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DEFICIENCIA INTELECTUAL E AEE

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WBA0214_v2.0
APRENDIZAGEM EM FOCO
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL E AEE
2
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Autoria: Daniel Novaes Gomes Pereira
Leitura crítica: Carlos Eduardo Candido Pereira
Na disciplina de Deficiência Intelectual e AEE, você estará em 
contando com as seguintes habilidades e competências: conhecer 
os princípios da deficiência intelectual; compreender as implicações 
do diagnóstico de deficiência intelectual na educação; discutir o 
papel do Atendimento Educacional Especializado e; relacionar o 
Atendimento Educacional Especializado ao ensino da pessoa com 
Deficiência intelectual. O conteúdo programático da disciplina 
está divido em quatro partes: 1: A noção de deficiência intelectual 
e contexto de Atendimento Educacional Especializado; 2: 
Representações sociais e a imposição de limitações – construção 
de estereótipos. Diferentes concepções acerca da deficiência 
intelectual; 3: A sala de aula regular a as estratégias do AEE para 
estudantes com Deficiência Intelectual Políticas, Concepções e a 
Avaliação e; 4: Prática docente, flexibilização curricular e avaliação – 
aspectos curriculares. Estratégias para a escolarização do aluno com 
deficiência intelectual. A Terminalidade Específica. 
Além disso, abordaremos sobre a importância do AEE no espaço 
escolar, principalmente no trabalho com pessoas com deficiência 
intelectual, visto que, no espaço escolar, o grande número de 
alunos por sala e o modo no qual o ensino está estruturado não 
privilegia aqueles com alguma deficiência. A disciplina é um convite 
a problematizar as situações da prática pedagógica que, por vezes, 
são compreendidas como imutáveis. 
Esperamos que você possa aproveitar dos conteúdos da disciplina 
em sua área de atuação! 
Bons estudos! 
3
INTRODUÇÃO
Olá, aluno (a)! A Aprendizagem em Foco visa destacar, de maneira 
direta e assertiva, os principais conceitos inerentes à temática 
abordada na disciplina. Além disso, também pretende provocar 
reflexões que estimulem a aplicação da teoria na prática 
profissional. Vem conosco!
A noção de deficiência intelectual 
e contexto de Atendimento 
Educacional Especializado 
______________________________________________________________
Autoria: Daniel Novaes Gomes Pereira
Leitura crítica: Carlos Eduardo Candido Pereira
TEMA 1
5
DIRETO AO PONTO
A deficiência intelectual causa prejuízos na área social, educacional 
e interpessoal. Isso fica explicito após o resultado do diagnóstico 
clínico, mas, na prática, não é só isso que dever ser levado em 
consideração. É primordial considerar toda a organização e 
contextualização de vida dessa pessoa, saber quem ela é, qual lugar 
ela ocupa no mundo e qual o sentido que as pessoas e as coisas do 
entorno têm para si. Além disso, é importante frisar que as causa da 
fisiológicas da deficiência intelectual podem ser muitas e pode variar 
de pessoa para pessoa, por isso, o diagnóstico é feito com base no 
Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (APA, 2014), 
tal como pode ser observado na figura a seguir
Figura 1 – Gravidade da deficiência intelectual
Fonte: adaptada de APA (2014).
Essas características são importantes para a equipe escolar, 
como forma legal de conseguir apoio necessário para viabilizar 
um processo educacional frutífero. Com o diagnóstico clínico 
6
se consegue, por exemplo, organizar a sala de atendimento 
educacional especializado. O AEE, como é chamado, é um 
importante meio para que se supra as necessidades de estudantes 
com deficiências, no geral. Nos casos de pessoas com deficiência 
intelectual, especificamente, o AEE pode dispor de inúmeros 
instrumentos didáticos e pedagógicos com vistas a minimizar o 
impacto da gravidade no espaço escolar.
Nesse contexto, é importante frisar que o professor regente da sala 
de aula regular frente às situações diárias e dificuldades dos alunos 
com deficiência intelectual, se mostram inseguros para realizar o 
trabalho pedagógico e, às vezes, isso culmina em deixar a criança 
realizando atividades mais básicas e mecanizadas. No entanto, 
esse não é o objetivo da escola e nem a finalidade do ensino. 
Para as indagações e inseguranças dos professores, há uma coisa 
importante a se fazer: estabelecer parceria com o profissional do 
atendimento educacional especializado.
O AEE foi regulamentado no Brasil pelo Decreto nº 6.571, de 18 
de setembro de 2008, e foi revogado pelo Decreto nº 7.611, de 17 
de novembro de 2011. O objetivo do atendimento é ofertar apoio, 
quando necessário, para os profissionais e alunos das escolas, tendo 
como finalidade a garantia de uma educação que seja inclusiva.
Em síntese, o AEE foi criado para:
• Dar suporte e identificar problemas relacionados às questões 
de inclusão.
• Elaborar recursos didáticos para os professores e para os 
alunos.
• Planejar material que contribua com a acessibilidade.
7
Os alunos público-alvo do atendimento educacional especializado 
são aqueles que apresentam impedimentos de longo prazo e que 
podem ser de ordem física, mental, sensorial etc.
• São pessoas com altas habilidades/superdotação.
• Alunos com transtorno global do desenvolvimento.
É interessante o modo como relaciona AEE e a questão da 
deficiência intelectual no espaço escolar. Mas fica uma ressalva 
para que exista a parceria, ou melhor, para que tenha este espaço 
no cotidiano escolar é imprescindível que esteja especificado no 
projeto político pedagógico da escola. Se isso estiver feito e houver 
necessidade, com a chegada do AEE a escola disporá de uma sala 
de recursos, com espaço físico, materiais didáticos e recursos 
necessários para se efetivar um processo de Ensino e aprendizagem 
mais inclusivos. Mas não é só isso, sem parcerias, o trabalho não se 
realiza ou é realizado de modo infrutífero e quem perde é o aluno.
