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DIREITO CIVIL IV

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DIREITO CIVIL IV 
29/07/22
Contratos em espécies
CONTRATOS ATÍPICOS: São aqueles que não estão previsto na norma, porém, mesmo assim, não podem estipular cláusulas ilegais. 
Art. 425 CC: É lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais fixadas neste Código.
São os contratos livremente elaborados pelos contratantes, que assim preferem não utilizar os modelos legais, para auto regulação de interesses específicos.  
Atipicidade não se confunde com arbitrariedade (essa forma de contrato é cercada pela estrutura jurídica geral dos contratos).
PRINCIPAIS MODALIDADES CONTRATUAIS TÍPICAS (Arts. 481 à 853 CC)  
· São os reconhecidos formalmente pelo Direito.
· O modelo contratual não é rígido, pois a lei deixa margem de inovação criadora às partes contratantes (autonomia da vontade).
· Raramente um tipo contratual resulta de criação direta do legislador pois prefere-se regular o tipo já desenvolvido na prática social. 
EXEMPLOS: 
CONTRATO DE DEPÓSITO – depositante entrega animal para depositário cuidar durante um período de tempo que ficará fora. 
- Depositário se nega entregar o animal? Nesse caso, ele é obrigado a devolver o bem, a não ser que surja algumas despesas e o depositante se negar a pagar. 
CONTRATO DE LOCAÇÃO – locador aluga imóvel para locatário.
- Nesse caso, surge o direito de preferência para o locatário, na hipótese de venda de imóvel. 
CONTRATO DE FIANÇA – fiador. 
- 3° interessado pode sub-rogar-se nos direitos de imóvel. 
- Um cara fez um seguro de vida e após meses desenvolveu depressão e 1 anos depois veio a cometer suicídio. Se não houve má-fé no ato do contrato, a seguradora tem o dever de pagar? Sim. A obrigação só deixa de existir se a seguradora provar que o cara agiu de má-fé. 
COMPRA E VENDA:
É o contrato em que uma pessoa se obriga a transferir a outra o domínio de coisa corpórea ou incorpórea mediante pagamento de certo preço em dinheiro ou valor fiduciário correspondente (vendedor para comprador).
É a troca de coisa por dinheiro (rem pro pretio).
É o contrato mais importante e o mais regulado pela lei. 
Transfere um bem do vendedor ao comprador, mediante pagamento em dinheiro, ou seja, a compra e venda por si só não transfere a propriedade do bem, embora ela seja a causa determinante. 
Art. 481. Pelo contrato de compra e venda, um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro.
A compra e venda se destina para a transferência do domínio de algo, diferente da locação em que se transfere a posse da coisa, por exemplo, diferente do contrato de compra e venda onde nasce uma obrigação de dar, das qual é o devedor e vendedor e é essa obrigação de dar que permite a transferência do domínio. 
CLASSIFICAÇÃO: 
a. Contrato bilateral – tem obrigação para ambas as partes; 
b. Contrato oneroso – gera repercussão econômica para ambas as partes; 
c. Contrato comutativo – regra geral, em razão das prestações serem certas. Porém, pode haver riscos;
d. Contrato consensual -  nasce do consenso das partes, aceita o preço e a contraprestação; 
e. Contrato formal ou informal – dependendo do bem a ser vendido deverá ter formalidade, por exemplo, a compra de imóveis superior a 30 salários mínimos que deve ser registrada em cartório, através da escritura pública; e se for inferior, pode ser feita por instrumento particular;
f. Contrato instantâneo ou de longa duração – instantâneo se consuma com a prática do ato, já o de longa duração se exauri com o tempo; 
g. Contrato paritário ou por adesão – paritário quando ambas as partes estipulam as regras (igualmente); e por adesão, quando apenas uma das partes estipula as cláusulas e a outra somente aceita. 
05/08/2022
· Todos os contratos têm, são requisitos básicos para sua existência.  
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS (ART. 482 CC): 
Art. 482. A compra e venda, quando pura, considerar-se-á obrigatória e perfeita, desde que as partes acordarem no objeto e no preço.
· Todos os contratos têm, são requisitos básicos para sua existência.  
A. Partes: devem ser capazes e devem, ainda, apresentar consentimento válido, isento de vícios. Além da capacidade civil, as partes,
principalmente o vendedor, devem apresentar legitimação/aptidão específica (ex.: art. 1.647, I do CC). 
