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COMPOSIÇÃO AULA 5 Prof.ª Eliza Yukiko Sawada Timm 2 CONVERSA INICIAL Seja bem-vindo(a) a mais uma aula. Nela, vamos falar sobre fotografia. Para iniciar, trataremos rapidamente sobre a história da fotografia e alguns gêneros fotográficos e depois iniciaremos alguns tópicos mais técnicos e básicos acerca da fotografia. CONTEXTUALIZANDO “É uma ilusão pensar que as fotos são feitas com a câmera... elas são feitas com os olhos, o coração e a mente.”, frase de Henri Cartier-Bresson. A fotografia nos permite capturar um momento fugaz ou marcar a passagem do tempo. Todos nós fotografamos o tempo todo e recebemos dezenas de fotos todos os dias. Mas quantas delas realmente nos chamam a atenção por sua composição e estética? É sobre isso que vamos tratar nestas duas últimas aulas. Em primeiro lugar, não é necessário ter uma supermáquina fotográfica, como disse Bresson, a ideia é que você conheça algumas possibilidades e técnicas existentes, desenvolva o seu senso estético e tenha um olhar educado. Tenho certeza de que mesmo com o seu celular você fará belas fotos. TEMA 1 – SURGIMENTO DA FOTOGRAFIA Como surgiu a fotografia? A fotografia não tem um único inventor. Como muitas aplicações de conhecimentos da ciência, ela é uma síntese de várias observações e inventos feitos em momentos distintos. Podemos dizer que as primeiras manifestações remontam à Grécia antiga. Aristóteles (cerca de 350 a/C) já era familiarizado com os princípios da câmara escura, que deu origem a máquina fotográfica. A câmara escura nada mais é do que uma caixa com um pequeno orifício, a formação da imagem se dá pela passagem da luz através desse orifício da caixa. 3 Figura 1 – Câmara escura Fonte: Eliza Sawada Timm, 2020. A primeira descrição precisa da câmara escura é de Leonardo da Vinci em seu caderno de notas. Assim como do cientista napolitano, Giovanni Baptista Della Porta, cientista napolitano que publicou uma descrição detalhada da câmara e de seu uso. Era um quarto que possuía uma pequena entrada de luz em uma parte e do outro lado uma parede branca onde a imagem era projetada. Alguns, para melhorar a qualidade da imagem, diminuíam o tamanho da entrada de luz, mas a imagem escurecia proporcionalmente, tornando quase impossível ao artista identificar a imagem. Esse problema foi resolvido pelo físico milanês Girolamo Cardano, que sugeriu o uso de uma lente biconvexa junto ao orifício, permitindo, desse modo, aumentá-lo, para obter uma imagem clara sem perder a nitidez. O grande problema na época era fixar as imagens na superfície projetada. Foi somente em 1826 que foi fixada a primeira imagem fotográfica sobre uma chapa de estanho e o tempo aproximado para impressionar a chapa era de 8 horas. Os pioneiros foram Joseph Niépce e Louis Daguerre, este mais conhecido como o inventor da fotografia. Daguerre, após ter divulgado o processo, tornou- o acessível ao público em 19 de agosto de 1839, quando a Academia de Artes e Ciências da França anunciou o nascimento da fotografia. Daguerre inventou a revelação da chapa quando submetida à ação dos vapores de mercúrio. O processo da fotossensibilidade com a nova invenção foi surpreendente, pois a exposição à luz, que durava em média 8 horas, com o novo processo, passou para 20 a 30 minutos. Esse processo foi conhecido como daguerreotipia (Pereira da Costa, 1999). A ciência deu o devido valor à fotografia logo após a sua invenção. Assim, todo explorador, após 1840, levava consigo um fotógrafo em suas viagens. Fotógrafos percorriam regiões longínquas fotografando tudo que pudesse 4 interessar às pessoas que estavam ávidas por novas descobertas (Pereira da Costa, 1999). Hoje é difícil imaginar o mundo sem a fotografia, antes tão demorada e cara e agora tão acessível a quase todas as pessoas. TEMA 2 – GÊNEROS FOTOGRÁFICOS Ao longo de sua existência de quase 200 anos, a fotografia desenvolveu- se mais rápido do que qualquer arte visual. Algumas pessoas abraçaram a fotografia como um