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UNIP – UNIVRSIDADE PAULISTA
Campus São José do Rio Pardo - SP
Trabalho de Direito de Família
Curso: Ciências Jurídicas e Sociais;
Turma: 9° Semestre
São José do Rio Pardo – SP
2022
I. Família e afeto 
1. O Afeto
No que tange o direito de família, no sentindo mais amplo da expressão, inclusive expressão de amor, são encontradas com maior ênfase e implicam uma serie de consequências. Falar do envolvimento familiar sem ponderar a relevância do afeto, do amor, como fator inerente a relação importa negar aos membros do corpo social familiar, a verdadeira realidade da vida, ou seja, analisar apenas sob uma ótica limitada uma estrutura tão complexa como o vínculo familiar entre cada membro desta coletividade.
Essa presença deve ser observada, sob o ponto de vista da necessidade humana de união, sendo assim, quando se sustenta a existência de amor nas relações familiares, não se quer dizer que está efetivamente presente, mas que de alguma forma, este sentimento deva permear tais enlaces, eis que nas relações entre cada ser humano deve ser presente, mesmo que de forma mediana.
 Além disso, o amor tem fundamento jurídico, a rechaçar qualquer pensamento contrário, pois a própria Constituição Federal expressamente determina a proteção à comunidade formada pelos pais e seus descendentes, e a proteção aos filhos, inclusive adotivos, que correspondem juridicamente ao vínculo afetivo, amoroso, constituído no seio familiar.
Existem leis que abordam a afetividade como modo de legitimar a estrutura familiar. Nos artigos 226 e 277 da CF, por exemplo, abrange a ênfase do legislador no aspecto da convivência familiar, sobretudo na perspectiva da criança. Essa ideia é reforçada pela possibilidade de obtenção da guarda da criança por terceiro que demonstre afinidade e afetividade com a criança:
Art. 1.584. [...]
§5º Se o juiz verificar que o filho não deve permanecer sob a guarda do pai ou da mãe, deferirá a guarda a pessoa que revele compatibilidade com a natureza da medida, considerados, de preferência, o grau de parentesco e as relações de afinidade e afetividade.
2. família no sistema jurídico brasileiro
O art. 226 do texto constitucional projeta a família como um porto seguro digno da proteção do Estado. No § 5º do mesmo artigo, homem e mulher são tratados de forma igualitária nas relações conjugais pela Constituição. O caput do artigo 226 consagra que a entidade familiar é caracterizada pela comunhão plena de vida entre as pessoas, fundadas em laços de afeto, não mais sendo caracterizada apenas pelo instituto do casamento e, diante dessa classificação, qualquer família merece a proteção e a guarda pelo Estado.
Alguns avanços no Direito de Família ocorreram até 1988, como por exemplo a ampliação das possibilidades de reconhecimento de filhos fora do casamento e a edição da Lei nº 6.515/1977 que permitiu o divórcio no país, em um sinal positivo da evolução social.
O Código mantinha o homem como elemento central da legislação, qualificando-o através da figura do contratante, do proprietário, do pai de família e do testador. Especificamente no Direito de Família, vigia um intenso conservadorismo e caráter patriarcal da família, mantendo-se a sociedade conjugal sob o poder do marido e relegando a mulher a uma mera função colaborativa (vide art. 233 do Código Civil de 1916)
A concepção moderna de família não se pauta mais pela autoridade, e sim pela cooperação. Apesar de estar cada vez mais reduzida pelas necessidades do mundo atual, a família ainda é considerada núcleo essencial para o desenvolvimento de seus membros. O perfil contemporâneo da entidade familiar preza pela pluralidade, no qual “o diálogo, o afeto e a solidariedade podem ajudar nos conflitos que se apresentam diversificados em cada configuração familiar”. 
Uma das grandes mudanças da família deve-se a sua grande pluralidade de formas admitidas pela Constituição, demonstrando que “através da aplicabilidade do Princípio do Afeto, elemento norteador das famílias contemporâneas, todas as famílias merecem proteção do Estado, por meio de atitudes de vida plena e que estruturam os laços familiares”
Destaca-se que o reconhecimento jurídico da afetividade na formação dos núcleos familiares deve se dar por meio do equilíbrio e razoabilidade; de modo que, ao fim e ao cabo, o bem estar das partes envolvidas deve estar em consonância com os demais princípios e diretrizes do ordenamento jurídico, devendo priorizar uma forma que desemboque em uma atuação isonômica que atenda com as necessidades, realidades e diversidades da formação do núcleo familiar da sociedade atual.