 
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta:
I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis;
II - pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos;
III - prestar fiança ou aval;
IV - fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou dos que possam integrar futura meação.
Parágrafo único. São válidas as doações nupciais feitas aos filhos quando casarem ou estabelecerem economia separada.
Obs.: “Nem todos os capazes estão aptos a praticar todos os atos da vida civil”, sendo o contrato de compra e venda um negócio jurídico, deve revestir-se de todos os requisitos para que possa ser considerado válido (Leia-se art. 104 CC). 
Art. 104. A validade do negócio jurídico requer: 
I - agente capaz; 
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável; 
III - forma prescrita ou não defesa em lei. 
 
Assim, requer-se capacidade geral das partes para praticarem os atos da vida civil.  
Entretanto, nem todos os capazes estão legitimados a poderem firmar contratos de compra e venda, em alguns casos, por exemplo, não poderá vender sem a outorga uxória (utilizada como forma de impedir a dilapidação do patrimônio do casal por um dos cônjuges).
B. Res (a coisa): Algo susceptível de apreciação econômica, com existência real ou potencial (futura). 
Contrato de compra e venda precisa dessa atribuição de valor. 
Se coisa se perde indenização tem como base valor da coisa. 
Geralmente a coisa é corpórea (bens imóveis e móveis), mas quando for incorpórea é denominada cessão, por exemplo, cessão de direito hereditário, cessão de direito autoral, cessão de crédito. 
Esta coisa deve ser individuada (certa, única), determinada ou determinável e também deve estar disponível no comercio (in commercio), podendo ser comercializada. 
Obs: existem coisas que mesmo disponíveis não podem ser comercializadas. 
Ex: pai que dá terreno ao filho e coloca clausula que bem não pode ser vendido, penhorado. 
Essa é uma clausula de alienabilidade. Art. 1848 e 1911.
Art. 1.848. Salvo se houver justa causa, declarada no testamento, não pode o testador estabelecer cláusula de inalienabilidade, impenhorabilidade, e de incomunicabilidade, sobre os bens da legítima.
Art. 1.911. A cláusula de inalienabilidade, imposta aos bens por ato de liberalidade, implica impenhorabilidade e incomunicabilidade.
Exceção Art. 483 CC: contratos aleatórios.
Art. 483. A compra e venda pode ter por objeto coisa atual ou futura. Neste caso, ficará sem efeito o contrato se esta não vier a existir, salvo se a intenção das partes era de concluir contrato aleatório.
Pacta corvina: Não existe antecipação de herança – somente doação (antecipação da legítima) de ascendente para descendente – quando se negocia algo a uma possível herança, que possivelmente irei receber. A herança só existe depois do óbito. Art. 426: 
Art. 426. Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva. 
Desafetação: bens públicos não podem ser objetos de compra e venda – somente por desafetação para retirar impedimento por ser bem público e comprovado para onde valor vai, e depois poderá ser vendido – todos os bens que não se depreciam com o tempo devem ser desafetados, os depreciáveis rapidamente que perderam valor econômico podem ser levados a leilão sem desafeitar – imóveis devem ser desafetados. Art. 100: 
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar. 
Recapitulando: precisa ter apreciação econômica, com existência real ou futura; devendo ser individuada, determinada ou determinável; estando disponível no comércio.
C. Preço (pretium):É fundamental – sem preço (R$) não existe venda. Deve ser determinado ou determinável em moeda nacional, ou representativos de dinheiro, como cheque. 
De coisas que estejam no Brasil só em moeda nacional corrente. 
Art. 489 – será nulo contrato quando preço for determinado por apenas uma das partes – visa impedir preços cartelizados – arbitra preço e monopoliza. 
Art. 489. Nulo é o contrato de compra e venda, quando se deixa ao arbítrio exclusivo de uma das partes a fixação do preço.
Pode ser deixada a fixação ao arbítrio de terceiro (corretor, avaliador) (art. 485 CC), que é tido por muitos como mandatário das partes ou perito. 
Ex.: na compra e venda de imóvel é comum a avaliação por imobiliária ou especialista. 
Art. 485. A fixação do preço pode ser deixada ao arbítrio de terceiro, que os contratantes logo designarem ou prometerem designar. Se o terceiro não aceitar a incumbência, ficará sem efeito o contrato, salvo quando acordarem os contratantes designar outra pessoa. 
Recapitulando: o preço deve ser determinável ou determinado; em moeda nacional; devendo ser o preço real. 
