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Conteudista: Prof. Ulrich Palhares Fernandes Revisão Textual: Me. Luciano Vieira Francisco
Objetivos da Unidade:
Adquirir vocabulários;
Formular conhecimentos;
Compreender a língua de sinais no mundo;
Aprender e desenvolver habilidades comunicacionais com o indivíduo surdo; Dominar práticas e conceitos desenvolvidos durante a Unidade.Aspectos da Língua de Sinais
📄 Material Teórico
📄 Material Complementar
📄 Referências
Página 1 de 3
📄 Material Teórico
Línguas de Sinais
Nesta Unidade abordaremos a língua de sinais, que é o termo geral que engloba várias línguas de sinais ao redor do mundo, cuja forma de comunicação se dá na modalidade visuoespacial, ou seja, a percepção da mensagem é visual, enquanto a sua fala é no espaço – através da língua sinalizada – o surdo e as pessoas que compõem a comunidade surda sinalizam a comunicação assertiva dessa forma.
Segundo Quadros (2004, p. 8): “Línguas de sinais são consideradas como línguas naturais pela Linguística [...]”; para complementar, corrobora o surgimento dessa interação espontânea, que é consolidada entre pessoas surdas e por pessoas não surdas, ou seja, ouvintes que convivem com os surdos.
Ao contrário das línguas orais, que são construídas por signos sonoros, as línguas de sinais são compostas por signos imagéticos. Ferreira-Brito (1993) diz que por serem línguas de modalidade gestual-visual, constituem o símbolo por excelência da surdez, figurando, para os surdos, como outro “meio” à realização de suas potencialidades linguísticas. Através das quais, compreende-se que os seus usuários podem expressar e adquirir quaisquer entendimentos dos significados, desde os concretos aos abstratos. Essa autora afirma ainda que as línguas naturais, ou seja, uma língua que se desenvolve espontaneamente no interior de uma comunidade e são de fácil acesso aos surdos, e de importância para a função cognitiva e de suporte ao pensamento.
A partir deste material escrito, no qual você está lendo caro estudante, vejamos na prática e imageticamente, o professor sinalizando três sinais para compor uma frase. Na Figura 1 há uma representação da língua de sinais e as setas vermelhas mostram o movimento circular das duas mãos espalmadas, uma de frente para a outra; na segunda imagem, o sinal é o planeta Terra, indicando o sentido de mundo; já na terceira imagem o sinal é a finalização da palavra planeta Terra, formando a frase Língua de sinais no mundo, a partir da junção das três imagens.
Figura 1 – Língua de sinais no mundo
Fonte: Acervo do conteudista
#ParaTodosVerem: fotografia colorida em formato quadrado com uma parede branca de fundo, e um professor, moreno, de camiseta preta, com óculos de grau, sinalizando a frase: “Língua de sinais no mundo”. Fim da descrição. 
Conclui-se que a língua de sinais é diferente da Libras, esta que é a Língua Brasileira de Sinais, utilizada no Brasil como meio de comunicação legal e respaldada pela Lei 10.436/2022:
“
Art. 1º. 
[...]
Parágrafo único. Entende-se como Língua Brasileira de Sinais – Libras a forma de comunicação e expressão, em que o sistema linguístico de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria, constituem um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil.”
A língua de sinais é aquela não oral, utilizada de modo sinalizado, mas como forma “genérica”, sem se especificar a qual país se refere. Quando mencionamos Libras, American Sign Language (ASL), Lengua de Signos Española (LSE), então classificamos a qual país a língua de sinais pertence.
Língua de Sinais Internacionais, Sinais Internacionais ou International Sign
A Língua de Sinais Internacionais (LSI), Sinais Internacionais (SI) ou International Sign (IS), é um assunto polêmico, no qual cada autor defende a sua pesquisa: alguns argumentam ser língua; outros somente a junção de todas as línguas de sinais existentes no mundo. Vejamos a
Figura 2, na qual o professor sinaliza a frase: “Sinais internacionais”, ou: “International sign”.
