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ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA VARIAVEIS COMPLEXAS Rui Viana da Rocha Malcher junior 03252866 Engenharia Elétrica/Mecânica Durante o curso de Variáveis complexas, você se deparou com diversas fórmulas e teoremas de matemáticos, cientistas de renome, como Bernhard Riemann e Augustin-Louis Cauchy. Porém, além de Riemann e Cauchy, muitos outros contribuíram significativamente para o desenvolvimento da ciência e foram cruciais para o avanço de estudos de engenharia, principalmente da Engenharia Elétrica. Não obstante, alguns outros teoremas, outras teorias, outras fórmulas que tiveram como base os números complexos, surgiram para, de certa forma, facilitar a compreensão de alguns fenômenos e permitir o avanço tecnológico. Diante do contexto acima, participe, seguindo os três passos abaixo: 1. Descreva pelo menos um/uma teorema/teoria de cientistas distintos que façam uso dos números complexos. Busque por teorias que façam parte, de alguma forma, do mundo da Engenharia (Elétrica). Leia a teoria e explique com suas palavras, não se prenda aos números neste momento. Se achar válido contextualizar a época vivida pelo cientista, seu principal ramo de atuação, por exemplo, será um excelente complemento. 2. Descreva como seu conhecimento em variáveis complexas te ajuda a entender essas e outras teorias. Qual a parte do conteúdo estudado foi/é mais fundamental? Busque fazer analogias com o curso de Engenharia Elétrica e outras disciplinas estudadas. 3. Exemplifique, se possível também matematicamente, uma aplicação de um dos teoremas na resolução de um problema de Engenharia (Elétrica), seja mais teórico, juntando teoria e prática. Contextualize com a época atual, com os avanços tecnológicos recentes. Atividade: Um físico e matemático alemão chamado Georg Simon Ohm (1787-1854) descobriu a relação diretamente proporcional da corrente elétrica (i) que percorre um condutor com a tensão elétrica (V) aplicada a ele, e que é inversamente proporcional a resistência (R) do condutor à passagem da corrente elétrica, e assim em uma publicação realizada em 1827 chamada “Medidas Matemáticas de Correntes Elétricas” postulou a conhecida Lei de Ohm, onde a tensão é igual ao produto da corrente pela resistência, isto é, 𝑽 = 𝑹 × 𝒊 A resistência elétrica, medida em Ohms (Ω), também é uma medida usada para medir valores de impedância. A impedância é um valor total de resistência ao fluxo de corrente elétrica entre dois pontos de um circuito que leva em consideração a resistência de todos os seus componentes, mas para circuitos de corrente alternada (CA), leva-se em conta também as reatâncias. A impedância em CA é composta em parte pelas reatâncias que podem ser capacitivas(𝑿𝑪) ou indutivas(𝑿𝑳), e que são naturalmente números complexos. A Lei de Ohm foi elaborada para um circuito puramente resistivo, e para ser aplicada à impedância complexa, quando há reatâncias também presente no circuito, deve ser escrita para incluir a impedância (z) total no circuito, da seguinte forma: 𝒊 = 𝑽 𝒛 No universo da engenharia elétrica o conhecimento sobre a estrutura algébrica e manipulação das operações matemáticas com números complexos ajudam no entendimento e resolução de diversos teoremas, como esta aplicação da Lei de Ohm para a impedância em CA, pois, não é usada a simples resistência elétrica do circuito, e sim se trata da impedância, que como foi dito, é composta por números complexos. Para entender melhor à impedância devemos falar um pouco sobre as reatâncias. As reatâncias podem ser indutivas ou capacitivas, sendo a resistência oferecida por indutores e capacitores no circuito. A reatância indutiva é produzida por indutores que são componentes que criam um campo magnético que se opõem a mudança de fase em circuitos CA e quanto maior for a frequência, maior será sua reatância. A reatância capacitiva é produzida por capacitores, componentes capazes de armazenar cargas elétricas, que se carregam e descarregam conforme a mudança de fase do circuito e quanto maior for a frequência, menor é sua reatância, isto é, reatâncias indutivas e capacitivas são opostas. As reatâncias capacitivas e indutivas porem ser expressas matematicamente de forma cartesiana, da seguinte forma: Onde C é a capacidade do capacitor e sua unidade de medida é dada em Farads, e f é a frequência da corrente CA, medida em Hertz; Onde L é o valor da indutância do indutor, medido em Henries e f é a frequência da corrente CA medida em Hertz. Para cálculo da impedância total