“(...)A Constituição da República de 1988 inseriu acentuadas transformações no conceito de família, influenciadoras sobre o Código Civil de 2001, que redimensiona as relações familiares no contexto do Estado Democrático de Direito. Dentre os princípios constitucionais de Direito Civil no âmbito familiar, merece relevância e destaque o princípio da afetividade, pelo qual o escopo precípuo da família passa ser a solidariedade social para a realização das condições necessárias ao aperfeiçoamento e progresso humano, regendo o núcleo familiar pelo afeto (...) (SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA, 2016).’
II. Casamento
1. Conceito
Com base a uma teoria clássica, o casamento é um contrato celebrado entre sujeitos de direito, para a comunhão de seus bens e a satisfação dos seus interesses, conforme eles deliberarem, porém sempre em observância à lei. A principal crítica que pode ser feita a essa teoria é a de que o contrato versa sobre objeto economicamente apreciável, não se podendo contratualmente estabelecer deveres de assistência imaterial, fruto da solidariedade familiar constitucionalmente assegurada. 
2. Características de casamento 
De acordo com a lei, doutrina e jurisprudência, o casamento tem caráter personalíssimo, presa a liberdade na escolha dos parceiros, que podem inclusive ser do mesmo sexo. 
É de união indissolúvel, não podendo ser rompido senão nas hipóteses previstas em lei. É monogâmico. Tem solenidade na celebração, sob pena de não se reputar celebrado o casamento civil.
Submissão dos aspectos patrimoniais referentes ao casamento à norma jurídica de ordem publica aplicável, conforme o regime de bens adotado.
Inadmissibilidade de termo ou condição para sua realização.
Estabelecimento de plena comunhão de vida
3. Igualdade de direitos entre marido e mulher
O novo Código transmite a igualdade de direitos e deveres entre marido e mulher, por isso que o artigo 1.567 estabelece que compete a ambos a direção da sociedade conjugal, em mutua colaboração, sempre no interesse do casal e dos filhos. Em caso de eventual divergência, não mais prevalece a vontade do homem, sendo facultado qualquer dos cônjuges recorrer a solução judicial.
Com esta igualação de direitos, permite-se a ambos os nubentes, querendo, acrescer ao seu o sobrenome do outro (parágrafo único do art.1.565), diversamente do que consta do parágrafo único do art. 240 do atual código, o qual faz menção ao acréscimo do apelido marital como privilégio da mulher.
Certos dispositivos do nosso atual Código Civil fazem menção a família legitima e ilegítima e discriminando os filhos pela sua origem, por não serem os pais casados ou por estarem impedidos em razão de outro casamento e parentesco.
A inovação foi consequência das notáveis transformações operadas no próprio conceito de família, outro passou a ser o tratamento jurídico conferido as pessoas que compõem este agrupamento humano. Antes, só havia família legitima pelo casamento ou de parentesco.
A inovação foi consequência das notáveis transformações operadas no próprio conceito de família. Outro passou a ser o tratamento jurídico conferido às pessoas que compõem este agrupamento humano. Antes, só havia família legítima pelo casamento. Fora desse modelo oficial, a união era considerada irregular e ilegítimos eram os filhos daí resultantes. Agora, por força do disposto no artigo 226 e §§ da nova Carta, admite-se como entidade familiar, ao lado docasamento, a união estável entre homem e mulher, que veio a ser regulamentada por leis próprias (n. 8.971/94 e n. 9.278/96), com o estabelecimento de novos direitos aos companheiros. Acrescente-se, ainda, como espécie de família natural, digna de proteção do Estado, a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes.
Já não se fala mais do homem como chefe da sociedade conjugal, e na mulher como simples colaboradora, companheira e consorte (arts. 233 e 240 do Código Civil vigente). Também não mais prevalece a posição privilegiada do pai no exercício do pátrio-poder (art.380 do atual Código, de resto alterado pelo artigo 21 da Lei n. 8.069/90 ou na outorga de emancipação aos filhos (art. 9°, inciso I, do Código atual). Nem se pode discriminar a mulher deflorada, para fins de anulação do casamento (art. 219, IV) . Tampouco subsiste o privilégio da mulher no tocante a propriedade exclusiva dos bens reservados (art.246 do código Civil atual) ou ao foro de seu domicílio nas ações de estado (art. 100, I do Código de Processo Civil).
