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COMPOSIÇÃO AULA 2 - EQUILIBRIO E PROPORÇÃO

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COMPOSIÇÃO 
AULA 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Eliza Yukiko Sawada Timm 
 
 
CONVERSA INICIAL 
Ao longo desta aula conversaremos sobre a importância do equilíbrio e da 
proporção para a composição visual. 
CONTEXTUALIZANDO 
Por que algumas formas nos atraem mais que outras, ou por que alguns 
painéis nos chamam mais a atenção do que outros? É claro que isso tem a ver 
com os nossos interesses ou com o público-alvo. Mas aqui estou falando apenas 
da imagem, ou seja, da composição dos elementos em um determinado espaço. 
É sobre esses questionamentos que vamos conversar nesta aula, porque sim, 
as composições mais equilibradas e mais proporcionais intuitivamente nos 
agradam mais que as que não atendem a esses princípios. 
TEMA 1 – EQUILÍBRIO 
O equilíbrio, tanto psicológica quanto físico, é uma das sensações mais 
importantes do ser humano: ter os pés firmes no chão e saber que assim vão 
permanecer, ter segurança de não cair. O equilíbrio é, então, a referência visual 
mais forte e firme do homem, que, de forma rápida e automática, acessa o senso 
intuitivo de equilíbrio (Dondis, 1997). 
Segundo Vaz e Silva (2016), para compor formas em um determinado 
espaço, precisamos conhecer os conceitos de equilíbrio, pois ele é um dos 
princípios essenciais para criar uma composição visual. 
Para entender equilíbrio, será necessário também entender o 
desequilíbrio. 
No equilíbrio, a organização dos elementos deve transmitir a sensação de 
que todas as partes estão estáveis, agradáveis e adequadas para o observador; 
já no desequilíbrio, a organização parece pender mais para um lado, causando 
desconforto e instabilidade. 
 
 
 
 
 
3 
Figura 1 – Desequilíbrio 
 
Isso não quer dizer que uma composição equilibrada deve ser sempre 
simétrica. O equilíbrio simétrico é o mais elementar e fácil, por isso mais estático 
e pobre. 
Figura 2 – Equilíbrio simétrico 
 
Figura 3 – Cartaz com equilíbrio simétrico 
 
Créditos: Paul Craft/Shutterstock 
 
 
4 
O equilíbrio assimétrico pode ser conseguido por meio da composição 
entre o peso e a direção, mais difícil de trabalhar, porém mais dinâmica e rica 
quanto à forma. 
A sensação de equilíbrio é dada pela distribuição igualitária de pesos 
visuais, realizada pela composição proporcional dos elementos no espaço (Vaz; 
Silva, 2016). 
Figura 4 – Equilíbrio assimétrico 
 
Figura 5 – Cartaz com equilíbrio assimétrico 
 
Créditos: Paseven/Shutterstock. 
Note que, nos exemplos acima, o equilíbrio visual é dado pelo 
deslocamento das formas: no cartaz, o violão e o microfone que estão à 
esquerda são equilibrados visualmente pela massa de texto à direita. 
 
 
5 
O peso visual está associado à direção das forças compositivas. Ao 
definirmos o peso visual do plano representado pelo quadrado, consideramos a 
parte inferior mais pesada que a superior, e o canto inferior esquerdo mais leve 
que o canto inferior direito (Vaz; Silva, 2016). 
Figura 6 – Peso visual 
 
Figura 7 – Direção do peso visual 
 
O peso visual direciona o nosso olhar dentro de um campo compositivo. 
TEMA 2 – PERCEPÇÃO CROMÁTICA 
É importante salientar que a cor também tem peso visual: as cores mais 
escuras têm peso maior, e as claras são mais leves. 
Figura 8 – Peso das cores 
 
 
 
6 
Para equilibrar uma composição com cores, devemos compensar as 
áreas: uma porção maior de área clara para uma porção menor de área escura 
ou fazemos o deslocamento da área escura mais para o centro da composição. 
 