é importante entender na representação algébrica das reatâncias que o produto do ângulo em radianos pela frequência se dá também em radianos e é representado pela letra 𝑚 (ômega minúsculo), e o resultado é a velocidade angular do circuito. Da mesma maneira é importante a interpretação geométrica dessas grandezas no círculo trigonométrico, pois o cálculo da impedância envolve fasores, ou seja, a interpretação das reatâncias, da impedância e da resistência como vetores em um plano. Figura 1 Representação geométrica das grandezas da reatância Assim, estes então são componentes da impedância complexa em CA. Sabendo isso, então podemos dizer agora que a impedância total do circuito em corrente alternada é dada por: 𝑍= 𝑣 𝑖 onde Z é termo de proporcionalidade da impedância e é um número complexo, que é representado algebricamente da forma 𝒛 = 𝑹 + 𝒋𝑿, onde nota-se que Z é composto de uma parte real e uma parte imaginaria. Analisando sua forma algébrica, a parte real da impedância é a resistência (R) do circuito, e Xc e XL são a parte imaginária da impedância, que no caso é a reatância do circuito, seja ela indutiva ou capacitiva ou ambas. A letra j é bastante usada em engenharia elétrica para representar a variável complexa em vez da letra i, convencionalmente usada na matemática, para evitar confusão com a simbologia de corrente elétrica, assim neste caso 𝑗2 =√−1. O cálculo de impedância total pode ser expresso geometricamente da seguinte maneira, para 𝑋𝐿 e 𝑋𝐶: Figura 2 Interpretação geométrica do vetor da impedância complexa em relação a XL e Xc Nota-se na figura acima que a utilização de números complexos nos teoremas de engenharia elétrica muitas vezes se relaciona com equações diferenciais ordinárias, devido as manipulações algébricas geralmente gerarem equações lineares. Uma aplicação pratica do cálculo da impedância complexa está no controle do fator de potência. As industrias são dependentes em grande parte do trabalho realizado motores elétricos, estes motores são bobinados condutores que tem as características dos indutores, ou seja, geram uma reatância indutiva e causam uma defasagem na corrente elétrica em relação à tensão elétrica, como foi citado aqui anteriormente, que a reatância capacitiva se opõe à reatância indutiva, para a correção desse efeito indutivo causado por processos industriais, são dimensionados bancos de capacitores, de forma que atenuem a defasagem da corrente elétrica no sistema de distribuição de energia. Geometricamente, o triangulo das potências mostra que quanto maior o ângulo entre o cateto adjacente e a hipotenusa, maior se torna o cateto oposto, isto é, quanto maior o fator de potência (FP), ou seja o valor do ângulo entre potência aparente e a potência ativa, que chamamos de Cos𝜑, maior se torna a potência reativa, e com isso pode ser dimensionado um banco de capacitores, com reatância capacitiva equivalente para se opor a reatância indutiva e trazer este valor sempre para próximo de 1. Referencias: https://sites.icmc.usp.br/szani/complexa.pdf http://www.uel.br/projetos/matessencial/superior/vc/vc.htm https://repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/3683/5/Disserta%C3%A7%C3% A3o%20-%20Vitail%20Jos%C3%A9%20Rocha%20-%202014.pdf https://sites.icmc.usp.br/szani/complexa.pdfhttp://www.uel.br/projetos/matessencial/superior/vc/vc.htm https://repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/3683/5/Disserta%C3%A7%C3%A3o%20-%20Vitail%20Jos%C3%A9%20Rocha%20-%202014.pdf https://repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/3683/5/Disserta%C3%A7%C3%A3o%20-%20Vitail%20Jos%C3%A9%20Rocha%20-%202014.pdf https://brasilescola.uol.com.br/matematica/numeros-complexos.htm http://hyperphysics.phy-astr.gsu.edu/hbase/electric/impcom.html#c2 https://pep.ifsp.edu.br/wp-content/uploads/2015/03/apostila-de-eletricidade- 2.pdf https://www.ifsc.edu.br/documents/30701/523474/livro_calculo_numerico_AVIL A_final.pdf/73592cec-4ae3-4f43-98ff-5da567c1a60e https://brasilescola.uol.com.br/matematica/numeros-complexos.htm http://hyperphysics.phy-astr.gsu.edu/hbase/electric/impcom.html#c2 https://pep.ifsp.edu.br/wp-content/uploads/2015/03/apostila-de-eletricidade-2.pdf https://pep.ifsp.edu.br/wp-content/uploads/2015/03/apostila-de-eletricidade-2.pdf https://www.ifsc.edu.br/documents/30701/523474/livro_calculo_numerico_AVILA_final.pdf/73592cec-4ae3-4f43-98ff-5da567c1a60e https://www.ifsc.edu.br/documents/30701/523474/livro_calculo_numerico_AVILA_final.pdf/73592cec-4ae3-4f43-98ff-5da567c1a60e
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