Referências bibliográficas
APA. American Psychiatric Assotiation. Manual diagnóstico e estatístico de 
transtornos mentais: DSM-5. Porto Alegre: Artmed, 2014. 
PARA SABER MAIS
Você sabia que até o século XVIII a deficiência intelectual era 
confundida com deficiência mental? Pois é! Ela era tratada pela 
medicina, para isso, as pessoas com deficiência eram retiradas de 
seus lugares e levadas para instituições. Nessas instituições, havia 
isolamento social e família. O olhar para a deficiência intelectual 
vai ganhando outra dimensão a partir do século XIX e, para isso, 
8
podemos destacar a forte presença da psicologia soviética e da 
psicanálise de Freud.
Nem tudo são flores e a mudança de olhar demorou para acontecer, 
ou melhor, está acontecendo.
De acordo com Garghetti, Medeiros e Nuernberg (2013), na década 
de 1960 se propôs um olhar mais integrador para essas pessoas 
na sociedade. No Brasil, esse olhar pode ser entendido a partir do 
movimento dos Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais. Mais 
tarde, na década de 1980, começamos a conhecer o que se entende 
como perspectiva inclusiva, com o avanço nos direitos de todas os 
cidadãos, podemos destacar deste período, a Constituição Federal 
brasileira de 1988, como um marco legal nos direitos de todas as 
pessoas.
Referências bibliográficas
GARGHETTI, Francine Cristine; MEDEIROS, José Gonçalves; NUERNBERG, 
Adriano Henrique. Breve história da deficiência intelectual. Revista Electrónica 
de Investigación y Docencia (REID), [s. l.], n. 10, 2013.
TEORIA EM PRÁTICA
Uma diretora da escola fundamental I tem recebido vários 
diagnósticos de alunos com deficiência intelectual, o que requer 
Atendimento Educacional Especializado frente a isso, ela resolva 
organizar uma reunião para discutir os casos e o melhor modo de 
atuação, mas os professores só ficam se queixando. Nesse cenário, 
o profissional do Atendimento Educacional Especializado se sente 
sobrecarregado.
9
Reflita a respeito da postura dos professores frente a problemática 
apresentada. Para a reflexão é importante lembrar a questão 
da insegurança dos professores e forte demanda de trabalho. 
Assim, qual a melhor postura a ser assumida pelosprofessores na 
reunião? Qual o papel do profissional de atendimento educacional 
especializado frente a esse impasse? Se você fosse o diretor, o que 
faria?
Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, 
acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de 
aprendizagem.
LEITURA FUNDAMENTAL
Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis 
em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o log 
in por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em 
sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições 
públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou 
periódicos científicos, todos acessíveis pela internet. 
Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de 
autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos 
que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve, 
portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na 
construção da sua carreira profissional. 
Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da 
nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso!
Indicações de leitura
10
Indicação 1
Este livro foca o trabalho do professor em espaços escolares e 
não escolares. Seu propósito é disseminar e ampliar a respeito do 
conhecimento pedagógico, tendo em vista a intencionalidade do 
fazer do professor para garantir o êxito de seus alunos.
COSTA, Vilze Vidotte et al. Pedagogia em espaços escolares e não 
escolares. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2018.
Indicação 2
Para que os fatos não se repitam com outros personagens, o 
trabalho da história marca presença. Nesse estudo, por meio 
da história da deficiência intelectual, os autores consideram as 
características que marcam o diagnóstico de deficiência intelectual: 
relação social e participação na vida.
GARGHETTI, Francine Cristine; MEDEIROS, José Gonçalves; 
NUERNBERG, Adriano Henrique. Breve história da deficiência 
intelectual. Revista Electrónica de Investigación y Docencia 
(REID), [s. l.], n. 10, 2013. 
QUIZ
Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a 
verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste 
Aprendizagem em Foco.
Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão 
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco 
11
e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de 
questões de interpretação com embasamento no cabeçalho 
da questão.
1. O atendimento educacional especializado (AEE) é um importante 
aliado do professor frente as adversidades de sala de aula. Nesse 
sentido, como elaborar uma atividade que focalize a pessoa 
para além das características presentes no diagnóstico clínico de 
deficiência intelectual? 
a. É preciso que o professor de AEE precisa focalizar sua prática 
naquilo que o aluno já sabe, assim assegura a aprendizagem.
b. Para o professor do AEE elaborar atividades que levem em 
consideração aquilo que a criança poderá fazer, ele precisa 
estabelecer parcerias com a escola e a família para conhecer 
que é a criança e qual lugar o ensino escolar ocupa em sua 
vida.
c. O papel do aluno, independentemente da deficiência é 
aprender. Por esse motivo, não cabe ao professor do AEE ser o 
salvador. 
d. O professor do AEE é um suporte para a escola, mas, às vezes, 
seu papel atrapalha, pois, os professores deixam de agir e 
deixam toda a demanda de trabalho para ele.
e. Na escola, o contexto da vida da pessoa não importa, afinal, a 
escola está incumbida de ofertar conceitos científicos. 
2. De acordo Diretrizes Operacionais da Educação Especial 
para o Atendimento Educacional Especializado na 
Educação Básica (BRASIL, 2009), o atendimento educacional 
especializado e a deficiência intelectual representam 
grandes conflitos na escola:
 I. E colocam no fazer do professor uma insegurança, 
12
 PORQUE
 II. Para haver a dimensão de um trabalho inclusivo, os alunos 
com deficiência intelectual retiram essas pessoas de 
suas famílias e as colocam em centros específicos de 
tratamento. 
