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Legislação Trabalhista no Brasil

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Profa. Ma. Leila Dutra 
UNIDADE I
Sistemas para 
Operações de 
Recursos Humanos
Legislação aplicável nas relações de trabalho:
 Constituição Federal;
 Código Civil;
 Consolidação das Leis de Trabalho (CLT);
 Lei da Liberdade Econômica;
 Normas coletivas (acordo, convenção, dissídio coletivo);
 Legislação Empresarial.
Nesta unidade, iremos conhecer: 
Fonte: acervo pessoal.
 O Brasil adota o sistema de hierarquia das 
normas; a nossa principal norma é a 
Constituição Federal, todas as outras 
legislações estão subordinadas a ela. 
Vamos conhecê-las? 
Hierarquia das normas
Fonte: acervo pessoal.
Constituição Federal
Código Civil; Código Penal;
Consolidação das Leis de Trabalho (CLT);
Lei da Liberdade Econômica
Normas Regulamentadoras
Legislação Profissional
Normas coletivas (acordo, 
convenção, dissídio coletivo)
Regimento interno e Código Moral
Art. 1º A República Federativa do 
Brasil, formada pela união 
indissolúvel dos Estados e Municípios 
e do Distrito Federal, constitui-se em 
um Estado Democrático de Direito e 
tem como fundamentos: […] 
 IV – Os valores sociais do trabalho 
e da livre iniciativa (BRASIL, 1988). 
Constituição Federal
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção 
de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e 
aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade 
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à 
segurança e à propriedade, nos seguintes termos:
 I – Homens e mulheres são iguais em direitos e 
obrigações, nos termos desta Constituição; […]
 XIII – É livre o exercício de qualquer trabalho, 
ofício ou profissão, atendidas as qualificações 
profissionais que a lei estabelecer (BRASIL, 1988).
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e 
rurais, além de outros que visem à melhoria de sua 
condição social:
 (São 34 incisos ao todo). 
Fonte: acervo pessoal.
A Constituição Federal também organiza o Brasil, em 3 Poderes:
Fonte: autoria própria.
TRÊS PODERES AUTÔNOMOS E HARMONIOSOS
PODER EXECUTIVO
Presidente
Governador
Prefeito
APLICA AS LEIS
PODER LEGISLATIVO
Senador
Deputado Federal
Deputado Estadual
Vereador
CRIA AS LEIS
PODER JUDICIÁRIO
STF
Tribunais Superiores
Tribunais Regionais/Estaduais
Juizados
INTERPRETA AS LEIS
Qualquer pessoa pode ser empresária 
desde que: 
 Possua a capacidade civil: ser maior de 16 
anos emancipado ou ter 18 anos completos;
 Inexistência de impedimento legal: não ser 
menor de 16 anos, não ter restrição em 
decorrência de cargo público, não ser 
falido etc.
Código Civil
Requisitos para a legalidade dos contratos:
 Capacidade das partes;
 Objeto lícito, que não fira a lei e que possa 
ser identificado.
Quanto à estrutura do documento, o CC 
elenca estes requisitos:
 Vontade das partes;
 Causa;
 Objeto;
 Forma.
 Entre eles está o de prestação de serviço (atividade).
 Nem sempre um trabalhador é contratado como empregado. 
 Muitas vezes, a empresa contrata os trabalhadores sem vínculo empregatício – por exemplo, 
um pintor que atua como microempreendedor individual (MEI). 
 Nessa situação, o contrato firmado será cível, com uma empresa contratando outra. Essa 
modalidade de contratação está prevista nos Artigos 593 a 609 do CC.
 O contratos deverão conter: as partes, os termos e as condições, a remuneração, o prazo, as 
possibilidades de rescisão e as causas de extinção.
As empresas firmam inúmeros contratos
Fonte: acervo pessoal.
 O CC também prevê, nos Arts. 610 a 626, o contrato de empreitada, ou seja, a contratação 
de um empreiteiro responsável por uma obra. Os artigos em questão estabelecem as 
condições e responsabilidades dessa modalidade de contrato.
