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Apostila - Disfunções Cinesiológicas e Biomecânicas da Coluna Vertebral

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1 
 
 
DISFUNÇÕES CINESIOLÓGICAS E BIOMECÂNICAS DA 
COLUNA VERTEBRAL 
1 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 3 
2. CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA DA COLUNA VERTEBRAL ........................... 4 
2.1 Músculos da Coluna ....................................................................................... 9 
2.2 Biomecânica da Coluna Vertebral ................................................................ 16 
2.3 Biomecânicas os Movimentos e a Cinesiologia............................................ 22 
2.4 Biomecânica da Coluna Lombar .................................................................. 25 
3. A COLUNA VERTEBRAL - O QUE VOCÊ PRECISA SABER ............................ 28 
3.1 Doenças da Coluna Vertebral ...................................................................... 31 
3.2 Principais Disfunções Posturais ................................................................... 32 
3.3 Principais Disfunções Causadoras de Lombalgia ........................................ 36 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 41 
 
 
2 
 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, 
em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo 
serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
A coluna vertebral se estende desde a base do crânio até a extremidade caudal 
do tronco. É constituída de 33 ou 34 vértebras superpostas e intercaladas por discos 
intervertebrais. As vértebras sacras soldam-se entre si, constituindo um único osso 
sacro, assim como as coccígeas, que formam o cóccix. A pelve é a base da coluna é 
onde os membros inferiores se articulam. Superiormente, articula-se com o osso 
occipital e inferiormente, com o Ilíaco. É dividida em quatro regiões: Cervical, Torácica, 
Lombar e Sacrococcígea. 
 A coluna vertebral apresenta três funções básicas: 
 Suporte 
 Proteção da medula espinhal no canal vertebral. 
 Movimento, as vértebras articuladas entre si oferecem toda mobilidade da 
coluna vertebral. 
A função primária da coluna vertebral é mecânica: proporcionar ao corpo certa 
rigidez longitudinal, permitindo movimento entre suas partes. Secundariamente, 
constitui uma base firme para sustentação de estruturas anatômicas como costelas e 
músculos abdominais, permitindo a manutenção de cavidades corporais com forma e 
tamanho relativamente constantes, além de envolver a medula espinha. 
O movimento entre duas vértebras envolve sempre três articulações: o disco 
intervertebral, na frente, e as duas articulações facetarias atrás. Esses movimentos 
são muito limitados, mas a soma da pequena mobilidade de cada segmento faz com 
que a coluna como um todo possa mover-se amplamente em todas as direções. 
As disfunções da coluna vertebral formam um grupo de patologias que atinge 
a humanidade. Diz-se que 90% da população sofrem ou sofrerão com algum problema 
de coluna. 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA DA COLUNA VERTEBRAL 
 
Figura 1 
 
Fonte: Google 
 
A coluna é um complexo que apresenta seis graus de liberdade, realizando os 
movimentos de: Flexão, extensão, inclinação lateral direita, inclinação lateral 
esquerda, rotação direita, rotação esquerda. 
Os tecidos Moles (músculos, ligamentos, cápsulas, tendões, discos) são eles 
que dão a flexibilidade para coluna vertebral. A coluna é o eixo central do corpo. 
Movimentos das Vértebras 
Flexão (Inclinação anterior) 
 Deslizamento. 
 Compressão 
 Tensão 
Extensão (inclinação posterior) 
 Deslizamento 
 Compressão 
 Tensão 
Inclinação Lateral (Direita e Esquerda). 
 Deslizamento 
 Inclinação 
 Compressão 
 Tensão 
 Rotação: 
5 
 
 
Cervical: Rotação do mesmo lado. 
Torácica: Rotação do lado oposto. 
4ºLombar: Rotação do lado oposto. 
5ºLombar: Rotação do mesmo lado. 
 
Rotação (Direita e Esquerda) 
 Deslizamento 
 Compressão 
 Tensão 
 Inclinação 
 
Curvaturas Fisiológicas. 
 A coluna apresenta várias curvaturas consideradas fisiológicas. 
 Lordose Cervical: convexidade voltada ,anteriormente. 
 Cifose Torácica: convexidade voltada, posteriormente. 
 Lordose Lombar: convexidade, voltada anteriormente. 
 Cifose Sacral: convexidade voltada, posteriormente. 
 
Todo ser apresenta uma curvatura lateral meio acentuada sendo normal de 5º 
a 10º, se essa curvatura ultrapassar essa média considerada normal já é uma 
curvatura Patológica. 
 
Escoliose 
Figura 2 
 
Fonte: Google 
6 
 
 
A escoliose é um desvio da coluna vertebral para a esquerda ou direita, 
resultando em um formato de "S". É um desvio da coluna no plano frontal 
acompanhado de uma rotação e de uma gibosidade (corresponde a uma latero-flexão 
vertebral). A escoliose é uma deformidade vertebral de diversas origens. Os seres 
humanos Brevilinos (pessoas com estatura baixa) apresentam maior mobilidade na 
coluna vertebral, 94% apresentam curvaturas mais acentuadas. Os longilíneos 
(pessoas com estatura alta) apresentam menor mobilidade na coluna vertebral, 96% 
apresentam curvaturas menos acentuadas. 
 
Discos Intervertebrais 
 
Figura 3 
 
Fonte: Google 
 
Entre um corpo vertebral e outro, servindo como um amortecedor anatômico 
perfeito encontramos os Discos Intervertebrais. O disco intervertebral é formado por 
duas partes: uma central o núcleo pulposo e uma parte periférica o anel fibroso. O 
núcleo pulposo tem aspecto gelatinoso, constituído por polissacarídeos e 88% de 
água. O núcleo não é inervado nem vascularizado. O anel fibroso é constituído por 
uma sucessão de camadas concêntricas, cuja obliquidade é cruzada quando se passa 
de uma camada para outra. Contata-se que na periferia do anel, as fibras são verticais 
e vão se horizontalizando à medida que se aproximam do núcleo. 
O núcleo pulposo tem como características a hidrofílica, ou seja, há a tendência 
em absorção de água, sobretudo com a diminuição das pressões exercidas sobre o 
7 
 
 
disco. Assim é que, deitado e em repouso, há um aumento da espessura do disco 
enquanto que, em carga, este disco tende a achatar-se. O anel fibroso do disco 
aprisiona o núcleo enquanto que, disco lesado faz com que o núcleo escape pelas 
rachaduras do anel. 
O disco comporta-se da seguinte forma nos movimentais: em compressão 
axial, o núcleo tem tendência a espalhar-se lateralmente. Em alongamento axial, há a 
tendência de retorno da sustância gelatinosa. Em flexão, o núcleo migra para trás. Em 
extensão, para frente. Em inclinação lateral, para o lado oposto e, em rotação, o 
núcleo é comprimido e esmagado e tende a infiltrar-se por todas as falhas do sistema 
do anel fibroso. 
 