 A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:
 Fonte: BRASIL. Resolução nº 4, de 2 de outubro de 2009. 
Institui Diretrizes Operacionais para o Atendimento 
Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade 
Educação Especial. Brasília, DF: Presidência da República, 
[2009]. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/
dmdocuments/rceb004_09.pdf. Acesso em: 24 ago. 2021.
a. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma 
justificativa correta da I.
b. As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é 
uma justificativa correta da I.
c. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma 
proposição falsa.
d. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição 
verdadeira.
e. As asserções I e II são proposições falsas. 
GABARITO
Questão 1 - Resposta B
Resolução: Levando em consideração o papel do profissional 
de atendimento educacional, o foco de seu trabalho se dá 
mediante parcerias que realiza. Por esse motivo, não cabe dizer 
que o contexto de vida não importa ou que seu papel atrapalha 
na realização do trabalho educacional. 
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rceb004_09.pdf
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rceb004_09.pdf
13
Questão 2 - Resposta E
Resolução: As alternativas são falsas, porque a deficiência 
não é um conflito na escola. Os conflitos emergem das 
situações da prática e são necessários para que haja a troca de 
conhecimento entre os profissionais envolvidos no processo de 
ensino e de aprendizagem. 
Representações sociais, construção de 
estereótipos e Diferentes concepções 
acerca da deficiência intelectual 
______________________________________________________________
Autoria: Daniel Novaes Gomes Pereira
Leitura crítica: Carlos Eduardo Candido Pereira
TEMA 2
15
DIRETO AO PONTO
Os entendimentos que se tem a respeito da inclusão escolar, 
geralmente, reiteram na escola e no trabalho pedagógico do 
professor, a responsabilidade por quebrar uma barreira que, no 
Brasil, foi sendo construída estruturalmente ao longo da história e 
diz respeito à aceitação da sociedade frente a diversidade. O termo 
‘aceitação’ pode parecer estranho, e ele é, por ser fruto de uma 
política produtivista que classifica os melhores e pune aqueles que 
não conseguem atingir lugares de sucesso. Na contemporaneidade, 
a deficiência intelectual vem sendo discutida por meio de diferentes 
perspectivas teóricas. Dependendo do modo como se focaliza 
o olhar para a pessoa com deficiência intelectual, o trabalho 
educacional, com vistas à inclusão em práticas sociais, ganha uma 
dimensão inclusiva ou excludente. Dentre as principais vertentes 
teóricas, se pode destacar a teoria histórico-cultural, a perspectiva 
comportamental-cognitivista e a abordagem psicanalista (Figura 1).
Figura 1 – Principais vertentes teóricas de trabalho com a 
pessoa com deficiência intelectual
Fonte: elaborada pelo autor.
16
Porém, é preciso ficar atento quanto a formação do profissional 
que se orienta por umas das três vertentes, já que o trabalho 
propriamente dito, não acontece apenas pela crença no humano, 
é necessário agir. No campo da ação, o movimento da práxis 
educativa, ou seja, a interrelação entre teoria e prática viabiliza um 
diálogo de possível. Nesse diálogo que se constroem os olhares 
para além do capacitismo e da deficiência. Focalizar a pessoa 
como sujeito de direito, deveres e sonhos, é mais do que incluir, é 
humanizar e humanizar-se.
No Brasil, frente à essa demanda por uma educação mais humana, 
temos a nova Política Nacional de Educação Especial. Por meio 
dessa política, espera-se garantir às famílias o acesso e o direito 
a educação, em escolas comum, especiais ou bilíngues, no caso 
de pessoas surdas. Com essa política, objetiva-se enfocar a 
singularidade das pessoas.
A Política Nacional de Educação Especial visa dar apoio educativo 
por meio das salas de recursos, com melhoria na estruturapredial, 
mais acessibilidade física, um serviço pedagógico mais adequado 
e viabilizar melhorias no serviço de Atendimento Educacional 
Especializado. 
PARA SABER MAIS
Você sabia que os estudos de Jean Piaget trazem contribuições para 
se entender como ocorre o desenvolvimento da criança através de 
adaptação ao meio?
O processo de adaptação ao meio físico, bem como a organização 
das vivências, que são oriundas da atividade mental, acontece 
via seriação, classificação e pela relação daquilo que a pessoa 
já sabe com o novo conteúdo. Por assim ser, os estágios de 
17
desenvolvimento de Piaget também são considerados por suas 
características, integradoras (as velhas estruturas são incorporadas 
as novas); de totalidade (compreendendo como conjunto, e não 
mera justaposição de estruturas); preparação e distinção entre as 
sequências para o equilibração.
O estágio da inteligência sensório-motor (0 a 2 anos), além de 
ser para Piaget crucial para o desenvolvimento cognitivo tem 
fundamental importância no desenvolvimento cognitivo. Nesse 
estágio, as evoluções pelas quais a criança passa podem ser, de 
acordo com Cavicchia (2010), descritas em seis outros movimentos:
1. O exercício dos reflexos (até 1 mês), caracterizados pelos 
primeiros reflexos do recém-nascido um exemplo é o estímulo 
na boca do bebê que culmina no reflexo de sugar.
2. As primeiras adaptações adquiridas e a reação circular 
primária (1 mês a 4 meses e meio) diz respeito ao ‘jogo’ de 
equilíbrio e desequilíbrio e que terminam na acomodação dos 
reflexos.
3. As adaptações sensório-motoras intencionais e as reações 
circulares secundárias (4 meses e meio a 8-9 meses), na qual a 
criança começa a prever o que vai acontecer.
