferencia de tecnologia, mas ambas andariam juntas nas práticas de portos e aeroportos em nosso país e no mundo. Vimos exemplos de automações, de sistemas da informação, da importância em infraestrutura, ampliação física, mas também da capacitação dos profissionais e do pensar a gestão. O Porto de Santos, assim como tantos outros no Brasil, olha para boas práticas e tenta encontrar inovações para os desafios locais. Todo esse movimento de inovação e de absorção de novas tecnologias e pensares estratégicos de gestão ocorre porque portos e aeroportos, como 13 vértices de modais e da logística internacional, precisam se tornar competitivos. A competitividade não é destruir o outro, mas sim oferecer serviços e se tornar melhor dentro de suas competências. A atração de clientes e o fortalecimento de rotas comerciais passa também pelas tomadas de decisão desses modais tão importantes em nosso tempo. Com a aula de hoje, esperamos a conclusão de mais um ciclo em seu aprendizado, para iniciar um novo sobre esse vasto campo de mobilidade. Logística, comércio exterior, modais, legislação e tantos outros temas que fazem parte de sua formação foram, de alguma forma, expostos aqui nas temáticas sobre o funcionamento de portos e aeroportos, no Brasil e no Mundo. Desejamos boa sorte em sua jornada profissional e até breve! 14 REFERÊNCIAS ABEAR – Associação Brasileira das Empresas Aéreas. Panorama 2017: o setor aéreo em dados e análises. Disponível em: <https://www.abear.com.br/wp- content/uploads/2019/03/PanoramaABEAR_2017-atualizacao-29032019.pdf>. Acesso em: 15 jul. 2020. ANAC – Agência Nacional de AviaçãoCivil. [s.d.]. Disponível em: <https://www.anac.gov.br/>. Acesso em: 15 jul. 2020. _____. MGA – Manual Geral de Aeroportos. 2020. Disponível em: <https://www2.anac.gov.br/imprensa/SCD/2011/Manual_Geral_de_Aeroportos_ (MGA)_descaracterizado.pdf>. Acesso em: 15 jul. 2020. ANTAQ – Agência Nacional de Transportes Aquaviários. [s.d.]. Disponível em: <http://portal.antaq.gov.br/>. Acesso em: 15 jul. 2020. BRASIL. Ministério da Infraestrutura. Dados de transportes, 2020. Disponível em: <https://www.infraestrutura.gov.br/grandes-numeros/88-dados-de- transportes/5350-sint-aeroviario.html>. Acesso em: 15 jul. 2020. CATEGORIA Portopédia. Portogente, 01 jan. 2016. Disponível em: <www.portogente.com.br>. Acesso em: 15 jul. 2020. CODESP – Companhia de Docas do Estado de São Paulo. Descrição do Projeto. 2020. Disponível em: <http://www.codesp.com.br/>. Acesso em: 15 jul. 2020. GOLLOG – Serviços de Transportes de Cargas da GOL. Área Inicial. Disponível em: <https://www.gollog.com.br/pt/paginas/default.aspx>. Acesso em: 15 jul. 2020. SOPESP – Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo. Com projeto de inovação, Porto de Santos agilizará entrada e saída de cargas. 15 jan. 2020. Disponível em: <https://sopesp.com.br/2020/01/15/com-projeto-de- inovacao-porto-de-santos-agilizara-entrada-e-saida-de-cargas/>. Acesso em: 15 jul. 2020.
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