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COMPOSIÇÃO AULA 6 Prof.ª Eliza Yukiko Sawada Timm 2 CONVERSA INICIAL Fotografia 2 Nesta aula, vamos exercitar a nossa criatividade e aplicar o que vimos anteriormente sobre composição visual. Trataremos do espaço compositivo dentro da fotografia, Proporção Áurea, regra dos terços e iluminação. Lembre-se: a criatividade faz toda a diferença na hora de fotografar. CONTEXTUALIZANDO O advento da fotografia digital possibilitou o acesso a esta ferramenta a um grande número de pessoas. A incorporação da fotografia nos celulares, principalmente. Porém, é difícil ver qualidade nessas imagens. Para uma boa imagem, é necessário, além de conhecimento técnico, saber compor uma imagem. As fases do processo criativo podem ser descritas como um ciclo de atividades inter-relacionadas que, em conjunto, são capazes de incentivá-lo a ultrapassar suas fronteiras artísticas por meio da experimentação. Além disso, durante esse processo é possível explorar o seu tema até adquirir novos conhecimentos e percepções sobre ele, o que o ajudará nas decisões com relação ao seu trabalho fotográfico (Simmons, 2015). TEMA 1 – PROPORÇÃO ÁUREA E A REGRA DOS TERÇOS No geral, toda imagem bem-sucedida é o resultado de uma boa composição e da pregnância da forma de acordo com as Leis da Gestalt. Proporção áurea: uma das formas de compor uma imagem é utilizando a Proporção Áurea. Como visto anteriormente, utilizamos a regra de ouro para localizar o ponto focal na imagem. No geral, corresponde a uma parte um pouco maior que um terço da imagem. 3 Figura 1 – Proporção áurea Fonte: Arquivo Eliza Sawada Timm, 2011. Figura 2 – Proporção Áurea Fonte: Eliza Yukiko Sawada Timm. Percebeu-se a preferência do homem pelos terços e grades imaginárias de duas linhas horizontais e duas verticais equidistantes começarem a ser utilizadas, conhecidas por regras dos terços. Hoje, a maioria das máquinas fotográficas e alguns celulares possuem esse grid no visor fotográfico. Regra dos terços: é uma das formas mais conhecidas de compor uma foto. Entretanto, ela está longe de ser uma regra compositiva; é apenas uma das maneiras de enquadrar uma. A regra dos terços é um tipo de composição básica de enquadrar fotografias, é um tipo de composição no qual os elementos de uma fotografia são colocados ao longo de um grid de 3 x 3 cm, que divide igualmente a imagem em nove partes. Posicionamos o elemento de interesse na interseção das linhas que dividem o quadro em terços, ou ao 4 fotografar temas com linhas verticais ou horizontais, a regra dos terços sugere colocá-los ao longo de uma das quatro linhas. Figura 3 – Regra dos terços Fonte: Eliza Sawada Timm, 2020. Figura 4 – Regra dos terços Fonte: Arquivo Eliza Sawada Timm, 2011. Figura 5 – Regra dos terços Fonte: Arquivo Eliza Sawada Timm, 2007. 5 Figura 6 – Regra dos terços Fonte: Arquivo Eliza Sawada Timm, 2005. Figura 7 – Regra dos terços Fonte: Arquivo Eliza Sawada Timm, 2015. Uma composição raramente será bem-sucedida se o espaço for dividido igualmente pela metade. Ao dividir a imagem por uma linha horizontal, corre-se o risco de registrar uma composição indefinida e sem atrativo visual. Elementos tratados de maneira igual, frequentemente se anulam (Peterson, 2014). 6 Figura 8 – Divisão da imagem pela metade Fonte: Arquivo Eliza Sawada Timm, 2005. TEMA 2 – NÚMEROS ÍMPARES NA COMPOSIÇÃO Você sabia que a maioria das pessoas se sente mais à vontade com números ímpares do que com pares? Nos tabuleiros de jogos em Las Vegas, os números de sorte preferidos são o sete e o onze. Entre os números ímpares favoritos está o três. Pense nos Três Porquinhos, nos Três Mosqueteiros, nos Três Patetas, nas Superpoderosas, nos sobrinhos do Pato Donalds (Huguinho, Zezinho e Luizinho). Tudo isso tem a ver com a nossa psicologia e como vemos as coisas. Os gregos perceberam isso há muito tempo e é algo continuamente comprovado pela regra dos terços (Peterson, 2014). Figura 9 – Três na composição Créditos: leospek/Shutterstock. 