complemento para as belas-artes, ao passo que outras a consideravam uma ferramenta para capturar a realidade da vida cotidiana. Porém, ambas vieram como uma disciplina séria que exigia tempo e atenção. O potencial comercial do meio também foi reconhecido na venda de jornais, revistas de moda e publicidade. Alguns fotógrafos financiaram os seus projetos pessoais por meio de trabalhos comerciais e fotógrafos fotojornalistas viram suas obras reconhecidas como arte (Smith, 2018). Embora a função de uma câmera permaneça a mesma, existe um vasto oceano entre os primeiros equipamentos fotográficos e a complexa técnica das câmeras de hoje, além dos vários gêneros que vão do retrato, fotografia pura, monocromático, pictorialismo, paisagem, fotografia de rua, cor, nu, natureza morta, autorretrato, abstração, vanguarda, guerra, publicidade, etnografia, fotojornalismo, documentário, humanismo, ciência, arte, glamour, pop, sociedade, topografia, moda, paparazzo, conceitual, encena, performance, arte contemporânea até o selfie. (Smith, 2018) Vamos explorar alguns gêneros: • Monocromático: caracterizado por tons em uma única cor. O fato de só conseguirem capturar o mundo em preto e branco não foi um obstáculo para o público das primeiras fotografias. No início do século XX, o preto e o branco tornaram-se regra com os jornais, estabelecendo-o como representação confiável da realidade (Smith, 2018). • Pictorialismo: esse movimento marcou um afastamento do documental em direção a uma disciplina em que as fotografias visam atingir a qualidades estética da pintura. 5 Figura 2 – Pictorialismo Créditos: Everett Historical/Shutterstock. • Fotografia pura: foi Sadakichi Hartmann quem inventou o termo, que desprezava aqueles que procuravam equiparar o a fotografia à pintura em vez de aceitá-lo em seus próprios meios. Essa mudança ocorreu à medida que o modernismo ganhava espaço nas artes (Smith, 2018). Figura 3 – Fotografia pura Créditos: Izz Hazel/Shutterstock. 6 • Retrato: tem o grande potencial de capturar aspectos da personalidade de seu modelo. O retrato foi muito utilizado por Hollywood para promover as estrelas de cinema em suas vidas aparentemente glamourosas e se tornou elemento básico na indústria da moda, sendo, agora, uma prática diária nas mídias sociais (Smith, 2018). Figura 4 – Retrato Créditos: Ppart/Shutterstock. • Fotografia de rua: os fotógrafos levavam cada vez mais portáteis para as ruas das cidades e vilarejos para captar o dia a dia, muitas vezes de forma inesperada. A fotografia de rua é uma forma de fotografia documental, embora, ao contrário da fotojornalismo ou da reportagem, raramente conte uma história. As cenas de rua e dos mercados parisienses de Charles Nègre, pintor francês que adotou a fotografia 1844 como um auxílio à sua prática artística, parecem indiscretas e instantâneas. Características que viriam a definir a fotografia de rua (Smith, 2018). 7 Figura 5 – Fotografia de rua Créditos: Milan Sommer/Shutterstock. • Natureza morta: é conhecida como o estudo visual de objetos cotidianos, sejam da natureza ou de um ambiente doméstico. Figura 6 – Natureza morta Créditos: Rina Mosina/Shutterstock. 8 • Humanismo: muitos consideram ter suas raízes na ideologia socialmente engajada e esquerdista da França dos anos 1930, que se estabeleceu mundialmente como gênero ao fim da Segunda Guerra Mundial. Seu surgimento coincidiu com um desejo de renovação após a destruição e o sofrimento trazido pelo recente conflito global. Um subgênero da fotografia documental, ela era também uma reação à suposta artificialidade da fotografia modernista. Suas características básicas são o interesse pela vida nas ruas, por acontecimentos cotidianos e pelosexcluídos da sociedade (Hacking, 2012). Figura 7 – Humanismo Créditos: Stosun/Shutterstock. • Moda: no final dos anos 1970, o diretor da Vogue, Alexander Liberman, descreveu a fotografia de moda como uma operação sutil e complexa que envolve arte, talento, técnica, psicologia e venda (Hacking, 2012). 