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DIREITO CIVIL 2BIM

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Direito Civil
Contratos
O consignante não perderá o domínio dos bens consignados;
O consignante não poderá dispor das coisas consignadas;
O consignatário deverá pagar as despesas de custódia;
Se a coisa se perder o consignatário arcará com tal ônus.
CONTRATO ESTIMATÓRIO 
Negócio jurídico em que alguém (consignatário) recebe de outrem (consignante) bens móveis, ficando
autorizados a vendê-los, obrigando-se a pagar um preço estimado previamente, se não restituir as coisas
consignadas dentro do prazo ajustado”.
É também chamado de contrato de vendas em consignação. Diversamente da compra e venda, na
consignação, a tradição da coisa móvel não opera a sua transferência, mantendo o consignante a
propriedade sobre o bem e respondendo o consignado como depositário da coisa dada em consignação.
Entrega efetiva de coisa infungível e inconsumível (do contrário resultará em mútuo - art. 586). Ressalte-
se que a infungibilidade pode decorrer de convenção entre as partes (ex.: empréstimo de garrafas de vinho
apenas para ornamentar uma cerimônia).
Temporariedade, poderá ser por prazo determinado ou indeterminado (tempo necessário para o uso a que
se destinava). Não se admite comodato perpétuo, que, neste caso, se transforma em doação.
Restituir a coisa emprestada no momento devido (art.581)
Guardar e conservar a coisa emprestada como se fosse sua (art. 582, 1a parte);
Limitar o uso da coisa ao estipulado no contrato ou de acordo com a natureza (art. 582);
Responder pela mora e pagar pelo aluguel (aluguel pena) arbitrado pelo comodante pelo tempo de
atraso em restituir (art. 582, 2a parte);
Em situação de eminente risco da perda dos bens do comodante e do comodatário, e, este último,
tendo somente como salvaguardar os seus pertences abandonando os do comodante, deverá ser
responsabilizado pelo dano ocorrido, ainda que se trate de caso fortuito ou força maior. Vale enfatizar, que
mesmo nestes casos, não será suprimida a culpa do comodatário que pretere a coisa alheia emprestada em
prol de seus pertences (art. 583);
Responsabilizar-se solidariamente, se houver mais comodatários (art. 585).
EMPRÉSTIMO
.Esse tipo de contrato abrange tanto o comodato como o mútuo. Ambos os institutos se assemelham por
terem como objeto a entrega da coisa para ser usada e restituída ao dono originário ao final do negócio
estabelecido. Diferenciam-se em razão da natureza da coisa emprestada, pois se o bem for fungível o contrato
será de mútuo e, se o mesmo for infungível, comodato. Assim, temos duas espécies de empréstimo: o Comodato
e o Mútuo.
O comodato é o empréstimo de uso e o mútuo é o empréstimo de consumo.
 COMODATO Contrato pelo qual alguém entrega a outrem coisa infungível, para ser 
 usada temporariamente e depois restituída.
Comodante (aquele que empresta) 
Comodatário (aquele que recebe)
 Classificação 
Unilateral, Gratuito, Real, Personalíssimo, Fiduciário e Informal.
 Pressupostos 
 
 Obrigações do comodatário 
Não pedir a restituição do bem antes do prazo estipulado, salvo necessidade imprevista e urgente,
reconhecida pelo juiz (art. 581).
Pagar as despesas extraordinárias e necessárias feitas pelo comodatário (Ex.: Trocou todo o sistema
hidráulico da casa emprestada...). A regra estabelecida no art. 584 refere-se às despesas normais de uso da
coisa. Será que o comodatário tem direito de retenção? Sim.
Receber a coisa. Na recusa será constituído em mora, sujeitando-se à consignação em pagamento (art. 335).
Indenizar o comodatário pelos vícios ocultos que escondeu dolosamente e não preveniu.
Advento do prazo;
Resolução, por iniciativa do comodante, por inexecução contratual;
Resilição unilateral. Por sentença, a pedido do comodante, provada a necessidade imprevista e urgente; -
Distrato;
Morte do comodatário, se se convencionou que o uso era estritamente pessoal (intuito personae);
Alienação da coisa emprestada.
O comodato não se transfere aos herdeiros
Art. 465 = Contrato Preliminar. Se o comodante pactua a entrega do bem e não cumpre poderá arcar
com o dever indenizatório
Em regra, a morte de qualquer das partes pode gerar a extinção do comodato.
Se não houver prévia autorização de seu responsável, não poderá ser reavido do mutuário ou de seus
fiadores. 
Sua função é proteger os menores da exploração de usurários. Art. 588
 Obrigações do comodante
 Extinção 
 Observações Importantes
 É o contrato pelo qual uma das partes transfere uma coisa fungível a 
 MÚTUO outra, obrigando-se esta a restituir-lhe coisa do mesmo gênero, da 
 mesma qualidade e na mesma quantidade.
 