4. A coordenação dos esquemas secundários e sua aplicação 
às situações novas (8-9 meses a 11-12 meses) é aqui que a 
criança passa a considerar o corpo do outro.
5. A reação circular terciária e a descoberta dos meios novos 
por experimentação ativa (11-12 meses a 18 meses), demarca 
a atividade de imitar, a atividade lúdica e a exploração de 
objetos que a criança não conhece.
6. A invenção dos meios novos por combinação mental e a 
representação (1 ano e meio a 2 anos), período no qual a 
criança começa a representar o mundo.
18
O estádio pré-operatório ou simbólico (2 a 6-7 anos) pode ser 
considerado um período de transição lenta e intuitivo (pensamento 
‘imagístico’) caracterizado pelo egocentrismo intelectual e a 
falta do raciocínio lógico. Ao representar, há a possibilidade de 
desenvolvimento simbólico por meio da imitação. Entre os 7 e os 12 
anos se caracteriza o estádio operatório concreto que diz respeito 
às estruturas cognitivas e o caráter reversível lógico do pensamento 
possibilitam à criança representação. Nesse período, há um 
equilíbrio entre as trocas cognitivas da criança com a realidade, suas 
estruturas cognitivas são mais ricas, estáveis e sólidas. Por fim, no 
último estádio, das operações formais (11 a 16 anos), as operações 
vão se desligando gradativamente da manipulação concreta, com 
isso, o adolescente, por exemplo, pode chegar a hipóteses por meio 
da abstração (CAVICCHIA, 2010).
Referências bibliográficas
CAVICCHIA, Durlei de Carvalho et al. O desenvolvimento da criança nos 
primeiros anos de vida. Caderno de Formação: Formação de Professores 
Educação Infantil-Princípios e Fundamentos, São Paulo, v. 1, p. 13-27, 2010.
TEORIA EM PRÁTICA
No mercado de trabalho, os impasses que acontecem em torno 
da pessoa com deficiência intelectual são muitos, geralmente, 
lhe atribuem funções sem sentido e cargos mais administrativos 
como se elas só pudessem realizar este tipo de tarefa. Você é um 
pedagogo que atua junto às empresas com vistas a formação de 
uma equipe que considera as particularidades de cada pessoa na 
execução do trabalho.
O que você faria, quais ações seriam necessárias para que pensasse 
em funções para a pessoa com deficiência intelectual sem se 
19
deixar guiar pelas características do estereótipo que se tem delas? 
Quais funções você atribuiria, as que estão presentes na formação 
universitária da pessoa ou a que melhor contempla os resultados da 
empresa na bolsa de valores?
Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, 
acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de 
aprendizagem.
LEITURA FUNDAMENTAL
Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis 
em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o log 
in por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em 
sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições 
públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou 
periódicos científicos, todos acessíveis pela internet. 
Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de 
autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos 
que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve, 
portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na 
construção da sua carreira profissional. 
Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da 
nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso!
Indicação 1
Nesta obra, você entrará na seara do desenvolvimento humano e 
verá a respeito das diferentes abordagens teóricas, como a zona 
Indicações de leitura
20
de desenvolvimento proximal, as funções psicológicas superiores, 
o papel da mediação no desenvolvimento, a teoria piagetiana e a 
compreensão de Wallon para o desenvolvimento da criança.
POTT, Eveline Tonelotto Barbosa. Desenvolvimento humano I. 
Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2019.
Indicação 2
Este trabalho focaliza as principais contribuições do serviço social 
para entender as relações que se estabelecem entre o mercado de 
trabalho e as condições sociais de existência.
GOMES, Elaine Cristina Vaz Vaez. Serviço social e processo de 
trabalho. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2017. 
QUIZ
Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a 
verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste 
Aprendizagem em Foco.
Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão 
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco 
e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de 
questões de interpretação com embasamento no cabeçalho 
da questão.
1. O trabalho do professor regente está orientado por uma 
visão biologizante do corpo, esse olhar, somado à noção de 
21
capacitismo, criam estereótipos na sala de aula, um deles diz 
respeito a privilegiar os bons alunos e punir aqueles que não 
conseguem alcançar os resultados esperados. Com vista a isso, 
como organizar um plano de aula que contemple a pessoa e não 
a sua deficiência? 
a. É preciso, inicialmente, que se assuma uma educação escolar 
organizada para os bons alunos, que alcancem os objetivos 
educacionais e vão bem nas avaliações.
b. Para que o professor organize seu plano de aula que 
contemple a todos, o olhar que se tem é primordial. Nesse 
sentido, ao focalizar as possibilidades de desenvolvimento, 
inúmeras alternativas se abrem para que a criança com 
deficiência intelectual aprenda.
c. Como fazer o plano de aula, nem sempre importa. Além disso, 
a formação teórica só serve dentro da Universidade, fora, 
o professor está sozinho e é na prática que ele conseguirá 
realizar o seu trabalho. 
d. Tendo em vista a educação inclusiva, o ensino deve ser 
organizado a partir das dificuldades e singularidades do aluno. 
Ou seja, se ele não aprende, a culpa é dele. 
e. O contexto escolar deve formar a pessoa para o mercado de 
trabalho, por isso, o ensino inclusivo valoriza os conteúdos 
práticos, não os escolares e mais científicos. 
2. De acordo com a teoria Piagetiana, o processo de 
adaptação da pessoa ao mundo passa por três estágios do 
desenvolvimento, o primeiro é o desequilíbrio, no qual a 
criança fica frente à uma série de saberes novos.
 I. O segundo é a assimilação, na qual a criança relacionao 
novo conteúdo com aquilo que ela já sabe. 