 Lembre-se: ao contratar, as partes assumem os compromissos e as responsabilidades, que 
deverão ser justos de acordo com o princípio da boa-fé. 
 Esse princípio, que diz respeito à honestidade, à lisura e à correção, deverá permear todas 
as nossas relações. Não existe pessoa meio honesta. Ou a pessoa é honesta, ou não é.
O Código Civil
O Brasil aplica a hierarquia das normas. Qual é a nossa lei máxima?
a) Código Civil.
b) Código de Defesa do Consumidor.
c) Constituição Federal.
d) Normas coletivas: acordo, convenção e dissídio coletivo.
e) Código de Ética e Regimento Interno das empresas. 
Interatividade
O Brasil aplica a hierarquia das normas. Qual é a nossa lei máxima?
a) Código Civil.
b) Código de Defesa do Consumidor.
c) Constituição Federal.
d) Normas coletivas: acordo, convenção e dissídio coletivo.
e) Código de Ética e Regimento Interno das empresas. 
Resposta
Empregador: 
 No Art. 2º, a CLT informa quem é 
considerado empregador: “Considera-se 
empregador a empresa, individual ou 
coletiva, que, assumindo os riscos da 
atividade econômica, admite, assalaria e 
dirige a prestação pessoal de serviço”. 
(BRASIL, 1943)
Consolidação das Leis do Trabalho
Empregado:
 Art. 3º – Considera-se empregado toda 
pessoa física que prestar os serviços de 
natureza não eventual ao empregador, sob 
a dependência deste e mediante o salário;
 Parágrafo único. Não haverá distinções 
relativas à espécie de emprego e à 
condição de trabalhador, nem entre o 
trabalho intelectual, técnico e manual.
Fonte: acervo pessoal.
O contrato pode ser:
 Tácito = verbal;
 Expresso = escrito.
E, ainda: 
Modalidades de contrato
Fonte: autoria própria.
Os principais temas são:
A CLT trata de inúmeros temas ligados ao contrato de trabalho
 Contratação de empregado;
 Registro da CTPS;
 Jornada de trabalho;
 Descanso semanal remunerado;
 Férias;
 Saúde, higiene e segurança no trabalho;
 Trabalhadores especiais;
 Organização dos sindicatos;
 Normas coletivas;
 Atuação do Ministério do Trabalho e da fiscalização;
 Organização e atuação da Justiça do Trabalho. 
 Foi criada com o objetivo de reduzir a burocracia das empresas, prevendo a possibilidade de 
vários documentos serem digitais. Isso porque a nova realidade praticamente está 
eliminando os documentos físicos. A grande maioria tem uma versão digital. 
 A lei lançou a Carteira de Trabalho Digital e o ponto eletrônico. Concedeu a possibilidade de 
o controle de jornada ser feito eletronicamente. 
 Também foi alterada a obrigatoriedade de controle de horário, que se manteve somente para 
as empresas com mais de 20 empregados. 
 Outra mudança significativa é a possibilidade de todas as 
empresas, independentemente do ramo de atividade, 
exercerem as suas atividades em qualquer dia e horário da 
semana, incluindo os domingos e feriados. A lei também 
autoriza que inúmeros livros, documentos e registros de 
obrigações fiscais, trabalhistas e previdenciárias sejam 
arquivados digitalmente. 
Lei de Liberdade Econômica (LLE) – Lei n 13.874, de 20 setembro de 2019 
 Toda empresa tem um ramo de atividade, que é definido pela Classificação Nacional de 
Atividades Econômicas (CNAE). 
 O intuito do CNAE é categorizar as empresas, inclusive, os profissionais autônomos. 
 O que determina a categoria profissional é o ramo de atividade e a localização da empresa. 
Assim:
Ramo de atividade + localização = categoria profissional
 O empregado, em uma empresa, terá a sua representação 
sindical indicada pelo ramo de atividade da empresa. 
Normas coletivas (acordo, convenção, dissídio coletivo)
Fonte: acervo pessoal.
