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Controle de constitucionalidade

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Controle de constitucionalidade (Geral) 
Controle jurisdicional, concentrado, difuso e ação declaratória de constitucionalidade. 
 
A Constituição se coloca em relação às demais normas legais em posição proeminente, de supremacia, de sorte que todo o 
sistema jurídico há de estar com ela conformado (princípio da supremacia da Constituição). Como requisitos fundamentais do 
controle de constitucionalidade é necessário uma Constituição rígida (processo de alteração mais difícil que o da Lei ordinária) 
e a atribuição de controle a um órgão supremo. O controle (análise de compatibilidade vertical) decorre, então, da rigidez e 
supremacia da Constituição, que pressupõe a noção de um escalonamento normativo onde a Constituição ocupa o topo da 
pirâmide (Kelsen), sendo, por isso, fundamento de validade de todas as outras normas. 
A inconstitucionalidade pode dar-se por ação quando há atos do Poder Público ou Leis em contraposição à Constituição. A 
inconstitucionalidade por ação pode ser material (conteúdo do ato normativo é contrário à Constituição) ou formal 
(inobservância da competência legislativa, do processo legislativo). Dá-se, por sua vez, a inconstitucionalidade por omissão 
quando há inércia legislativa na regulamentação de normas constitucionais de eficácia limitada. 
Assim, como instrumento básico da estrutura do Estado, necessário que sejam estabelecidos mecanismos de defesa da 
Constituição e, a esses mecanismos dá-se o nome de controle de constitucionalidade das leis. O controle da constitucionalidade 
se apresenta nos sistemas político, jurisdicional e misto. Dá-se o controle político quando essa função está entregue a um órgão 
de natureza política, como o próprio parlamento, ao Senado, ou mesmo a uma corte especial, constituída através do processo 
político para esse exame. O controle jurisdicional – judicial review – é o sistema que entrega aos órgãos do Poder Judiciário 
essa defesa da Constituição, é o sistema adotado no Brasil. Já no sistema misto, algumas leis são controladas por um órgão 
político e outras por órgão jurisdicional. 
 
No nosso sistema podemos identificar também um controle preventivo e um repressivo. O controle preventivo se dá no 
processo de elaboração legislativa, através das comissões do Congresso Nacional, e da atuação do Presidente da República, na 
oportunidade da sanção ou veto da lei. Busca-se, aí, evitar que a norma eventualmente inconstitucional venha a integrar o 
sistema jurídico. O controle repressivo se dá a partir da edição da lei. Depois de promulgada, com ou sem sanção, e publicada, 
a lei pode ser objeto de demanda constitucional. E neste controle temos dois critérios: o difuso e o concentrado. 
Oportuno salientar que não se deve confundir declaração de inconstitucionalidade, que se dá contra lei ou ato normativo 
criados após a existência da Constituição de 1988, com a constatação de não-recepção da norma pela Constituição de 1988, nos 
casos de leis ou atos normativos anteriores a ela, já que não existe inconstitucionalidade superveniente. 
 
Controle difuso 
 
Por esse critério, a declaração de inconstitucionalidade da lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal fica a cargo de 
qualquer órgão do Poder Judiciário. Essa inconstitucionalidade da norma legal será argüida em uma outra ação cujo objetivo 
seja distinto da inconstitucionalidade, isto é, em outra relação jurídica de direito material. 
 
No controle difuso, o interessado argüirá a inconstitucionalidade da lei e o juiz, a reconhecendo, afastará a incidência da norma 
assim considerada no caso concreto. A repercussão, por isso, é inter partes. A norma tida por inconstitucional continuará 
vigente, exceto para aquele caso concreto. 
 
O processo em que é argüida a inconstitucionalidade da norma pode, através de recursos, especialmente do recurso 
extraordinário disciplinado no art. 102, III da CF, chegar ao Supremo Tribunal Federal. Se o STF declarar inconstitucional 
aquela norma, em decisão definitiva, comunicará essa decisão ao Senado Federal que, nos termos do art. 52, X da CF poderá 
suspender a sua execução. Com essa suspensão de execução pelo Senado Federal, aí sim a norma dada por inconstitucional e 
assim declarada no método difuso não mais terá eficácia. A decisão que antes tinha incidência inter partes passa a tê-la erga 
omnes. Essa incidência, entretanto, se dá ex nunc, isto é, a partir da suspensão procedida pelo Senado Federal. 
 
 
Controle concentrado 
 
O art. 102 da CF atribui ao Supremo Tribunal Federal precipuamente a guarda da Constituição, cabendo-lhe, dentre outras 
competências, processar e julgar originariamente a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou 
estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal (art. 102, I, "a"). 
 
Essa ação direta de inconstitucionalidade, também chamada de ADIN, constitui o efetivo controle concentrado. Através dele 
será proposta ação perante o Supremo Tribunal Federal, cujo objeto é a declaração de inconstitucionalidade da lei ou ato 
normativo federal ou estadual. 
 
