Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
• Tecido endometrial fora da cavidade uterina • Fatores de risco: nuliparidade, predisposição genética, menarca antes dos 12 anos, ciclos menstruais curtos, fluxo prolongado, obstrução completa ou parcial do fluxo menstrual, fatores ambientais • Clínica: algumas mulheres podem ser assintomáticas. Outras podem sentir uma dor pélvica incapacitante e crônica (não melhora ao uso de medicamentos), dismenorreia, dispareunia, infertilidade (tratável), esterilidade (permanente), irregularidade menstrual, massa pélvica. Cansaço e exaustão, diarreia ou constipação, inchaço abdominal, sangramento menstrual aumentado ou irregular, náuseas ou dor epigástrica, tontura ou cefaleia, baixa resistência a infecções, escape pré menstrual, febrícula, disúria e hematúria cíclica (invasão da bexiga), candidíase, prolapso da válvula mitral • Diagnóstico: anamnese, USG transvaginal com preparo intestinal, histopatológico (dá a certeza), CA 125, USG pélvico/simples/transvaginal simples, RNM • Tratamento: só progesterona (1ª escolha; dienogeste; muitas pacientes não se adaptam), progesterona + estrógeno (em casos de não adaptação á progesterona; contraindicações ao estrógeno – enxaqueca com aura, AVC, trombose, cardiopatias graves, CA de mama), análogos do hormônio liberador de gonadotrofina (em casos de não adaptação à progesterona e contraindicação ao estrógeno), cirurgia (muitos sintomas, dor pélvica crônica, tratamento clínico não serviu, endometrioma; ainda tem que tomar o hormônio), terapia, fisioterapia, acupuntura, toxina botulínica, DIU de progesterona, atividades físicas, MEV, ingesta rica em fibras ➢ Vaginose bacteriana • Queda de lactobacilos e aumento de anaeróbios (principalmente gardnerella vaginalis). NÃO É IST • Clínica: 50 a 75% assintomáticos. Corrimento branco ou acinzentado, homogêneo, com odor de peixe podre (pode sentir durante a relação sexual e na época da menstruação) • Fatores de risco: atividade sexual e ISTs, raça, etnia, tabagismo, obesidade, duchas vaginais • Complicações: endometrite, aquisição de ISTs, DIP, prematuridade na gestação • Diagnóstico: clínica + pH > 4,5 + teste das aminas positivo + células em alvo/clue cells na microscopia – precisa de 3 dos 4 • Tratamento: só trata sintomáticas (das assintomáticas – gestantes e quando for fazer exames invasivos), não trata parceiro. 1ª escolha é metronidazol 250mg, 2 cpd, VO, 12/12 horas, por 7 dias (também pode usar metronidazol gel vaginal). 2ª escolha é clindamicina 300mg, 1 CPD, VO, 12/12 horas, 7 dias ➢ Candidíase • Candida spp. (fungo). Não é IST • Fatores de risco: imunossupressão (gravidez, diabetes, ATB, estresse, anticoncepcionais hormonais, higiene íntima inadequada, DIU e diafragma • Clínica: secreção grupos, esbranquiçada, não tem odor, vagina edemaciada e hiperemiada, dispareunia, queimação e disúria, piora antes da menstruação, prurido, causa inflamação • Não complicada (sintomas esporádicos e leves, candida albicans, paciente não é gestante ou imunossuprimida) X complicada (sintomas graves e recorrentes, outros tipos de candida, grávidas, diabéticas descontroladas, imunossuprimidas) • Diagnóstico: Clínica + pH < 4,5 + teste de aminas negativos + hifas e/ou pseudohifas na microscopia + cultura de secreção vaginal • Tratamento: Não trata o parceiro, gestante não pode usar o tratamento oral. - Não complicada: 1ª escolha é miconazol creme a 2%, toda noite antes de dormir, via vaginal, por 7 dias ou nistatina 100.000 UI, uma aplicação via vaginal, antes de dormir, por 14 dias. 2ª escolha é fluconazol VO ou itraconazol VO - Complicada: indução – fluconazol 150mg, VO 1x/dia, dias 1, 4 e 7. Manutenção – fluconazol 150mg, VO 1x/semana por 6 meses ➢ Tricomoníase • Trichomonas vaginalis. É uma IST. Tratar parceiro Ginecologia Endometriose Vulvovaginites Kamile Ferreira - M42 • Transmissão: sexual; de mães para filhos • Clínica: maioria assintomática. Causa uma colpite (mesmo assintomática). Causa um corrimento bolhoso, branco, amarelo esverdeado, abundante e fluido, pode ter um odor desagradável, ardor, prurido, dispareunia, disúria. Os sintomas aumentam no período menstrual • Diagnóstico: clínica + trichomonas na microscopia (protozoários flagelados) + pH > 4,5 + teste de aminas pode positivar + PCR • Tratamento: sempre oral (pode fazer tópica, mas só alivia os sintomas). Tratar o parceiro - Metronidazol 250mg, 2 cpd, VO, 12/12 horas por 7 dias ou metronidazol 400mg, 5 cpd, dose única, VO ➢ Vaginose citolítica • Diagnóstico diferencial de candidíase; não é IST • Clínica: corrimento esbranquiçado e com prurido (mais fluido que o da candidíase), dispareunia e queimação. Sintomas pioram antes de menstruar • Diagnóstico: microscopia (excesso de lactobacilos e núcleos desnudos), pH < 4,5, cultura de secreção vaginal negativa • Tratamento: alcalinização do meio vaginal (bicarbonato) ➢ Vaginite inflamatória descamativa/ vaginite aeróbia • Diagnóstico diferencial de tricomoníase. Comum na peri/pós menopausa • Clínica: corrimento moderado ou profuso, purulento, dispareunia • Diagnóstico: pH vaginal > 4,5, aumento de PMN e células parabasais na microscopia. Excluir vaginose bacteriana, trichomonas e cervicites • Tratamento: clindamicina + corticoides vaginais ➢ Vaginite atrófica • Comum na menopausa • Clínica: dispareunia, disúria, corrimento vaginal escasso, epitélio vaginal friável • Diagnóstico: pH > 4,5, redução de lactobacilos e aumento de células parabasais na microscopia • Tratamento: estrogênio tópico ➢ Doença inflamatória pélvica (DIP) • Fatores pré disponentes: restos oculares, intervenções terapêuticas e semióticas, métodos contraceptivos, uso de tampões vaginais • Neisseria gonorrhoeae e clamídia – principais • Clínica: dor pélvica, secreção purulenta com odor, quadro febril, dispareunia e disúria, lombalgia, sinais de peritonite • Diagnóstico: 3 critérios maiores e 1 menor ou somente 1 critério elaborado - Maiores: dor hipogástrica, dor anexial (palpação do ovários) e dor à mobilização do colo - Menores: sinal de infecção clínica ou laboratorial, temperatura > 38°, secreção cervical e vaginal, massa pélvica, PCR ou VHS elevados, comprovação laboratorial de gonorreia, clamídia ou gonococo - Elaborados: presença de abcesso pélvico, videolaparoscopia com evidência de DIP, evidência histopatológica de endometrite • Tratamento ambulatorial – Monif I (sem peritonite; não complicada): tratamento clínico e retorno com 48 a 72h - Ceftriaxona 500mg IM + doxiciclina 100mg, VO, 12/12h, 14 dias (com ou sem metronidazol 500mg, VO, 12/12h, 14 dias – usa quando paciente tiver odor, secreção purulenta) - Cefoxitina 2g, IM, dose única e Probenecid 1g, VO, dose única + Doxiciclina 100mg, VO, 12/12h, 14 dias (com ou sem metronidazol) • Tratamento hospitalar – Monif II, III e IV, gestantes, imunodeprimidas, sem melhora após 72h, intolerância/má adesão ao tto ambulatorial: - Clindamicina 900mg, IV, 8/8h + gentamicina 2mg/kg IV e manutenção de 1,5mg/kg de 8/8h - Cefoxitina 2g, IV, 6/6h + doxiciclina 100mg, VO, 12/12h • Tratamento cirúrgico (laparoscopia, laparotomia): drenagem por via transvaginal ou percutânea, retirada de DIU, curetagem uterina • Abcesso tubo ovariano: exsudato purulento na cápsula de Glison (fase aguda da síndrome de Fitz- Hugh-Curtis) Dispareunia, Dor pélvica crônica, Infertilidade, Prenhez ectópica • Transmissão: via sexual, via vertical, perfurocortantes 1. Sífilis/Cancro duro/LUES/Protossifiloma • Treponema pallidum (bactéria espiroqueta) • Transmissão: Sexual ou congênita • Clínica: Fase primária – úlcera endurecida (bordos bem definidos, fundo limpo/liso, sem ou pouca secreção, geralmente únicas, fundo rosado, indolor; também pode não haver formação de úlceras). Fase secundária – exantemas e pápulas, queda de cabelo (reação de Jarisch-Herxheimer). Fase terciária – acometeórgãos mais distantes da genitália - Fase latente (lesões e úlceras desaparecem) – precoce (menos de 1 ano) e tardia (mais de 1 ano) • Diagnóstico: bacteriológico, imunofluorescência direta, sorologia (VDRL e FTA Abs), PCR - VDRL e FTA Abs positivos = sífilis; VDRL + e FTA Abs - = não é sífilis; VDRL - e FTA Abs + = fase inicial, já curada ou terciária; VDRL e FTA Abs negativos = descarta sífilis • Tratamento: Penicilina G benzatina, 2.4000.000 de UI, IM, dose única (primária