Figura 2 – Sinais internacionais ou international sign
Fonte: Acervo do conteudista
#ParaTodosVerem: fotografia colorida em formato quadrado com uma parede branca de fundo, e na frente um professor, moreno, de camiseta preta, com óculos de grau, sinalizando a frase: “Sinais internacionais” ou: “International sign”. Fim da descrição.
Ademais, vejamos algumas fundamentações de autores a respeito de SI. 
Campello (2014, p. 147) define o termo “língua de sinais internacionais” como:
“[...] um sistema de sinais internacionais com o objetivo de melhorar o entendimento do uso de várias línguas de sinais, para criar uma língua fácil de aprender e de se comunicar. É uma língua que surgiu a partir dos encontros das lideranças surdas europeias e passou a ser usada sistematicamente em eventos internacionais.”
A argumentação de Wagatsuma (2019, p. 212) baseia-se no descobrimento da língua de sinais internacionais: o termo “[...] ‘língua de sinais internacionais’ não é mais usado, dado que a World Federation of the Deaf (WFD) votou contra a proposta que visava reconhecer os sinais internacionais como uma língua [...]”; os pesquisadores em Linguística e usuários de sinais internacionais “não aprovaram” essa ideia (MOODY, 2008 apud WAGATSUMA, 2019). Mesch (2010 apud WAGATSUMA, 2019) acrescenta que atualmente o termo “international sign” é a nomenclatura correta.
A tradução da terminologia international sign para sinais internacionais não existe, de modo que essa conversão serve para a compreensão da comunidade surda brasileira, dado que apenas o Brasil reconhece SI como sinais Internacionais, usando esse termo como uma língua franca; ou seja, é um idioma de contato que um grupo de falantes multilíngues desenvolve ou elege intencionalmente, a fim de que todos consigam se comunicar uns com os outros. Em geral, essa língua é diferente de todas aquelas faladas no grupo, tratando-se de uma comunicação universal utilizada em eventos internacionais, tais como congressos, simpósios, palestras, viagens etc. A tradução do vocabulário international sign utilizado por comunidades surdas de outros países, é Sinal Internacional (SI).
Segundo Siqueira (2016, p. 7), “SI constitui-se, em grande parte, de sinais icônicos, de modo que o sinal representa ou reproduz, com exatidão e fidelidade, a imagem ou função do objeto – e não tem uma gramática pré-estabelecida”. Tais sinais são empregados de acordo com o sistema gramatical de cada língua de sinais envolvida. “Esta língua vem no sentido de contribuir na universalização do entendimento possível para os sinalizados de outros idiomas espaçosvisuais” (SIQUEIRA, 2016, p. 7).
Observa-se o ponto de vista a respeito dessa forma de comunicação que, segundo Wagatsuma (2019, p. 214), é “[...] entendida da mesma maneira e na mesma medida por sinalizadores em todo o mundo [...]”. Portanto, apesar de ser uma universalização de várias línguas de sinais, cada uma com a sua particularidade, é possível haver compreensão, tanto do emissor quanto do receptor da mensagem, através do canal de comunicação IS. Nesse sentido, vejamos a seguinte ilustração, a fim de que você possa perceber de que maneira o IS funciona de forma imagética:
Figura 3 – Elucidação visual de SI
Fonte: Adaptada de Freepik
#ParaTodosVerem: imagem de mapa mundi com pontos de línguas de sinais dos seguintes países: Estados Unidos, Portugal, Inglaterra, Rússia, Japão, Brasil e Nova Zelândia, com as respectivas siglas para criar a comunicação internacional de sinais. Fim da descrição.
A Influência das Línguas de Sinais nos Sinais Internacionais
A comunicação linguística advém da cultura, tradição e identidade do povo e/ou da comunidade do mundo, seja em línguas faladas ou de sinais, de modo que sempre haverá influência na sinalização. Assim, vejamos na prática e com o auxílio de imagens, como seria a sinalização de “influência das línguas de sinais no mundo”.