Para a propositura dessa ação, a CF fixa a legitimação exclusivamente para os órgãos relacionados no art. 103. Antes da CF/88, 
a legitimação era exclusiva do Procurador Geral da República, mediante representação. Como esse órgão era cargo de 
confiança do Presidente da República que o podia nomear e demitir livremente, tinha-se que, na verdade, quem detinha a 
competência para desencadear o processo de controle era exclusivamente o Poder Executivo. Agora, com o restabelecimento 
do sistema democrático, essa legitimação está distribuída por diversos órgãos. 
 
Assim, estão legitimados o Presidente da República e o Governador de Estado(Poder Executivo); as mesas do Senado Federal, 
da Câmara dos Deputados e de Assembléia Legislativa (Poder Legislativo); o Procurador Geral da República (Ministério 
Público); Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, partido político com representação no Congresso Nacional e 
confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional (a sociedade civil, através de órgãos dela representativos). 
 
Declarada pelo STF a inconstitucionalidade da lei ou ato normativo federal ou estadual, essa decisão se dá erga omnes, isto é, 
alcança a todos e ex tunc, o que quer dizer que a lei é extirpada do sistema jurídico, como se nunca tivesse existido. O processo 
para o julgamento dessa ação está regulado na Lei 9.868/99, de 10/11/99. 
Cabe salientar que nem sempre os efeitos da decisão são retroativos (ex tunc), pois ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou 
ato normativo, tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal 
Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha 
eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado. Essa é a modulação dos efeitos da 
declaração de inconstitucionalidade. 
Será objeto de controle de constitucionalidade: emendas à Constituição, leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas, 
medidas provisórias, decretos legislativos, resoluções, tratados internacionais e demais atos normativos que sejam genéricos e 
abstratos. Quanto à súmula vinculante, por ter um procedimento próprio de revisão, não se usará a técnica de controle de 
constitucionalidade contra ela. 
 
Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADECON ou ADC) 
 
Essa ação foi introduzida pela EC 3/93. Nos governos instalados depois da CF/88, várias medidas foram questionadas em todo 
o país, perante os diversos órgãos do Poder Judiciário, ocorrendo profusão de medidas liminares. Para ilustrar esse fato basta 
lembrar o Plano Collor, em que os depósitos de poupança foram bloqueados em todo o país. A medida era a todos os títulos 
inconstitucional e grande número de prejudicados propuseram ações, principalmentede mandado de segurança contra ela. E o 
governo ficou, assim, acuado. 
 
Optou-se por criar a ação declaratória de constitucionalidade. Assim, toda vez que uma norma federal estiver sendo 
questionada quanto a constitucionalidade em diversos órgãos do Poder Judiciário, passou-se a ter um mecanismo que vai 
provocar a intervenção do Supremo Tribunal Federal. Assim, quaisquer dos órgãos relacionados nos incisos do art. 103 
poderão propor a ação, conforme expressa o "caput" deste artigo que foi alterado pela emenda constitucional 45 de 2004. Se o 
STF deferir o pedido e declarar constitucional essa norma, nenhum órgão do Poder Judiciário mais poderá acolher ações no 
sentido da inconstitucionalidade. O STF, entretanto, poderá, no julgamento, declarar a inconstitucionalidade da lei e esse 
julgamento terá o mesmo efeito da ADIN. 
 
Essa ação declaratória de constitucionalidade só tem pertinência se a norma legal estiver sendo questionada. Tanto que a Lei 
9868/99 estabelece que o requerente deverá indicar a controvérsia judicial relevante sobre a aplicação da disposição. Não 
atende a essa relevância o fato de ocorrer esporadicamente um questionamento da lei. Isso se explica também pelo fato de que 
toda lei se presume constitucional. Vale dizer que a lei goza da presunção de constitucionalidade e, assim, não demanda que a 
mesma seja declarada. 
 