Biomecânica do Disco Intervertebral 
 
Figura 4 
 
 
Fonte: Google 
 
 
 
 
8 
 
 
Flexão (Inclinação anterior) 
 Deslizamento. 
 Compressãona porção anterior do disco (anel fibroso) deslocamento do núcleo 
para o lado oposto da inclinação, 
 Tensão na porção posterior do disco. 
 Desabitação (afastamento das facetas articulares). 
 Os tecidos moles da porção anterior implicam no movimento. 
 
Extensão (inclinação posterior) 
 Deslizamento 
 Compressão na porção posterior do disco (anel fibroso) deslocamento do 
núcleo para o lado oposto da inclinação. 
 Tensão na porção anterior do disco. 
 Pequena imbricação (aproximação das facetas articulares). 
 Os tecidos moles da porção posterior implicam no movimento. 
 
Hiperextensão 
 Deslizamento 
 Compressão na porção posterior do disco (anel fibroso) deslocamento do 
núcleo para o lado oposto da inclinação. 
 Tensão na porção anterior do disco. 
 Imbricação (aproximação das facetas articulares). 
 Toque das estruturas ósseas, (processos espinhosos e facetas articulares). 
 Os tecidos moles da porção posterior implicam no movimento. 
 
Inclinação Lateral (Direita e Esquerda) 
 Deslizamento 
 Compressão na porção lateral do disco (anel fibroso) deslocamento do núcleo 
para o lado oposto da inclinação. 
 Tensão na porção oposta da inclinação. 
 
Rotação 
Cervical: Rotação do mesmo lado. 
Torácica: Rotação do lado oposto. 
9 
 
 
4ºLombar: Rotação do lado oposto. 
5ºLombar: Rotação do mesmo lado. 
Desabituação afastamento das facetas articulares na porção oposta da 
inclinação. 
Imbricação aproximação das facetas articulares na porção da inclinação. 
Os tecidos moles do lado oposto limitam o movimento. 
 
Rotação (Direita e Esquerda) 
 Deslizamento 
 Compressão na porção do movimento. 
 Tensão na porção oposta a rotação. 
 Desabituação as facetas articulares se afastam. 
 Inclinação vertebral no lado da rotação. 
 Os tecidos moles do lado oposto limitam o movimento. 
 
1.1. Músculos da Coluna 
 
Figura 5 
 
Fonte: Google 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
Músculos Posteriores Camada Profunda (Paravertebrais) 
Os músculos paravertebrais (semi-espinhais, multifidos, rotadores, 
interespinhais, intertransversários) atuam na cadeia posterior do tronco de forma 
estática, tendo a função principal de manter o tronco ereto durante todo o tempo que 
estamos em pé ou sentados.Os músculos paravertebrais são músculos lordosantes 
puxam a coluna para a frente. 
 
Músculos Posteriores Camada Profunda (Eretores) 
Os músculos Eretores (iliocostais, longuíssimos do tórax e Espinhais) atuam na 
cadeia posterior do tronco de forma dinâmica, tendo função principalmente de manter 
a coluna nos movimentos. 
 
Músculos Antero - laterais (Abdominais) 
O grupo dos abdominais (reto do abdome, oblíquos superior e inferior, 
transveso do abdome) atua na cadeia anterior do tronco são os músculos unicamente 
dinâmicos do tronco, responsáveis pelo movimento e estabilidade, sendo importante 
mantê-los fortalecidos e resistentes (parte superior, inferior e oblíquos). 
 
Músculos Adicionais. 
Os músculos adicionais são os músculos Íliopsosas e o Quadrado Lombar. 
 
Principais Ligamentos da Coluna Vertebral: 
 Ligamento Amarelo: Limita a flexão. 
 Ligamento Interespinhais e supra-espinhais: Limita a flexão. 
 Ligamento Intertransversários: Limita a flexão lateral contralateral. 
 Ligamento Longitudinal anterior: Limita a extensão ou lordose excessiva das 
regiões cervical e lombar. 
 Ligamento Longitudinal posterior: Limita a flexão, reforça o anel fibroso 
posteriormente. 
 Cápsula das articulações dos processos articulares: Fortalece e suporta a 
articulação dos processos articulares. 
 
 
 
11 
 
 
Medula Espinhal e Meninges 
Anatomia. 
 
Sistema Nervoso Central: Cérebro e Medula Espinhal, a medula espinhal tem 
origem no crânio e se estende até o final do canal vertebral. 
O sistema nervoso é envolto por membranas conjuntivas denominadas 
meninges que são classificadas como três: dura-máter, aracnóide e pia-máter. 
 
Dura-máter: É a meninge mais superficial, espessa e resistente, formada por 
tecido conjuntivo muito rico em fibras colágenas, contendo nervos e vasos. É formada 
por dois folhetos: um externo e um interno. 
 
Aracnóide: É uma membrana muito delgada, justaposta à dura-máter, da qual 
se separa por um espaço virtual, o espaço subdural, contendo uma pequena 
quantidade de líquido necessário á lubrificação das superfícies de contato das 
membranas. A aracnóide separa-se da pia-máter pelo espaço subaracnóideo que 
contem líquor. 
 
Pia-máter:É a mais interna das meninges, aderindo intimamente à superfície 
do encéfalo e da medula. A pia-máter dá resistência aos órgãos nervosos, pois o 
tecido nervoso é de consistência muito mole. 
 
Sistema Nervoso Periférico: É formado pelas raízes nervosas, são elas as 
responsáveis por levar e trazer todas as informações e conduzem para o SNC. 
As raízes nervosas inervão os órgãos e músculos. 
Qualquer movimento na coluna vertebral gera uma tensão na Raiz Nervosa 
oposta ao movimento. 
Problemas na coluna podem estar relacionados com alguns órgãos, por causa 
das raízes nervosas que inervão aquele órgão, no seu trajeto esta havendo alguma 
compressão. 
 
 
 
 
12 
 
 
Biomecânica da Medula Espinhal 
 
Flexão (inclinação anterior) 
 Aumento do canal vertebral 
 A medula é alongada no lado do movimento. 
 Tensão nas raízes nervosas oposta ao movimento. 
 
Extensão (inclinação posterior) 
 Diminuição do canal vertebral 
 Medula espinhal relaxada. 
 Tensão nas Raízes nervosas oposta ao movimento. 
 
Inclinação Lateral (Direita e Esquerda) 
 Lado da inclinação, medula espinhal relaxada. 
 Lado oposto da inclinação, medula espinha alongada. 
 Tensão nas Raízes Nervosas oposta ao movimento 
 
Rotação (Direita e Esquerda) 
 Lado da inclinação, medula espinhal relaxada. 
 Lado oposto da inclinação, medula espinha alongada. 
 Tensão nas Raízes Nervosas oposta ao movimento 
 
A cintura Pélvica e as Articulações Sacrilíacas 
A cintura pélvica éformado pela união dos ossos, ílio, ísquio e púbis. Os ossos 
ilíacos direito e esquerdo articulam-se anteriormente um com um outro na sínfise 
púbica e posteriormente com o sacro por meio das articulações sacroiliacas. Ocorre 
uma leve movimentação nessas três articulações para atenuar as forças à medida que 
elas são transmitidas através da região pélvica, mas a pelve basicamente funciona 
como uma unidade em cadeia fechada. 
A cintura pélvica apresenta quatro articulações; sacroiliaca, sínfise púbica e 
sacrococcígea. 
 