Figura 9 – Equilíbrio das cores 
 
Percebemos a cor de diferentes maneiras, conforme a proximidade e a 
relação com as cores ao seu redor. De acordo com esse critério, elas podem 
parecer mais próximas ou mais afastadas, mais frias ou mais quentes, mais 
luminosas ou mais opacas, assim como mais leves e mais pesadas (Vaz; Silva, 
2016). 
É possível observar como a cor vermelha se modifica à medida que a cor 
de fundo é alterada. 
Figura 10 – Percepção da cor em diferentes combinações 
 
 No exemplo acima, é possível observar que a cor vermelha parece mais 
intensa quando está no fundo ciano e praticamente some no fundo magenta. 
Isso acontece pela sua composição. Observe a tabela a seguir: 
 
 
 
 
7 
Figura 11 – Composição das cores 
 
O mesmo acontece em fundos com diferentes escalas de cinza. Nos 
extremos da escala, o vermelho parece mais luminoso, ao passo que nos meios 
tons o vermelho parece mais apagado. 
Figura 12 – Percepção da cor em diferentes combinações de tonalidades 
 
 O contraste entre as cores pode ser mais acentuado ou mais sutil. Assim, 
quanto mais características opostas uma cor tem em relação a outra, maior será 
o seu contraste, como o preto e o branco (Vaz; Silva, 2016). 
 Esse contraste intenso entre as cores é chamado de contrastre de limite, 
que parece fazer a figura vibrar sobre o fundo, que pode ser anulado com um 
contorno. 
Figura 13 – Contraste de limite sem e com contorno 
 
 
 
8 
 O valor da cor também modifica a percepção do tamanho da forma. As 
cores mais claras refletem mais a luz e, por isso, parecem se expandir; já as 
cores escuras absorvem a luz, o que as faz parecer menores. Esse tipo de 
contraste é denominado de contrastre de superfície, que se refere à cor. Cores 
quentes parecem ser mais expansivas, enquanto as cores frias passam a 
impressão de ocuparem uma área menor (Vaz; Silva, 2016). 
Figura 14 – Percepção de tamanho pela cor 
 
De acordo com Vaz e Silva (2016), a cor também pode dar ideia de 
distância, ou seja, cores mais luminosas parecem mais próximas, enquanto 
cores mais escuras parecem mais distantes. 
Figura 15 – Percepção de distância pela cor 
 
 Em uma composição visual, a cor pode ser utilizada de diversar formas; 
para dar a sensação de peso, distância, tamanho, luz e até mesmo emoções, 
visto que, de acordo com a psicologia das cores, algumas cores dão a sensação 
de alegria, melancolia e paz. Além da natureza emocional, a cor também tem 
aspecto simbólico, determinado pelos fatores sociais, culturais, geográficos, 
históricos e religiosos (Vaz; Silva, 2016). 
 
 
 
9 
TEMA 3 – PROPORÇÃO ÁUREA 
 Para elaborar uma composição, em muitos casos utilizamos grids, ou 
seja, linhas auxiliares que servem de baliza para o olhar durante o processo 
criativo. Essa estrutura controla a posição dos elementos em um espaço, mas o 
seu uso não é obrigatório. Na composição de um espaço visual, a estrutura está 
presente e, mesmo que de modo inconsciente, a utilizamos na organização do 
espaço (Vaz; Silva, 2016). 
 Uma das forma de utilizar uma estrutura é com base nas proporções, tanto 
do espaço compositivo quanto dos elementos que irão compor esse espaço. De 
acordo com Elam (2018), 
Muitas vezes...vi excelentes ideias conceituais acabarem prejudicadas 
durante o processo de realização, em grande parte devido a uma falta 
de entendimento, por parte do designer, dos princípios visuais da 
composição geométrica. Tais princípios incluem uma compreensão 
dos sistema clássicos de proporções, como a seção áurea e os 
retângulos de raiz. 
Uma das formas de utilizar uma estrutura é por meio da proporção áurea, 
tanto do espaço compositivo quanto dos elementos que irão compor esse 
espaço. 
De acordo com Elam (2018), ao longo de toda história, no contexto tanto 
do ambiente humano como do natural, já se comprovou uma evidência cognitiva 
dos seres humanos pelas proporções baseadas na seção áurea. Um dos 
exemplos mais antigos é a estrutura de Stonehenge, erguido entre 1900 e 1500 
a.C. 
Figura 16 – Stonehenge, Inglaterra 
 
