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Fluidoterapia

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fluidoterapia
- Tem por objetivo de corrigir a desidratação,
fornecer a quantidade necessária de fluído diária,
realizar reposição eletrolítica e repor perdas que
estejam ocorrendo.
- O líquido é distribuído da seguinte forma no corpo
do animal: 68% no espaço intracelular; 34% no
meio extracelular (dividido em extravascular
-intersticial, e intravascular).
- O intravascular é o espaço com menor quantidade
de líquido, e quando a reposição é feita nesse meio,
o líquido extravasa para o espaço extravascular 30
a 50 minutos após a administração.
- O líquido tem sua movimentação realizada e
mantida por meio da pressão hidrostática, osmótica,
oncótica, pela osmolaridade e pela permeabilidade
vascular.
● Pressão Hidrostática: um vaso sanguíneo é
composto principalmente por água, que
exerce força contra as paredes do vaso, tendo
tendência em sair. Caso ocorra um aumento
de volume vascular, essa força hidrostática
também aumenta, aumentando a tendência do
líquido em sair do vaso.
● Pressão osmótica: é uma força contrária a
saída de líquido do vaso sanguíneo. A
albumina (proteína plasmática) tem
capacidade de puxar a água para perto de si,
e como ela não consegue sair do vaso
sanguíneo, acaba exercendo esse papel de
manter o líquido no vaso.
● Permeabilidade vascular: fator rapidamente
alterado em caso de doença. Células de
dentro do vaso podem estar mais próximas ou
afastadas, determinando se o líquido irá sair
ou permanecer. Um vaso muito dilatado (com
aumento de permeabilidade vascular), perde
mais líquido para o meio, causando saída de
substâncias coloidosmóticas, o que causa
edema intersticial.
● Pressão coloidosmótica: mantida pela
albumina, globulinas e fibrinogênio.
- Pacientes com hipoalbuminemia têm grande
tendência a produzir edema.
- Paciente pode estar normohidratado ou
desidratado.
- Em estados de doença, ocorre:↑ da
permeabilidade vascular; ↓ da força oncótica, ↓ da
quantidade de líquido ingerido, ↑ da perda de
líquido.
★ As perdas podem ser classificadas em:
● Perda isotônica: perdendo água e solutos
junto, sem perda de densidade do líquido.
Diminuição do volume do meio
extracelular; sem mudança de
osmolaridade do meio; não ocorre
deslocamento entre compartimentos; sem
reposição, a perda pode demonstrar
sinais clínicos de hipovolemia;
Exemplo: êmese, diarreia, etc.
● Perda hipotônicas: levam a hipernatremia
(excesso de sódio); aumento da
osmolaridade do meio extracelular; saída
de água do meio intracelular para o
espaço extracelular; perdas contínuas;
Correção deve ser feita com solução
isotônica;
Exemplo: diabetes insipidus, perdas por
taquipneia.
● Perda hipertônica: infrequente nos
animais; resulta da perda eletrolítica;
mudança da osmolaridade dos
compartimentos; condição clínica é
piorada pelo desequilíbrio de eletrólitos.
Exemplo: hipoadreno, retenção de água
livre ou aumento da ingestão de água
livre.
★ Plano de fluidoterapia
- Envolve a reposição da desidratação, a
manutenção e a reposição de perdas.
- Pode ser feita em um período de 4 a 24
horas. (Desidratação em 4 horas, e o resto em
20 horas).
CÁLCULO FLUÍDO DESIDRATAÇÃO
Peso x % desidratação x 10 = volume
CÁLCULO FLUÍDO MANUTENÇÃO
Peso x 30 + 70
Sendo essa em 24 horas, ou divide pelo tempo.
CÁLCULO DE PERDAS
Em caso de êmese: fluído + 40 ml/kg;
Em caso de diarreia: fluído + 50 ml/kg;
Em caso de ambos: fluído + 60 ml/kg;
- Volume diário = desidratação + manutenção +
perdas.
Exemplo: Um cão da raça Rottweiler de 6 meses de
idade é encaminhado com histórico de infecção por
parvovirose. O paciente está apático, estima-se o
grau de desidratação em 8%. Considerando que o
paciente tem 15 Kg, calcule o volume diário a ser
infundido. Considere que o paciente está
apresentando êmese e diarréia numa perda total de
400 mL/dia.
desidratação = 15 x 8 x 10 = 1.200 ml (em 4 horas)
-> 300 ml/hr
manutenção = 15 x 30 + 70 = 520 ml
perdas = + 400 ml
-> 46 ml/hr
Volume total = 2.120 ml no dia.
★ Acesso venoso
- tamanhos de catater:
- Pode causar diversas complicações, como a
flebite (inflamação do vaso); trombos;
infiltração; infecção.
- O acesso deve ser inspecionado a cada 24
horas e trocado a cada 72 horas!
★ Acesso intraósseo
- Pode ser feito em vários ossos (úmero é uma
boa opção);
- Complicações: fraturas; uso apenas para fluido
e alguns medicamentos; infecção; trombo
gorduroso.
★ Acesso subcutâneo
- Oferece reposição lenta.
- Evitar em casos mais graves, porque a
perfusão dessa area já está ruim.
- Temperatura do fluído.
★ Tipos de fluído
- Reposição
● Cristalóides isotônicos: osmolaridade
semelhante à do plasma; redistribuição
para a região extracelular em cerca de 30
minutos; diluição de outros componentes.
NaCl 0,9%, ringer simples, ringer com lactato.
- Manutenção
● Devem ser usados líquidos menos
concentrados em sódio.
Podem ter outros componentnes de
reposição, como glicose e potássio.
Liquidos com potássio não devem passar
de 25 ml/kg/hr.
- Expansão
● Soluções que aumentam a volemia com
o menor volume de infusão.
NaCl 7,5%.
★ Monitoração da fluidoterapia
Monitorar o peso corporal, o nível de
consciência, FC (hipovolemia = desidratação =
taquicardia), qualidade de pulso, turgor de
pele, mucosas, TPC, delta T, FR, ausculta
pulmonar (edema pulmonar), débito urinário (1
a 2 ml/kg/hr), lactato (marcador de hipóxia
tecidual).
★ Fluidoterapia de choque
- Antigamente: 90ml/kg para cão e 60
ml/kg para gato.
- Hoje:
10 ml/kg em 20 a 30 minutos
-
- Meta de PAS em paciente com
hemorragia: 60 a 70 mmHg.

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