Cabe pedido de cautelar, assim, o Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria absoluta de seus membros, poderá deferir 
pedido de medida cautelar na ação declaratória de constitucionalidade, consistente na determinação de que os juízes e os 
Tribunais suspendam o julgamento dos processos que envolvam a aplicação da lei ou do ato normativo objeto da ação até seu 
julgamento definitivo. Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção especial do Diário 
Oficial da União a parte dispositiva da decisão, no prazo de dez dias, devendo o Tribunal proceder ao julgamento da ação no 
prazo de cento e oitenta dias, sob pena de perda de sua eficácia. 
Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) 
Prevista na primeira parte do artigo 102, I, "a" da Constituição Federal, esta ação visa a declaração da inconstitucionalidade de 
lei ou ato normativo federal ou estadual perante a própria Constituição. Sua competência originária é do Supremo Tribunal 
Federal e seu procedimento está previsto na Lei 9.868/99. 
Se a arguição pela inconstitucionalidade versar sobre lei estadual ou municipal perante a Constituição Estadual, terá por 
competência originária o Tribunal de Justiça do Estado em questão, conforme prevê o artigo 125, §2° da CF. 
Por exemplo, se uma lei aprovada na cidade de Sorocaba (SP) fere a Constituição Estadual de São Paulo, deve ser impetrada 
uma Ação Direta de Inconstitucionalidade perante o Tribunal de Justiça de São Paulo. 
A ADIN admite pedido cautelar que salvo no período de recesso, a medida cautelar na ação direta será concedida por decisão 
da maioria absoluta dos membros do Tribunal, observado o disposto no art. 22, após a audiência dos órgãos ou autoridades dos 
quais emanou a lei ou ato normativo impugnado, que deverão pronunciar-se no prazo de cinco dias. O relator, julgando 
indispensável, ouvirá o Advogado-Geral da União e o Procurador-Geral da República, no prazo de três dias. No julgamento do 
pedido de medida cautelar, será facultada sustentação oral aos representantes judiciais do requerente e das autoridades ou 
órgãos responsáveis pela expedição do ato, na forma estabelecida no Regimento do Tribunal. Em caso de excepcional 
urgência, o Tribunal poderá deferir a medida cautelar sem a audiência dos órgãos ou das autoridades das quais emanou a lei ou 
o ato normativo impugnado. Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção especial do 
Diário Oficial da União e do Diário da Justiça da União a parte dispositiva da decisão, no prazo de dez dias, devendo solicitar 
as informações à autoridade da qual tiver emanado o ato, observando-se, no que couber, o procedimento estabelecido na Seção 
I deste Capítulo. A medida cautelar, dotada de eficácia contra todos, será concedida com efeito ex nunc, salvo se o Tribunal 
entender que deva conceder-lhe eficácia retroativa. A concessão da medida cautelar torna aplicável a legislação anterior acaso 
existente, salvo expressa manifestação em sentido contrário. Havendo pedido de medida cautelar, o relator, em face da 
relevância da matéria e de seu especial significado para a ordem social e a segurança jurídica, poderá, após a prestação das 
informações, no prazo de dez dias, e a manifestação do Advogado-Geral da União e do Procurador-Geral da República, 
sucessivamente, no prazo de cinco dias, submeter o processo diretamente ao Tribunal, que terá a faculdade de julgar 
definitivamente a ação. 
 
Ação de Inconstitucionalidade por Omissão 
Prevista no artigo 103, §2° da Constituição Federal, tem por objetivo suprir uma omissão dos poderes constituídos que 
deixaram de elaborar normas para regulamentar a possibilidade de exercício de determinado direito previsto na Constituição 
Federal. O §2° deste artigo em questão institui que "declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar 
efetiva norma constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias e, em se 
tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias". 
Assim sendo, quando a omissão for administrativa, o órgão competente será cientificado para que providencie a edição e 
complementação da mesma. Entretanto, se esta for legislativa, o Congresso Nacional deverá ser comunicado da mora, mas não 
será estipulado nenhuma prazo para a elaboração da norma complementadora que, de certa forma, é considerada indispensável 
para o exercício do direito previsto, porém não aplicado por falta de previsão legal pela Constituição Federal. 
A omissão pode ser total ou parcial, sendo total quando não houver uma norma regulamentadora possibilitando o exercício de 
determinado direito e parcial quando a norma apenas possibilitar parte do exercício do direito previsto na CF. 
Exemplo de omissão total pode ser encontrado no artigo 7°, XI, da CF que prevê a participação do trabalhador na gestão da 
empresa e isto não ocorre até hoje, pois não há norma regulamentadora. E, um exemplo de omissão parcial pode ser encontrado 
no artigo 7°, IV, também da Constituição Federal, que prevê uma série de direitos garantidos ao cidadão, por meio do salário 
mínimo, que não pode ser atingido devido o fato de este possuir um valor muito irrisório. 
A decisão proferida em decorrência de uma ação de inconstitucionalidade só terá caráter mandamental quando a omissão for 
meramente administrativa, já que este órgão deverá proceder sua edição no prazo máximo de 30 dias, conforme estabelece o 
artigo 103, 2°, da CF, já mencionado. E se assim não agir, responderá pela prática do crime de desobediência. 
A Ação Direta de Inconstitucionalidade por omissão é regulamentada pela Lei 12.063/09, que acrescenta à Lei nº 9.868, de 10 
de novembro de 1999, o Capítulo II-A. 
Ação Direta de Inconstitucionalidade Interventiva 
Deve ser proposta como pressuposto para haver a decretação da intervenção federal ou até mesmo estadual, pelos Chefes do 
Executivo, por não terem sido observados alguns princípios essenciais estabelecidos pelas Constituições (Federal e Estadual). 
Diz-se, assim, que a ADIN interventiva visa a resguardar os princípios sensíveis: forma republicana; sistema representativo e 
regime democrático; direitos da pessoa; autonomia municipal; prestação de contas da administração pública, direta ou indireta; 
aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, na manutenção e desenvolvimento do ensino e da 
saúde. 
ADIN interventiva federal 
O objeto desta ação é a lei ou ato normativo estadual ou distrital que não respeita os princípios sensíveis estabelecidospela 
Constituição Federal, sendo estes os elencados no artigo 34, VII, isto é, quando a lei estadual contrapor-se a: 
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; 
b) direitos da pessoa humana; 
c) autonomia municipal; 
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta. 
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na 
manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde. 
A legitimidade ativa para propor esta ação é do procurador geral da república e o Supremo Tribunal Federal é o detentor da 
competência para julgá-lo. 
ADIN interventiva estadual 
Esta, por sua vez, deve ser impetrada quando a lei municipal desrespeitar os princípios indicados na Constituição Estadual e 
por isso, o Estado necessitar intervir, servindo também como pressuposto desta intervenção. A competência para o julgamento 
desta ADIN é do Tribunal de Justiça do Estado que teve os princípios de sua Constituição desrespeitados, devendo ser proposta 
pelo Procurador Geral de justiça, conforme prevê o artigo 129, IV, da Constituição Federal. 
 