 
 
13 
 
 
Alinhamento Pélvico 
Para determinar o alinhamento pélvico normal na posição ereta podem-se 
adotar dois planos de referência: Vista lateralmente, uma linha vertical deve coincidir 
com a sínfise púbica e as espinhas ilíacas antero-superiores. Uma linha horizontal 
deve coincidir a espinha ilíaca antero-superior e a espinha ilíaca postero-superior. 
 
Biomecânica da Pelve 
 
Figura 6 
 
Fonte: Google 
 
A pelve é o elo de ligação entre a coluna e os membros inferiores. O movimento 
da pelve causa o movimento das articulações dos quadris e da coluna lombar. A 
musculatura do quadril causa o movimento pélvico por meio da ação reversa. Os 
músculos flexores do quadril causam uma inclinação pélvica anterior; os músculos 
extensores do quadril, uma inclinação pélvica posterior, e os músculos abdutores e 
adutores causam uma inclinação pélvica lateral. Os músculos rotadores causam a 
rotação pélvica. Para prevenir a movimentação pélvica excessiva quando o fêmur se 
move na articulação do quadril, a pelve precisa ser estabilizada pelos músculos 
abdominais, eretor da espinha, multifido e quadrado lombar. 
 
Inclinação pélvica anterior (Anteroversão) 
As espinhas ilíacas antero-superiores da pelve movem-se nas direções anterior 
e inferior e, desse modo, se aproximam da face anterior do fêmur à medida que a 
pelve roda para frente em torno do eixo transverso das articulações do quadril.Isso 
resulta em flexão do quadril e aumento da extensão lombar da coluna. 
14 
 
 
-Os músculos que causam esse movimento são os flexores do quadril 
(Iliopsoas, Reto femoral, Sartório e Tensor da Fáscia Lata) e extensores da coluna. 
 
Inclinação Pélvica Posterior (Retroversão) 
As espinhas ilíacas póstero-superiores da pelve movem-se posteriormente e 
inferiormente, aproximando-se assim da face posterior do fêmur à medida que a pelve 
roda para trás em torno do eixo das articulações dos quadris. Isso resulta em extensão 
do quadril e flexão da coluna lombar. 
-Os músculos que causam esse movimento são os extensores do quadril (Reto 
do abdome e oblíquos externo e interno, Glúteo máximo, Glúteo médio, Isquiotibiais) 
e flexores do tronco. 
 
Inclinação Pélvica Lateral 
O movimento pélvico no plano frontal resulta em movimentos opostos em cada 
articulação do quadril. O movimento pélvico é definido pelo que está ocorrendo na 
crista ilíaca da pelve do lado oposto ao membro que está se apoiando o peso (ou seja, 
o lado da pelve que está se movendo). Quando a pelve se eleva, isso é chamado 
elevação do quadril; quando se abaixa, é chamado queda do quadril ou da pelve. No 
lado que está elevado, ocorre adução do quadril; no lado que está abaixado, ocorre 
abdução do quadril. Quando se está em pé a coluna lombar flexiona lateralmente em 
direção ao lado da pelve elevada. 
Os músculos que promovem a inclinação pélvica lateral incluem o quadrado 
lombar no lado da pelve elevada e a tração muscular reversa do glúteo médio no lado 
da pelve abaixada. 
 
Rotação Pélvica 
A rotação ocorre em torno de um membro inferior que está fixado no solo. O 
membro inferior sem apoio balança para a frente ou para trás com a pelve. Quando o 
lado da pelve que não está apoiado se move para frente, isso é chamado Rotação 
anterior da pelve. O tronco roda simultaneamente na direção oposta, enquanto o 
fêmur sobre o lado estabilizado roda internamente. Quando o lado da pelve sem apoio 
se move para trás, isso é chamado Rotação posterior, o fêmur sobre o lado 
estabilizado roda externamente, ao mesmo tempo em que o tronco roda na direção 
oposta. 
15 
 
 
Esse movimento é realizado pelo músculo Iliopsoas. 
Alterações Posturais da Pelve 
Alteração Postural em anteroversão pélvica 
A pelve inclina-se para frente diminuindo o ângulo entre a pelve e a coxa 
anteriormente, resultando em flexão da articulação do quadril, assim a coluna inferior 
irá se arquear para frente criando um aumento na curvatura para frente (lordose) da 
coluna lombar. Sendo que esta alteração pode ocorrer pela fraqueza dos músculos 
abdominais (retos e oblíquos). 
 
Alteração Postural de inclinação pélvica lateral 
A pelve se inclina lateralmente e um lado fica mais alto que o outro assim as 
curvaturas da coluna lombar ficam com uma convexidade em direção ao lado baixo 
(escoliose), desta forma a perna do mesmo lado fica em “adução postural” e a posição 
do quadril faz com que uma perna fique aparentemente mais longa que a outra. Essa 
alteração postural pode ser provocada pela retração unilateral do tensor da fáscia lata 
e bandailiotibial, que provocará inclinação para o lado da retração, e/ou pela fraqueza 
dos abdutores do quadril e glúteo médio de um lado que farão com que a pelve se 
incline para baixo e para o lado mais baixo. 
 
Alteração postural de rotação pélvica 
A hemipelve em relação ao lado oposto, pode ser provocada pela contratura do 
músculo iliopsoas, e geralmente acompanha uma inclinação pélvica lateral para 
frente, do lado em que o quadril está alto. 
Cintura Pélvica – Músculos Motores e Estabilizadores da Pelve. 
Músculos Intrínsecos. 
Os músculos Intrínsecos do assoalho pélvico são compostos pelos Diafragmas 
Urogenital e Pélvico, esses músculos fecham inferiormente a pelve óssea. 
Os músculos intrapélvicos são os músculos obturador interno e piriforme que 
recobrem a parede óssea da cavidade pélvica, esses músculos apresentam atividades 
involuntárias (reflexas) e atividades voluntárias como o controle da micção, da 
defecação, da nidação, dos esfíncteres vesicais e anais durante tosse e espirro além 
de sustentar as vísceras intrapélvicas. 
 