7 Figura 10 – Três na composição Créditos: Maridav/Shutterstock. TEMA 3 – TEMA FOTOGRÁFICO Existem inúmeras formas e temas para serem explorados. Vamos apresentar apenas alguns para que você, com base nesses exemplos, crie os seus próprios temas e desenvolva a sua expressividade. Moldura: a moldura pode ser tanto natural (galhos, plantas, pedras etc.) como artificial (janelas, pontes etc.). O mais importante é olhar do fotógrafo e a composição dos elementos dentro da moldura. Figura 11 – Moldura Créditos: Anna Morgan/Shutterstock 8 Figura 12 – Moldura Fonte: Arquivo Eliza Sawada Timm, 2011. Figura 13 – Moldura Fonte: Arquivo Eliza Sawada Timm, 2011. 9 Figura 14 – Moldura Fonte: Arquivo Eliza Sawada Timm, 2011. Figura 15 – Moldura Fonte: Arquivo Eliza Sawada Timm, 2016. 10 Fluidez: é a qualidade de tudo que corre e desliza; é orgânico, leve e sinuoso. Figura 16 – Fluidez Fonte: Arquivo Eliza Sawada Timm, 2011. Figura 17 – Fluidez Fonte: Arquivo Eliza Sawada Timm, 2007. 11 Figura 18 – Fluidez Fonte: Arquivo Eliza Sawada Timm, 2005. Assimetria: é a diferença entre as partes; a falta de igualdade e de semelhança, com discordância. Figura 19 – Assimetria Fonte: Arquivo Eliza Sawada Timm, 2011. 12 Figura 20 – Fluidez Fonte: Arquivo Eliza Sawada Timm, 2011. Simetria: é a igualdade entre as partes, a semelhança, a disposição de duas formas que se anulam. Figura 21 – Simetria Fonte: Arquivo Eliza Sawada Timm, 2020. Figura 22 – Simetria Fonte: Arquivo Eliza Sawada Timm, 2011. 13 Figura 23 – Simetria Fonte: Arquivo Eliza Sawada Timm, 2011. Minimalismo: o minimalismo surgiu na década de 1960 em Nova York. Inicialmente, apareceu nas artes plásticas e, posteriormente, erradicou-se para a música, a arquitetura, o design e a fotografia. O minimalismo nas artes visuais utiliza figuras geométricas simples, adotando um reducionismo na representação das formas, eliminando toda referência exterior. Ou seja, a obra minimalista não tem ligação com o mundo, exigindo um esforço intelectual do observador para a sua assimilação. O minimalismo procura atingir um máximo de impacto com o mínimo. Na fotografia minimalista, preconiza-se o foco em um único elemento. Ao adotarmos uma grande abertura da lente, teremos o fundo totalmente desfocado por meio do elemento principal. Para esse fim, a lente zoom são as preferidas, pois possuem profundidade de campo menor que as lentes angulares. Para o minimalismo, menos é mais. 14 Figura 24 – Minimalismo Fonte: Arquivo Eliza Sawada Timm, 2011. Figura 25 – Minimalismo Fonte: Arquivo Eliza Sawada Timm, 2011. Figura 26 – Minimalismo Fonte: Arquivo Eliza Sawada Timm, 2011. 15 Figura 27 – Minimalismo Fonte: Arquivo Eliza Sawada Timm, 2011. Tempo: a fotografia ocorre em função de três variáveis: abertura do diafragma, sensibilidade ISO e velocidade do obturador. A velocidade do obturador é o tempo que deixamos determinado diafragma aberto. Ou seja, a fotografia está atrelada ao tempo. No início da história da fotografia qualquer movimento que ocorresse na cena geravaum borrão. Desta forma, o borrão passou a significar a existência de movimento na cena. Figura 28 – Tempo Fonte: Arquivo Eliza Sawada Timm, 2011. 16 Figura 29 – Tempo Fonte: Arquivo Eliza Sawada Timm, 2011. Figura 30 – Tempo Fonte: Arquivo Eliza Sawada Timm, 2011. Figura 31 – Tempo Fonte: Arquivo Eliza Sawada Timm, 2011. 17 Tempo nos materiais: realmente, como o fluxo do tempo não para, tendo um único sentido, qualquer recorte que façamos do espaço, que seja durante um infinitésimo de segundo, eternizará o presente, mesmo após segundos da tomada estaremos vendo o passado. O tempo age sobre os materiais, quer sejam resultado da erosão, fata de manutenção, abandono ou prolongadas ações geológicas. Figura 32 – Tempo nos materiais Fonte: Arquivo Eliza Sawada Timm, 2020. Figura 33 – Tempo nos materiais Fonte: Arquivo Eliza Sawada Timm, 2020. 18 Figura 34 – Tempo nos materiais Fonte: Arquivo Eliza Sawada Timm, 2020. Figura 35 – Tempo nos materiais Fonte: Arquivo Eliza Sawada Timm, 2020. Originalidade do olhar: procure ângulos de tomada diferenciados, use foco seletivo, chegue mais perto, fique atento ao inusitado, sugira ao invés de mostrar, experimente mudar a luz. A manipulação digital adicionou uma ferramenta poderosa ao arsenal disponível para tornar a foto um trabalho original. Essas técnicas estão ao alcance de todos, basta muito estudo, dedicação e paciência. 