Figura 4 – Influência das línguas de sinais no mundo
Fonte: Acervo do conteudista
#ParaTodosVerem: fotografia colorida em formato quadradocom uma parede branca de fundo. Na frente há um professor, moreno, de camiseta preta, com óculos de grau, sinalizando a frase: “Influência das línguas de sinais no mundo”. Fim da descrição.
Segundo Machado e Quadros (2020, p. 176), o empréstimo linguístico é definido como:
“Esse tipo de empréstimo decorrente do contato entre a língua falada e a língua de sinais de um país é muito comum. Valli e Lucas (2000, p. 187) mencionam que a soletração é uma representação do sistema ortográfico do inglês com formas da ASL (Língua de Sinais Americana), ou seja, com representações fonológicas estabelecidas na língua de sinais para representar a ortografia de uma língua falada. Neste caso, as formas estabelecidas são específicas da língua de sinais, o que caracteriza a especificidade dessa produção no qual resulta do contato entre as línguas.”
Um fator que podemos observar é a questão territorialista, em que regiões e fronteiras têm influência de duas ou mais línguas. Apesar de haver uma divisão separando as duas regiões, a língua transcende barreiras, misturando-se e criando outra língua ou costume. Nesse sentido, Machado e Quadros (2020, p. 178) observaram que:
“O que ocorre entre as línguas de sinais quando há um contexto de fronteira envolvendo o contato entre grupos de línguas de sinais diferentes. Um exemplo, nesse sentido, é a convivência entre surdos sinalizantes da Libras e surdos sinalizantes da Língua de Sinais Uruguai (LSU), na fronteira Sul do País, na Cidade de Santana do Livramento, no Estado do Rio Grande do Sul, e na Cidade de Rivera, no Uruguai. Nesta região de fronteira, há o contato entre a Libras e a LSU (FIGUEIRA, 2016, p. 23), ou ainda quando o contato é referente a encontros entre sinalizantes de diferentes línguas de sinais em eventos e congressos internacionais.”
No contexto acadêmico, os idiomas possuem fortes influências na comunicação como, por exemplo, os idiomas inglês, espanhol e francês; consequentemente, na língua de sinais temos impactos da ASL e SI. Machado e Quadros (2020, p. 181) apresentam as suas experiências no mundo:
“Isso facilitou a identificação de sinais que apresentam a mesma forma nestas línguas de sinais, línguas em que há intenso contato com a Libras por meio da participação de surdos em eventos científicos ou intercâmbios acadêmicos. [...] Na atualidade, a ASL é uma das línguas de sinais de maior influência no mundo, não somente pelo fato de os Estados Unidos abrigarem a Universidade Gallaudet, reconhecida mundialmente como universidade de surdos, mas também por suas publicações terem grande influência no campo de investigação das línguas de sinais [...].”
No Material Complementar desta Unidade, leia sobre como funciona a Universidade Gallaudet.
Veja que interessante a pesquisa sobre o dicionário das línguas de sinais: é a oportunidade de um guia de estudo ou de turismo, entre outros exemplos, com importância de registro para as linguísticas das comunidades surdas internacionais e nacionais, conforme Machado e Quadros (2020, p. 181) mostram: “Os dicionários selecionados foram da Língua de Sinais Internacionais (LSI), de Língua de Sinais Francesa (LSF), de Língua de Sinais Americana (ASL) – que se supõe serem as fontes dos empréstimos”.
Esses autores explicam como é a defluência da língua de sinais no mundo e de que maneira se perpetuou, histórica e linguisticamente, a sua trajetória e influência na língua:
“A ASL e a Libras contaram com a influência linguística da LSF de forma semelhante, com isso as duas pertencem à mesma família linguística (MCCLEARY, 2008 apud MACHADO, 2020; QUADROS, 2020), ou seja, as duas línguas de sinais contaram com professores surdos fluentes em LSF para a fundação de escolas para surdos no século XVII. Como já mencionado, o fato de a LSF ter tido alguma influência na constituição da Libras e da ASL, impacta na forma dessas línguas, com sinais que apresentam maneiras linguísticas em comuns.”