CONSEQUÊNCIAS JURIDICAS DA COMPRA E VENDA 
Art. 491 – pagamento do preço: 
Art. 491. Não sendo a venda a crédito, o vendedor não é obrigado a entregar a coisa antes de receber o preço. 
Vendedor não é obrigado entregar a coisa imediatamente se venda for a crédito (não tem a ver com cartão de crédito). 
Se partes combinarem pode entregar. 
Em contrato de valores mais robustos. 
Art. 493 – obrigação de entregar a coisa no lugar pactuado: 
Art. 493. A tradição da coisa vendida, na falta de estipulação expressa, dar-se-á no lugar onde ela se encontrava, ao tempo da venda. 
Em via de regra, no domicilio do devedor. Porém as partes podem combinar e convencionar lugar diferente, e precisam cumprir o que foi pactuado. 
Art. 441 e 447 – obrigação de garantia: 
Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor. 
Art. 447. Nos contratos onerosos, o alienante responde pela evicção. Subsiste esta garantia ainda que a aquisição se tenha realizado em hasta pública. 
Vícios redibitórios e evicção. 
No caso de defeito oculto, sendo a venda conjunta, se há união entre as coisas vendidas o comprador pode rejeitar todas. 
Ex: par de sapatos. 
Art. 492, 494 e 236 – responsabilidade pelos riscos: 
Art. 492. Até o momento da tradição, os riscos da coisa correm por conta do vendedor, e os do preço por conta do comprador. 
Art. 494. Se a coisa for expedida para lugar diverso, por ordem do comprador, por sua conta correrão os riscos, uma vez entregue a quem haja de transportá-la, salvo se das instruções dele se afastar o vendedor. 
Art. 236. Sendo culpado o devedor, poderá o credor exigir o equivalente, ou aceitar a coisa no estado em que se acha, com direito a reclamar, em um ou em outro caso, indenização das perdas e danos. 
É responsável pelos riscos, via de regra, aquele que detém o domínio do objeto, até o momento da tradição ou do registro, portanto, transferido o domínio transfere-se a responsabilidade. 
Art. 490 e 502 – despesas do contrato: 
Art. 490. Salvo cláusula em contrário, ficarão as despesas de escritura e registro a cargo do comprador, e a cargo do vendedor as da tradição. 
Art. 502. O vendedor, salvo convenção em contrário, responde por todos os débitos que gravem a coisa até o momento da tradição. 
O artigo 490 no código civil dispõe de quem é a responsabilidade para o pagamento dessas despesas, salvo cláusula em contrário, ficarão as despesas de escritura e registro a cargo do comprador, e a cargo do vendedor as da tradição. 
DESPESAS E RISCOS DO CONTRATO 
Art. 490. Salvo cláusula em contrário, ficarão as despesas de escritura e registro a cargo do comprador, e a cargo do vendedor as da tradição. 
Art. 491. Não sendo a venda a crédito, o vendedor não é obrigado a entregar a coisa antes de receber o preço. 
Art. 492. Até o momento da tradição, os riscos da coisa correm por conta do vendedor, e os do preço por conta do comprador. 
Art. 490 - Ficam sob responsabilidade do comprador as despesas com escritura e registro. E sob a responsabilidade do vendedor as despesas com tradição.  
Salvo estipulação em contrário, pois a norma só incide se não houver outra previsão contratual (norma supletiva). 
Art. 491 - O pagamento deve ser feito à vista se não foi estipulado de maneira diferente, mas se a venda for a prazo deve o vendedor entregar a coisa antes de receber o preço, a não ser em caso de insolvência do comprador, podendo ser substituído por caução ou garantia. 
Riscos: Art. 492 – até o momento da tradição os riscos da coisa perece ao vendedor, e os do preço ao comprador. Compete ao comprador também, os riscos das referidas coisas, se estiver em mora de as receber, logo que ordenadas no tempo, lugar e pelo modo ajustados – Previsão legal. 
RESTRIÇÕES LEGAIS AS PARTES 
1°- Venda de ascendente a descendente: 
Art. 496 CC: 
Art. 496. É anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido. 
Lembrar o caso da Doação que representa adiantamento de legítima; Art. 544 CC: 
Art. 544. A doação de ascendentes a descendentes, ou de um cônjuge a outro, importa adiantamento do que lhes cabe por herança. 
