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Slides de Aula 01 Unidade IV - Planejamento e Gestão do Fator Humano em EAD

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Planejamento e Gestão do Fator Humano em EaD
Prof. José Benedito
Unidade IV
VD1
Abordagens e práticas sugeridas pelos modernos estudos 
de liderança – Engajamento
Equipes só conseguem seus resultados se estiverem focadas e com um forte senso de compromisso com a tarefa. É preciso que haja engajamento das pessoas naquilo que fazem. Engajar é:
estabelecer um vínculo mais poderoso entre a pessoa e sua responsabilidade no cargo, entre a pessoa e a organização;
ultrapassar o simples contrato de trabalho (o resultado que cada cargo exige) e a recompensa financeira que a organização lhe deve por isso (salário, benefícios etc.); 
trabalhar a relação pessoa-cargo-organização num nível mais emocional do que tangível e que suscite a disposição do colaborador de entregar-se ao que faz, de envolver-se e interagir com o ambiente de trabalho. Essa ligação não é a estabelecida pelo contrato: é um vínculo psicológico, afetivo e emocional com o emprego. Isso deve ocorrer espontaneamente, por livre desejo da pessoa, e não por pressões de qualquer ordem.
Engajar envolve:
Alinhar os valores do indivíduo e os da empresa, fortalecendo a cultura organizacional. 
Estabelecer uma relação (além de contrapartidas financeiras) na qual o funcionário sinta-se disposto a dedicar-se, envolver-se e interagir no seu ambiente de trabalho (vínculo psicológico, afetivo e emocional). Esse laço desenvolve uma postura mais cooperativa, empenhada, otimista e de autodesenvolvimento. 
Produtos: proatividade, comprometimento, otimismo, autoestima são alguns traços fundamentais para que essa ligação ocorra.
Por onde começa o engajamento?
Cargo: deve proporcionar ao indivíduo algumas condições psicológicas para que isso aconteça.
Especificação do conteúdo: qual é o conjunto de tarefas que o ocupante deverá desempenhar.
Especificação dos métodos e processos de trabalho: como essas tarefas deverão ser desempenhadas.
Responsabilidade: a quem o ocupante do cargo estará subordinado.
Autoridade: quais são os subordinados a esse cargo.
Engajamento – Cinco dimensões essenciais do cargo
Variedade: número e variedade de habilidades. 
Autonomia: diz respeito ao grau de liberdade (independência) do ocupante em decidir, planejar e executar o seu trabalho.
Significado das tarefas: relaciona-se com o que significa a tarefa para seu executor. 
Identidade com a tarefa: visão clara e sistêmica dos resultados que produz.
Retroação: grau de informação de retorno (feedback) que o ocupante recebe.
A tarefa de engajar, compete à liderança:
exercendo fortemente seu papel interpessoal, na comunicação mais profunda que puder, com suas pessoas;
ouvir, conhecer, satisfazer cada um no nível de maturidade em que se encontrar;
cumprir o papel primordial de materializar os valores da cultura organizacional e, por meio de seu exemplo pessoal, inspirar as pessoas nesse engajamento.
 
Abordagens e práticas sugeridas – Autoliderança
O líder que sou para os outros é decorrência do líder que sou para mim. 
Se quero estimular comportamentos em minha equipe, preciso estar convencido de que sou capaz de demonstrar, eu mesmo, esses mesmos comportamentos.
Para engajar, tenho de servir de exemplo e, para tanto, preciso me desenvolver. 
Essa tarefa passa pela difícil percepção que tenho de mim mesmo (autopercepção).
 
“Não vemos as coisas como são: vemos as coisas como somos.” (Anaïs Nin)
Autoliderança
Autoliderança: onde tudo começa.
Não basta ter talento, habilidade e boas oportunidades.
Autoconhecimento e autoliderança: fundamentos básicos para quem busca tornar-se um ser humano e líder melhor.
 Quem é você? 
Quais são seus pontos fortes e pontos fracos? 
Aonde você quer chegar? 
Você tem respostas objetivas para essas perguntas?
É fundamental investir nessa direção.
“Nada é mais conclusivo para provar a capacidade de liderança de um homem que as ações empreendidas, dia após dia, para liderar a si mesmo.” (Thomas J. Watson, ex-diretor da IBM)
Autoliderança
Liderar pessoas não é uma tarefa simples.
Não existe resistência maior do que liderar a si mesmo. O próprio líder é o seu maior inimigo.
A autoliderança é uma das ações que mais exige equilíbrio, determinação e disciplina por parte do líder. 
Os desafios começam na própria essência do ser humano. Alguns desafios:
A visão que temos de nós mesmos, na maioria das vezes, não é realista (não somos o que pensamos ser).
 