9 Figura 8 – Fotografia de moda Créditos: Yuriyzhuravov/Shutterstock. • Publicidade: embora haja uma crença de que os trabalhos sob encomenda comprometem a criatividade, muitos dos cultuados fotógrafos da história da arte fizeram trabalhos publicitários. Os anos 1980 testemunharam uma diluição cada vez maior entre foto publicitária e artes visuais. Essa hibridização foi dominante no fotógrafo de moda francês Gui Bourdin. As fotos revolucionárias que ele fez para as marcas de sapatos de luxo Charles Jourdan marcam o nascimento de uma nova era na qual o fotógrafo produzia imagens publicitárias, mas que privilegiavam a inovação estética em vez do produto (Hacking, 2012). Figura 9 – Publicidade Créditos: Conrado/Shutterstock. 10 • Fotojornalismo: assim como o jornalista conta uma história com a palavra, o fotojornalismo dá a notícia por meio de imagens, utilizando a sensibilidade artística e humana. Um dos fotojornalistas mais famosos é Henri Cartier-Bresson, que tem várias fotos icônicas do registro da história. Sebastião Salgado também é um nome muito conhecido no fotojornalismo, com fotografias de uma sensibilidade surpreendente em retratar a alma humana. O fotojornalista trabalha com o registro do momento, geralmente sem muito tempo para preparar a foto, como em um estúdio. Figura 10 – Fotojornalismo Créditos: Khlongwangchao/Shutterstock. Figura 11 – Fotojornalismo Créditos: Everett Historical/Shutterstock. 11 TEMA 3 – EXPOSIÇÃO, ABERTURA, VELOCIDADE E ISO De acordo com Peterson (2014), apesar do rápido avanço da tecnologia digital, duas constantes permanecem no mundo da criação de imagens e provavelmente não irão mudar. As imagens de sucesso dependem da habilidade do fotógrafo e da composição convincente e equilibrada. Esses dois elementos são a base da fotografia. • Exposição: refere-se à quantidade de luz sendo aplicada sobre um material fotossensível, sendo um filme ou um sensor digital. As máquinas fotográficas atuais oferecem o ajuste automático, mas nem sempre resultam na imagem esperada e, para isso, é necessário fazer o ajuste manual. A regra é a seguinte: quanto maior a luminosidade externa menor o tempo de exposição. Por exemplo, se fazermos uma foto externa, o tempo de exposição é menor, mas se a foto for interna e houver pouca luz ambiente, o tempo de exposição deve ser maior. Um detalhe importante é que se o tempo de exposição for grande, há possibilidade de que a foto fique tremida, sendo necessária a utilização de um tripé. Figura 12 – Exposição Fonte: Eliza Sawada Timm, 2020. No exemplo a seguir, um exemplo de uma foto com pouca exposição, e a segunda, com o tempo de exposição correta. 12 Figura 13 – Pouca exposição Fonte: Arquivo Eliza Sawada Timm, 2011. Figura 14 – Exposição correta Fonte: Arquivo Eliza Sawada Timm, 2011. Uma exposição correta é a combinação de três importantes fatores que são a abertura, velocidade e sensibilidade ISO. Esses três elementos estarão sempre no coração de qualquer exposição (Peterson, 2014). • Abertura do diafragma: o visor ou a própria objetiva da câmera apresentam uma série de números de abertura do diafragma. Preste atenção se tem os números 4, 5.6, 8, 11, 16, 22 e 32. Cada um desses números corresponde a uma abertura específica do diafragma em sua objetiva, denominada f/stop. Então em termos fotográficos, o 4 13 corresponde a f4, o 5.6 de f5.6, e assim por diante. A função principal dessas aberturas é controlar a quantidade de luz que inside sobre o sensor durante a exposição. Quanto menor for o número do f/stop, maior será a abertura da objetiva e quanto maior o número do f/stop, menor será a abertura da objetiva (Peterson, 2014). A cada ponto f/stop que for reduzida, por exemplo, de f/4 para f/5.6 a quantidade de luz que entra pela lente é diminuída pela metade. Da mesma forma, se você aumenta de f/11 para f/8, a quantidade de luz que passa pela lente dobra (Peterson, 2014). E quanto maior a abertura do diafragma, menor será a profundidade de campo, e quanto menor a abertura do diafragma, maior será a