22
 II. O terceiro estágio é a acomodação, na qual a criança 
apreendeu o conteúdo e está pronta para realizar o 
aprendizado de outro conceito.
a. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma 
justificativa correta da I.
b. As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é 
uma justificativa correta da I.
c. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma 
proposição falsa.
d. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição 
verdadeira.
e. As asserções I e II são proposições falsas. 
GABARITO
Questão 1 - Resposta B
Resolução: A alternativa está correta, porque o trabalho do 
professor não pode estar orientado pelo critério diagnóstico, 
ele é limitante. O que se espera do ensino escolar é o foco 
nas possibilidades de desenvolvimento, naquilo que a pessoa 
não sabe realizar sozinha, mas que, a partir do ensino escolar, 
conseguirá. 
Questão 2 - Resposta A
Resolução: As alternativas são corretas porque o 
desenvolvimento para Piaget acontece em três estágios: 
desequilíbrio, assimilação e acomodação. 
A sala de aula regular a as 
estratégias do AEE para estudantes 
com deficiência intelectual: Políticas, 
Concepções e a Avaliação 
______________________________________________________________
Autoria: Daniel Novaes Gomes Pereira
Leitura crítica: Carlos Eduardo Candido Pereira
TEMA 3
24
DIRETO AO PONTO
A avaliação na teoria histórico-cultural é compreendida a partir 
dos indicadores de desenvolvimento. A priori, tais indicadores não 
são definidos, sendo frutos de um processo investigativo, na qual 
o professor e o aluno constroem, juntos, o conhecimento. Por isso, 
de acordo com essa teoria, avaliar envolve compreender o conceito 
de desenvolvimento humano que perpassam as relações escolares. 
O pensamento vigotskiano parte da premissa que o homem se 
desenvolve na relação com o outro, em um contexto social, regido 
pelas leis históricas. Mas como avaliar partindo desse entendimento 
de homem? Veja na figura a seguir como o aluno é avaliado 
conforme teoria histórico-cultural.
Figura 1 - A avaliação na teoria histórico-cultural
Fonte: elaborada pelo autor.
A avaliação infere sobre a apreensão dos processos culturais no 
psiquismo humano. Por sua vez, por cultura se entende as elaborações 
tipicamente humanas e por histórico se entende os feitos humanos que 
constitui sua experiência secular. Se a história e a cultura vão ganhando 
no decorrer do tempo contextos diferentes, o meio social, na qual 
25
acontece o processo de elaboração do conhecimento e constituição, 
também se modifica. Por isso, avaliar, segunda essa vertente teórica, 
diz respeito ao que o sujeito faz em seu tempo, em seu lugar de fala, ou 
seja, em suas relações sócio-históricas e sociais.
Esse modo de avaliação não é muito praticado no contexto escolar, 
visto que a Política Nacional de Educação Especial (PNEE) (BRASIL, 
2020) nasce de um contexto político e econômico que valoriza, 
demasiadamente, as habilidades e as competências desenvolvidas 
pelos sujeitos. 
Nesse cenário que se constrói, a PNEE visa garantir um ensino 
que valorize a equidade e a singularidade das pessoas, mas o que 
acontece é um não processo de inclusão. Assim, indaga-se: como 
vislumbrar uma educação especial e uma avaliação que sejam 
inclusivos, se a sociedade não é? Com isso, entende-se a importância 
do AEE na elaboração do trabalho pedagógico para a pessoa com 
deficiência e para as chamadas adaptações curriculares, pois, o 
que se tem como falta no cotidiano escolar, é a elaboração de uma 
proposta de ensino que seja coerente.
Ou seja, não adianta avaliar habilidades e competências para apenas 
diagnosticar falhas e prejuízos de aprendizagem, não adianta o 
professor regente da sala de aula regular estar trabalhando o 
conceito de número e, no AEE, o professor estar aplicando atividades 
que focalizam os sólidos geométricos. É de se empreender um 
ensino que focaliza o processo de ensino e aprendizagem e não as 
relações de poder, quem sabe mais ou quem sabe menos.
Referências bibliográficas
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Modalidades Especializadas de 
Educação. PNEE: Política Nacional de Educação Especial: Equitativa, Inclusiva 
e com Aprendizado ao Longo da Vida. Brasília: MEC; SEMESP, 2020. 
26
PARA SABER MAIS
Você que estuda sobre pessoas com deficiência já ouviu falar em 
Maria Teresa Eglér Mantoan? Essa pesquisadora brasileira tem 
estado a frente de muitas lutas, especialmente de pessoas com 
deficiência.
Figura 2 - Mantoan
 
Fonte: http://tremdasletras.com/revisao-de-lei-coloca-sob-ameaca-a-politica-nacional-
de-educacao-especial-na-perspectiva-da-educacao-inclusiva/. Acesso em: 24 ago. 2021.
Mantoan é formada em Pedagogia, é doutora e mestre em educação 
pela Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas 
(UNICAMP). Em seu livro Inclusão escolar, o que é? Por quê? Como 
fazer?, de 2003, a pedagoga discute alguns entendimentos históricos 
que perpassam o entendimento de inclusão escolar. 
Ao discutir o ‘como fazer’ inclusivo, Mantoan (2003) aborda 
algumas condições necessárias para que a escola se torne um 
27
espaço acolhedor. Para a autora, incluir não significa abrir as 
portas da escola para todos, embora essa prática seja inclusiva, 
se interpretada literalmente, incluir e acolher dizem respeito às 
condições necessárias que possibilitam o pleno desenvolvimento 
dos alunos, se não pleno, ao menos o desenvolvimento do mesmo 
jeito que é posto para os alunos que não têm alguma deficiência 
diagnosticada.