 
Argüição de descumprimento de preceito fundamental 
Prevista no artigo 102, §1°, da Constituição Federal, a arguição de descumprimento de preceito fundamental é de competência 
do Supremo Tribunal Federal, o qual deve apreciá-la e julgá-la. Esta ação será sempre subsidiária, ou seja, não pode ser 
admitida se houver outro meio válido para sanar a lesividade, conforme dispõe o artigo 4°, 1° da lei 9.882/99. 
 
Por exemplo, só poderá ser proposta se não for cabível uma ADIN, ADECON, mandado de segurança, recurso extraordinário, 
ação popular, entre outros. 
Têm legitimidade ativa para propor esta arguição todos os elencados no artigo 103 da Constituição Federal, sendo estes: 
• o Presidente da República; 
• a Mesa do Senado Federal; 
• a Mesa da Câmara dos Deputados; 
• a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; 
• o Governador de Estado ou do Distrito Federal; 
• o Procurador-Geral da República; 
• o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; 
• partido político com representação no Congresso Nacional; 
• confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. 
É inteiramente facultativo, mas os demais interessados podem solicitar a propositura desta arguição mediante representação ao 
Procurador Geral da República. E esta ação pode ser proposta: 
a) para reparar ou até mesmo evitar lesão a um preceito fundamental decorrente de ato ou omissão do poder público (não 
definição do que é preceito fundamental na Lei, tarefa que caberá à doutrina e à jurisprudência); 
b) quando for importante salientar o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou 
municipal anteriores à Constituição Federal. 
 