profundidade de campo. Figura 15 – Abertura do diafragma Fonte: arquivo de Eliza Sawada Timm, 2020. • Velocidade do obturador: o segundo fator é a abertura do obturador, dependendo do fabricante, ele pode ir desde 1/8.000 (um oito avos de segundo) até 30 segundos. A velocidade do obturador controla quanto tempo a quantidade de luz será aplicada sobre o sensor. Se for ajustada a velocidade do obturador para 500, esse número representa a fração de 1/500 (um quinhentos avos de segundo) e assim por diante. Muitas câmeras apresentam essas configurações de velocidade: 1/500, 1/250, 1/125, 1/60. (Peterson, 2014) Para realizar uma foto em que o objeto está em movimento, por exemplo, uma pessoa correndo é preciso usar uma velocidade de obturador alta como 1/500, caso contrário a foto ficará borrada. 14 Figura 16 – Velocidade do obturador Créditos: Lzf/Shutterstock. Figura 17 – Velocidade do obturador Créditos: Robypangy/Shutterstock. • Sensibilidade ISO: a escolha do ISO tem um impacto direto sobre a combinação de abertura de diafragma e velocidade de obturador. Para entender melhor como o ISO afeta a exposição, pense nele como pontos. Se usar ISO 100 é como ter 100 pontos. Imagine que cada ponto é pegar a luz que passa através da lente e forma a imagem. Quanto menor o número do ISO, menor é a sensibilidade do sensor e será necessária uma quantidade maior de luz para a foto. Então, ao aumentar o ISO em um ambiente de pouca luz, essa quantidade necessária para uma foto clara diminui. 15 Porém, quanto maior for o ISO, menor será a nitidez e a qualidade da imagem. O número considerado normal para o recurso é o ISO 100, geralmente o valor mais baixo. Normalmente, o máximo que algumas câmeras podem chegar é 6400. Figura 18 – ISO baixo Fonte: Eliza Sawada Timm, 2020. Figura 19 – ISO alto Fonte: Eliza Sawada Timm, 2020. Se o ambiente está com bastante luz, o menor ISO pode ser utilizado. Em ambientes fechados, com luzes artificiais, é necessário fazer testes para chegar a melhor configuração. Teste alterar a fotometria da câmera (abertura e velocidade do diafragma). 16 • Fotômetro: é um dispositivo pré-calibrado que reage a qualquer fonte de luz, não importa o quanto ela seja forte ou fraca, e está por trás dos cálculos de toda exposição fotográfica correta. O fotômetro reconhece os ajustes escolhidos para a câmera, por exemplo, uma abertura f/5.6 e ISO200, e reage quando for selecionar a velocidade de abertura apropriada (Peterson, 2014). Figura 20 – Exemplo de fotometria, exposição / Diafragma / Quantidade de luz – Pouca luz; ideal; muita luz Fonte: Eliza Sawada Timm, 2020. Conhecendo esses conceitos, é possível sempre fazer exposições perfeitas confiando no fotômetro? Não exatamente. O truque é que a maioria das oportunidades fotográficas depende da escolha da melhor abertura? Ou velocidade? Bem, tudo isso depende. É necessário fazer várias experiências e explorar todas as possibilidades e a sua criatividade. TEMA 4 – LENTES As máquinas fotográficas profissionais e semiprofissionais possibilitam a utilização de várias lentes. Hoje até mesmo os celulares possuem kits de lentes com adaptadores para fotos e vídeos. Vamos conhecer algumas lentes mais utilizadas. • Grande angular: além de seu ângulo de visão mais abrangente,a objetiva grande angular aumenta a sensação de distância entre os planos da imagem. Essa ilusão de profundidade e perspectiva pode servir como um elo que prende o olhar do espectador do primeiro ao segundo plano (Peterson, 2014). 