Mesmo assim, há muito o que se fazer: há demasiada falta de 
vontade em se conceber um sistema escolar que seja inclusivo, 
principalmente, porque modificar a estrutura dos sistemas de 
ensino diz respeito a gatos com a mais variada gama de recursos, 
seja em modificação do espaço físico, seja nos modos de conceber o 
trabalho do professor.
Referências bibliográficas
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão escolar: o que é? por quê? como 
fazer? São Paulo: Moderna, 2003. (Coleção Cotidiano Escolar).
TEORIA EM PRÁTICA
Em uma sala de aula regular, a professora regente está com 
dificuldade em elaborar seu planejamento pedagógico de modo 
a contemplar todos os alunos. Ela tem uma turma grande, de 
28 alunos, entre eles há cinco crianças com muita dificuldade 
de aprendizagem e que o trabalho pedagógico de alfabetização 
tem se mostrado muito difícil. Nesse contexto, um dos alunos 
tem síndrome de Down e foi recentemente diagnosticado com 
deficiência intelectual.
O que você varia, enquanto profissional do AEE, para auxiliar 
a professora em sua situação concreta de trabalho? É possível 
28
construir um trabalho pedagógico em colaboração de modo a 
avaliar os alunos e buscar, com essa avaliação, estratégias de ensino 
e aprendizagem? 
Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, 
acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de 
aprendizagem.
LEITURA FUNDAMENTAL
Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis 
em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o log 
in por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em 
sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições 
públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou 
periódicos científicos, todos acessíveis pela internet. 
Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de 
autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos 
que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve, 
portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na 
construção da sua carreira profissional. 
Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da 
nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso!
Indicação 1
Neste artigo, você encontrará algumas possibilidades, recursos e 
estratégias didático-pedagógicos para promover um ensino escolar 
Indicações de leitura
29
centrado nos ideais de inclusão e equidade, conforme anunciaa 
Política Nacional de Educação Especial.
INOCENTE, Luciane et al. Estratégias pedagógicas de inclusão 
escolar: um apoio das tecnologias. Redin-Revista Educacional 
Interdisciplinar, [s. l.], v. 6, n. 1, 2017.
Indicação 2
Este trabalho focaliza o uso de alguns softwares educacionais 
com vistas a melhora de aprendizagem de alunos público-alvo da 
educação especial.
DE ARAÚJO, Ana Liz Souto Oliveira; DE BRITO, Rozimar Rodrigues; 
DA SILVA, Adriano Patrício. Softwares para educação inclusiva: 
uma revisão sistemática no contexto de SBIE e WIE. In: BRAZILIAN 
SYMPOSIUM ON COMPUTERS IN EDUCATION (SIMPÓSIO BRASILEIRO 
DE INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO-SBIE), 2., 2013, Rio Tinto. Anais […]. 
Rio Tinto: SBIE, 2013. p. 507. 
QUIZ
Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a 
verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste 
Aprendizagem em Foco.
Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão 
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco 
e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de 
questões de interpretação com embasamento no cabeçalho 
da questão.
30
1. A atual organização do sistema político-econômico reverbera 
nos espaços escolares com uma política que privilegia a 
avaliação de habilidades e competências. A organização 
escolar leva em consideração esse sistema político-econômico 
brasileiro, neoliberal e privilegia os bons alunos. Nesse caso, 
como pensar uma avaliação que seja importante para o 
processo de ensino e aprendizagem? 
a. O que acontece no sistema educacional brasileiro é a falta de 
vontade em organizar uma escola que treine todos os alunos 
para passar no vestibular.
b. Os planos de aula devem focalizar os bons alunos, porque 
eles que serão bons cidadãos e oferecerão uma mão de obra 
qualificada,
c. A avaliação ou melhor os modelos de avaliação de 
aprendizagem são subjetivos e vão levar em consideração 
a compreensão de homem que o professor tem, por isso, 
podem ser compreendidas como avaliação diagnóstica e 
avaliação de aprendizagem. 
d. A avaliação deve focalizar o processo de ensino, uma vez que 
somente o modo de sem ensinar contempla um indicador de 
desenvolvimento. 
e. A melhor avaliação é aquela que mostra o que o aluno 
aprendeu, ou seja, a que constata o nível em que ele está. 
2. De acordo com a teoria histórico-cultural, a avaliação é feita 
a partir de alguns indicadores de desenvolvimento. Isso 
acontece porque o desenvolvimento humano é dinâmico e 
está localizado em um recorte temporal, sendo regido por 
leis culturais. Fazem parte desse processo de avaliação:
 I. Saber quem são os alunos e que lugar ocupa as tarefas 
escolares em sua vida.
31
 II. O meio, por estar sempre em mudança, possibilita uma 
avaliação dinâmica, ou seja, oportuniza a construção de um 
conhecimento que faça sentido para o aluno.
 Assinale a alternativa correta.
a. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma 
justificativa correta da I.
b. As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é 
uma justificativa correta da I.
c. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma 
proposição falsa.
d. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição 
verdadeira.
e. As asserções I e II são proposições falsas. 
GABARITO
Questão 1 - Resposta C
Resolução: A alternativa está correta porque avaliar ocupa 
no processo de ensino e aprendizagem uma posição tão 
importante quanto os conteúdos das tarefas trabalhadas em 
sala de aula. 
Questão 2 - Resposta A
Resolução: As alternativas são corretas porque, na teoria 
histórico-cultural, pensar em avaliação é compreender a 
dimensão de desenvolvimento humano e o papel do meio 
nesse desenvolvimento. 