· A venda de descendente para ascendente pode;  
· O compromisso de compra e venda está inserido na proibição legal;  
· A dação em pagamento (art. 357) também não pode;  
· No caso de constituir uma hipoteca não há unanimidade na doutrina, sendo que a maioria entende que pode ser feita sem anuência. Mas abre espaço para fraude à lei;  
· No caso de troca de valores desiguais, aplica-se a regra do art. 533, II; observar se vai ser troca ou compra e venda. – no 533 anula troca entre descendentes e ascendentes.
Art. 533. Aplicam-se à troca as disposições referentes à compra e venda, com as seguintes modificações: 
I - salvo disposição em contrário, cada um dos contratantes pagará por metade as despesas com o instrumento da troca; 
II - é anulável a troca de valores desiguais entre ascendentes e descendentes, sem consentimento dos outros descendentes e do cônjuge do alienante. 
Se um dos herdeiros for menor, poderá o magistrado suprir a autorização, ouvido o MP, nomeando curador especial (art. 1692 CC), como pais são diretamente interessados. 
Art. 1.692. Sempre que no exercício do poder familiar colidir o interesse dos pais com o do filho, a requerimento deste ou do Ministério Público o juiz lhe dará curador especial. 
Atenção aos Enunciados 177 da III Jornada e 368 da IV Jornada de Direito Civil;  
Parte da doutrina entende que, por analogia, a regra do art. 496 deve ser também aplicada à união estável conforme dispõe o art. 1.725 da lei civil. 
Art. 1.725. Na união estável, salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-se às relações patrimoniais, no que couber, o regime da comunhão parcial de bens. 
2°- Venda de bens sob administração: 
Art. 497 CC: 
Art. 497. Sob pena de nulidade, não podem ser comprados, ainda que em hasta pública:
I - pelos tutores, curadores, testamenteiros e administradores, os bens confiados à sua guarda ou administração;
II - pelos servidores públicos, em geral, os bens ou direitos da pessoa jurídica a que servirem, ou que estejam sob sua administração direta ou indireta;
III - pelos juízes, secretários de tribunais, arbitradores, peritos e outros serventuários ou auxiliares da justiça, os bens ou direitos sobre que se litigar em tribunal, juízo ou conselho, no lugar onde servirem, ou a que se estender a sua autoridade;
IV - pelos leiloeiros e seus prepostos, os bens de cuja venda estejam encarregados.
Parágrafo único. As proibições deste artigo estendem-se à cessão de crédito.
3°- Venda entre cônjuges: 
Art. 499 CC: 
Art. 499. É lícita a compra e venda entre cônjuges, com relação a bens excluídos da comunhão.
Também se aplica união estável. 
4°- Venda departe indivisa em condomínio: 
Art. 504 CC: 
Art. 504. Não pode um condômino em coisa indivisível vender a sua parte a estranhos, se outro consorte a quiser, tanto por tanto. O condômino, a quem não se der conhecimento da venda, poderá, depositando o preço, haver para si a parte vendida a estranhos, se o requerer no prazo de cento e oitenta dias, sob pena de decadência.
Não pode um condomínio de coisa indivisível vender a sua parte a terceiros sem notificar o outro proprietário. 
Esta proibição não se aplica a condomínios de apartamentos. 
Art. 1.331. Pode haver, em edificações, partes que são propriedade exclusiva, e partes que são propriedade comum dos condôminos.
§ 1 o As partes suscetíveis de utilização independente, tais como apartamentos, escritórios, salas, lojas e sobrelojas, com as respectivas frações ideais no solo e nas outras partes comuns, sujeitam-se a propriedade exclusiva, podendo ser alienadas e gravadas livremente por seus proprietários, exceto os abrigos para veículos, que não poderão ser alienados ou alugados a pessoas estranhas ao condomínio, salvo autorização expressa na convenção de condomínio.
OBS.: 
· Consortes: os casados não poderão, via de regra, efetivar contrato entre si. 
· Pessoas casadas: art. 1647 CC: Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta:
I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis;
II - pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos;
III - prestar fiança ou aval;
IV - fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou dos que possam integrar futura meação.
Parágrafo único. São válidas as doações nupciais feitas aos filhos quando casarem ou estabelecerem economia separada.
· Locação em relação ao Locatário: Direito de preferência. 
REGRAS ESPECIAIS DA COMPRA E VENDA
1°- Venda por amostra, por protótipos ou por modelos: 
Art. 484 CC c/c art. 30 CDC.