 
Pertinência temática 
Segundo Rodrigo Rebello Pinto, "é a relação existente entre a norma impugnada e a entidade que ingressa com a ação direta de 
inconstitucionalidade", ou seja, a pessoa ou o órgão interessado que impetrar uma ação de controle de constitucionalidade deve 
demonstrar um interesse real em obter a declaração almejada da norma impugnada. 
Conforme decisões do Supremo Tribunal Federal, a pertinência temática tem se tornado um pressuposto da legitimidade ativa 
para a ação de inconstitucionalidade. São considerados autores interessados, que precisam demonstrar esta pertinência 
temática: 
• as Mesas das Assembléias Legislativas; 
• as confederações sindicais ou entidades de classe de âmbito nacional; e 
• os Governadores de Estado. 
Já, por sua vez, são considerados autores neutros, ou seja, não precisam demonstrar nenhuma pertinência temática uma vez que 
possuem legitimidade ativa universal: 
• o Presidente da República; 
• o Procurador geral da República; 
• as Mesas do Senado Federal; 
• as Mesas da Câmara dos Deputados; 
• o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; e 
• o partido político com representação no Congresso Nacional. 
Bibliografia 
DA SILVA, José Afonso. Curso de Direito Constitucional Positivo, 1999, Ed. Malheiros, São Paulo. 
PINHO, Rodrigo César Rebello. Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais - Sinopses Jurídicas, vol. 17, 6° edição, 
2006, Ed. Saraiva, São Paulo. 
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado, 10ª edição, 2006, Editora Método, São Paulo. 
______________________________________________________________________________________________________ 
- Nossa Constituição Federal é rígida e suprema. 
- Supremacia Constitucional = controle de constitucionalidade. 
- Nulidade = vício que contamina o ato, retroagindo (não existirá, como se não tivesse existido = efeito “ex tunc” = para cassar 
todos os seus efeitos). 
- Anulabilidade = vício de menor gravidade = eficácia “ex nunc” = mantém-se os efeitos já produzidos pelo ato e ele deixa de 
produzir efeitos daqui adiante. 
EX TUNC = T = VOLTA PARA TRÁS 
EX NUNC = N = NÃO VOLTA PARA TRÁS 
- Lei n. 9868 – art. 27 
- Lei n. 9882 
- A declaração de inconstitucionalidade tem eficácia retroativa. 
- Por questão de segurança jurídica ou de relevante interesse social pode o juiz conferir eficácia “ex nunc” ao declarar a 
inconstitucionalidade de determinada norma (deixar de conferir eficácia “ex tunc”). 
- É possível a modulação dos efeitos das declarações de inconstitucionalidade. 
- Art. 97, CF = maioria absoluta do STF. 
- Para modular os efeitos é necessário o voto de 2/3 do STF. 
- Não há vício maior que o vício de inconstitucionalidade de um ato. 
NULIDADE – EX TUNC – VOLTA 
≠ 
ANULABILIDADE – EX NUNC – NÃO VOLTA 
- No Brasil, reconhece-se como nulidade de pleno efeito (ipsi iuris) a declaração de inconstitucionalidade com excepcional 
flexibilidade, sendo admitida a modulação. 
- Declaração de inconstitucionalidade = ato nulo de pleno efeito, admitida a modulação. 
SISTEMAS DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE 
Órgão – Político – Judicial – Híbrido 
- Lei ordinária – votado uma vez na câmara, uma vez no senado e aprovada por maioria simples. 
- Lei complementar – votado uma vez na câmara, uma vez no senado e aprovado por maioria absoluta. 
- O projeto só se torna lei após a sanção do chefe do executivo. 
- Ler sobre VETO JURÍDICO e VETO POLÍTICO. 
 - Art. 49, V 
- Art. 52, X 
- Art. 62, § 5º 
- Regulamentos subordinados – dar fiel execução à lei. 
- Delegação legislativa = a função legislativa é própria do Poder Legislativo, mas pode ser exercida, excepcionalment, pelo 
Poder executivo. 
- A delegação ocorre dentro de determinados limites. 
- O projeto normativo de conversão de uma medida provisória em lei, deve ser precedido da análise de um projeto de 
constitucionalidade da conversão. 
- Súmula 347, do STF. 
MS 35410 – Alexandre de Moraes (dez/2017) 
MS 25888 – Gilmar Mendes (caso Petrobrás) 
MS 31439 – Marco Aurélio 
- O controle de constitucionalidade não é realizado unicamente no Poder Judiciário. 
- No Brasil, o controle é híbrido (realizado pelos poderes legislativo e judiciário). 
 
Quanto ao momento 
- Controle preventivo – exercido antes de consumada a lesão. 
- Controle repressivo – 
- Poder Geral de Cautela 
- Art. 71, II 
- Art. 71, VIII 
- Medidas cautelares = podem ser liminarmente editadas pelos tribunais de contas. 
MS 34357 – Marco Aurélio (caso Odebrecht). 
- Interceptação telefônica ≠ quebra de sigilo telefônico. 
- Controle preventivo – é exercido por órgãos de deliberação política, em regra. 
- A lei é mero projeto, está no plano das intenções. 
Controle preventivo = político 
- Art. 52, X = exceção da regra (atuação repressiva por órgão político). 
- Controle repressivo – é exercido por órgãos do judiciário. 
 
Em regra, os órgãos de deliberação política exercem o controle preventivo. Excepcionalmente, contudo, podem atuar 
repressivamente quando, por exemplo, utilizam as faculdades doas arts. 52,X e 49, V, da CF. 
De outro vértice, o Poder Judiciário exerce prioritariamente o poder repressivo. Excepcionalmente, pode o judiciário exercer o 
controle preventivo apenas quando um parlamentar impetra mandado de segurança para assegurar seu direito líquido e certo de 
participar de um processo de elaboração normativa hígido, visando suspender a tramitação de um projeto de lei ou de uma PEC 
que viole a Constituição Federal. 
 
- Concessão de liminar para trancar o andamento do projeto de lei dito inconstitucional. 
Art. 60, § 5º, da CF. 
- Período legislativo = 6 meses 
- Seção legislativa = 1 ano 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE CONTROLE 
- Controle judicial 
- Controle político 
- Controle híbrido 
- O controle de constitucionalidade é preferencialmente exercitado pelo Poder Judiciário, mas nada obsta que os outros poderes 
o façam de forma excepcional. 
- No Brasil, o controle é híbrido. 
- Súmula 347, do STF – há divergências quanto a validade de aplicação dessa súmula entre os ministros do STF. 
- O controle de constitucionalidade pode ser preventivo ou expressivo. 
- Art. 52, X, da CF. 
- Órgãos políticos – preferencialmente ação preventiva. 
- Órgãos judiciários – preferencialmente controle repressivo. 
- Exceção – parlamentar entrar com mandado de segurança para suspender o andamento do projeto de lei e evitar a aprovação 
de lei inconstitucional (judiciário exercendo controle preventivo). 
- Poder constituinte: originário e derivado. 
- Tivemos oito manifestações do poder constituinte originário. 
- Poder constituinte originário – é aquele que cria uma nova constituição. É considerado ilimitado. 
- CF/1988 – 05/10/1988 – 250 artigos. 
- Poder constituinte derivado – previsto para reformar a constituição (alterar alguma regra), através de emendas 
constitucionais. Há vários limites ao poder derivado. 
- Entre os limites do poder derivado estão as cláusulas pétreas, previstas no art. 60, § 4º; e o rol de direitos fundamentais. 
- Estudar formas de aprovação de projetos de lei complementar, ordinária e emendas constitucionais. 
- Art. 60, § 5º, CF. 
- Art. 60, § 4º, IV, da CF. 
- Curiosidade: quanto a intensidade, o controle de constitucionalidade pode ser classificado em forte e fraco. 
 