Normas coletivas são leis para a categoria. As diferenças entre elas são:
Fonte: autoria própria. Adaptado de: livro-texto, p. 11.
COLETIVO
ACORDO
CONVENÇÃO
DISSÍDIO
SINDICATO DOS 
TRABALHADORES
SINDICATO DOS 
TRABALHADORES
PROCESSO COLETIVO
EMPRESA
SINDICATO DAS EMPRESAS
TRIBUNAL 
JULGA
PROFERE A SENTENÇA 
NORMATIVA
 A norma coletiva é que define a data-base. 
 A data-base define o período de vigência da norma coletiva. 
 Normalmente, é a data do tão esperado reajuste anual de salários. 
Além do reajuste, a norma assegura outros direitos, como, por exemplo:
 Cestabásica;
 Vale-refeição;
 Percentual de horas extras e adicional noturno, entre outros...
Data-base
 Regimento interno, como o nome diz, é um documento usado, somente, no âmbito da 
empresa, aplicável a todos os colaboradores. Seu objetivo é impor as regras, organizar o 
ambiente interno e ordenar o funcionamento da empresa. Um regimento interno pode 
determinar a utilização de uniformes, fixar os prazos para a solicitação de férias, proibir a 
venda de produtos nas instalações da empresa, entre outras ações.
 O código moral, código de conduta ou código de ética é aplicável aos colaboradores, 
fornecedores, clientes e acionistas, ou seja, a todos que mantenham as relações comerciais 
com a empresa. É um documento público que demonstra os princípios, os valores, a missão 
e a visão da empresa.
Regimento interno e código moral 
O que define a data-base de uma categoria profissional?
a) A norma coletiva da categoria.
b) A CLT.
c) A Constituição Federal.
d) O regimento interno da empresa. 
e) O Código de Ética da empresa.
Interatividade
O que define a data-base de uma categoria profissional?
a) A norma coletiva da categoria.
b) A CLT.
c) A Constituição Federal.
d) O regimento interno da empresa. 
e) O Código de Ética da empresa.
Resposta
O Art. 966 do CC dispõe sobre o conceito de “empresário”:
 “Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada 
para a produção, ou a circulação de bens ou de serviços”. (BRASIL, 2002)
Conceito de “empresa” e “empresário”
Fonte: autoria própria, livro-texto, p. 14.
Empresário
Com o objetivo de:
Diminuir os custos
Aumentar os lucros
Capacidade empresarial
Capital
Trabalho
Terra
Organiza os fatores 
de produção
 Segundo o Art. 972 do CC, “podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em 
pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos”. (BRASIL, 2002)
 Existem dois grandes grupos de empresários: os individuais e os que fazem parte de 
uma sociedade. 
Microempreendedor individual (MEI) – É o pequeno empresário. O registro da MEI gera a 
pessoa jurídica, ou seja, faz nascer a empresa. Com o registro, a empresa obtém um CNPJ e 
pode emitir as notas fiscais. Para que o empresário se registre como MEI, é necessário que a 
atividade desenvolvida por ele esteja no rol de atividades estabelecidas pela lei. Existem 
algumas regras que devem ser seguidas:
 O faturamento anual deve ser de, no máximo, R$ 81.000,00 
(valor até 2022);
 O empresário não pode ser sócio de outra empresa;
 O MEI só pode contratar um empregado que receba um 
salário-mínimo ou o piso da categoria.
Tipos de empresários
 Empresa individual (EI) – é a empresa composta por um único proprietário, que é o 
empreendedor. Esse modelo de empresa vincula o patrimônio pessoal ao da pessoa jurídica, 
ou seja, em caso de insolvência, o patrimônio do empresário irá responder pelas dívidas.
 Não exige um capital social mínimo. O faturamento anual é regulamentado pelo 
enquadramento tributário. E não há um limite para a contratação de empregados.
 Existem restrições quanto às atividades profissionais que podem ser registradas 
nessa modalidade. 