Art. 484. Se a venda se realizar à vista de amostras, protótipos ou modelos, entender-se-á que o vendedor assegura ter a coisa as qualidades que a elas correspondem.
Parágrafo único. Prevalece a amostra, o protótipo ou o modelo, se houver contradição ou diferença com a maneira pela qual se descreveu a coisa no contrato.
Art. 30. Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado.
Havendo contradição ou diferença na qualidade da coisa entregue e a amostra, exibida no momento da contratação, considera-se inadimplente o vendedor que responde por perdas e danos e determinações do Art. 389 CC: 
Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.
Pacta sunt servanda (força obrigatória do contrato).
2°- Venda a contento (ad gustum) e Venda sujeita a prova: 
Art. 509 a 512 CC.
Venda a contento: Art. 509. A venda feita a contento do comprador entende-se realizada sob condição suspensiva, ainda que a coisa lhe tenha sido entregue; e não se reputará perfeita, enquanto o adquirente não manifestar seu agrado.
Nesse caso, o comprador não conhece o bem que irá adquirir, havendo aprovação inicial. 
Ex: venda de vinhos, perfumes, gêneros alimentícios, etc.
Venda sujeita a prova: Art. 510. Também a venda sujeita a prova presume-se feita sob a condição suspensiva de que a coisa tenha as qualidades asseguradas pelo vendedor e seja idônea para o fim a que se destina.
Nesse caso, o bem é conhecido do comprador que somente precisa da prova de que o bem a ser adquirido é aquele que já se conhece. 
São modalidades de venda sob condição suspensiva. Assim, a venda somente se considera realizada quando o comprador demonstra sua aquiescência acerca da coisa recebida. 
Se houve pagamento ou venda à terceiro, em regra, considera-se tacitamente que aceitou.
Este direito não é transmissível, nem por ato inter vivos nem mortis causa. Mas será oponível aos herdeiros do vendedor, como é óbvio. 
O art. 49 do CDC é uma espécie de venda a contento: Art. 49. O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domicílio.
Art. 511 CC: 
Art. 511. Em ambos os casos, as obrigações do comprador, que recebeu, sob condição suspensiva, a coisa comprada, são as de mero comodatário, enquanto não manifeste aceitá-la.
Art. 512 CC: 
Art. 512. Não havendo prazo estipulado para a declaração do comprador, o vendedor terá direito de intimá-lo, judicial ou extrajudicialmente, para que o faça em prazo improrrogável.
3°- Venda ad mensuram e Venda ad corpus: 
Art. 500 CC: 
Art. 500. Se, na venda de um imóvel, se estipular o preço por medida de extensão, ou se determinar a respectiva área, e esta não corresponder, em qualquer dos casos, às dimensões dadas, o comprador terá o direito de exigir o complemento da área, e, não sendo isso possível, o de reclamar a resolução do contrato ou abatimento proporcional ao preço.
§ 1 o Presume-se que a referência às dimensões foi simplesmente enunciativa, quando a diferença encontrada não exceder de um vigésimo da área total enunciada, ressalvado ao comprador o direito de provar que, em tais circunstâncias, não teria realizado o negócio.
§ 2 o Se em vez de falta houver excesso, e o vendedor provar que tinha motivos para ignorar a medida exata da área vendida, caberá ao comprador, à sua escolha, completar o valor correspondente ao preço ou devolver o excesso.
§ 3 o Não haverá complemento de área, nem devolução de excesso, se o imóvel for vendido como coisa certa e discriminada, tendo sido apenas enunciativa a referência às suas dimensões, ainda que não conste, de modo expresso, ter sido a venda ad corpus .
Ad mensuram (área certa): art. 500 caput - é a venda em que as dimensões são tomadas em consideração preponderante para fixação do preço, sendo que o comprador tem direito à complementação da área. É concedida inicialmente a ação de complementação de área (ação ex empto ou ex vendito). 
No caso de não ser possível a complementação o comprador poderá pedir a resolução do contrato (ação redibitória) ou o abatimento do preço (ação estimatória ou quanti minoris). Essas ações têm o prazo de um ano decadencial, consoante previsão do artigo 501 CC.
Art. 501. Decai do direito de propor as ações previstas no artigo antecedente o vendedor ou o comprador que não o fizer no prazo de um ano, a contar do registro do título.
Parágrafo único. Se houver atraso na imissão de posse no imóvel, atribuível ao alienante, a partir dela fluirá o prazo de decadência.