Fonte: AroundWorld/Shutterstock. 
 
 
10 
As estruturas retângulares de Stonehenge se encaixam no retângulo 
áureo, ou seja, aquele no qual há uma proporção de 1,618 entre os lados. Esse 
número surgiu dos estudos do matemático Leonardo de Pisa (1170-1250),conhecido como Fibonacci, que deixou a sua famosa série de números 
harmônicos, ou a série de Fibonacci: 
1; 1; 2; 3; 5; 8; 13; 21; 34; 55; 89; ... 
 Sua construção é simples e baseia-se na somatória dos dois números 
anteriores. 
Figura 17 – Construção dos números da série de Fibonacci 
 
Com base em um determinado ponto, qualquer número da série de 
Fibonacci, dividido pelo seguinte, dá aproximadamente 0,618 e qualquer número 
dividido pelo que o antecede dá aproximadamente 1,618, sendo essas razões 
proporcionais (Vaz; Silva, 2016). 
Figura 18 – Número de ouro 
 
Intrigado pela seção áurea, o psicólogo alemão Gustav Fechner estudou, 
no século XIX, como as pessoas reagem às qualidades estéticas do retângulo 
áureo. Ele catalogou as medidas de diversos objetos retangulares, como livros, 
caixas, edifícios, jornais etc. e descobriu que a razão média dos retângulos 
estava próxima à seção áurea, ou seja, 1,618. Esse experimento foi repetido com 
maior rigor científico por Charles Lalo em 1908, e mais tarde por outros 
pesquisadores, e todos chegaram à mesma conclusão de que a maioria das 
pessoas preferem as proporções da seção áurea (Elam, 2018). 
Figura 19 – Gráfico comparativo das preferências quanto ao retângulo 
 
 
11 
 
Fonte: Elam, 2018. 
A construção geométrica do retângulo áureo é muito simples, sendo 
necessários apenas uma régua e um compasso. Com essa mesma construção 
é possível também dividir uma reta em sua média extrema razão, isto é, 
identificar o ponto dourado da reta, ou a letra grega Ф (phi), que representa o 
ponto dourado. 
 
Figura 20 – Construção geométrica do retângulo áureo 
 
A seção áurea não se restringe ao senso estético do homem, mas faz 
parte das notáveis relações existentes entre as proporções de crescimento de 
seres vivos como plantas e animais. 
Os padrões de crescimentos das conchas são espirais logarítmicas de 
proporções áureas (Elam, 2018). 
 
 
 
 
 
12 
Figura 21 – Padrão de crescimento em espiral da concha Náutilus pompilius 
 
Créditos: Sebastiano Secondi/Shutterstock. 
De acordo com Elam (2018), Theodore Andrea Cook, crítico de arte e 
escritor britânico que viveu no final do século XIX, esses padrões de crescimento 
são “os processos essenciais da vida”. Em cada etapa de crescimento, 
assinaladas por uma espiral, a nova espiral é muito próxima da proporção de um 
quadrado maior que o anterior. Os padrões de crescimento das conchas do 
náutilo e outros moluscos não crescem exatamente na proporção áurea, mas 
bem próximo a ele. 
Figura 22 – Espiral áurea – Diagrama de construção de uma espiral dentro do 
retângulo harmônico e a série de Fibonacci. 
 