e secundária). Penicilina G Benzatina, 2.400.000 de UI, semanal por 3 semanas (assintomática e terciária) • Acompanhar gestantes com VDRL 2. Herpes • Herpes vírus • Clínica: múltiplas vesículas (cacho de uva) que podem romper e sair secreção, ardor, prurido, dor • Diagnóstico: clínico, laboratorial (IgG e IgM, biologia molecular, citodiagnóstico) • Tratamento: Aciclovir 400mg, VO, 8/8h, por 10 dias (primoinfecção) ou 5 dias (recorrências) 3. Cancro mole/Cancroide/Cancro de Ducreyi/Cavalo • Haemophilus ducreyi • Clínica: lesões múltiplas, dolorosas, bordas irregulares, auto-inoculáveis, exsudato necrótico com odor fétido • Diagnóstico: Gram ou cultura • Tratamento: Azitromicina 1g, VO, dose única (2cpd de 500mg) 4. Linfogranuloma venéreo/ Doença de Nicolas- frave/ Linfogranuloma inguinal/ Mula • Chlamydia trachomatis • Clínica: pápula, pústula, exulceração, adenopatia unilateral e inguinal; elefantíase genital • Diagnóstico: bacteriológico (direto e cultura), sorologia (imunofluorescência e ELISA), PCR • Tratamento: Azitromicina 1g, VO, 2 semanas ou Doxiciclina 100mg, 12/12h, VO, 21 dias 5. Donovanose/Granuloma inguinal ou venéreo • Calymmatobacterium granulomatis • Clínica: úlcera bem delimitadas, bordas planas, aspecto vermelho vivo, sangra com facilidade, geralmente múltiplas • Diagnóstico: cito-histológico • Tratamento: Doxiciclina 100mg, VO, 12/12h até curar 6. Gonorreia/Blenorragia/Gota matinal/ Pingadeira • Neisseria gonorrhoeae • Clínica: maioria assintomática. Corrimento uretral. Complicações – salpingite, infertilidade, oftalmia, DIP, bartholinite, prostatite • Diagnóstico: direto, cultura, gram • Tratamento: Ceftriaxona 500mg, IM, dose única 7. Clamídia • Chlamydia trachomatis • Clínica: maioria assintomática. Corrimento uretral • Diagnóstico: IgG e IgM, bacteriológico • Tratamento: Azitromicina 1g, VO, dose única 8. HPV • Papiloma vírus humano • Clínica: lesões verrucosas tipo couve flor • Tratamento: ATA 90%; cirurgia, laser, etc ISTs • Climatério = início da queda dos hormônios (perda da reserva folicular ovariana) e os ciclos ficam mais espaçados. Antecede a menopausa - Sintomas climatéricos: ondas de calor/fogachos, libido baixa, ressecamento ocular e vaginal, cansaço, dores ósseas e articulares • Menopausa = Quando a mulher fica 12 meses sem menstruar (é uma data). 45 a 55 anos - Clínica: fogachos/ondas de calor e sudorese, síndrome do cobre e descobre, insônia, irritabilidade e ansiedade, palpitação e parestesia, vertigens, depressão, perda de memória e concentração, ciclos anovulatórios, irregularidade menstrual, ciclos espaçados, inibição do desejo sexual, excitação comprometida, orgasmo comprometido, ressecamento vaginal, dos pequenos e grandes lábios, do canal vaginal, do introito e da uretra, ardor, prurido, dispareunia, sangramento durante a relação, queimação, ITU de repetição, disfunções sexuais, disúria, polaciúria, urgência miccional, ressecamento e perda da elasticidade da pele, acne, diminuição da síntese do colágeno, hipertricose, osteoporose, osteopenia • Diagnóstico: clínica + dosagem hormonal (FSH e LH, TSH, T4, etc), hemograma - Rotina básica na prevenção de doença cardiovascular, óssea, CA ginecológico, colonoscopia (a partir dos 45 anos) - Rotina complementar individualizada • Tratamento: MEV e terapia de reposição hormonal (TRH) – repor estrógeno e progesterona. Janela de oportunidade para fazer TRH é nos 10 primeiros anos de irregularidade. Contraindicações: CA de mama e endométrio em atividade, doença hepática descompensada, sangramento vaginal de origem desconhecida, doença coronariana e cerebrovascular, LES, porfirias, meningioma, enxaqueca com aura - Via oral (não é ideal), via transdérmica (obesas, dislipidêmicas, HAS e DM controladas, síndrome de má absorção, DRGE, gastrite e esofagite, cirurgia bariátrica, disfunção hepática), via vaginal, implantes hormonais (não são recomendados pelas sociedades tradicionais) - TRH usada na menor dose possível pelo menor tempo necessário - Ttos alternativos: antidepressivos (manifestações vasomotoras e psicoativas), cálcio, calcitonina e vitamina D, estatinas, atividades físicas, mudança de comportamento