Mutuante (aquele que empresta) 
Mutuário (aquele que recebe)
 Classificação
 Unilateral, Gratuito (em regra, podendo ser oneroso), Informal e Real.
- O mútuo será oneroso na hipótese de empréstimo de dinheiro com cobrança de juros, chamado de
mútuo feneratício.
 
 Mutuo feito por Pessoa Menor
Se antes do vencimento da dívida o mutuante verificar notória mudança na situação financeira do
mutuário, poderá exigir uma garantia, que pode ser real (ex.: hipoteca, penhor) ou fidejussória (ex.: aval,
fiança)
 Se a garantia não for dada, haverá a chamada exceptio non rite adimpleti contractus diante do
vencimento antecipado da dívida (art. 590, 477 e 333, III).
Ate a próxima colheita (se for produtos agrícolas)
30 dias se for de dinheiro.
Espaço de tempo que declarar o mutuante se for qualquer outra coisa fungível. 
 A garantia no mútuo e a exceptio non rite adimpleti contractus
 Mútuo feneratício ou mercantil e a limitação de juros
Art. 591. O mútuo, neste caso, será considerado onerosopois envolve a cobrança de juros no caso
de empréstimo de dinheiro. 
O mutuário deve devolver ao mutuante o valor equivalente ao recebido, acrescido de juros, que é a
remuneração pelo uso do capital.
 Prazo para a realização do pagamento do mútuo
Art. 592
 
 Personalíssimo: pois se baseia na confiança, na presunção de lealdade e probidade do mandatário. 
Consensual: se aperfeiçoa com o simples consenso.
Não Solene: podendo ser admitido verbal ou tácito.
Gratuito: No caso de mandato conferido a advogado, corretor ou despachante se presume oneroso.
Unilateral: como é gratuito, então, só gera obrigação para uma das partes. Se o mandante vier a ter
obrigações no curso do contrato, decorrente de despesas que surgirem, o contrato poderá ser considerado
bilateral imperfeito.
Como é óbvio, faltando capacidade plena não podem firmar mandato os absolutamente e relativamente
incapazes.
 A procuração feita pelo representante dos absolutamente incapazes poderá ser firmada por instrumento
particular.
 No caso de relativamente incapaz deverá ser por instrumento público.
Outorga do cônjuge - art. 1647 do CC.
O analfabeto não tem firma e portanto somente poderá constituir procurador por instrumento público.
Mandatário não responderá por perdas e danos em razão da má execução do mandato.
O pródigo e o falido não são impedidos de exercer o mandato, pois é o mandante e não o mandatário
que se obriga.
O mandato somente pode ser conferido para a prática de atos jurídicos em que a lei não exija intervenção
direta do interessado.
CONTRATO DE MANDATO
.Mandato é contrato pelo qual alguém (mandatário ou procurador) recebe de outrem (mandante ou
representado) poderes para, em seu nome, praticar atos ou administrar interesses (art. 653 do CC).
O papel é a procuração. O seu conteúdo é o mandato.
O contrato em tela não tem o nome de “procuração”. Esta é apenas o instrumento do mandato. Ou seja, a forma
como o mandato se exterioriza.
 Classificação
 A Procuração como instrumento de Mandato
 
Embora o mandato não exija requisito formal, podendoser expresso ou tácito, verbal ou por
escrito, o mais comum é o mandato escrito, tendo como instrumento a procuração.
.
Reconhecimento de Firma? Ler o art. 654, § 2o. Ressalte-se que na procuração ad judicia não
necessita (art. 105 NCPC).
 Pessoas que podem outorgar a procuração 
Art.654 do CCA.
 Pessoas que podem receber mandato 
 