19 Figura 36 – Olhar fotográfico Fonte: Arquivo Eliza Sawada Timm, 2007. Figura 37 – Olhar fotográfico Fonte: Arquivo Eliza Sawada Timm, 2020. 20 Figura 38 – Olhar fotográfico Fonte: Arquivo Eliza Sawada Timm, 2011. Figura 39 – Olhar fotográfico Fonte: Arquivo Eliza Sawada Timm, 2010. 21 Figura 40 – Olhar fotográfico Fonte: Arquivo Eliza Sawada Timm, 2005. Figura 41 – Olhar fotográfico Fonte: Arquivo Eliza Sawada Timm, 2020. Figura 42 – Olhar fotográfico Fonte: Arquivo Eliza Sawada Timm, 2020. 22 Figura 43 – Olhar fotográfico Fonte: Arquivo Eliza Sawada Timm, 2014. Figura 44 – Olhar fotográfico Fonte: Arquivo Eliza Sawada Timm, 2016. Figura 45 – Olhar fotográfico Fonte: Arquivo Eliza Sawada Timm, 2011. 23 Figura 46 – Olhar fotográfico Fonte: Arquivo Eliza Sawada Timm, 2011. Figura 47 – Olhar fotográfico Fonte: Arquivo Eliza Sawada Timm, 2011. 24 TEMA 4 – PINTURA FOTOGRÁFICA Até décadas atrás, a regra da fotografia era manter a linha do horizonte nivelada e, acima de tudo, garantir que ela estivesse em foco. Também era impensável para um fotógrafo segurar a câmera com as mãos e usar a velocidade do obturador muito baixa. Aqueles que o faziam eram ridicularizados porque a imagem era borrada e fora de foco. Os tempos mudaram e o conceito de pintar com a luz acabou sendo aceita. Pintar com a luz é uma questão de tentativa e erro. Porém, quando dá certo, o resultado pode ser surpreendente (Peterson, 2014). Pintar usando a velocidade do obturador é uma técnica simples. Basta ajustar a exposição correta que permita o uso de velocidade de 1/4 ou 1/2 segundo e quando apertar o disparador, balance, gire ou chacoalhe a câmera para cima e para baixo, para os lados ou em movimentos circulares. Figura 48 – Light painting Fonte: Arquivo Eliza Sawada Timm, 2020. Considere também a possibilidade de pintar com baixa luminosidade, com velocidade de obturador entre dois e oito segundos. A diferença aqui é que seus movimentos devem ser mais lentos do que os outros mencionados e o efeito pode ser semelhante a de um pintor que usa a espátula (Peterson, 2014). 25 Figura 49 – Light painting Fonte: Arquivo Eliza Sawada Timm, 2011. TEMA 5 – ILUMINAÇÃO A fotografia é a manipulação da luz, sem a qual não seria possível fotografar. Se essa manipulação serve para fins artísticos ou técnicos, não importa. O importante é entender como a luz se comporta. A qualidade mais importante de uma fonte de luz é seu brilho. Uma luz mais clara é quase sempre uma luz melhor. No nível mais básico, se a luz não estiver suficientemente clara, não conseguiremos realizar a foto. Uma iluminação adequada permite produzir imagens mais nítidas, com melhor saturação de cor e menos ruído. Em geral, utilizamos iluminação mais escura apenas quando há uma melhor estética em uma das outras da luz: a cor ou o contraste (Hunter, 2014). Podemos usar luz de qualquer cor e luzes coloridas podem dar um efeito artístico à fotografia. No entanto, na maioria das vezes, utilizamos a luz branca. Outra característica da luz fotográfica é o contraste. Uma fonte de luz tem contraste acentuado se seus raios atingem o objeto quase no mesmo ângulo. A luz do sol em um dia limpo é um exemplo comum de fonte de luz de contraste acentuado. Os raios da luz do sol estão paralelos e atingem o objeto no mesmo ângulo. Raios de luz de uma fonte de baixo contraste atingem o objeto em diferentes ângulos (Hunter, 2014). Figura 50 – Luz dura e luz suave 26 Fonte: Eliza Sawada Timm, 2020. Uma sombra com bordas nitidamente definidas é chamada de sombra dura. Por esse motivo, fontes de luz de contraste acentuado também são chamadas de luz dura. Luz de baixo contraste não tem a sombra definida, não é possível definir exatamente onde está a fonte de luz. Uma borda não claramente definida é chamada de sombra suave, e a luz, de luz suave (Hunter, 2014). Figura 51 – Luz dura Fonte: Eliza Sawada Timm, 2020. Figura 52 – Luz suave 27 Fonte: Eliza Sawada Timm, 2020. A sombra é a parte da cena que a luz não atinge. Alta-luz é a área iluminada. As duas fotografias estão iluminadas de forma bem diferentes e pode-se observar a diferença na alta-luz. Para fazer a luz dura