Ao explicitar os deveres conjugais, o novo Código civil restringe-se aos de veres mútuos, isto é, que competem tanto ao marido quanto à mulher. Seu artigo 1.566 repete os dispositivos do atual Código (art. 231), e enumera os deveres de fidelidade recíproca, vida em comum, assistência e sustento, guarda e educação dos filhos; mas acrescenta o dever de respeito e consideração mútuos, como prevê a Lei n. 9.278/96 com relação aos conviventes em união estável.
4. Espécies de casamento
O atual Código Civil, cuida apenas do casamento civil, deixando o casamento religioso para a lei registraria. O novo Código vem corrigir essa omissão ao estabelecer expressas disposições sobre o casamento religioso, nos artigos 1.515 e 1.516. A validade civil do casamento religioso continua vinculada à exigência de sua inscrição no registro próprio, que é o Registro Civil das Pessoas Naturais, desde que atendida a providência da habilitação dos nubentes, antes ou depois da celebração religiosa.
Além do casamento civil e religioso, existem outras formas de celebração e efeitos jurídicos:
Casamento por procuração: exige o artigo 1.542 do novo Código Civil, que outorga se dê por instrumento público, com poderes, especiais, valendo pelo prazo de 90 dias. Para revogação do mandato também se demanda instrumento público. Se a revogação não chegar ao conhecimento do mandatário, realizando-se o ato nupcial, respondera o mandate por perdas e danos
Casamento nuncupativo: O casamento nuncupativo é aquele realizado "in extremis vitae momentis" ou "in articulo mortis", ou seja, no caso de um dos contraentes se encontrar em iminente risco de vida e não for possível obter a presença da autoridade celebrante ou de seu substituto. São necessárias seis testemunhas, que com os nubentes não tenham parentesco em linha reta, ou, na colateral, até segundo grau.
Casamento putativo: trata-se do casamento nulo ou anulável, porém contraio de boa-fé por um ou por ambos os cônjuges. Produz efeitos para o cônjuge de boa-fé até o dia da sentença anulatória. Com relação aos filhos comuns, os eleitos subsistirão sempre, independentemente da boa-fé dos genitores.
Casamento consular: é aquele celebrado por brasileiro no estrangeiro, perante autoridade consular brasileira, conforme previsto no atual Código Civil, artigo 204, parágrafo único, e na Lei de Introdução ao Código Civil, artigo 18. O artigo 1.544 do novo Código Civil dispõe que esta espécie de casamento deve ser submetida a registro em cartório, no Brasil, no prazo de 180 dias, a contar da volta de um ou ambos os cônjuges ao país. A mesma exigência se aplica ao casamento de brasileiro ou de estrangeiro realizado fora do país, de acordo com as leis locais.
5. Causas suspensivas
Fora do rol dos impedimentos matrimoniais, o novo Código Civil enumera, em seu art. 1.523, as chamadas causas suspensivas, que o atual Código, no art.183, incisos XIII a XV, inclui nos impedimentos do tipo meramente impediente ou proibitório. São determinadas circunstâncias que obstam à realização do casamento, mas podem deixar de ser aplicadas por autorização judicial, e, de qualquer forma, ainda que infringidas, não constituem motivo para invalidação do ato. Na linguagem do novo Código, não devem casar as pessoas enquadradas naquelas situações, o que significa um comando de restrição menor que o impeditivo. O enquadramento se refere às seguintes pessoas: a) viúvo ou viúva com filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros - a finalidade é de cunho protetivo aos filhos do anterior casamento. A causa pode deixar de ser aplicada mediante autorização do juiz se o interessado provar a inexistência de prejuízo, como na hipótese de não haver bens a partilhar (inventário negativo); b) viúva ou mulher cujo casamento se desfez por nulidade ou anulação, até 10 meses depois do começo da viuvez ou da dissolução da sociedade conjugal - objetiva-se evitar a turbatio sanguinis, pelo eventual nascimento de filho nesse período. Obviamente que não se aplica a causa suspensiva se provado o nascimento do filho, ou inexistência de gravidez; o dispositivo não menciona impedimento para casamento de mulher divorciada há menos de 10 meses pela simples razão de que o divórcio exige prazo mais dilatado que esse, seja por conversão da separação judicial (um ano) ou pela via direta (dois anos); c) o divorciado, enquanto não homologada ou decidida a partilha dos bens do casal. Pretende-se evitar questionamentos sobre os bens comuns na hipótese de novo casamento de um dos divorciados, em face do regime de bens adotado, mas não se aplica a causa se provada inexistência de prejuízo; d) o tutor ou curador e seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas. A proteção aqui, direciona-se aos menores ou incapazes que possuam bens suscetíveis de eventual cobiça dos seus representantes legais.