Há as sequintes hipóteses: 
Se tem poder para substabelecer - o substabelecido torna-se representante do mandante, sendo que o
substabelecente/mandatário fica isento de qualquer responsabilidade, quanto aos atos do substabelecido 
Se o mandatário não tem (omissa a procuração) poderes para substabelecer: §4º do 667 - neste caso
quem responde é o substabelecente. 
Se o mandatário foi, na procuração, expressamente proibido de substabelecer: §§ 1º e 3º do 667 - o
substabelecente responderá não só pelos atos do substabelecido como pelos danos oriundos de caso
fortuito. Somente se exonerá se ocorrer as hipóteses do 667, § 1º do CC 
Se for omissa – o procurador será responsável se o substabelecido proceder culposamente 
COM reserva de poderes: o substabelecente conserva os poderes recebidos, para poder usá-los
juntamente com o substabelecido, total ou parcialmente.
SEM reserva de poderes: a cessão dos poderes é integral e o mandatário
desvincula-se do contrato, que passa a responsabilidade exclusiva ao substabelecido.
Se o mandato originário tinha poderes para substabelecer;
Se o mandante teve ciência do substabelecimento ou a ele aquiesceu;
Se os serviços prestados pelo substabelecido lhe forem proveitosos.
Expresso ou tácito: aquele que se exterioriza pela forma explícita é o chamado de expresso, podendo ser
verbal ou escrito. Já o tácito se dá quando uma pessoa, por determinação de outra, ou mesmo da lei, tem
deveres definidos, como por exemplo, o previsto no art. 1643 I e II CC;
Verbal ou escrito: será verbal quando independer de qualquer documento escrito, podendo ser provado
por meio de testemunhas. Será escrito quando se materializar por instrumento público ou particular;
Gratuito ou remunerado (art. 658 do CC);
Judicial ou legal: pelo art. 692 do CC, ao mandato judicial (procuração ad judicia) aplica-se a lei 8.906/94
(Estatuto da OAB) em seu art. 5o § 2o, bem como o art. 105 do NCPC, aplicando o CC somente
subsidiariamente. Já o mandato legal, decorre da lei, não sendo necessário qualquer instrumento (ex.:
tutores).
Simples ou empresário: sendo simples não envolverá interesses mercantis; já o empresário se destina à
prática de atividades empresárias (arts. 966 a 1.018 do CC);
Geral ou especial (art. 660 do CC). É especial quando é destinado a um ou mais negócios
determinadamente e, será geral quando se referir a todos os negócios do mandante. O mandato especial é
restrito aos atos determinados pelo mandante na procuração, não podendo ser estendidos a outros, ainda
que da mesma natureza.
Em termos gerais com poderes especiais (art. 661 do CC). O mandato em termos gerais sofre a restrição
de somente conferir poderes de administração, tais como pagamento de impostos, contratação de
funcionários etc. Para atribuir os que exorbitam a mera administração (alienar, hipotecar, transigir) depende
de procuração com poderes especiais e expressos (art. 661 § 1o CC). 
 
 Substabelecimento
Art. 655 CC - É a transferência a outrem dos poderes conferidos no mandato.
1.
2.
3.
4.
 O substabelecido poderá cobrar diretamente do mandante:
 Espécies
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
Conjunto ou simultâneo - todos os mandatários devem participar da prática do ato. Há a presunção de que o
mandato outorgado a mais de uma pessoa é simultâneo;
Solidário - cada mandatário pode agir de forma isolada, atuando como se fosse o único mandatário. A
solidariedade deve ser expressa;
Sucessivo ou substitutivo - estabelece uma ordem de nomeação;
Fracionário - confere poder distinto a cada um dos mandatários.
 8.Mandato plural: art. 672 - quando outorgado a mais de uma pessoa
 Aceitação do Mandato
 
Art. 659 CC - Sendo o mandato um contrato, exige aceitação para se aperfeiçoar ainda que não seja
expressa.
 Ratificação do Mandato
Art. 662 e art. 665 do CC.
Quando há excesso de mandato quanto a esses limites e ao tempo em que poderiam ser exercidos o ato será
ineficaz em relação àquele em cujo nome foram praticados. Entretanto o mandante poderá ratificar, confirmar o
ato. Tal ratificação tem efeito ex tunc.
 Obrigações do Mandatário
 