Controle concreto, incidental ou difuso ou por meio de defesa 
ou exceção (1) 
Controle abstrato, concentrado, principal ou por meio de ação 
(2) – ADI, ADC, ADPF 
Competência: qualquer juiz ou tribunal Competência: STF 
Objeto: defesa de interesse subjetivo Objeto: defesa da Constituição Federal/ da ordem positiva 
Declaração incidental Declaração principal 
Efeito inter partes Efeito erga omnes/ vinculante 
 
(1) Não se concentrar no STF, mas também pode ser exercido pelo STF como por qualquer juiz, instância ou 
tribunal. 
(1) Almeja um benefício material qualquer. 
(1) O objetivo principal é resolver o “meu”problema. 
(2) A declaração de inconstitucionalidade é o próprio pedido, a ideia é eliminar a norma do ordenamento 
jurídico. 
(1) No controle difuso eu “mato” a lei para as partes no processo. 
(2) No controle concentrado eu “mato” a lei para todos, para o ordenamento jurídico. 
 
CONTROLE DIFUSO OU CONCRETO 
 
- Regra da Reserva de Plenário (art. 97). 
- Regra do art. 52, X, da CF. 
- Regra de modulação. 
- Regra de abstratização. 
- Objeto do pedido: defesa de interesse subjetivo. 
- Causa de pedir: declaração incidental de inconstitucionalidade. 
- Tribunal pleno: todos os desembargadores. 
- Órgão especial: presente nos tribunais maiores e composto por 15 membros. 
- Existem pelo menos 4 exceções à regra de plenário. 
• Em primeira instância o juiz decide sozinho. 
• Pode ser julgado pela câmara de um tribunal se considerado constitucional ou se houver precedente do tribunal 
opinando pela inconstitucionalidade. 
• Quando já houver precedente do STF. 
- Os tribunais poderão declarar a inconstitucionalidade pela maioria de seus membros. 
- Controle concentrado = opera com eficácia restrita às partes no processo. 
- Controle concentrado = eficácia erga omnes = ADI, ADC, ADPF. 
- Controle difuso = a decisão do Supremo tem eficácia inter partes. 
- O art. 52, X, aplica-se apenas em relação ao controle difuso. 
- O senado tem competência discricionária e tem que caminhar na mesma linha que o STF. 
 
MODULAÇÃO DOS EFEITOS 
- Está prevista para ADI e ADC (art. 27, da Lei n. 9868) 
- Está prevista para ADPF (Lei n. 9882) 
- Possui efeitos ex tunc, em regra. Mas esses efeitos podem ser modulados, sendo respeitados os efeitos já produzidos. 
- Possui efeitos ex nunc quando houver relevante interesse social coletivo, ou para garantir a segurança jurídica (poderá ser 
modulado para produzir efeitos ex nunc ou possuir uma “sobrevida”, produzindo efeitos por determinado período. 
 
CONTROLE CONCENTRADO 
- ADI: art. 102, I, a, da CF e Lei n. 9868/99. 
- É de competência do STF. 
- Sua finalidade é declarar a inconstitucionalidade de uma norma, com eficácia erga omnes e efeito vinculante. 
- Objeto da ADI será uma norma federal ou uma norma estadual. Não é aplicável a normas municipais. 
- A legitimidade está definida no art. 103, da CF. 
- O STF emitiu jurisprudência restringindo os poderes de atuação dos legitimados. 
- Legitimados universais – pode ingressar com ADIN acerca de qualquer matéria. 
- Legitimados especiais – devem demonstrar vínculo de pertinência temática (deverá comprovar que seus interesses 
pretendidos possuem relação com a norma). 
- O partido político só precisa comprovar a legitimidade para propor ADI no momento da propositura da demanda, não sendo o 
processo arquivado sem julgamento de mérito caso o partido político não possua mais representação no decorrer da demanda. 
- Entidades de classe: pessoa física, pessoa jurídica ou híbrida (pessoa jurídica e pessoa física). 
 
Entidade de classe de âmbito nacional é formada por pessoas físicas ou jurídicas que desempenham a mesma atividade 
profissional econômica. Segundo o STF, ela deve ter distribuição geográfica em ao menos 9 unidades federativas distintas, em 
analogia à lei dos Partidos Políticos. 
 