Tipos de empresários
Sociedade limitada unipessoal (SLU) – foi criada pela Lei de Liberdade Econômica, que incluiu 
dois parágrafos no Art. 1.052 do CC: 
 A SLU também tem um único proprietário, e a sua característica de LTDA protege o 
patrimônio pessoal do empresário; 
 Esse modelo não exige um valor mínimo de capital social, e nele o empresário pode abrir 
várias empresas. Além disso, é um modelo que permite que os profissionais excluídos pelos 
modelos anteriores abram empresas.
Tipos de empresários
 Sociedade empresária – toda sociedade deve ser constituída por, no mínimo, duas pessoas 
(sócios ou acionistas).
 Em algumas situações, os empresários precisam nomear um administrador para a empresa, 
que nada mais é do que a pessoa encarregada de administrar, gerir ou organizar o negócio. 
Esse profissional poderá receber o título de diretor, executivo ou gerente. 
 O administrador poderá ser um dos sócios da empresa ou um profissional contratado para 
essa finalidade. 
Tipos de empresários
 Segundo o CC, o contrato social pode prever a figura do administrador ou ele pode ser 
nomeado por um instrumento em separado. As ações do administrador devem acatar os 
princípios éticos e de legalidade. 
 De acordo com o Art. 1.011, “o administrador da sociedade deverá ter, no exercício de suas 
funções, o cuidado e a diligência que todo homem ativo e probo costuma empregar na 
administração de seus próprios negócios”. (BRASIL, 2002)
 O Art. 1.016 do CC diz: “Os administradores respondem solidariamente perante a sociedade 
e os terceiros prejudicados, por culpa no desempenho de suas funções”. (BRASIL, 2002)
Administrador de sociedades
Devem ser registrados na Junta Comercial, por exemplo:
 Empresário individual; SLU; LTDA; S.A.
Já no cartório devem ser registrados:
 Organizações sem fins lucrativos; igrejas; associações; condomínios.
 No caso do MEI, o registro será feito direto no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica do MEI, 
por meio do Portal do Empreendedor: https://bit.ly/3Ar3iop.
 Todos os atos da empresa devem ser registrados, para 
dar publicidade. 
 Uma empresa registrada e com os atos societários 
atualizados é uma empresa legalizada. 
Registro da empresa
 Você já ouviu aquela expressão “juntar as escovas de dentes”? Uma empresa irregular 
funciona mais ou menos assim – os sócios “juntam as ferramentas”. Ou seja, eles se unem e 
iniciam o negócio sem o registro dos atos societários, permanecendo na informalidade. 
A irregularidade não assegura as proteções da lei para a empresa legalizada, dentre elas:
 O empresário não legalizado não pode entrar com um processo de pedido de falência contra 
uma empresa que estiver em débito com ele;
 Caso o empresário passe por uma situação de insolvência (devendo), ele não pode ingressar 
com um processo de recuperação judicial;
 Com uma documentação irregular, a empresa não pode obter 
CNPJ e emitir a nota fiscal;
 Por não recolher INSS, o empresário deixa de ter direito à 
aposentadoria e aos outros benefícios previdenciários, 
entre outros.
Empresário irregular
Quais fatores de produção o empresário organiza em sua empresa?
a) Receita, custo e lucro.
b) Ativo e passivo.
c) Terra, trabalho e capital. 
d) Compras, vendas e clientes.
e) Importação e exportação.
Interatividade
Quais fatores de produção o empresário organiza em sua empresa?
a) Receita, custo e lucro.
b) Ativo e passivo.
c) Terra, trabalho e capital. 
d) Compras, vendas e clientes.
e) Importação e exportação.
Resposta
 Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente uma atividade econômica 
organizada para a produção, ou a circulação de bens ou de serviços.
 Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce uma profissão intelectual, de 
natureza científica, literária ou artística, ainda, com o concurso de auxiliares ou 
colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir um elemento de empresa 
(BRASIL, 2002).
 A lei afirma que quem exerce uma profissão intelectual, de natureza científica, literária ou 
artística, não será considerado empresário – logo, não irá constituir a sociedade empresária. 