A obrigação do mandatário é uma obrigação de meio.
a) Agir em nome do mandante, dentro dos poderes conferidos na procuração;
b) Aplicar a diligência habitual na execução do mandato e indenizar qualquer prejuízo causado por culpa
sua ou daquele a quem substabelecer (art. 667 CC);
c) Responder pelos danos ocorridos sob a gerência do substabelecido, conforme o caso (art. 667 CC);
d) Prestar contas de sua gerência ao mandante, transferindo-lhe as vantagens provenientes do mandato,
por qualquer título que seja (arts. 668 a 670 do CC). O dever de prestar contas é inerente ao mandato,
porque o mandatário acha-se incumbido de gerir negócio alheio.
e) Apresentar o instrumento do mandato às pessoas com quem contratar em nome do mandante (art.
654, §2o);
f) Concluir o negócio já começado, embora ciente da morte, interdição ou mudança do estado do
mandante, se houver perigo da demora (art. 674 e 682 do CC).
 Obrigações do Mandante
 
a) Satisfazer todas as obrigações contraídas pelo mandatário, na conformidade do mandato conferido
(art. 675, 1a parte do CC). Para que subsista esta responsabilidade o mandatário não pode ter agido em nome
próprio e que tenha precedido em conformidade com o mandato recebido. Lembre-se da RATIFICAÇÃO;
b) Adiantar a importância das despesas necessárias à execução do mandato quando o mandatário lho
pedir (art. 675, 2a parte do CC). Portanto, o mandatário poderá abster-se de praticar o ato se pedir adiantamento
e o mandante não o atender;
c) É obrigado a pagar a remuneração ajustada (art. 676, 1a parte do CC);
d) Ressarcir ao mandatário as perdas que este sofrer com a execução do mandato, sempre que não
resultem de culpa sua ou de excesso de poderes (art. 678, do CC);
e) Pagar perdas e danos se revogar contrato irrevogável (art. 683 do CC);
Pela revogação ou pela renúncia;
Pela morte ou interdição de uma das partes;
Pela mudança de estado que inabilite o mandante a conferir os poderes, ou o mandatário para os
exercer.
Pelo término do prazo ou pela conclusão do negócio.
 
 Extinção do Mandato 
Art. 682. Cessa o mandato:
A revogação é realizada pelo mandante. Em regra o mandato é negócio jurídico revogável ad nutum, pois o
mesmo funda-se na confiança do mandante no mandatário e neste contrato predomina o interesse do
mandante. Pode ser total ou parcial. Pode ainda ser expressa ou tácita.
Exs. de tácita: nomeação de novo mandatário, o mandante passa a assumir pessoalmente a gerência do negócio
(art. 687 do CC).
A morte do representante do incapaz não extingue o contrato. Contudo a dissolução da sociedade e a extinção
de sua personalidade põem termo ao mandato (arts. 690 e 691 CC).
Ex. Quando um pai que representando um filho, havia passado uma procuração e este se casa adquirindo a
maioridade cessa o mandato.
 Irrevogabilidade do Mandato
Se revogar, responde por perdas e danos (art. 683 do CC).
 Mandato em causa própria 
Art. 685 CC
Ex.: o vendedor do imóvel constitui o próprio comprador como seu procurador para representá-lo em cartório
por ocasião da lavratura da escritura definitiva de compra e venda.
CONTRATO DE DEPÓSITO 
É um contrato em que uma das partes (depositário) recebendo de outra (depositante) uma coisa móvel, se
obriga a guardá-la, temporariamente, para restituí-la no momento aprazado, ou quando for reclamada pelo
depositante.
A finalidade do contrato é a guarda de coisa alheia. Dessa forma, a princípio, o bem não deve ser usado pelo
depositário (locação se remunerado e comodato, se gratuito), deve apenas ser guardadopor este. Exs.:
contrato de estacionamento, guarda de joias em cofre, guarda-volumes, hotéis de cachorro, etc.
 Classificação
 É unilateral e gratuito (art. 628), real (art. 627), não solene (art. 646 - a forma escrita é apenas para prova do
depósito voluntário e não para a validade deste) e temporário (o tempo pode ser fixado por prazo determinado
ou por prazo indeterminado).
 Espécies
 1.Depósito Voluntário (arts. 627 a 646) - é o que se faz espontaneamente, mediante contrato entre os 
 interessados, resulta da própria vontade das partes.
 2.Depósito Necessário ou Obrigatório (arts. 647 a 652) - é o que se realiza em consequência de 
 circunstâncias que o impõem, assim, não depende da vontade das partes. Esta espécie se subdivide em:
 2.1 Legal: é o depósito obrigatório feito em desempenho de obrigação prescrita em lei;
 2.2 Miserável: é o que se faz necessariamente por ocasião de alguma calamidade pública, como p. ex., o de 
 móveis retirados de uma casa que está incendiando ou inundada;
 2.3 Do hospedeiro: que abrange as bagagens dos hóspedes (art. 649). É também chamado de depósito 
 necessário por assimilação.
 3. Depósito judicial ou Sequestro: quando o juiz entrega a terceiro coisa litigiosa com o intuito de preservar 
 incolumidade, até que se decida a causa principal. Preserva o estado da coisa, até que se decida de 
 quem ela é. 
OBS: depósito pode ser ainda denominado como REGULAR, quando se refere a uma coisa individualizada, não
consumível, sendo necessária a restituição da mesma. Também temos a hipótese do chamado IRREGULAR,
quando o depositário se obriga a restituir outra coisa do mesmo gênero, qualidade e quantidade, é o mútuo, p.
ex., o depósito bancário.. 
 Requisitos
Subjetivos:
Capacidade genérica das partes para praticar os atos da vida civil (art. 641 CC).
Objetivos:
Objetos móveis, corpóreos e infungíveis (em regra). Com coisa fungível é o depósito irregular. 
Formais :
A forma é livre, embora a lei reclame para efeito de prova, o instrumento escrito quando o
depósito for voluntário (art. 646).
Direito de ser restituído pelas despesas necessárias (art. 649);
Direito de reter a coisa em caso de falta de pagamento (o direito de retenção é conferido para a garantia
de duas pretensões: 1) a de ser reembolsado das despesas feitas na coisa; 2) a de ser indenizado dos
prejuízos provenientes do depósito (arts. 633 e 644);
Direito de requerer o depósito judicial da coisa (art. 635);
Terá o dever de custodiar a coisa com o devido zelo (art. 629);
Não utilizar a coisa sem autorização do depositante (art. 640);
Restituir a coisa findo o prazo e no lugar pactuado (art. 631) e se responsabilizar pela coisa.
 Direitos e Deveres do Depositário 
 