III. Regime de bens
Regime de bens é o conjunto de normas que disciplina na relação jurídico-patrimonial do casamento. É o estatuto patrimonial. Sua disciplina é regida por três princípios fundamentais:
Liberdade de escolha em regra, o regime de bens é livre opção dos nubentes, não podendo o estado impor a escolha, salvo motivos relevante (art. 1.641)
Variabilidade: não existe um regime único.
Mutabilidade: com o advento do CC/2002, admitiu-se o direito de modificar o regime de bens, a qualquer tempo, desde que observados os requisitos legais
A escolha do regime opera-se por meio de um negócio jurídico especial e solene: pacto antenupcial, que deve ser lavrado por escritura pública, ficando condicionado ao casamento (art. 1.653), de modo que temos uma condição suspensiva. Por meio do pacto, inclusive, é possível a adoção de um estatuto patrimonial híbrido, conciliando regras de regimes diversos. O julgador deve se atentar, nessas situações, sobre os efeitos no direito sucessório, aplicando-se as regras do regime que prevalecer.
Antigamente, no CC/1916, havia o chamado regime dotal, sendo o dote um bem ou conjunto de bens que a mulher, ou um terceiro por ela, transfere ao marido, para que este tire de seus rendimentos recursos necessários para atender os encargos do lar. A mulher poderia conservar sob a sua exclusiva propriedade determinados bens incomunicáveis, denominados bens parafernais
Atualmente, o direito civil brasileiro reconhece os seguintes regimes:
1. comunhão parcial
2. comunhão universal
3. separação convencional
4. separação obrigatória/legal
5. participação final nos aquestos
Até a entrada em vigor da lei do divórcio, lei 6.515/77, o regime
supletivo era o da comunhão universal de bens. Atualmente, é o da comunhão
parcial de bens (art.1640), que será aplicado no caso de ausência de pacto
antenupcial ou no caso de ser considerado inválido.
Há situaçõesem que a lei impõe o regime de separação de bens. Como no caso do art. 1.641. Por se tratar de uma norma limitadora da autonomia da vontade não admite uma interpretação extensiva, ampliativa ou analógica, entendendo a doutrina que não se aplica à união estável.
1. Comunhão parcial de bens
Neste regime, há comunicabilidade dos bens adquiridos a título oneroso na constância do matrimônio, por um ou ambo s os cônjuges, preservando-se ,assim, como patrimônio pessoal e exclusivo de cada um, os bens adquiridos por causa anterior ou recebidos a título gratuito a qualquer tempo. A comunicabilidade dos aquestos não é absoluta, conforme artigos 1.659 a 1662do CC.
2. Comunhão universal
Aqui, temos uma fusão do patrimônio anterior dos cônjuges e, bem assim, a comunicabilidade dos bens havidos a título gratuito ou oneroso, no curso do casamento, inclusive obrigações assumidas. Destaque-se que a comunicação de bens é plena, mas não absoluta, pois existem bens incomunicáveis descritos no art. 1.668 do CC.
Com relação à administração dos bens, aplicam-se as mesmas regras referentes ao regime da comunhão parcial. Por fim, sendo extinta a comunhão pela dissolução do casamento sendo efetuada a divisão do ativo e do passivo entre as partes, cessará a responsabilidade de cada um para os credores do outro (art. 1.671 do CC).
3. Separação de bens
O regime da separação pode ser convencional ou legal. Como regra básica do regime, não haverá a comunicação de qualquer bem, seja posterior ou anterior à união, cabendo a ad ministração desses bens de forma exclusiva cada um dos cônjuges (art. 1.687 do CC). Justamente por isso, cada um dos cônjuges poderá alienar ou gravar com ônus real os seus bens mesmo sendo imóveis, nas hipóteses em que foi convencionada a separação de bens. Em relação à separação legal ou obrigatória, persiste a polêmica relativa à comunicação, retirada da Súmula 377 do STF. Inobstante a independência patrimonial, o suporte fático autoriza a participação patrimonial d e u m cônjuge sobre bem do outro, se efetivamente demonstrada a aquisição patrimonial pelo esforço comum. Por fim, o fato de haver uma separação total dos bens dos cônjuges não lhes retira as obrigações pecuniárias decorrentes das relações jurídicas estabelecidas em benefício da família.