Ad Corpus (corpo certo) – art. 500 §3° - é a venda em que o imóvel é transferido como coisa certa e discriminada, independentemente das medidas especificadas nos instrumentos, assim tidas como meramente enunciativas. Geralmente se acrescentam as expressões aproximadamente, mais ou menos. As metragens e a área são apenas para localizar o bem, mas não influenciam no preço. Nessa venda não são cabíveis as ações supramencionadas. 
Ex. Vendo a Fazenda Santa Fé, Chácara do Vovô, etc.
Obs.: Art. 501 CC: Quando o contrato não diz qual é o tipo, presume-se ser ad corpus se a diferença não for superior a 1/20 (5%), quando então será ad mensuram. 
Na situação de dúvida sobre um ou outro tipo de venda, deve-se verificar no caso concreto atendendo o art. 113 do CC.
4°- Venda conjunta: 
Art. 503 CC
Art. 503. Nas coisas vendidas conjuntamente, o defeito oculto de uma não autoriza a rejeição de todas.
O vício redibitório nas coisas vendidas em conjunto não autoriza a rejeição de todas, se apenas uma apresenta o defeito oculto, em se tratando de coisa singular e individualmente considerada. Mas se odefeito de uma comprometer o complexo das coisas que formem um todo incindível, pela interdependência entre elas, o vendedor responderá integralmente pelo vício.
Ex.: uma obra com sua unidade ideológica em vários tomos ou um par de sapatos.
CLÁUSULAS ESPECIAIS OU PACTOS ADJETOS DA COMPRA E VENDA 
1 – RETROVENDA: 
Art. 505. O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la no prazo máximo de decadência de três anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as despesas do comprador, inclusive as que, durante o período de resgate, se efetuaram com a sua autorização escrita, ou para a realização de benfeitorias necessárias. 
Vendedor de coisa imóvel (unicamente) – móveis não entram; 
Prazo de 3 anos (não pode ultrapassar). 
O preço deve ser restituído e o comprador deve ser indenizado por benfeitorias necessárias  
É a execução de uma clausula do contrato – exerce um direito, por isso decadência, não perde direito de entrar com ação, perde direito em si; 
A retrovenda se extingue pelo exercício do direito potestativo do vendedor, pela preclusão do prazo decadencial, pelo perecimento do imóvel ou pela renúncia;
Art. 506. Se o comprador se recusar a receber as quantias a que faz jus, o vendedor, para exercer o direito de resgate, as depositará judicialmente.
 
· Consignação em pagamento 
Parágrafo único. Verificada a insuficiência do depósito judicial, não será o vendedor restituído no domínio da coisa, até e enquanto não for integralmente pago o comprador. 
· Domínio está relacionado a se tornar legitimamente proprietário – ainda como possuidor só não tem todos os direitos.
· Quando não tem domínio falta posse.
Art. 507. O direito de retrato, que é cessível e transmissível a herdeiros e legatários, poderá ser exercido contra o terceiro adquirente. 
· Não é clausula personalíssima, pode ser transmitida; 
· Se A vende para B, e coloca clausula, e A morre, o filho de A poderá herdar, isso faz parte do quinhão hereditário; 
Art. 508. Se a duas ou mais pessoas couber o direito de retrato sobre o mesmo imóvel, e só uma o exercer, poderá o comprador intimar as outras para nele acordarem, prevalecendo o pacto em favor de quem haja efetuado o depósito, contanto que seja integral. 
· Clausula de retrovenda pode ser chamada de clausula de retrato oi clausula de resgaste.
· Pode ser que venda não tenha sido feita por só de uma pessoa.
2- PREEMPÇÃO OU PREFERÊNCIA (OU PRELAÇÃO):
Trata-se de cláusula especial garantidora ao vendedor do direito de recomprar a coisa vendida, se o adquirente resolver vendê-la ou oferecê-la à dação em pagamento. Diferencia-se da retrovenda, porque, nesta última, o vendedor da coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la, independente da vontade do comprador, e por versar também sobre coisa móvel, consoante explicita o parágrafo único do art. 513 CC.
· Se novo proprietário for vender o bem deve oferecer para mim antes, que vendi a ele; 
· Direito de recomprar bem móvel ou imóvel; 
· Essa clausula só pode ser executada se estiver no contrato, diferente da preferência na lei do inquilinato que legalmente deve dar preferência ao inquilino se for vender coisa; 
· Prazo: 180 dias para coisas imóveis e 2 anos para bens imóveis.