Prática docente, flexibilização 
curricular e avaliação 
______________________________________________________________
Autoria: Daniel Novaes Gomes Pereira
Leitura crítica: Carlos Eduardo Candido Pereira
TEMA 4
33
DIRETO AO PONTO
As avaliações ocupam lugar específico no processo de escolarização 
de pessoas com deficiência, visto que, durante toda a vida, há 
diferentes modos e contextos avaliativos. O primeiro, pode ser 
estabelecido a partir do primeiro diagnóstico. Mais tarde, e em 
um contexto escolar, as avaliações parecem selecionar e segregar 
essas pessoas a partir de critérios que os aprova ou incapacita para 
desenvolverem sua cidadania e atuarem na sociedade como cidadão 
críticos, reflexivos e participativos. Por esse motivo, ao se avaliar, a 
mensuração está para além da atividade que a pessoa desempenha, 
adentra a classificação e interfere na constituição da pessoa, como 
pode ser visto na figura seguir.
Figura 1 – Impacto da avaliação na vida da pessoa com 
deficiência intelectual
Fonte: elaborada pelo autor.
A nova Política Nacional de Educação Especial: Equitativa, Inclusiva 
e com Aprendizado ao Longo da Vida (PNEE) parece mostrar um 
ensino escolar mais sensível e significativo para o aluno público-
alvo da educação especial. Ela se mostra como um movimento 
34
importante, porque do viés avaliativo, dá indícios de como o 
professor pode propor ações para equalizar a oferta do ensino, isto 
é, “ela” não mostra o como fazer, mas parece dar liberdade para 
ação docente, desde que esteja fundamentada em suas diretrizes.
Se a avaliação no contexto da Educação Inclusiva, quer dizer, 
Educação Especial, está centrada no que o aluno faz, mesmo que 
em colaboração, a quem essa política agrada, já que do ponto de 
vista estrutural a BNCC preconiza o ensino e a avaliação a partir 
de habilidades e competências? Você vai perceber que é muito 
contraditório, daí a importância de se aprender a respeito dos 
marcos históricos.
Nesse embate teórico-político-filosófico, parece que quem perde 
é a pessoa com deficiência, que geralmente enfrenta muitos 
estereótipos até ocupar algum espaço na sociedade.
Referências bibliográficas
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Modalidades Especializadas de 
Educação. PNEE: Política Nacional de Educação Especial: Equitativa, Inclusiva 
e com Aprendizado ao Longo da Vida. Brasília: MEC; SEMESP, 2020. 
PARA SABER MAIS
No livro A cruel pedagogia do Vírus, Santos faz um panorama 
a respeito de como a escola e a sociedade já estava sendo 
impactada pelo modelo político-econômico que privilegia a ideia de 
capacitismo.
No contexto de pandemia, é notória que muitas situações 
educacionais são postas à prova e mostram como o sistema de 
ensino não está preparado para receber alunos com deficiência 
35
intelectual e, ainda, como ao receber tais alunos, o que era para 
ser um sistema inclusivo finda, por vezes, na exclusão. Então, o que 
fazer? Quais caminhos seguir?
A prática pedagógica centrada na ideia de que o aluno é um ser 
em desenvolvimento possibilita a compreensão de como as tarefas 
escolares podem ganhar uma nova dimensão e, a partir desse novo, 
um redimensionamento no próprio processo de inclusão. Não seria 
difícil compor um modelo de ensino que viabiliza participação da 
pessoa com deficiência em práticas sociais. Os modelos oriundos 
de saberes clínicos privilegiam o estímulo e a resposta dos 
comportamentos; já os modelos educacionais tendem a focalizar 
no processo de ensino e aprendizagem a partir das vivências dos 
alunos.
Contudo, parece que há uma vontade maior de segregar as 
pessoas com deficiência da sociedade, especialmente porque são 
compreendidas historicamente como improdutivas.
No atual contexto educacional, a pandemia do covid-19 torna visível 
a exclusão proposital. Por esse tipo de exclusão se compreende 
aquela a partir de barreiras nas quais a deficiência ou a própria 
condição econômica são entendidas como impedimentos para que 
se aconteça o trabalho educacional. Frente a isso, o que o professor 
pode fazer? Como ele pode agir? Se um trabalho pedagógico deve 
privilegiar os gostos e os interesses dos alunos, como atuar nessa 
perspectiva se a criançaestá em um contexto no qual não tem o 
que é básico para sua sobrevivência, quer dizer, como a família irá 
comprar um computador e pagar internet se ela não tem o que é 
necessário para a sobrevivência?
Nesse campo minado, no qual a educação se estrutura, as 
flexibilizações curriculares e o papel do ensino escolar precisam 
estar alinhados com um entendimento para além do que os 
36
documentos oficiais homogeneízam, por isso, o foco e a elaboração 
do trabalho a ser realizado com a pessoa com deficiência intelectual 
a partir do conhecimento de quem é a pessoa e qual lugar ela ocupa 
no contexto social.
Referências bibliográficas
SANTOS, Boaventura de Sousa. A cruel pedagogia do vírus. Coimbra: 
Almedina, 2020.
TEORIA EM PRÁTICA
Você é um professional do Atendimento Educacional Especializado. 
Na escola em que trabalha, há um aluno com o diagnóstico clínico 
de deficiência intelectual. No trabalho desenvolvido em parceria 
com a professora regente de sala de aula, as melhoras no processo 
de escolarização são perceptíveis e, com a flexibilização curricular, 
o aluno consegue obter bons resultados na avaliação. Na mesma 
escola, há outro aluno nessa mesma condição de diagnóstico clínico, 
mas a professora regente da sala de aula regular não aceita parceria 
de trabalho, o que tem ocasionado uma situação de insuficiência 
dos alunos nos testes.