16 
 
 
1.2. Biomecânica da Coluna Vertebral 
 
Biomecânica, a aplicação dos princípios mecânicos nas funções do corpo 
humano, nos ajuda a entender como os componentes da coluna vertebral, ossos e 
partes moles, contribuem, individualmente e juntos, para manter a estabilidade da 
coluna vertebral e, também, como, as doenças degenerativas, traumas, tumores 
podem interferir na estabilidade da coluna. 
As principais funções da coluna vertebral são proteger a medula espinal e 
raízes espinhais, prover movimento ao tronco e manter a posição ortostática (de pé) 
alinhada e equilibrada. 
A unidade funcional da coluna vertebral (Figura a seguir), composta pelo corpo 
vertebral, arco posterior (apófises espinhosas e transversas), disco intervertebral, 
ligamentos e músculos de duas vértebras adjacente é a estrutura fundamental para 
manter a estabilidade e movimento da coluna vertebral. 
 
Figura 7: Unidade Funcional da Coluna vertebral 
 
 
Fonte: Google 
 
A unidade funcional da coluna vertebral executa vários movimentos isolados e 
integrados (Figura a seguir). Os discos e ligamentos contribuem, estruturalmente, na 
realização do movimento, mas tem uma segunda função, também muito importante. 
Agem como informantes do sistema nervoso central, funcionando como sensores de 
17 
 
 
ajustes dos movimentos, controlando o grau de atividade muscular e a coordenação 
fina de cada tarefa motora. 
 
Figura 8: Movimentos da coluna vertebral 
 
Fonte: Google 
 
A estabilidade da coluna vertebral é o requisito básico para proteger as 
estruturas nervosas e prevenir a deterioração mecânica precoce dos componentes da 
coluna vertebral. 
Para ficarmos em pé, há necessidade que a linha de gravidade se projete entre 
nossos pés e a coluna vertebral é muito importante neste processo de equilíbrio 
(Figura a seguir), pois é o eixo rígido de suporte do tronco e abdômen. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
 
Figura 9: Relação entre Coluna Vertebral e Linha de Equilíbrio 
 
Fonte: Google 
 
Instabilidade vertebral é o aumento do grau de movimento em um ou mais 
segmentos e pode estar associada com a ocorrência de dor local ou irradiada para os 
membros. A instabilidade pode ser avaliada por uma radiografia dinâmica da coluna 
vertebral (Figura a seguir). 
 
Figura 10: Movimento de Flexão, Posição neutra e Extensão da coluna cervical 
 
Fonte: Google 
 
19 
 
 
A estabilidade da coluna vertebral depende de três sistemas 
1. Passivo 
a. Arquitetura vertebral e densidade mineral óssea 
b. Discos intervertebrais 
c. Facetas articulares 
d. Ligamentos 
e. Curvas fisiológicas da coluna 
 
2. Músculos e tendões 
3. Controle do sistema nervoso central 
 
Figura 11: Sistema Integrado Controle Estabilidade Coluna Vertebral 
 
 
Fonte: Google 
 
A manutenção passiva da estabilidade depende da integridade das estruturas 
envolvidas: osso, disco intervertebral e ligamentos. Os músculos formam o sistema 
ativo de manutenção da estabilidade, agindo de forma dinâmica durante a execução 
dos movimentos. O sistema nervoso central recebe e processa as informações 
periféricas, fazendo os ajustes necessários para manter a estabilidade. 
A perda da densidade mineral óssea, vista na osteopenia ou osteoporose, pode 
levar à instabilidade, porque os ossos, enfraquecidos, não conseguem suportar as 
cargas geradas pelas atividades diárias. Também, as lesões degenerativas ou 
traumáticas dos ossos e das outras estruturas podem causar instabilidade. 
20 
 
 
A instabilidade degenerativa, que pode acometer discos e articulações 
interapofisárias, é considerada uma das principais causas de dor na coluna vertebral. 
No entanto, a avaliação da instabilidade aindaé difícil nos ambientes clínicos e pelas 
imagens. As avaliações por imagem: radiografias, tomografias e ressonância 
magnética são exames estáticos, que mostram as alterações estruturais, mas não 
mostram a relação da instabilidade com a dor. Assim, a avaliação clínica da dor: tipo, 
local, fatores de melhora e piora e da condição funcional do paciente associada à 
avaliação por imagem é determinante para o diagnóstico mais acurado de cada caso. 
A coluna vertebral, na posição de pé, durante as atividades regulares suporta 
até duas vezes o peso corporal. Durante a elevação de um peso do chão, esta 
sobrecarga pode chegar até a cinco vezes o peso do corpo. 
As pressões geradas dentro do disco intervertebral durante a realização das 
atividades de vida diária podem ser vistas na Figura a seguir. Considera-se a pressão 
intradiscal igual a 100%, quando a pessoa está de pé. As demais variações nas 
diferentes posições são dadas em relação a esta medida. 
 
Figura 12: Pressão intradiscal (porcentagem) de acordo com a posição e atividade realizada 
 
Fonte: Google 
 
A pressão intradiscal na posição em pé é menor que na posição sentada (Figura 
a seguir). Observar, também, que manter o tronco ereto na posição sentada diminui a 
21 
 
 
pressão intradiscal. Uma boa orientação, para dminuir a pressão intradiscal é sentar 
com apoio nas costas, mantendo o tronco ereto. 
 
Figura 13: Pressão intradiscal em pé, deitada e sentada com e sem tronco ereto 
 
 
Fonte: Google 
 
Uma dica muito importante, para manter a saúde e estabilidade da coluna 
vertebral é aprender como fazer a inclinação anterior do tronco e como levantar um 
peso do chão. 
Recomendações 
1. Se puder evitar, não levante um objeto pesado e grande do chão, esta atitude 
protege sua coluna lombar. 
2. Tome sempre cuidado quando for inclinar o seu tronco para frente, procure 
fazer o movimento de forma lenta e controlada. 
3. Procure não fazer o movimento de rotação do tronco associado com a 
inclinação anterior ou posterior. 
4. Mas, se você tiver mesmo que levantar um objeto de altura mais baixa, NUNCA 
INCLINE O TRONCO para frente com as pernas estendidas, sempre faça uma flexão 
com as pernas (Figura a seguir). 
 
 
 
 
22 
 
 
Figura 14: Movimento certo e errado para levantar um peso do chão 
 
 
Fonte: Google 
 
Lembrar sempre que a inclinação anterior do tronco associada com peso 
levantado causa uma enorme pressão dentro do disco intervertebral e acarreta sérios 
riscos de lesão. 
Além disso, manter uma coluna estável sem dores e limitações depende de 
uma boa condição muscular. Músculos fortes são importantes para manter a 
flexibilidade, o movimento e a estabilidade, principalmente pelo seu papel de 
informante do sistema nervoso central. 
Além disso, manter uma coluna estável sem dores e limitações depende de 
uma boa condição muscular. Músculos fortes são importantes para manter a 
flexibilidade, o movimento e a estabilidade, principalmente pelo seu papel de 
informante do sistema nervoso central. 
 