Art. 514. O vendedor pode também exercer o seu direito de prelação, intimando o comprador, quando lhe constar que este vai vender a coisa.
Não me anunciou ainda, mas fiquei sabendo que pessoa vai vender, posso intima-lo para ele não esquecer que tem aquela clausula; 
Art. 515. Aquele que exerce a preferência está, sob pena de a perder, obrigado a pagar, em condições iguais, o preço encontrado, ou o ajustado. 
Art. 516. Inexistindo prazo estipulado, o direito de preempção caducará, se a coisa for móvel, não se exercendo nos três dias, e, se for imóvel, não se exercendo nos sessenta dias subsequentes à data em que o comprador tiver notificado o vendedor. 
Mas, os prazos para que o detentor do direito de preferência responda à notificação de venda ou dação em pagamento do bem são de 03 dias para os bens móveis e 60 dias para os imóveis (516). Todos eles decadenciais.
· Prazo: 180 dias (3 dias para resposta) para coisas móveis e 2 anos (60 dias para resposta) para bens imóveis 
· Partes podem estipular prazo.
Art. 517. Quando o direito de preempção for estipulado a favor de dois ou mais indivíduos em comum, só pode ser exercido em relação à coisa no seu todo. Se alguma das pessoas, a quem ele toque, perder ou não exercer o seu direito, poderão as demais utilizá-lo na forma sobredita. 
· Indivisibilidade do direito de preferência; 
· Ou se faz sobre toda a propriedade ou não se faz sobre nada; 
· É sobre integralidade do bem 
Art. 520. O direito de preferência não se pode ceder nem passa aos herdeiros. 
· Não se transmite, não pode ser cedida; 
· Diferente da retrovenda. 
· É indivisível e intransmitível (direito personalíssimo).
Art. 519. Se a coisa expropriada para fins de necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, não tiver o destino para que se desapropriou, ou não for utilizada em obras ou serviços públicos, caberá ao expropriado direito de preferência, pelo preço atual da coisa. 
· Instituto da tredestinação (é quando se dá outra destinação ao bem desapropriado (Direito Administrativo);
· Se desapropriou imóvel e não deu destino social o antigo dono pode se movimentar par que bem volte para ele.
Obs.: O locatário tem preferência na aquisição do imóvel locado (art. 27 ss da Lei 8.245/91).
3- VENDA COM RESERVA DE DOMÍNIO (pactum reservati domini): 
Art. 521. Na venda de coisa móvel, pode o vendedor reservar para si a propriedade, até que o preço esteja integralmente pago.
Será aplicada na venda de coisa móvel, podendo o vendedor reservar para si a propriedade, até que o preço esteja integralmente pago. O comprador tem a posse direta do bem, mas, tem o vendedor a propriedade, e esta é resolúvel, ou seja, a transferência se dá quando integralizado o preço. 
Ex: NO DETRAN VAI PARA MEU NOME porém aparecem baixo veículo com reserva de domínio para fulano. Enquanto não pagar tudo o carro não será todo meu – no documento domínio segue sendo dele (banco que financiou).
Art. 522. A cláusula de reserva de domínio será estipulada por escrito e depende de registro no domicílio do comprador para valer contra terceiros.
Recai sobre bens móveis e será estipulada por escrito, dependendo de registro no domicílio do comprador para valer contra terceiros. O comprador do bem só alcançará a propriedade depois de pagas todas as parcelas. Uma vez descumprida a mesma e constituído o comprador em mora, poderá o vendedor propor ação de cobrança ou busca e apreensão para recuperar a posse do bem.
Art. 523. Não pode ser objeto de venda com reserva de domínio a coisa insuscetível de caracterização perfeita, para estremá-la de outras congêneres. Na dúvida, decide-se a favor do terceiro adquirente de boa-fé.
Art. 524. A transferência de propriedade ao comprador dá-se no momento em que o preço esteja integralmente pago. Todavia, pelos riscos da coisa responde o comprador, a partir de quando lhe foi entregue.
· Os riscos da coisa correm por conta do comprador (art. 524 – 2° parte).
· O comprador não pode alienar o bem sem autorização expressa do vendedor, com a devida transferência de todos os registros.
Art. 525. O vendedor somente poderá executar a cláusula de reserva de domínio após constituir o comprador em mora, mediante protesto do título ou interpelação judicial.