Somos capazes de formular conceitos sobre outros, mas não sobre nós mesmos.
Julgamos os outros por suas ações e a nós mesmos pelas intenções (justificar nossos erros e amenizar resultados negativos por nossas boas intenções).
Você se identifica com alguma dessas características? 
Por isso o autoconhecimento e a autoliderança são importantes para o líder: antes de conhecer e liderar os outros, precisa 
fazê-lo a si mesmo.
Autoliderança
A jornada do crescimento, da liderança e do sucesso começa pelo lado de dentro.
Disciplina: a base da autoliderança (dedicar tempo para refletir sobre si mesmo não é natural em nossos dias). 
Rotina diária: não favorece oportunidades para reflexão.
Ter determinação firme e dedicar tempo a nós mesmos.
Disciplinarmo-nos para praticar a autoliderança. A rotina dificilmente permitirá que seja uma prioridade.
É preciso driblar a falta de tempo e estabelecer momentos de calmaria, reflexão, concentração e introspecção. 
“Não tenho tempo” = “Isso não é prioridade para mim”. 
Tudo aquilo que é realmente importante para nós sempre tem um espaço em nossa agenda. 
Portanto, se você entende que a autoliderança é importante para o seu desenvolvimento como líder e ser humano, encontrará tempo para praticá-la.
Aumente seu autoconhecimento perguntando àqueles com quem interagimos sobre como eles nos percebem. A visão que temos de nós mesmos não é tão realista assim. Como os outros nos percebem?
A palavra-chave é percepção: não somos avaliados apenas pelo que fazemos, mas principalmente pelo que as pessoas percebem sobre a intenção que temos naquilo que fazemos. 
Por exemplo: um líder crê que sua equipe está sobrecarregada, por isso não delega tarefas e decide fazê-las ele mesmo. Apesar da boa intenção, pode causar a percepção de que ele não confia na equipe. Percebe?
A comunicação é o melhor caminho para uma boa (auto)liderança!
Converse com pessoas: mostre-se disposto a ouvi-las sobre o que pode ser mudado, melhorado e potencializado. Isso é fundamental para melhorar o autoconhecimento do líder. Pode “doer” um pouco ouvir determinados comentários, porém, se esse autoconhecimento vier acompanhado de autoliderança, planos de ação e disciplina para colocá-los em prática, o resultado será extraordinário.
Perguntas poderosas que nos ajudam
Propósito de vida: qual é o meu propósito de vida? Por que eu estou neste lugar? Estou caminhando na direção certa? O que me completa e me deixa realizado? Por que acordo todas as manhãs?
Visão de futuro: aonde quero chegar? Para onde estou levando minha equipe? Minha equipe sabe para onde está indo?
Crescimento pessoal: eu dedico tempo suficiente para me conhecer melhor? Eu estou investindo em mim? 
 
Eficácia: eu conheço meus pontos fortes e pontos fracos? Eu valorizo meus pontos fortes?
Paixão: eu faço o que amo e amo o que faço?
Legitimidade: os objetivos que tenho traçado são legítimos para mim, para meus liderados e para a organização?
Motivações: eu estou sinceramente interessado na vida e no desenvolvimento das pessoas ao meu redor?
Reconhecimento: tenho pessoas me seguindo ou apenas subordinados?
Liderança: eu procuro ser um exemplo para as outras pessoas? Eu as influencio, inspiro e sirvo? Meus liderados estão se tornando melhores seres humanos e profissionais? Eles vivem com equilíbrio e trabalham com entusiasmo? Eu me seguiria? Eu gostaria de ser liderado por mim?
Legado: estou criando um futuro melhor? Estou formando novos líderes?
 
Perguntas poderosas que nos ajudam
Autoconhecimento e autoliderança
Autoconhecimento e autoliderança ajudam a estabelecer prioridades corretas, buscar inspiração, conquistar motivação, mantero equilíbrio em meio às crises, dominar o ego e manter o foco naquilo que é realmente importante. 
Por isso, conhecer e liderar a si mesmo é o primeiro passo para liderar os outros! 
 
CONCLUSÃO: 
Como dá para perceber, essa é a jornada de quem quer se aventurar na procura de si mesmo, com base no aforismo grego: “Conhece-te a ti mesmo”. O líder deve ser alguém que inspire as pessoas a fazerem o mesmo, pois não é apenas um formador de pessoas, mas, principalmente, um formador de líderes!
Questão para reflexão
	 Você já se preocupou 	
	com sua autoliderança?
	
	
Questão para reflexão – Sugestão
O melhor “livro-texto” a consultar para ajudar nessa resposta é você mesmo!
ATÉ A PRÓXIMA!

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