foi utilizada uma fonte de luz direta. Na segunda imagem, a luz foi suavizada com a utilização de uma folha de papel vegetal em frente à fonte de luz. A direção da luz relativa ao objeto determina qual parte do objeto será realçada e onde as sombras cairão. A luz em qualquer direção pode ser boa em casos particulares, mas somente algumas podem enfatizar a dimensão (Hunter, 2014). A luz vinda da direção da câmera é chamada de luz frontal, pois ilumina essencialmente a frente do objeto. A luz frontal mostra o mínimo de profundidade possível, visto que a parte visível do objeto está inteiramente realçada. A sombra cai atrás do objeto onde a câmera não pode ver. A câmera não vê a variação tonal, portanto não vê profundidade. A luz frontal é chamada de iluminação chapada ou plana (Hunter, 2014). Figura 53 – Iluminação frontal 28 Fonte: Eliza Sawada Timm, 2020. Entretanto, a aparente falta de profundidade nem sempre é uma deficiência e, às vezes, não é bem-vinda, já que retratos com iluminação frontal podem minimizar a textura da pele. A percepção de profundidade exige tanto altas-luzes quanto sombras e a combinação entre a iluminação frontal e traseira maximiza essa percepção. Tal iluminação é chamada de lateral. A boa iluminação é, de certa maneira, a iluminação lateral (Hunter, 2014). Figura 54 – Iluminação frontal e traseira Fonte: Eliza Sawada Timm, 2020. 29 A iluminação de cima representa profundidade da mesma forma que a iluminação lateral, pois proporciona ao objeto a mesma proporção de alta-luz e sombra. Figura 55 – Iluminação de cima Fonte: Eliza Sawada Timm, 2020. A luz diretamente lateral ou de cima, muitas vezes, esconde detalhes do objetona sombra. Figura 56 – Iluminação lateral direta Fonte: Eliza Sawada Timm, 2020. 30 Para resolver a sombra da iluminação diretamente lateral, pode-se puxar a luz em direção à câmera, em uma posição entre iluminação lateral e frontal. Este ajuste é chamado de iluminação a 45º. Figura 57 – Iluminação a 45º Fonte: Eliza Sawada Timm, 2020. Essas são apenas algumas dicas bem básicas de iluminação, que é bem mais complexa, como fotografar superfícies polidas ou com texturas, vidro, fumaça etc. A temperatura da luz também é importante, ela pode ser quente ou fria, mudando a tonalidade de uma superfície. Em muitos casos, rebatedores são utilizados para criar uma iluminação mais difusa e suave. Para fotos em estúdio, o fundo infinito também é quase que indispensável, facilitando muito a iluminação e o tratamento posterior da imagem de forma digital. 31 Figura 58 – Fundo infinito e iluminação Créditos: Africa Studio/Shutterstock. TROCANDO IDEIAS Que tal fotografar alguns objetos da sua casa utilizando a regra dos terços e trocar ideia com os colegas via chat? Discuta se achou diferença na forma com que você fotografava antes de usar essa forma de composição. NA PRÁTICA Exercite a sua criatividade e o seu senso estético compositivo e faça fotos, pode ser com o seu celular mesmo. Você pode começar tentando alguns dos temas apresentados nesta aula e depois criar os próprios temas. Depois disso, selecione algumas imagens e troque ideia com os colegas via chat discutindo o tema que você escolheu para trabalhar. FINALIZANDO Nesta aula, trabalhamos a criatividade e a importância de um olhar estético compositivo. A criatividade também faz parte do processo fotográfico, assim como aprender a olhar tudo a nossa volta de uma forma mais contemplativa, encontrando beleza nas coisas mais simples, já que o que procuramos é a forma, e não, necessariamente, o seu significado. Espero que tenham aproveitado bastante as aulas e coloquem em prática no seu dia a dia o que vimos. Bons estudos! 32 REFERÊNCIAS HACKING, J. Tudo sobre fotografia. Rio de Janeiro: Sextante, 2012. HUNTER, F. Luz, ciência e magia: guia de iluminação fotográfica. Balneário Camboriú: Photos, 2014. PETERSON, B. Prática fotográfica: guia de consulta rápida de como fazer ótimas fotos com qualquer câmera. Balneário Camboriú: Photos, 2014. SIMMONS, M. Como criar uma fotografia. São Paulo: Gustavo Gili, 2015. SMITH, I. H. Breve história da fotografia. São Paulo: Gustavo Gili, 2018.
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