 Isso acontece porque o exercício dessas atividades se 
vincula à pessoa do profissional, intuitu personae. 
 Caso esses profissionais constituam uma sociedade, ela será 
considerada uma sociedade simples, não uma empresa.
Sociedades empresárias
 LTDA – você já viu alguma empresa cujo nome, ao final, apresenta a sigla LTDA? É bem 
comum, não é? É a sociedade limitada. Nela, o capital social é dividido entre os sócios e 
cada sócio tem o percentual de quotas correspondente ao capital investido.
 Quando os sócios elaboram o contrato, eles fixam o valor do capital social e a forma de 
divisãodas quotas. O sócio receberá a parcela dos lucros correspondente ao valor investido. 
Da mesma forma, é o número de quotas que define o grau de responsabilidade do sócio.
O capital investido na empresa é integralizado:
Classificação das sociedades empresárias
Fonte: autoria própria, livro-texto, p. 24.
Sócio A Sócio B Sócio C Sócio D Total Capital social
Quotas 40% 30% 20% 10% 100% R$ 100.000,00
Situação 1
R$ 
40.000,00
R$
30.000,00
R$ 
20.000,00
R$ 
10.000,00
R$ 
100.000,00
100% 
integralizado
Situação 2
R$ 
30.000,00
R$
15.000,00
R$
10.000,00
R$ 
5.000,00
R$ 
60.000,00
60% 
integralizado
R$ 
10.000,00
R$ 
15.000,00
R$ 
10.000,00
R$ 
5.000,00
R$ 
40.000,00
40% não 
integralizado
 S.A. – você também já deve ter visto uma empresa com a sigla S.A. Normalmente, são as 
grandes empresas. É a sociedade anônima, que divide o capital em ações. 
 Imagine que a S.A. é uma barra de chocolate, sendo cada pedacinho uma ação.
 A regulamentação está prevista na Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976, conhecida 
como Lei das Sociedades por Ações, cujo Art. 1º diz: “A companhia ou sociedade anônima 
terá o capital dividido em ações, e a responsabilidade dos sócios ou acionistas será limitada 
ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas”. (BRASIL, 1976)
O objeto social é definido por meio de estatuto, onde deverá 
constar a denominação, o fundador, o conselho administrativo, o 
conselho fiscal, a diretoria, além da forma como a empresa irá 
negociar as ações, a saber:
 Capital aberto: as ações são negociadas na Bolsa de Valores; 
 Capital fechado: as ações não são negociadas na Bolsa 
de Valores. 
Classificação das sociedades empresárias
 Cooperativa – você conhece alguma cooperativa? Em certas regiões do Brasil, é comum 
haver cooperativas de transporte, agrícolas e de crédito. A ideia fundamental é “juntos 
somos fortes”. 
 Na sociedade cooperativa – regulada pela Lei n. 5.764, de 16 de dezembro de 1971 – um 
grupo de pessoas se une com um objetivo comum, que pode ser desenvolver os projetos 
sociais ou de cunho econômico.
 Não existe sócio majoritário. Todos têm a mesma quota de 
participação, já que o investimento é igual para todos. As 
decisões são tomadas em conjunto. A essência do negócio é a 
cooperação, a ação mútua. 
 O estatuto, a ata da assembleia de fundação e os documentos 
dos membros fundadores deverão ser arquivados na Junta 
Comercial e remetidos para a Receita Federal. 
Classificação das sociedades empresárias
 Sociedade em nome coletivo: os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas dívidas 
da empresa. A sociedade somente poderá ser constituída por pessoas físicas.
 Sociedade em comandita simples: é formada por dois tipos de sócio: Comanditário: compõe 
o capital social da empresa, mas não atua na administração. É um investidor e o 
Comanditado: também contribui financeiramente, mas exercendo a administração do 
negócio. No contrato social constará, somente, o nome desse sócio. Ele responde 
ilimitadamente pelas dívidas da empresa.
 Sociedade em comandita por ações: é dividida em ações. Os sócios administradores 
deverão constar na ata de constituição da sociedade e têm responsabilidade ilimitada. 