 
 
13 
 O pentágono e o pentagrama também exibem proporções áureas e 
podem ser encontrados em muitas criaturas vivas, como a bolacha-da-praia. As 
divisões internas de um pentágono criam um pentagrama, no qual a razão entre 
duas linhas quaisquer tem a proporção de 1,618. 
Figura 23 – Bolacha-da-praia com o desenho de uma estrela de cinco pontas 
 
Créditos: Lulub/Shutterstock. 
Figura 24 – Pentágono e pentagrama 
 
 
 
 
 
14 
Figura 25 – Proporção áurea no pentágono e no pentagrama 
 
 
Figuras 26 e 27 – Pentágonos na natureza 
 
Créditos: Jude Black/Shutterstock; PIXbank CZ/Shutterstock. 
 
Assim como as plantas e os animais compartilham as proporções áureas, 
o mesmo se dá com os seres humanos. Talvez um dos motivos da predileção 
cognitiva pelas proporções áureas seja o fato de que os homens exibam as 
mesmas relações proporcionais matemáticas nos seres vivos (Elam, 2018). 
Naturalmente temos predileção pelas formas que se encontram dentro da 
proporção áurea, consequentemente consideramos mais belas as pessoas que 
estão mais próximas dessas proporções. 
Os cirurgiões plásticos utilizam a proporção áurea como uma ferramenta 
de trabalho, assim como dentistas proporcionam as proteses dentárias de 
acordo com a mesma razão áurea. 
 
 
 
15 
Figura 28 – Proporção áurea no corpo humano 
 
Créditos: Ilusionist3d/Shutterstock. 
TEMA 4 – APLICAÇÃO DA PROPORÇÃO ÁUREA 
 Veremos agora algumas aplicações da proporção áurea em composições 
visuais, e de que forma podemos utilizar esses conceitos em nosso dia a dia 
profissional. 
 Observe na imagem a seguir como podemos posicionar o elemento de 
interesse exatamente no ponto de ouro da composição. É possível, dessa forma, 
criar uma composição equilibrada e proporcional. 
 
 
 
 
 
16 
Figura 29 – Aplicação da proporção áurea na composição 
 
Créditos: New Africa/Shutterstock. 
Figura 30 – Aplicação da proporção áurea na composição 
 
Créditos: New Africa/Shutterstock. 
 
 
17 
Para encontrar o ponto dourado dentro de um retângulo não é necessário 
construir a espiral áurea. É possível encontrar os pontos por meio da construção 
geométrica a seguir: 
1. Trace uma reta AB com as medidas de uma das laterais do retângulo que 
será feita a composição; 
2. Trace uma perpendicular pelo ponto B; 
3. Marque o meio da reta AB que será chamado de ponto M; 
4. Com a ponta seca do compasso em B e abertura até M, trace um arco até 
cruzar com a perpendicular, no cruzamento marque o ponto M’; 
5. Trace uma reta do ponto A até o ponto M’; 
Figura 31 – Construção geométrica para encontrar o ф phi 
 
 
 
1. Com a ponta seca do compasso em M’ e abertura até B, trace um arco 
até cruzar a reta AM’, encontrando no cruzamento o ponto B’; 
2. Com a ponta seca em A e abertura até B’, trace um arco até cruzar a reta 
AB, no cruzamento encontramos o ponto Ф phi, ou o ponto dourado. 
Figura 32 – Construção geométrica para encontrar o ф phi 
 
 
 
18 
 
Aplicando essa construção na área compositiva, é possível encontrar os 
pontos dourados compositivos. 
Figura 33 – Construção geométrica para encontrar o ф phi compositivo 
 
 
Figura 34 – Construção geométrica para encontrar o ф phi compositivo 
 
 
 
Além da utilização do ponto dourado, podemos utilizar o retângulo áureo 
dinâmico, com razões de fração de números irracionais como √2, √3, √5,... 
Quando dividimos os retângulos estáticos, eles não resultam numa série de 
superfícies atraentes. As subdivisões são previsíveis e não apresentam muitas 
variações. Por outro lado, os retângulos dinâmicos produzem, ao se dividirem, 
uma quantidade interminável de subdivisões e razões de superfície harmoniosa 
(Elam, 2018). 
Veja os exemplos do retângulo dinâmico subdividido e as suas aplicações 
a seguir: 
 