· ROCHA, 2007; CAMPELLO, 2011 apud MACHADO; QUADROS, 2020, p. 170-197
“A ASL e a Libras contaram com a influência linguística da LSF de forma semelhante, com isso as duas pertencem à mesma família linguística (MCCLEARY, 2008 apud MACHADO, 2020; QUADROS, 2020), ou seja, as duas línguas de sinais contaram com professores surdos fluentes em LSF para a fundação de escolas para surdos no século XVII. Como já mencionado, o fato de a LSF ter tido alguma influência na constituição da Libras e da ASL, impacta na forma dessas línguas, com sinais que apresentam maneiras linguísticas em comuns.”
· MACHADO; QUADROS, 2020, p. 170-197
A língua de sinais possui grande influência no SI, de modo que nesta Unidade vimos, em diferentes autores e teses, como foi a sua trajetória, através das heranças cultural, linguística e social.
Página 2 de 3
📄 Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites 
Gallaudet
Clique no botão para conferir o conteúdo.
ACESS
E
World Association of Sign Language Interpreters
Clique no botão para conferir o conteúdo.
ACESS
E
 Vídeo 
Universidade para Surdos
Clique no botão para conferir o vídeo indicado.
ASSIST
A
 Leitura 
International Sign
Clique no botão para conferir o conteúdo.
ACESS
E
Página 3 de 3
📄 Referências
CAMPELLO, A. R. S. Intérprete surdo de língua de sinais brasileira: o novo campo de tradução/interpretação cultural e seu desafio. Cadernos de Tradução, Florianópolis, v. 1, n. 33, p.
143-167, 2014. Disponível em:
<https://periodicos.ufsc.br/index.php/traducao/article/view/2175-7968.2014v1n33p14>.
Acesso em: 27/09/2023.
FERREIRA-BRITO, L. Integração social & educação de surdos. [1. ed.] Rio de Janeiro: Babel, 1993.
MACHADO, R. N.; DE QUADROS, R. M. Contato linguístico em Libras: um estudo descritivo da influência de outras línguas de sinais na Libras. Revista Linguística, v. 16, n. 3, p. 170-197. 2020.
Disponível em: <https://doi.org/10.31513/linguistica.2020.v16n3a33484>. Acesso em:
27/09/2023.
MESCH, J. Perspectives on the Concept and Definition of International Sign. Helsinque: WFD, 2010. Disponível em: <http://wfdeaf.org/wp-content/uploads/2016/11/Perspectives-on-theConceptand-Definition-of-IS_Mesch-FINAL.pdf>. Acesso em: 12/05/2017.
MOODY, B. The role of International Sign Interpreting in today’s world. In: ROY, C. B. Diversity and community in the worldwide Sign Language Interpreting Profession: Proceedings of the second WASLI Conference, held in Segovia, 2007. [S. l.]: Douglas McLean, 2008. p. 19-33.
QUADROS, R. M. O tradutor intérprete de língua brasileira de sinais e língua portuguesa. [1. ed.] Brasília: MEC, 2004.
SIQUEIRA, R. B. De professor surdo à intérprete de línguas de sinais: dois perfis em um profissional surdo. [1. ed. p. 7] Rio de Janeiro: Ines, 2016.
WAGATSUMA, G, L. F. G. Sinais internacionais e a formação para intérpretes de sinais internacionais. Belas Infiéis, Brasília, v. 8, n. 1, p. 211-228, 2019. Disponível em:
<https://periodicos.unb.br/index.php/belasinfieis/article/view/12984>. Acesso em:
27/09/2023.
WAGATSUMA, G, L. F. G. Identificação de Estratégias de Interpretação Simultânea Intramodal:
Sinais Internacionais para Libras. Florianópolis, 2019.

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