 
1.3. Biomecânicas os Movimentos e a Cinesiologia 
 
A biomecânica lida com os movimentos e a cinesiologia, considerando a 
anatomia em relação aos movimentos do corpo. O conhecimento sobre a biomecânica 
é importante para a compreensão do desenvolvimento e para o tratamento das 
deformidades vertebrais. 
A translação e o movimento linear ocorrem sobre um único eixo, mas a rotação 
ocorre sobre o eixo longo de uma estrutura ou sobre seu centro de rotação. Na coluna 
23 
 
 
vertebral, frequentemente, esses movimentos são associados, por exemplo: 
movimentos laterais de coluna são acompanhados de um movimento rotacional. 
Já quando ocorre falha nos mecanismos estabilizadores da coluna, ocorrerão 
possíveis deformidades vertebrais levando a alterações do eixo e comprimento da 
coluna vertebral. 
 
Movimentos da coluna vertebral 
 
Figura 15 
 
Fonte: Google 
 
Os movimentos da coluna são, em geral, o somatório de pequenos movimentos 
de vértebras adjacentes, resultando em ampla extensão da mobilidade da coluna 
como um todo. 
 
Flexão 
A flexão da coluna requer o relaxamento do ligamento longitudinal anterior e o 
estiramento dos ligamentos supraespinhal, infraespinhal e ligamento posterior. 
Na flexão, a cabeça e o tronco movem-se em direção anterior. Na parte superior 
das costas, a coluna normalmente se curva convexamente para trás. A flexão 
aumenta essa curva, resultando em um arredondamento da parte superior das costas. 
Em virtude do tamanho dos corpos vertebrais e da presença das costelas, ela será 
reduzida no segmento torácico da coluna. A flexão, pela inclinação da cabeça para 
frente, geralmente resulta apenas em retificação da coluna cervical. 
Semelhantemente, na região lombar, a coluna curva-se convexamente para frente, 
retificando-se, e a região mostra-se plana. 
 
 
 
24 
 
 
Extensão 
A extensão da coluna estira o ligamento longitudinal anterior e relaxa os 
ligamentos posteriores. 
Na extensão da coluna, a cabeça e o tronco movem-se em direção posterior. 
Seria uma flexão posterior. No pescoço e região lombar, a extensão resulta em um 
aumento nas curvaturas normais à medida que a coluna vertebral dobra-se para trás. 
Já na região torácica superior e média ela resulta em uma diminuição da curva normal 
e retificação da coluna, de vez que esta parte não se dobra para trás onde a grande 
inclinação dos processos espinhosos bloqueia o movimento.Flexão lateral 
A flexão lateral não é um movimento puro, pois ocorre em concordância com 
elementos de rotação em alguns segmentos da coluna. O alcance deste movimento é 
limitado pelos ligamentos circunjacentes. 
 
Pode ser à direita ou à esquerda. É o mais limitado dos movimentos cervicais, 
ampliando-se quando conjugada a rotação de cabeça. É máxima no segmento lombar 
da coluna e reduzida no segmento torácico. 
 
Rotação 
Resulta da soma de pequenas torções entre vértebras adjacentes, permitidas 
por seus discos intervertebrais e a natureza das respectivas articulações sinoviais. Em 
movimentos combinados a rotação amplia-se. No segmento cervical, ela é máxima 
quando combinada com flexão lateral. Existe na região torácica, mas é mínima na 
lombar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
 
1.4. Biomecânica da Coluna Lombar 
 
Figura 15 
 
Fonte: Google 
A função primária da coluna vertebral é mecânica: proporcionar ao corpo certa 
rigidez longitudinal, permitindo movimento entre suas partes. Secundariamente, 
constitui uma base firme para sustentação de estruturas anatômicas como costelas e 
músculos abdominais, permitindo a manutenção de cavidades corporais com forma e 
tamanho relativamente constantes, além de envolver a medula espinhal (Vasconcelos, 
2004). 
O movimento entre duas vértebras envolve sempre três articulações: o disco 
intervertebral, na frente, e as duas articulações facetárias atrás. Esses movimentos 
são muito limitados, mas a soma da pequena mobilidade de cada segmento faz com 
que a coluna como um todo possa mover-se amplamente em todas as direções 
(Abreu, 2009). 
 
Movimentos Articulares da Coluna Lombar 
A coluna lombar em sua amplitude movimento normal realiza movimentos de 
(Hoppenfeld, 1987): 
• Flexão lombar; 
• Extensão lombar; 
• Inclinação lateral à direita; 
• Inclinação lateral à esquerda. 
26 
 
 
O movimento de flexão da coluna lombar ocorre no plano sagital. O músculo 
retoabdominal é o flexor primário do tronco, auxiliado pelos músculos oblíquo interno 
e externo do abdômen. Durante esse movimento a vértebra superior desliza 
anteriormente e o núcleo pulposo do disco intervertebral se desloca posteriormente, 
tensionando as fibras posteriores do anel fibroso. A amplitude articular de movimento 
normal vai de 0° a 90° (Hoppenfeld, 1987). 
 
Movimento de Flexão da Coluna Verbal 
O movimento de extensão da coluna lombar ocorre no plano sagital. Os 
extensoresdo tronco são os músculos eretores da espinha, que incluem o iliocostal 
torácico, o longuíssimo dorsal, o espinhal torácico e o iliocostal lombar. Durante esse 
movimento a vértebra superior desliza posteriormente e o núcleo pulposo do disco 
intervertebral se desloca anteriormente, tensionando as fibras anteriores do anel 
fibroso. A amplitude articular de movimento normal vai de 0° a 35° (Hoppenfeld, 1987). 
 
Movimento de Extensão da Coluna Lombar 
O movimento de Inclinação lateral direita e esquerda da coluna lombar (figura 
24) ocorre no plano frontal. Os músculos principais desse movimento são os oblíquos, 
interno e externo do abdome e o quadrado lombar do lado do movimento. Durante 
esse movimento a vértebra superior se inclina para o lado da concavidade, o núcleo 
pulposo se desloca levemente para o lado da convexidade. A amplitude articular de 
movimento normal vai de 0° a 40° (Hoppenfeld, 1987). 
Movimento e Inclinação Lateral Direita e Esquerda Os principais movimentos, 
amplitudes articulares normais e músculos envolvidos na biomecânica da coluna 
lombar. 
• Flexão: A vértebra superior desliza anteriormente e o núcleo pulposo se 
desloca posteriormente, amplitude articular de 0° a 90°. Músculos envolvidos: Reto 
abdominal (principal), Oblíquo interno e externo do abdômen (acessórios). 
• Extensão: A vértebra superior desliza posteriormente e o núcleo pulposo se 
desloca anteriormente, amplitude articular de 0° a 35°. Músculos envolvidos: Eretos 
da espinha (iliocostal torácico, longuíssimo dorsal, espinhal torácico e lombar). 
• Inclinação lateral: A vértebra superior se inclina para o lado da concavidade, o 
núcleo pulposo se desloca para o lado de convexidade, amplitude articular de 0 a 40°. 
27 
 
 
Músculos envolvidos: Oblíquo interno e eterno do abdome, Quadrado do lado do 
movimento. 
 