 
 
19 
Figura 35 e 36 – Retângulo áureo e divisão dinâmica do retângulo áureo – ex. 1 
 
Figura 37 – Diagramação utilizando o retângulo áureo dinâmico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
Figura 38 e 39 – Retângulo áureo e divisão dinâmica do retângulo áureo – ex. 2 
 
Figura 40 – Diagramação utilizando o retângulo áureo dinâmico – ex. 2 
 
TEMA 5 – PROPORÇÃO DO RETÂNGULO DE RAIZ DE 2 
 A raiz de 2 é outra forma de proporção geométrica, pois ela tem a 
propriedade de ser infinitamente divisível em retângulos proporcionais menores. 
Isso quer dizer que, se dividirmos o retângulo de raiz 2 ao meio, teremos dois 
retângulos menores também de raiz 2, e assim por diante. 
 
 
21 
 O retângulo de raiz de 2 tem valores próximos aos da proporção áurea. 
As proporções da raiz de 2 é de 1,41 e o da proporção áurea é de 1,618 (Elam, 
2018). 
Figura 41 – Construção geométrica do retângulo de raiz de 2 
 
Visto que o retângulo de raiz 2 tem a propriedade de se subdividir em 
retângulos menores proporcionais, é utilizado como base para definir os 
formatos de papel que utilizamos. O mais conhecido é o A4, mas a série A é 
formado pelos formatos A0, A1, A2, A3, A4, A5 e A6... 
Além de servir como base para os formatos de papel, também é utilizado 
em muitos cartazes e livros. Com uma dobra inicial no meio da folha, resulta em 
duas meias-folhas. Dobrando-se novamente, obtêm-se quatro folhas menores, 
que correspondem a oito páginas impressas,e assim por diante. Esse sistema 
não só é eficiente, como também otimiza o uso do papel. Além da vantagem 
prática de evitar o desperdício do papel, o retângulo de raiz 2 obedece às 
propriedades estéticas da seção áurea. 
Figura 42 – Formato de papel da série A com base no retângulo de raiz de 2 
 
 
 
22 
 Entendemos então que a proporção é a relação entre as partes, e que 
cada parte é percebida em função de uma estrutura 
TROCANDO IDEIAS 
Saiba mais 
Acesse o link a seguir e assista â animação da Disney “Donald no País da 
Matemágica 
DONALD no País da Matemágica (Completo – Dublado – 720p HD). 
Educação Documentários, 1 maio 2013. Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=wbftu093Yqk&t=833s>. Acesso em: 16 
maio 2020. 
Depois de ver a animação, que tal trocar ideias com seus colegas sobre 
as aplicações das proporções não só no design, mas nas mais variadas áreas? 
NA PRÁTICA 
 Pratique a sua percepção visual e pesquise imagens na internet. Podem 
ser obras de arte, fotografia, publicidade, cartaz etc. e selecione composições 
com: 
• equilíbrio simétrico; 
• equilíbrio assimétrico; 
• desequilibrado; 
• com o elemento de interesse no ponto dourado (não é necessário fazer 
as construções geométricas, utilize apenas a sua percepção visual). 
FINALIZANDO 
Nesta aula, entramos em contato com alguns elementos intelectuais da 
linguagem visual, todos muito importantes no processo de construção de uma 
composição visual. 
 
 
 
 
23 
REFERÊNCIAS 
DONDIS, D. A. Sintaxe da linguagem visual. São Paulo: Martins Fontes, 1997. 
ELAM, K. Geometria do design: estudos sobre proporção e composição. São 
Paulo: Gustavo Gili, 2018. 
VAZ, A.; SILVA, R. Fundamentos da linguagem visual. Curitiba; InterSaberes, 
2016.

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