Art. 526. Verificada a mora do comprador, poderá o vendedor mover contra ele a competente ação de cobrança das prestações vencidas e vincendas e o mais que lhe for devido; ou poderá recuperar a posse da coisa vendida.
Art. 527. Na segunda hipótese do artigo antecedente, é facultado ao vendedor reter as prestações pagas até o necessário para cobrir a depreciação da coisa, as despesas feitas e o mais que de direito lhe for devido. O excedente será devolvido ao comprador; e o que faltar lhe será cobrado, tudo na forma da lei processual.
Art. 528. Se o vendedorreceber o pagamento à vista, ou, posteriormente, mediante financiamento de instituição do mercado de capitais, a esta caberá exercer os direitos e ações decorrentes do contrato, a benefício de qualquer outro. A operação financeira e a respectiva ciência do comprador constarão do registro do contrato.
4- VENDA SOBRE DOCUMENTOS (trust receipt): 
É a espécie de venda, muito utilizada em negócios de importação e exportação, em que o vendedor, ao entregar os documentos, exonera-se da obrigação e tem o direito de receber o preço.
Art. 529. Na venda sobre documentos, a tradição da coisa é substituída pela entrega do seu título representativo e dos outros documentos exigidos pelo contrato ou, no silêncio deste, pelos usos.
Enquanto na compra e venda pura o vendedor obriga-se a fazer a entrega efetiva da coisa ao comprador (art. 481), na venda sobre documentos essa obrigação reduz-se à entrega (efetiva) do título que a represente, além dos documentos conforme a previsão contratual (art. 529).
Parágrafo único. Achando-se a documentação em ordem, não pode o comprador recusar o pagamento, a pretexto de defeito de qualidade ou do estado da coisa vendida, salvo se o defeito já houver sido comprovado.
Art. 530. Não havendo estipulação em contrário, o pagamento deve ser efetuado na data e no lugar da entrega dos documentos.
Art. 531. Se entre os documentos entregues ao comprador figurar apólice de seguro que cubra os riscos do transporte, correm estes à conta do comprador, salvo se, ao ser concluído o contrato, tivesse o vendedor ciência da perda ou avaria da coisa.
Art. 532. Estipulado o pagamento por intermédio de estabelecimento bancário, caberá a este efetuá-lo contra a entrega dos documentos, sem obrigação de verificar a coisa vendida, pela qual não responde. 
Parágrafo único. Nesse caso, somente após a recusa do estabelecimento bancário a efetuar o pagamento, poderá o vendedor pretendê-lo, diretamente do comprador.
TROCA OU PERMUTA
É o contrato pela qual as partes se obrigam a dar uma coisa por outra que não seja dinheiro. Ou seja, trocar uma coisa por outra coisa. 
Art. 533. Aplicam-se à troca as disposições referentes à compra e venda, com as seguintes modificações:
I - salvo disposição em contrário, cada um dos contratantes pagará por metade as despesas com o instrumento da troca;
II - é anulável a troca de valores desiguais entre ascendentes e descendentes, sem consentimento dos outros descendentes e do cônjuge do alienante.
· É aquele em que a aquisição de uma coisa a outrem é feita mediante a contraprestação simultânea de outra coisa, de valor igual ou equivalente, ou mesmo desigual. Também é chamada de permuta, escambo ou barganha. 
· São suscetíveis de troca todas as coisas que puderem ser vendidas, não sendo necessários que sejam da mesma espécie. Assim, podem ser permutados: móveis por imóveis, imóveis por imóveis, coisa corpórea por coisa corpórea, coisa por direito, direito por direito.
EX.: trocar casa por uma partitura de música – desde que tenha valor patrimonial. 
Classificação: oneroso, translativo (transmissível), bilateral e, em regra, comutativo (troca por algo real) e consensual (consenso entre as partes – boa-fé). 
Troca de valores desiguais: a desigualdade de valores não desnatura a permuta, se além do bem houver uma parte em dinheiro chamar-se-á “torna”. É exceção e deve ser analisada caso a caso, pois se o valor em dinheiro for expressivo tornar-se-á compra e venda.
TORNA: o valor pago em dinheiro, além dos bens (pois os bens pagarão mais de 50% do valor). 
EX.: Casa vale 100.000,00 – pago com 2 carros (equivalente a 60.000,00) e + R$ 40.000,00. Esse valor em dinheiro se chama torna, pois é menor que o valor total dos bens.

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