Biomecânica da Postura Reta 
A postura ereta (em pé) é um posicionamento altamente fatigante, adotado 
pelos indivíduos em grande parte de sua jornada diária de vida. Se a coluna lombar 
permanece numa posição estática ereta por um longo período de tempo, os músculos 
do tronco começam a sofrer fadiga, a altura do disco intravertebral é reduzida e há 
uma tendência natural da coluna lombar no sentido da extensão (Hamill e Kuntzen, 
1999). 
Esse posicionamento impõe sobre os discos intervertebrais lombares uma 
carga de aproximadamente 60% do peso corporal do indivíduo (figura 26). Na posição 
ereta, grande parte do peso do corpo incide sobre a junção lombossacra, sendo essa 
sobrecarga tanto maior quanto mais obeso for o indivíduo. Muitas vezes, o indivíduo 
de pé exerce uma força com a musculatura dos membros superiores que pode levar 
ao aumento da pressão intra-abdominal e ao aumento de lesões intradiscais (Valiati, 
2009). 
 
Biomecânica da Postura Sentada 
A postura sentada requer menor gasto de energia e impõe menor carga sobre 
o membro inferior em comparação com a posição em pé. Porém, eleva para 70% a 
carga de peso do indivíduo sobre a coluna. Sentar sem suporte é como ficar em pé, 
já que ocorre maior atividade na região torácica e pouca atividade nos músculos 
abdominais e psoas (Hamill e Kuntzen, 1999). 
A posição sentada produz uma retificação acentuada da lordose lombar e 
provoca uma tensão nos ligamentos da porção posterior, bem como das fibras 
posteriores dos discos intervertebrais. Desse modo, o disco, a nível lombar, é 
deslocado e submetido à deformação. Já na porção anterior, os discos se encontram 
esmagados e essa compressão pode desencadear efeitos nocivos (Maffat e Vickery, 
2002). 
 
 
28 
 
 
A COLUNA VERTEBRAL - O QUE VOCÊ PRECISA SABER 
 
Figura 16 
 
Fonte: Google 
 
Figura 17 
 
Fonte: Google 
29 
 
 
O que os movimentos de correr, saltar e levantar a cabeça tem em comum? 
Todos são proporcionados graças à coluna vertebral e suas 33 vértebras. Essa 
estrutura é a grande responsável pela sustentação do corpo humano. Elas começam 
na base do crânio e se estendem até a região pélvica. Por isso, são constituídas por 
cinco regiões distintas, cada qual com uma finalidade. Conheça um pouco mais de 
sua relevância, além das principais disfunções provocadas pela má postura. 
 
Figura 18 
 
Fonte: Google 
 
O que é coluna vertebral? 
A coluna vertebral é a estrutura responsável pela sustentação do corpo 
humano. Graças a ela é possível manter-se de pé como um bípede. A coluna é 
constituída por várias terminações nervosas que garantem a comunicação entre os 
sistemas nervosos central e periférico. 
Coluna Vertebral Anatomia 
Isso só pode ser possibilitado graças à medula espinhal, localizada no canal 
medular e responsável pelo pleno funcionamento da coluna vertebral. Além do mais, 
tal estrutura é composta por uma complexa cadeia de tecidos moles que contribuem 
para a sua flexibilidade, incluindo músculos, ligamentos, tendões, discos e 
cápsulas. Conheça a seguir as principais funções dessa estrutura. 
Coluna vertebral função 
Essa sustentação do corpo humano proporcionada pela coluna vertebral se dá 
graças às suas 33 vértebras. Veja coluna vertebral fotos. Cada qual com uma função 
30 
 
 
distinta e primordial para a manutenção da postura corporal de um indivíduo. Essas 
vértebras, por sua vez, são interligadas por articulações diversas. 
Quais são os segmentos da coluna vertebral 
As 33 vértebras presentes em sua estrutura podem ser divididas em cinco 
segmentações distintas. Coluna cervical, constituída por 7 vértebras. Coluna dorsal, a 
maior de todas, já que corresponde à 12 vértebras. Coluna lombar, formada por 5 
vértebras e, por fim, as vértebras sacrais e coccígea, que são formadas 
respectivamente por 5 e 4 vértebras fundidas. 
Esses dois últimos tipos de vértebras localizadas na região pélvica de uma 
pessoa são as duas únicas regiões que não proporcionam flexibilidade à coluna 
vertebral, já que são imóveis. Por isso é correto afirmar que apenas 75% da coluna 
vertebral desempenha a reconhecida maleabilidade da estrutura. 
Quais são as curvaturas fisiológicas da coluna vertebral 
Como não podia ser diferente, as curvaturas encontradas por toda disposição 
da coluna se baseiam nas cinco segmentações vertebrais. Veja na coluna vertebral 
desenho. 
A primeira, conhecida como lordose cervical, se refere a uma concavidade 
anterior que surge a partir do crânio. 
Na região torácica, a partir da oitava vértebra, forma-se a curvatura do tipo 
cifose torácica, a maior dentre todas regiões da coluna. 
Já na coluna vertebral lombar se encontra a área com maiores queixas de dor 
na coluna. Afinal, é a segmentação mais exigida e, portanto, a mais comprometida por 
sobrepesos. A curvatura que se forma na região lombar é conhecida pelo seu formato 
côncavo superior. 
As regiões seguintes (sacral e coccígea) são compostas por vértebras fundidas, 
que restringem a movimentação da região pélvica. A curvatura aqui é conhecida como 
cifose sacrococcígea. 
Quais são os ossos que constituem a coluna vertebral 
No total são 33 ossos que formam a coluna vertebral. Com exceção da primeira 
e da segunda vértebra, todos eles são constituídos por 7 elementos que o distinguem. 
Corpo, processo espinhoso transverso e articular, lâminas, pedículos e forame 
vertebral. 
31 
 
 
Entre cada vértebra, localizam-se os discos intervertebrais. Essas estruturas 
gelatinosas proporcionam o pleno funcionamento da coluna vertebral, já que 
desempenham a função de amortecimento e mobilidade. 
 
1.5. Doenças da Coluna Vertebral 
 
Figura 19 
 
Fonte: Google 
 
Existe uma grande variação de disfunções e doenças da coluna torácica, 
cervical, etc. Muitas vezes essas desordens são causadas por má postura acumulada 
com a idade, desordens essas que, geralmente, estão associadas a intermináveis 
repetições. De forma geral proporcionam dor na coluna torácica e lombar, entre outros 
sintomas. 
A cifose, a lordose, a escoliose e ahérnia de disco são as que possuem maior 
incidência. A primeira se refere a um desvio anormal da coluna vertebral. Isso 
comumente pode causar uma coluna torta, já que a parte superior das costas se 
encontra mais arredondada do que o normal. 
Por falar em coluna vertebral torta, a lordose é outro tipo de disfunção. Nesse 
caso ela é causada pela curvatura excessiva da coluna. 
A escoliose também está associada à coluna torta, já que essa se apresenta 
em formato de “s” ou “c”, dependendo de cada caso. 
Já a hérnia de disco é provocada pela posição anormal do disco intervertebral 
que, por sua vez, causa a compressão nervosa da coluna vertebral. 
32 
 
 
É válido salientar que no decorrer da vida é muito raro uma pessoa manter a 
posição da coluna vertebral normal. Sobretudo pessoas que passam muito tempo em 
funções que exigem de esforço, ou até mesmo trabalhadores que, regularmente, se 
mantém sentados por muitas horas. 
 