 
 Direitos e Deveres do Depositante
O depositante, assim que solicitar o bem, terá o direito de recebê-lo, e de receber indenização em caso de
ocorrer dano na coisa depositada. Terá que pagar ao depositário as despesas feitas com a coisa e os prejuízos
que do depósito provierem (art. 643).
Obs.: Não é necessário, embora seja a regra, que o depositante seja proprietário da coisa depositada.
 Riscos
No depósito, é o depositante que suporta os riscos (res perit creditori). Entretanto o depositário terá que
provar que a coisa se perdeu sem culpa sua. Como é cediço, se estiver em mora assumirá os riscos. Ler art.
636 do CC.
 
 Da Prisão do Depositário Infiel
O art. 652 não possui mais aplicabilidade no ordenamento jurídico brasileiro tendo em vista o enunciado da
Súmula Vinculante n.o 25 do STF e Súmula 419 do STJ.
 Extinção do Contrato de Depósito 
 1. Vencimento do prazo
 2. Manifestação unilateral do depositante
 3. Perecimento da coisa depositada
 4. Morte ou incapacidade superveniente do depositário (art. 641 CC)
Obs.: Lei n. 2.313/54: depois de vinte e cinco anos, quando a coisa não for reclamada, será recolhida para o
Tesouro Nacional.
Não se trata somente de coisas móveis, em regra é de coisas móveis, mas não é uma situação exclusiva. 
Atualmente, quando se fala em locação, ter-se-á sempre em mente a ideia de locação de coisas (locatio
rei).
Locador sede uso de determinado bem, coisa, para o locatário por tempo determinado ou não. 
Sempre existe pagamento!
Locatário tem como obrigação pagar o que foi determinado (aluguel). Locatário no campo pratico pode
oferecer objeto ou serviço ao invés do pagamento do dinheiro. Porém, em regra, o aluguel é pago em
dinheiro. 
CONTRATO DE LOCAÇÃO 
I - Locação de coisas
II - Locação de prédios urbanos - locação residencial 
III - Locação para temporada
IV - Locação não-residencial
V - Ações Locatícias
 LOCAÇÃO DE 
 COISAS 
Arts. 565 a 578 do CC.
 Classificação
a) bilateral, pois confere obrigações e direitos recíprocos;
b) oneroso, como se vê do próprio conceito legal, pois é da natureza do contrato a retribuição econômica por
parte do locatário;
c) consensual, pois se forma só pelo acordo de vontades, sem exigir forma específica (no caso de locações
prediais urbanas, a lei dá (art. 46 da lei 8.245/91) um tratamento especial às locações reduzidas a contrato
escrito, incentivando sua utilização, como se verá no ponto específico); a tradição da coisa, como na compra e
venda, já diz respeito à fase da execução do contrato, não se trata de contrato real;
d) comutativo, porque as partes já tem conhecimento de suas respectivas prestações, em regra, na celebração
da avença; e
e) não solene, pois a lei não exige forma específica para sua validade. Todavia, os efeitos do contrato podem ser
diferentes conforme houver registro ou não. A proteção do locatário, em caso de alienação do bem, é maior se
houver registro (art. 576).
Em regra, o contrato de locação não é personalíssimo, embora possa se tornar mediante consentimento das
partes.
Além disso, o contrato de locação é de execução continuada ou de trato sucessivo, pois envolve prestações
seguidas no tempo;
A cessão da coisa - objeto do contrato de locação
O preço - o aluguel
O prazo - o tempo da locação