Vendo que o ano letivo está acabado e que o aluno não tem o 
rendimento necessário para continuar seus estudos na próxima 
etapa da educação básica, o ensino médio, a família recorre ao 
entendimento de terminalidade específica. E agora, o que fazer? 
Visto que de um lado se tem compreende a Terminalidade Específica 
como um modo de certificação e, de outro, não.
Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, 
acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de 
aprendizagem.
37
LEITURA FUNDAMENTAL
Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis 
em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o log 
in por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em 
sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições 
públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou 
periódicos científicos, todos acessíveis pela internet. 
Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de 
autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos 
que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve, 
portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na 
construção da sua carreira profissional. 
Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da 
nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso!
Indicação 1
Neste artigo, você adentrará na discussão em torno do processo de 
escolarização de pessoas com deficiência, a partir de uma prática 
social menos excludente e contraditória; para isso, você caminhará 
por um apanhado histórico sobre a noção de deficiência em uma 
contextualização que envolve os caminhos percorridos pela nova 
Política Nacional de Educação Especial.
PORTO, Roberta Mendonça; AMADO, Luiz Antonio Saléh. 
Os atravessamentos da saúde na educação e os efeitos da 
governamentalidade. Revista Teias, [s. l.], v. 22, n. 64, p. 269-284, 
2021.
Indicações de leitura
38
Indicação 2
Este trabalho expõe, do viés obscurantista ocasionado pela 
pandemia do covid-19, as implicâncias do ensino remoto 
emergencial para o professor que está atuando neste tempo.
MORAIS, Quéli Dornelles; MARTINS, Claudete da Silva Lima. 
Resgatando o congresso de Milão?!: Segregação sob o manto da 
legalidade. RELACult-Revista Latino-Americana de Estudos em 
Cultura e Sociedade, [s. l.], v. 7, 2021. 
QUIZ
Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a 
verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste 
Aprendizagem em Foco.
Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão 
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco 
e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de 
questões de interpretação com embasamento no cabeçalho 
da questão.
1. A Terminologia Específica diz respeito ao modo como o saber 
escolar é validado ao término da etapa cursada. No contexto 
educacional brasileiro, inúmeras problemáticas emergem, 
especialmente, porque de um lado se tem a organização 
político-social e, de outro, a necessidade das famílias. A esse 
respeito, a contradição entre esses dois interesses pode ser 
vista em qual alternativa? 
39
a. As avaliações que acontecem no contexto escolar, geralmente, 
privilegiam os alunos que sabem mais; se de um lado a 
família pede uma certificação da etapa, para que a pessoa 
com deficiência se sinta contemplada e incluída, de outro, o 
modo no qual o sistema educacional está organizado, embora 
emita a certificação para a próxima etapa do ensino, não a 
reconhece como legítima, visto que o aluno não cumpriu com 
o que era necessário para a próxima etapa. 
b. As avaliações partem do que o aluno sabe e o modelo político-
econômico vigente parte do entendimento de equidade.
c. A Terminologia Específica não passa de uma avaliação 
diagnóstica, visto que não é de interesse da escola classificar 
os alunos, mas do interesse da família e da sociedade. 
d. O sistema nacional de ensino não apresenta contradição, 
quem provoca tensão nas práticas educacionais são as 
famílias. 
e. Tanto a família quanto o modelo escolar não se interessam 
pela Terminalidade Específica, visto que, na Educação Especial, 
todos os alunos são singulares. 
2. As pessoas com deficiência intelectual sempre são avaliadas 
e essas avaliações começa cedo, a partir da elaboração do 
diagnóstico clínico. O diagnóstico, geralmente, ocasiona uma 
tipificação. São sentimentos das pessoas com deficiência 
intelectual frente a demanda social por habilidades e 
competências. Nesse contexto, analise as afirmativas a seguir:
 I. O sentimento de impotência toma conta da pessoa com 
deficiência, porque ela é sempre comparada, a partir de 
uma métrica avaliativa, com pessoas que não são tidas como 
deficientes.
 PORQUE
40
 II. Por mais que a pessoa com deficiência entenda que as 
avaliações as classificam como menos, a Educação Especial 
tende a equalizar as diferenças.
 Assinale a alternativa correta.
a. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma 
justificativa correta da I.
b. As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é 
uma justificativa correta da I.
c. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma 
proposição falsa.
d. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição 
verdadeira.
e. As asserções I e II são proposições falsas. 
GABARITO
Questão 1 - Resposta A
Resolução: A alternativa está correta porque a contradição se 
coloca a partir dos interesses da família em oposição ao que a 
legislação preconiza. 
Questão 2 - Resposta C
Resolução: A alternativa está correta porque o aluno com 
deficiência é avaliado o tempo todo, seja na escola, na 
sociedade e na própria família, assim, o que consta em II, não 
pode ser verdadeiro. 
BONS ESTUDOS!
	Apresentação da disciplina
	Introdução
	TEMA 1
	Direto ao ponto
	Para saber mais 
	Teoria em prática
	Leitura fundamental
	Quiz
	Gabarito
	TEMA 2
	Direto ao ponto
	Para saber mais
	Teoria em prática
	Leitura fundamental
	Quiz
	Gabarito
	TEMA 3
	Direto ao ponto
	Para saber mais
	Teoria em prática
	Leitura fundamental
	Quiz
	Gabarito
	TEMA 4
	Direto ao ponto
	Para saber mais
	Teoria em prática
	Quiz
	Gabarito
	Inicio 2: 
	Botão TEMA 4: 
	Botão TEMA 1: 
	Botão TEMA 2: 
	Botão TEMA 3: 
	Botão TEMA 9: 
	Inicio :

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