17 Essa lente torna tudo menor e mais distante como na Figura 23. Mas também é possível utilizá-la como um close-up para fazer fotos próximas com bastante distorção, como no caso da foto do cachorro (Figura 24). Figura 21 – Grande angular Créditos: Fabio Lamanna/Shutterstock. Figura 22 – Grande angular Créditos: Sikorskifotografie/Shutterstock. • Zoom de rua: são adequadas para fotografia externa, na cidade ou no campo. Zoom de rua não se destaca por perspectivas exageradas, nem por segundos planos muito compridos, mas simplesmente por registrar a 18 vida como ela é. Qualquer que seja a lente zoom de rua (17 – 55mm, 18 – 70mm, 24 – 105mm ou 28 – 70mm) é possível produzir imagens incríveis (Peterson, 2014). Figura 23 – Zoom de rua Créditos: Amani A/Shutterstock. Porém, se você quiser fotografar o pôr do sol como uma enorme bola no céu, será necessária uma lente de 135 a 200mm ou mais até e, lembre-se, isto aumentará a necessidade de um tripé. Além disso, tome cuidado, pois, quando você olha para o sol nos melhores momentos, pode ser perigoso, mas quando você olha através das lentes, pode ser mais perigoso ainda se o sol estiver muito alto (Peterson, 2014). Figura 24 – Zoom Créditos: Thanagon Benyaphat/Shutterstock 19 • Teleobjetiva: é ela que nos leva a lugares aos quais não temos acesso com facilidade, como uma ave no topo das grandes árvores, ou dentro do campo em uma final da Copa do Mundo de Futebol. Para alguns fotógrafos, é a lente das grandes aventuras. Além de sua capacidade de aumentar a imagem de objetos distantes, outro importante aspecto é seu estreito ângulo de visão, que contribui para sua capacidade em fazer com que o assunto tenha grande destaque para quem o vê (Peterson, 2014). Figura 25 – Teleobjetiva Créditos: A.Paes/Shutterstock. Figura 26 – Teleobjetiva Créditos: Cp Dc Press/Shutterstock. ▪ Olho de peixe: é na verdade uma enorme grande angular. O mais surpreendente nessa lente é a capacidade de fazer foco a 10cm do objeto. 20 Igualmente surpreendente para o usuário novato é a curvatura da linha do horizonte promovido por ela. O ângulo de visão dessa lente é verdadeiramente grande (Peterson, 2014). Figura 27 – Olho de peixe Créditos: Ioan Florin Cnejevici/Shutterstock. • Macro: são projetadas para fornecer foco em distâncias muito curtas e geralmente são mais nítidas em uma faixa mais próxima, mas isso não significa que você possa usá-las apenas para fotografia macro. Muitas lentes macro também são capazes de obter excelente desempenho quando fotografam objetos normais a distâncias normais também. Geralmente são utilizadas para fotografar insetos ou detalhes bem pequenos. Figura 28 – Macro Créditos: Pitaksin/Shutterstock. 21 TEMA 5 – TRIPÉ O tripé não é um simples estabilizador para a câmera. Ele é importante para que as imagens criadas sejam mais artísticas, pois forçam o fotógrafo a ser mais lento e realmente veja o que está fotografando. Ele também vai permitir que façam exposições de longa duração com nitidez (Peterson, 2014). Sem um tripé não é possível fotografar o efeito de algodão doce em uma cachoeira ou então os feixes de luz dos carros passando à noite. Figura 29 – Efeito algodão doce Créditos: Westudio/Shutterstock. Figura 30 – Efeito de luz em movimento Créditos: Yiucheung/Shutterstock 22 Além disso, muitas fotografias macro envolvem distâncias extremamente curtas, e a profundidade de campo, que na maioria das vezes é menor que dois ou três centímetros, requer uma exposição longo para se manter sem um tripé. TROCANDO IDEIAS Escolha um dos gêneros fotográficos apresentados nesta aula e pesquise na internet uma imagem que se encaixe no gênero. Troque ideia com os seus colegas via chat. NA PRÁTICA Pesquise e selecione imagens que você acredite que sejam feitas com os seguintes tipos de lente: • Grande angular • Zoom • Teleobjetiva • Olho de peixe • Macro FINALIZANDO Nesta aula conhecemos um pouco sobre o básico de fotografia, as regulagens mais importantes para fazer uma foto tecnicamente boa. Mas se você quer se aprofundar nesta área, o meu conselho é que pesquise bastante e faça muitas experiências, a prática é que faz toda a diferença, assim como o olhar compositivo e criativo. 23 REFERÊNCIAS HACKING, J. Tudo sobre fotografia. Rio de Janeiro: Sextante, 2012. PETERSON, B. Prática fotográfica: guia de consulta rápida como fazer ótimas fotos com qualquer câmera. Balneário Camboriú: Photos, 2014. SMITH, I. H. Breve história da fotografia. São Paulo: Gustavo Gili, 2018.
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