4. Participação final nos aquestos 
Adotado em países s como a Alemanha e a França, cuida-se de um regime híbrido, com características de separação e de comunhão parcial de bens. Durante o casamento, cada cônjuge possui patrimônio próprio e administração exclusiva dos seus bens, cabendo-lhes, no entanto, à época da dissolução da sociedade conjugal, direito de meação sobre os bens aquestos onerosamente adquiridos pelo próprio casal. Diferencia-se da comunhão parcial pois a comunicabilidade toca apenas ao patrimônio adquirido em conjunto pelos próprios consortes
IV. Divorcio
O conceito de divórcio e o de separação judicial são muito semelhantes, entretanto se diferenciam quando analisam os detidamente. Enquanto neste, embora separados de corpos ainda subsiste o vínculo matrimonial, aquele promove a cessação definitiva do casamento, e assim põe termo aos deveres de inerentes ao instituto. É necessário dizer que o status civil divorciado somente poderá ser desconstituído se houver novo casamento, sendo assim o divórcio é irreversível. O divórcio direto poderia ser requerido, desde que comprovada a separação de fato por mais de dois anos. Não era exigido a demonstração do motivo da separação ou eventual culpa de um dos cônjuges. A lei não mais obriga que os dois anos de separação de fato sejam consecutivos. Encontros sazonais do marido e da mulher, sem objetivo de reconciliação, não interromperá o prazo da separação de fato.
1. A separação judicial e o divorcio na CF/88 e no Código Civil 2002
O artigo 1571[4] do código civil de 2002 estabelece as formas de dissolução da sociedade conjugal: 
A sociedade conjugal termina: 
I – pela morte de um dos cônjuges 
II – pela nulidade o u anulação do casamento 
III – pela separação judicial 
IV – pelo divórcio 
Parágrafo 1º - O casamento válido dissolve pela morte de um dos cônjuges ou pelo divórcio, aplicando-se a presunção estabelecida neste código quanto ao ausente. 
Conforme Carlos Roberto Gonçalves, a de nominação "desquite" foi acrescentada ao ordenamento civil, quando vigorava o código de 1916, entretanto a lei do divórcio substituiu "desquite" por "separação judicial". O termo “desquite" era utilizado para diferenciar a separação judicial de corpos e de bens do divórcio com dissolução do laço conjugal. Tal possibilidade era consagrada em outros países, exceto no Brasil. Após algum as atualizações no nosso ordenamento jurídico, a legislação brasileira autorizou o divórcio e o termo "desquite" ficou restrito a penas aos casos de separação judicial. A primeira iniciativa veio com a emenda constitucional nº 9 e ratificada pelo implemento da lei 6515 /77 que regulamentou o divórcio. 
Desta forma, a lei autorizou a dissolução do casamento de duas formas. A primeira se dava através da separação judicial que poderia ser convolada em divórcio, observando os requisitos legais. A segunda forma se promoveria através do divórcio, com provando -se a separação judicial há mais de cinco anos. Com o advento da carta magna de 1988 tivemos significativo avanço no campo das relações afetivas. A lei maior ampliou a possibilidade de encerramento do vínculo conjugal ao diminuir os prazos para conversão da separação judicial, assim como, nos casos de divórcio direto (redução de cinco para dois anos). A separação judicial significa apenas a separação de corpos e de bens, entretanto não materializava o término do vínculo conjugal e também não permitia aos cônjuges se casarem novamente. Segundo Silvio Rodrigues, o advento do divórcio no país representou significativo avanço social, haja vista o aumento das relações concubinárias. De tal forma o legislador possibilitou a dissolução do vínculo conjugal, e, por conseguinte, proporcionou felicidade aos cidadãos que não desejavam a mantença da sociedade conjugal. Com o novo Código Civil, em 2002, tivemos mudanças nas disposições atinentes à dissolução do casamento, tais como, a razão pela qual os cônjuges querem findar o matrimônio. Podemos citar, como exemplo, a separação- remédio e a separação-sanção. A primeira acontece quando as partes decidem se separar consensualmente, conhecida também como separação por mútuo consentimento. Esta é a modalidade mais usual. A segunda se dá quando um dos cônjuges descumpre um dever conjugal, terminando assim o casamento, e culminando na separação judicial.