 Sociedade em conta de participação: é constituída por duas ou 
mais pessoas com um objetivo comum. Pelo menos um dos 
sócios deverá atuar na área do comércio. Normalmente, a 
sociedade existe por um prazo determinado; somente o sócio 
ostensivo se torna responsável por ações em relação 
a terceiros. 
Outros modelos de sociedade empresária:
 O porte representa o tamanho da empresa, indicado pelo faturamento anual. Por exemplo: a 
microempresa (ME) ou a empresa de pequeno porte (EPP). 
 Já o tipo é a modalidade da empresa. Os empresários (donos, sócios, acionistas), quando 
decidem constituir a sociedade, selecionam a sua forma de composição. Por exemplo: 
LTDA ou S.A.
Não confunda o porte com o tipo de empresa
Fonte: autoria própria, livro-texto, p. 28.
 Essa modalidade de empresa ganhou muito espaço nos últimos anos. 
 Segundo o Sebrae, o Brasil se destaca nesse âmbito em relação aos demais países da 
América Latina, tendo em vista que já tem mais de 13 mil startups. 
 Ainda segundo o Sebrae, são as empresas que têm uma base tecnológica e um modelo de 
negócio sustentável, escalável e repetível. 
 Por serem inovadoras, vivenciam uma realidade de incertezas e alto risco. Aliás, esta é a sua 
principal característica: a inovação.
Você já ouviu falar de startups?
 A lei oferece um tratamento especial, visando, justamente, o fomento, ou seja, o crescimento 
e o desenvolvimento das startups. Essa modalidade de empresa tem facilidades para 
recolher os encargos e tributos, assim como para encerrar as atividades. 
 Além disso, tem tratamento especial ao participar de licitações (processos de contratação 
com o Poder Público).Vários aplicativos são exemplos dessa modalidade de empresa. 
 Antes de encerrar esta unidade, gostaria de abordar um 
último ponto. Há um tema, no Direito, que está no auge das 
discussões: é o reconhecimento do vínculo empregatício com 
os aplicativos. Várias decisões estão reconhecendo o vínculo 
empregatício entre o trabalhador e o aplicativo.
Startups
As startups possuem uma característica própria, que a diferencia das demais empresas. Qual é 
essa característica?
a) São sociedade limitadas.
b) São sociedades anônimas.
c) São pequenas empresas. 
d) São inovadoras.
e) São empresas de baixo risco. 
Interatividade
As startups possuem uma característica própria, que a diferencia das demais empresas. Qual é 
essa característica?
a) São sociedade limitadas.
b) São sociedades anônimas.
c) São pequenas empresas. 
d) São inovadoras.
e) São empresas de baixo risco. 
Resposta
 BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, 1988. Disponível 
em: https://bit.ly/3dxuysm. Acesso em: 16 ago. 2022. 
 BRASIL. Decreto-Lei n. 5.452, de 1º de maio de 1943 [Consolidação das Leis do Trabalho]. 
Rio de Janeiro, 1943. Disponível em: https://bit.ly/3KcPod3. Acesso em: 16 ago. 2022.
 BRASIL. Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976 [Lei das Sociedades por Ações]. Brasília, 
1976. Disponível em: https://bit.ly/2UqQCGG. Acesso em: 16 ago. 2022.
 BRASIL. O que você precisa saber antes de se tornar um MEI? Brasília, [s.d.]. Disponível 
em: https://bit.ly/3QT98Ej. Acesso em: 16 ago. 2022.
 CHIAVENATO, I. Princípios da Administração: o essencial em 
Teoria Geral da Administração. 2. ed. Barueri: Manole, 2013.
 FENABAN. Convenção Coletiva de Trabalho. 2020. 
Disponível em: https://bit.ly/3eeIR5G. Acesso em: 
16 ago. 2022. 
 GONÇALVES, S. O.; KOPROWSKI, A. Pequena empresa no 
Brasil. São Paulo: Edusp, 1995.
Referências
ATÉ A PRÓXIMA!

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