- Distrito Federal – art. 32, da CF. 
- silêncio eloquente – DF não pode ingressar com ADIN se a matéria abordada na norma versar sobre matéria municipal. 
 
DEFESA – AGU – Art. 103, § 3º, da CF. 
 
Não é cabível ADI: 
- norma municipal; 
- lei/decreto de efeitos concretos; 
- normas não vigentes; 
- Normas anteriores a Constituição Federal/1988; 
- súmulas; 
- resoluções/decretos de execução. 
 
- Nos casos de normas anteriores à CF, será avaliada a recepção da norma pela nova constituição. Quando a norma não for 
compatível com a nova constituição, a norma será revogada. 
- é cabível ADIN contra norma distrital se esta abordar matéria de competência estadual. 
- é cabível ADI contra medida provisória; 
- Diferenciar resoluções e decretos de execução dos demais decretos e resoluções. 
- art. 84, IV 
- Decretos autônomos = fundamentados pela CF = podem ser objeto de ADI (os decretos legislativos também). 
- a norma constitucional derivada (que altera a CF por meio de emendas constitucionais) pode ser objeto de ADI 
- Poder Constituinte Derivado 
 
ADI 
 
DECISÃO : 
1) Erga omnes 
2) Efeito vinculante 
 
 
EX TUNC : 
1) Procedência – inconstitucionalidade 
2) Improcedência – constitucionalidade 
 
 
Modulação: art. 27 da Lei n. 9868/99 
Modulação: por questão de segurança jurídica ou interesse social 
Quórum: 2/3 = 8 ministros 
 
ADC – AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE 
 
Art. 102, I, a , da Lei n. 9868/99 
 
Modulação = aproveitamento de parte dos efeitos da lei declarada inconstitucional. 
ADC: competência = STF 
Legitimidade: art. 103 
 
- As questões inerentes a legitimidade são as mesmas para ADI, ADC e ADPF. 
ADC: finalidade = declarar a constitucionalidade de uma norma 
Objeto: norma federal (somente) 
Requisito: relevante controvérsia judicial acerca da constitucionalidadede uma norma. 
Eficácia erga omnes e efeito vinculante. 
- A controvérsia judicial relevante não pode ser apresentada um dia imediatamente depois da promulgação da lei. 
- Lei municipal e lei estadual não são alvos de ADC. 
 
DECISÃO: possui eficácia erga omnes e efeito vinculante para a administração pública e órgãos judiciais. 
 
Procedência = constitucionalidade 
Improcedência = inconstitucionalidade 
 
- Não existe repristinação no Brasil. 
- Não vincula o próprio STF e não vincula (quando ela declarar a inconstitucionalidade) o legislador. 
- O efeito vinculante não obriga o legislador, que poderá criar uma lei alterando aquela legislação. 
ADC – se julgar procedente, é declarada a constitucionalidade. Se julgar improcedente, é declarada inconstitucional com 
efeitos “ex tunc” – modulação do art. 27. 
 
Medida cautelar é cabível em ADI e ADC 
- Sempre por maioria absoluta. 
ADI – suspende a eficácia dos dispositivos cautelados (dispositivos impugnados). 
ADC – declarar a constitucionalidade do dispositivo e suspender todos os processos em andamento relacionados àquele 
dispositivo. 
AMICUS CURIAE – não é parte no processo. É uma entidade da sociedade civil organizada que tem interesse no processo. 
Pode se pronunciar por memoriais escritos e oralmente levando seus conhecimentos. Não pode interpor recursos. 
 
ADI – as informações devem ser propostas em 30 dias pelos órgãos responsáveis pela norma – citação – AGU (defesa) – há 
possibilidade de parecer (lei n. 9868) – intimação – parecer do PGR – julgamento: 
Procedente – declarada inconstitucionalidade – eficácia ex tunc – ou modular conforme art. 27 
Improcedente – declarada constitucional 
 
ADC – o órgão responsável pela elaboração da lei deverá prestar informações em 30 dias – citação – AGU (defesa) – 
intimação – PGR (parecer) – julgamento: 
Procedente – declara a norma constitucional. 
Improcedente – declara a norma inconstitucional. 
 