 
1.6. Principais Disfunções Posturais 
 
As disfunções da coluna vertebral formam um grupo de patologias que atinge 
a humanidade. Diz-se que 90% da população sofrem ou sofrerão com algum problema 
de coluna. 
 
Cifoses: 
Figura 20 
 
Fonte: Google 
 
A hipercifose é um aumento anormal da concavidade posterior da coluna 
vertebral, que é a cifose dorsal. Também é chamada, popularmente, de corcunda. 
Vista lateralmente, a coluna forma um C. A cabeça está para baixo, em flexão; os 
ombros estão caídos e para frente, e os braços virados para dentro. 
Este desvio postural é o mais comum de todos, primeiro porque a força da 
gravidade atua sobre nós e, em segundo lugar, porque quase todas as nossas 
33 
 
 
atividades são desenvolvidas a frente do nosso corpo, em postura de flexão. Assim, a 
musculatura posterior vai ficando enfraquecida. 
Este tipo de postura causa, com o tempo, um verdadeiro desvio da estrutura 
vertebral, não só puramente vertebral, mas também instalado, podendo levar a 
disfunções de outras estruturas. Daremos uma explicação mais didática: digamos que 
uma pessoa fica sentada por um bom período de seu tempo. 
Com essa postura, há uma tendência de encurtamento da musculatura anterior 
e flexora da coluna, enquanto que a musculatura posterior e extensora da coluna 
tende a enfraquecer e contraturar, principalmente no nível de paravertebrais. Vai 
ocorrendo um desequilíbrio gradual dessas musculaturas com o passar do tempo, o 
que faz com que as articulações não se encontrem mais na posição normal. 
Isto acontece porque os músculos, que deveriam dividir a carga com a 
articulação, estão em desequilíbrio. 
Assim, temos que os desequilíbrios musculares são causadores de um tipo de 
incongruência, ou seja, de um desarranjo no movimento articular. Por consequência, 
uma região da articulação pode sofrer uma pressão maior e tender a sofrer um 
desgaste, o que provocará um processo de artrose. Os músculos e tendões ficam 
mais predispostos às lesões, do tipo tendinites e bursites. 
A hipercifose da coluna torácica pode provocar uma diminuição do espaço da 
região abdominal, ocasionando uma compressão dos órgãos internos e diminuindo a 
expansão máxima do diafragma, por falta de espaço. Assim, temos várias 
consequências para a pessoa que permanece em má postura, sentada por horas. 
Ela apresentará uma menor capacidade pulmonar, sua respiração será mais 
apical e menos diafragmática, o que gerará uma menor oxigenação sanguínea e 
cerebral, levando o indivíduo a se cansar mais facilmente e a render menos nas suas 
atividades da vida diária e no trabalho. 
De uma maneira geral, acabamos de demonstrar o quanto um simples desvio 
postural pode desencadear outros distúrbios, não só da própria coluna, mas o quanto 
pode afetar outros sistemas do nosso organismo. 
 
 
 
 
 
34 
 
 
Hiperlordose: 
 
Figura 21 
 
Fonte: Google 
 
É uma alteração postural que acontece no nível da coluna lombar, que acentua 
a curvatura normal fisiológica já existente. 
Na região lombar, o quadril estará muito inclinado para frente, o que chamamos 
de anteversão da pelve. A inclinação da pelve leva a uma acentuação maior da 
curvatura lombar. Os músculos abdominais se apresentarão flácidos e, em 
consequência, o abdômen é mais pronunciado. 
 
Escoliose: 
Figura 22 
 
Fonte: Google 
 
35 
 
 
A escoliose é a curvatura lateral em relação ao fio de prumo da coluna vertebral. 
A sua diferença, em relação às outras curvaturas, é que não se trata de um aumento 
de uma curvatura fisiologicamente normal. Na verdade, ela é uma curva que se instala 
onde antes era reto. 
Sua causa pode ser por um problema estrutural (neste caso, há rotação das 
vértebras) ou não estrutural (sem rotação das vértebras). A sua maior causa (pelo 
menos na maioria das vezes) dá-se pela má postura, mas também pode ser congênita 
ou adquirida. Doenças ou lesões também podem ocasioná-la. 
Temos, também, as escolioses idiopáticas, cuja causa não se conhece. Faz 
parte da constituição do indivíduo e a criança, geralmente, nasce com ela, piorando 
com o passar dos anos. Essa forma de escoliose tem um fundo genético e acomete 
mais as meninas. 
Outra forma também ocorre quando uma perna é maior que a outra 
(discrepância entre os membros), ocorrendo um desvio lateral da coluna, de maneira 
compensatória. Nesses casos, uma palmilha corretiva pode ser suficiente para 
corrigir, antes que a deformidade se torne estruturada. 
Mas, em casos de escoliose muito acentuada e progressiva, a intervenção 
cirúrgica ou o uso de coletes podem ser necessários. 
Nas escolioses estruturais temos uma rotação fixa dos corpos vertebrais, sendo 
totalmente visível em radiografias. Quando essas curvaturas são detectadas na 
infância e/ou adolescência, seu tratamento e/ou reversão são mais fáceis, sendo 
tratadas com técnicas posturais. 
 
Quanto à classificação, as escolioses podem ser: 
• Primárias: quando há uma curvatura única, colocando a coluna em um formato 
da letra “C” na visão posterior; 
• Secundárias: quando há uma segunda curvatura lateral, geralmente 
compensatória da curvatura primária, formando a letra “S” na visão posterior. 
Em relação à nomenclatura das escolioses, há certa divergência, pois alguns 
consideram que o nome se dá pelo lado em que se encontra a convexidade da 
curvatura, enquanto outras escolas pregam que o nome se dá pelo lado da 
concavidade. Ex: escoliose idiopática torácica Direita (convexa para o lado direito). 
 