V. Tutela e Curatela
A Tutela e a Curatela são institutos de direito assistencial para a defesa dos incapazes, visando a realização de atos civis em nome destes. A Tutela resguarda os interesses de menores não e mancipados, não sujeitos ao poder familiar, com o intuito de protege -lós, enquanto a Curatela resguarda os interesses de maiores incapazes, devidamente interditados.
A Tutela tem lugar quando os pais do menor estão falecidos, declarados judicialmente ausentes ou destituídos, também judicialmente, do poder familiar (art. 168 CC). Já a finalidade da tutela é prover o menor de alguém que, sob supervisão judicial, cuide de suas necessidades, administre seus bens e o represente nos atos e negócios da vida civil (Araújo Jr., 2008) . Na Curatela, cabe ao curador, cuidar e proteger os interesses de pessoas maiores interditadas, judicialmente, por incapacidade parcial ou total. A incapacidade deve ser declarada por meio de Ação de Interdição obedecendo aos procedimentos previstos nos art.747 e seguintes do CPC/ 2015. Na sentença que decretar a interdição ojuiz nomeará o curador. A Interdição nada mais é que a privação legal que determinada pessoas sofre no que diz respeito ao gozo e exercício de seus direitos, estando impossibilitada de gerir, por si só, sua vida e seus negócios e responder pelos atos que pratica em razão de suas limitações, ficando dependente dos cuidados de pessoa legalmente habilitada nomeada em processo judicial.
VI. Parentesco
É a relação que vincula não só pessoas por descendência uma das outras ou de um só tronco, mas também os parentes do cônjuge e entre adotante e adotado.
· Tipos de Parentesco
i. Parentesco natural consanguíneo 
É o parentesco que liga as pessoas umas às outras pelo mesmo sangue, entre pessoas de um tronco em comum.
O grau de parentesco se estende até o 4° grau em linha reta e colateral
“Art. 1.592. São parentes em linha colateral ou transversal, até o quarto grau, as pessoas provenientes de um só tronco, sem descenderem uma da outra.”
Se divide em:
i. Parentesco na linha reta: são as pessoas que estão ligadas pelo mesmo sangue através da ascendência e descendência.
“Art. 1.591. São parentes em linha reta as pessoas que estão umas para com as outras na relação de ascendentes e descendentes.”
“Art. 1.594. Contam-se, na linha reta, os graus de parentesco pelo número de gerações e, na colateral, também pelo número delas, subindo de um dos parentes até ao ascendente comum, e descendo até encontrar o outro parente.”
ii. Parentesco na linha colateral: são parentes na linha colateral até 4° grau as pessoas que advém de um tronco em comum, sem descenderem uma das outras.
iii. Parentesco por afinidade: São constituídos com o casamento ou união estável e se limitam aos ascendentes, descendentes e irmãos do cônjuge. 
Não há possibilidade de futuro vínculo matrimonial com os parentes por afinidade em linha reta caso haja a dissolução do casamento ou união estável, o mesmo não se aplica aos cunhados
Em linha reta: sogros, genro e nora.
Em linha colateral: cunhados
“Art. 1595. Cada cônjuge ou companheiro é aliado aos parentes do outro pelo vínculo de afinidade.
§1° O parentesco por afinidade limita-se aos ascendentes, aos descendentes e aos irmãos do cônjuge ou companheiro.
§2° Na linha reta, a afinidade não se extingue com a dissolução do casamento ou da união estável”
REFERENCIAS
http://www.justificando.com/2017/05/17/o-direito-da-familia-afeto-e-as-consequencias-de-sua-interferencia-no-ordenamento-juridico/
https://trilhante.com.br/curso/os-novos-paradigmas-do-direito-das-familias/aula/principio-da-afetividade-1
https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-130/principio-da-afetividade-no-direito-de-familia/
https://flaviotartuce.jusbrasil.com.br/artigos/121822540/o-principio-da-afetividade-no-direito-de-familia
https://jus.com.br/artigos/74252/principio-da-afetividade-as-diversas-aplicacoes-da-afetividade-no-nucleo-familiar
https://www.institutoformula.com.br/direito-de-familia-parentesco-e-filiacao/
http://professor.pucgoias.edu.br/sitedocente/admin/arquivosUpload/18787/material/Direito%20de%20Fam%C3%ADlia%20-%20Aula%2012%20(2018.1)%20ok.pdf
https://www.migalhas.com.br/depeso/303321/divorcio-x-partilha-de-bens--quem-fica-com-o-que-no-regime-de-comunhao-parcial-de-bens
https://mppr.mp.br/pagina-6663.html

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