 Elementos do contrato de locação
 Obrigações do locador
A fundamental é a de proporcionar ao locatário o uso e gozo da coisa locada, a qual pode ser desdobrada,
basicamente, nos deveres de entrega, manutenção e garantia da coisa locada.
A entrega é o ato por meio do qual a coisa locada muda de possuidor, e presume-se que deve ser feita ime-
diatamente, junto com os seus acessórios e pertenças, salvo se em contrário dispuser o contrato.
A questão da manutenção da coisa envolve, naturalmente, o tratamento jurídico da conservação e reparação
do bem, em razão de sua natural deterioração.
A garantia, deve ser obrigação do locador garantir ao locatário o uso pacífico da coisa, para o fim a que se
destina. Locador deve garantir o locatário quanto a:
a) vícios da coisa, ou defeitos que possam prejudicar o seu uso.
b) incômodos ou turbações de terceiros, embora caiba ao locatário “o desforço que a lei lhe assegura.
c) Abstenção de incômodos.
d) Evicção. Se for total, além da resolução do contrato decorrente da própria evicção, o locatário deve ser
indenizado dos frutos que tiver que restituir, as despesas dela oriundas, além das perdas e danos. Se parcial a
evicção, o locatário pode pedir a resolução do contrato ou abatimento proporcional no aluguel.
e) Atos da administração pública - não só a desapropriação, mas também os chamados fatos do príncipe que
desnaturem a coisa ou o uso a que ela se destina, exceto se causadas pelo próprio locatário.
 Obrigações do locatário
A mais importante delas é a de pagar pontualmente o aluguel, na forma ajustada no contrato. 
Deve também o locatário usar a coisa para os usos convencionados ou presumidos, tratando-a como se
sua fosse (art. 569, I).
O locatário deve ter a diligência esperada para o cuidado com a coisa, de maneira, por exemplo, a impedir a
deterioraçãodo bem se ela é evidente, sem prejuízo de seu dever de pequenos reparos e consertos já
mencionado.
O locatário é obrigado a levar ao conhecimento do locador as turbações de terceiros, exemplo, som alto. 
Por fim, findo o contrato de locação, deve o locatário restituir a coisa no estado em que a recebeu, salvo por
sua deterioração natural.
 Alienação do bem durante o prazo locatício:
A questão está regulada no art. 576 do código, sem prejuízo das regras específicas da Lei no 8.245/91. O
adquirente do bem somente estará obrigado a respeitar a locação se o contrato contiver cláusula expressa e
tiver sido submetido ao registro próprio.
 Direito de retenção:
É um poder, uma defesa que a lei dá ao locatário de conservar em sua posse a coisa alheia locada,
mesmo depois de findo o prazo contratual, enquanto não lhe forem indenizadas as despesas ou perdas sofridas
em razão da coisa. Pode-se dizer até que é um dos poucos casos de “Justiça privada” aceita pelo Direito
brasileiro.
A lei confere direito de retenção ao locatário pelas benfeitorias necessárias (art. 96, §3o,“São necessárias
as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore”), e também pelas úteis (art. 96, §2o, “São úteis
as que aumentam ou facilitam o uso do bem”), caso tenham sido feitas com o consentimento do locador (art.
578). 
 LOCAÇÃO DE 
 PRÉDIOS URBANOS

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