Tipologias das Inconstitucionalidades 
 
◼ Total ou Parcial 
• Declaração de nulidade total como expressão de unidade técnico legislativa: processo legislativo 
que elaborou a lei é viciado; 
• Declaração de nulidade total: a parte constitucional é dependente da inconstitucional; 
• Declaração de nulidade parcial: a parte constitucional subsiste a declaração de 
inconstitucionalidade de apenas parte da norma; 
• Declaração parcial de nulidade sem a redução de texto: a inconstitucionalidade é declarada para o 
caso concreto. Não há alteração no texto legal e pode a norma ser aplicada em outras situações. 
◼ Formal e Orgânica: a princípio será total 
◼ Material: pode uma nulidade parcial ter o efeito de uma nulidade total nos casos de interdependência 
das normas 
◼ Ação e Omissão: decorrente da inércia de qualquer um dos poderes frente à disposição constitucional. É 
o não cumprimento de uma exigência constitucional de ação – normas de eficácia limitada. 
◼ omissão parcial: ação legislativa mal elaborada 
◼ Originária e Superveniente: na primeira o ato já nasce inconstitucional, enquanto na Segunda a 
inconstitucionalidade é decorrente de reforma, inovação hermenêutica, alteração das circunstâncias 
fáticas 
◼ Antecedente e Consequente: a primeira é decorrente de violação direta da lei constitucional, enquanto a 
segunda tem seu parâmetro de validade é declarado inconstitucional. 
◼ Direta e Indireta: aquela viola o texto expresso e esta viola preceito ou princípio implícito (mas 
identificável). 
 
 
 - Total – nada se aproveita da norma. 
- Parcial – afeta parte da norma 
- formal – ocorre quando eu descumpro as normas fixadas para o procedimento (art. 61, § 1º) de elaboração legislativo. 
- material – o conteúdo da norma é incompatível com o conteúdo da constituição 
- por ação – quando eu faço aquilo que a lei proíbe 
- por omissão – quando eu deixo de cumprir um dever constitucionalmente imposto. 
- originária – quando nasce e contraria a CF vigente à época 
- superveniente – o STF não reconhece que exista, recepção ou revogação por aplicação do direito inter temporal 
 
 
Eficácia das Normas 
 
NORMAS CONSTITUCIONAIS DE EFICÁCIA PLENA 
As normas constitucionais de eficácia plena são aquelas que, desde sua criação (entrada em vigor da Constituição 
Federal ou da edição de uma emenda constitucional), possuem aplicabilidade imediata, direta e integral. Vale dizer, 
as normas constitucionais de eficácia plena, desde sua gênese, produzem, ou ao menos possuem a possibilidade de 
produzir, todos os efeitos visados pelo constituinte (originário ou derivado). São, portanto, autoaplicáveis. Tem 
aptidão para produzir todos os efeitos buscados pelo legislador constituinte, uma vez que conformam de modo 
suficiente a matéria de que tratam. Como exemplos, podemos citar os artigos 19; 37, caput; 53; e 230, § 2º. 
NORMAS CONSTITUCIONAIS DE EFICÁCIA CONTIDA 
As normas constitucionais de eficácia contida são aquelas que possuem aplicabilidade imediata, direta, mas não 
integral, uma vez que podem ter o seu alcance reduzido por atos do Poder Público supervenientes. Ou seja, no caso 
das normas constitucionais de eficácia contida, o legislador constituinte regulou suficientemente a matéria versada, 
mas possibilitou a atuação restritiva posterior por parte do Poder Público. São, também, autoaplicáveis. Parcela da 
doutrina as classificam em normas constitucionais de eficácia redutível ou restringível. 
NORMAS CONSTITUCIONAIS DE EFICÁCIA LIMITADA 
As normas constitucionais de eficácia limitada possuem aplicabilidade indireta, uma vez que dependem da emissão 
de uma normatividade futura. Ou seja, essas normas não produzem com a simples promulgação da Constituição ou 
da edição de uma emenda constitucional os seus efeitos essenciais, dependendo da regulamentação posterior que 
lhes entregue a eficácia, sendo qualificadas, assim, como normas não autoaplicáveis. A utilização de certas 
expressões como “a lei regulará”, “a lei disporá”, ou “na forma da lei” indicam que a vontade do constituinte 
precisa ser complementada para o ulterior efeito da norma constitucional. 
As normas constitucionais de eficácia limitada subdividem-se em: 
a) Normas constitucionais de eficácia limitada definidoras de princípios institutivos (ou organizatórios, ou 
organizativos): são aquelas que dependem de lei posterior para dar corpo a institutos jurídicos e aos órgãos ou 
entidades do Estado previstos na Constituição. Como exemplos, os artigos 88 e 102, § 1º. Essas normas podem 
assumir a natureza impositiva ou facultativa. As impositivas estabelecem um dever de legislar (arts. 33 e 88). Por 
seu turno, as facultativas trazem uma mera faculdade para o legislador (art. 22, parágrafo único). 
b) Normas constitucionais de eficácia limitada definidoras de princípios programáticos (ou apenas normas 
programáticas): são as que estabelecem programas, metas, objetivos a serem desenvolvidos pelo Estado, típicas 
das Constituições dirigentes. Impõe um objetivo de resultado ao Estado – não diz como o Estado deverá agir, mas o 
fim a ser atingido. Como exemplos, os artigos 3º e 7º, IV. 
 
Omissão Inconstitucional 
 
Art 103, § 2º 
 
1) Norma de eficácia limitada 
2) Há inércia do legislador 
3) De natureza cogente 
4) Prazo: previsto na constituição – deverá ser estipulado prazo razoável quando a CF não prever.

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