36 
 
 
1.7. Principais Disfunções Causadoras de Lombalgia 
 
• Disfunções mecânicas 
 
As disfunções mecânicas constituem a forma mais comum de lombalgias. 
Nesse tipo de alteração normalmente o quadro de dor é desencadeado por 
desequilíbrios musculares e há hipertonia e espasmos musculares presentes 
(Antônio, 2002). 
Geralmente a dor fica limitada a região lombar, raramente se irradiando para 
as coxas. Pode se manifestar subitamente pela manhã, quando o paciente levanta-se 
da cama, dando a sensação de que a coluna “saiu do lugar” ou surgir após 
movimentos bruscos da coluna, sobretudo em flexão (Cecin, 2000). 
O episódio doloroso é agudo, durando entre cinco e sete dias. Após esse 
período, os sintomas desaparecem. Em alguns casos, as crises se repetem em 
períodos de tempos alternados e quando os fatores precipitantes persistem a 
lombalgia pode tornar-se crônica (Cecin, 2000). 
 
• Hérnia de disco lombar 
Figura 23 
 
Fonte: Google 
 
A hérnia discal é o processo de protusão do núcleo do disco intervertebral 
através de rupturas em suas fibras. Pode causar compressão das raízes nervosas no 
canal vertebral ou gerar processos inflamatórios com alto poder lesivo às estruturas 
37 
 
 
nervosas. A hérnia de disco surge como resultado de diversos pequenos traumas na 
coluna que lesam progressivamente as estruturas do disco intervertebral, ou pode 
acontecer como consequência de um único trauma maior (Freire, 2004). 
Há várias situaçõesque, isoladas ou associadas, podem favorecer o 
surgimento da hérnia discal: movimentos repetitivos inadequados (levantamento de 
peso, alterações posturais), traumatismos (esforço exagerado, movimentos bruscos 
ou acidentes que atingem a coluna), excesso de peso, sedentarismo e ansiedade 
(Cecin, 2000). 
O quadro sintomático da hérnia de disco é uma forte dor aguda na coluna 
lombar, que pode irradiar em direção à perna e pés. Além da dor, o paciente pode se 
queixar de formigamento e redução da força na perna afetada. A coluna pode ficar 
rígida, a curva lordótica lombar normal pode desaparecer, o espasmo muscular pode 
ser proeminente e a dor exacerbar-se na extensão da coluna e ser aliviada em flexão 
lenta. A parestesia e a perda sensorial com fraqueza motora e a diminuição de reflexos 
são evidências de distúrbios neurológicos causados pela hérnia discal. Pode haver 
dor durante a palpação sobre o nervo femoral na virilha ou sobre o nervo ciático na 
panturrilha, coxa ou glúteos (Freire, 2004). 
Às hérnias discais lombares mais frequentes estão localizadas entre a quarta e 
a quinta vértebra lombar e a quinta vértebra lombar e a primeira sacra que são os 
pontos de maior estresse e mobilidade da coluna vertebral. Pode haver irradiação para 
os dermátomos correspondentes às raízes nervosas afetadas (ciatalgia) (Freire, 
2004). 
A partir da ruptura do disco intervertebral, a coluna passa a ter uma 
instabilidade segmentar progressiva. Com o rompimento da estrutura discal, o disco 
tende a extruir do espaço intervertebral ou pode perder o seu poder de retenção 
hídrica gerando um processo de desidratação progressiva. Esse processo reduz a 
estrutura discal, ocasionando uma maior aproximação entre os corpos vertebrais 
adjacentes. Este mecanismo de pinçamento discal determina a formação do disco 
doloroso, que ocasiona crises álgicas lombares periódicas (Freire, 2004). 
Com o pinçamento discal estabelece-se uma desestruturação completa das 
vértebras e uma degeneração progressiva de todos os elementos que a cercam. A 
reação de defesa a esse fenômeno de desmoronamento da coluna vertebral é 
realizada por meio da formação de osteófitos, que têm a finalidade de aumentar a 
base de sustentação vertebral, visando à melhor estabilidade do segmento lesado. As 
38 
 
 
dores, que se manifestam periodicamente, são decorrentes dos processos 
inflamatórios cíclicos concernentes à evolução do dano vertebral (Cecin, 2000). 
Cada crise de dor gera uma contratura da musculatura paravertebral, cujo 
objetivo é imobilizar o segmento lesado. As contraturas musculares podem ser 
ofensivas (desenvolvem-se a partir da lesão discal instalada e a sua repetição é 
danosa à coluna lombar) ou defensivas (ocorrem durante os movimentos vertebrais 
para proteção das estruturas da coluna) (Freire, 2004). 
Após se estabelecer uma lesão numa das curvas da coluna vertebral, as outras, 
consequentemente, mudam a sua posição do eixo. Isso ocorre porque há uma relação 
íntima entre os segmentos da coluna. Se houver o desenvolvimento de uma 
hiperlordose lombar, acarretará num aumento da cifose dorsal e na retificação da 
coluna cervical (Freire, 2004). 
 
Os principais tipos de hérnia de disco são (Sena, 2009): 
 
• Hérnia de disco protusa: nesse tipo de hérnia há envolvimento apenas do anel 
fibroso, que migra posteriormente, ocasiona compressão e dor. Geralmente o 
tratamento é conservador com anti-inflamatórios, relaxantes musculares, 
eventualmente colete lombossacral e fisioterapia. 
• Hérnia de disco extrusa: neste tipo de hérnia há envolvimento do anel fibroso e 
núcleo pulposo, que migram posteriormente, ocasionando uma compressão intensa, 
provocando dor mais 
epicrítica e em maior tempo. Neste tipo de hérnia o tratamento é geralmente 
conservador com anti-inflamatórios, relaxantes musculares, colete lombossacral e 
fisioterapia. 
• Hérnia de disco sequestrada: neste outro tipo há um rompimento deste disco e 
este material rompido, migra para dentro do canal medular, que além da compressão 
provoca inflamação importante e compressão contínua. O paciente apresenta posição 
antálgica inclinando a coluna vertebral. Nesse caso a melhora só é possível com uma 
intervenção cirúrgica. Representam a minoria das hérnias. 
 
 
 
 
39 
 
 
• Estreitamento do canal raquidiano 
 
Figura 24 
 
Fonte: Google 
 
O estreitamento do canal raquidiano leva a isquemia radicular e ao aumento da 
pressão do líquido cefalorraquidiano, que não flui normalmente pela cauda equina. O 
quadro clínico é de dor lombar, às vezes, noturna, ciatalgia de intensidade moderada 
que melhora ao sentar. Acompanha-se usualmente por dor na panturrilha e 
claudicação. 
 
• Doenças reumáticas inflamatórias 
 
Figura 25 
 
Fonte: Google 
40 
 
 
As doenças reumáticas inflamatórias como as espondilites anquilosantes, 
sacroileítes, artrites psoriáticas, entre outras, podem causar dores lombares com 
características peculiares: normalmente são exacerbadas no período matinal, 
persistindo por até três horas após o indivíduo se levantar. À tarde, o paciente está 
completamente normal. O paciente pode referir dor nos calcanhares, dor esternal e 
poliartrite. A dor não ultrapassa o joelho e alterna-se entre os membros inferiores (um 
dia em uma coxa, outro em outra) (Cecin, 2000). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
 
 
1. REFERÊNCIAS 
 
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