nutricional • Leiomiomas: 95% dos tumores benignos. Subseroso, intramural, submucoso (pode causar infertilidade) - Fatores de risco: raça negra, nuliparidade, menarca precoce, hipertensas, obesas, predisposição familiar, consumo de álcool - Fatores protetores: multiparidade, tabagismo, anticoncepcionais, estrogênio, progestagenos - Clínica: 5% assintomáticos (não trata, faz acompanhamento). Sangramento uterino anormal, dor pélvica, dismenorreia, aumento do volume abdominal, compressão genitourinaria, distúrbios intestinais, infertilidade - Diagnóstico: USG pélvica abdominal (antes da transvaginal), USG transvaginal, TC e RNM se dúvida - Diagnóstico diferencial: hiperplasia endometrial, adenomiose, malformações uterinas, gravidez, neoplasia trofoblástica gestacional, neoplasias malignas, tumores ovarianos - Tratamento: Assintomáticas – seguimento semestral Sintomáticas – considerar idade e desejo de gravidez: menacme e sem prole (tratamento clínico ou miomectomia), perimenopausa, com prole e sangramento anormal (tratamento conservador ou embolização ou histerectomia) Tratamento clínico: ACO oral combinado ou só de progestágenos, análogos do GNRH, danazol e gestrinona, DIU hormonal, implantes de progesterona • Pólipos: projeções hiperplásicas formadas por glândulas e estroma; tem risco de malignizar ao longo da vida se não tratado - Histerectomia não diferencia mioma de pólipo, só o histopatológico - Clínica: assintomáticas ou sintomáticas (sangramentos entre uma menstruação e outra, Climatério e menopausa Tumores benignos cólicas, necrose do pedículo, secreção purulenta, infecção, dor pélvica) - Diagnóstico: USG transvaginal, histeroscopia, exame especular, histerossonografia - Tratamento: Pólipos endometriais – polipectomia histeroscópica, curetagem Pólipos endocervicais – torção de pedículo, exérese com bisturi • Hiperplasia endometrial: proliferação exagerada do endométrio, é considerada uma lesão pré câncer - Clínica: aumento do fluxo menstrual, sangramento em mulheres pós menopausa, espessamento emdometrial - Diagnóstico: USG transvaginal, histeroscopia com biopsia dirigida, curetagem uterina semiótica - Tratamento: curetagem, ablação endometrial, uso de progestágenos/DIU mirena (paciente com hiperplasia sem atipia, não tem filhos e quer ter), histerectomia (casos com atipia) • Adenomiose: crescimento anormal do tecido endometrial na camada muscular uterina, não há risco de câncer - Diagnóstico: histopatológico - Tratamento: clínico (ACO combinado, progestagenos), cirurgia (ablação do endométrio, histerectomia) • Câncer de endométrio – adenocarcinoma clássico é o tipo mais comum - Classificação patogênica: tipo 1 (obesas, perimenopausadas, excesso de estrógeno, hiperplasia endometrial precede o câncer – melhor prognóstico) ou tipo 2 (magras, idosas acima de 60 anos, pós menopausadas, sem associação com hiperestrogenismo ou hiperplasia endometrial – pior prognóstico) - Fatores de risco: excesso de estrógeno, anovulação crônica, insuficiência hepática, menarca precoce, menopausa tardia, tumores ovarianos, hipotireoidismo, obesidade, hipertensão, radioterapia,fatores genéticos, associação com outros cânceres - Clínica: 5% assintomáticas. Sangramento transvaginal - Tratamento: depende do estadiamento Estadiamento I – histerectomia total. Estadiamento II – Histerectomia radical. Estadiamento III – radioterapia. Estadiamento IV – quimioterapia e hormonioterapia • Câncer de colo de útero – epidermoide é o tipo mais comum - Fatores de risco: HPV, múltiplos parceiros, tabagismo, baixo nível socioeconômico, má higiene, coitarca precoce, multiparidade, IST’s, radioterapia, agentes químicos - Manifestações clínicas: assintomáticas inicialmente. Sinusiorragia - Diagnóstico: colposcopia e biópsia ASCUS – avaliar idade da paciente. Se < 25 anos só repete a citologia após 3 anos, entre 25 e 29 anos repete em 12 meses, se > 30 anos repete em 6 meses – na prática, repete com 6 meses ASC-H – direto pra colposcopia, se tiver lesão faz biópsia AGUS – colposcopia, se não tiver como fazer biopsia, faz histeroscopia Células atípicas de origem indefinida – colposcopia Lesão de baixo grau – se < 25 anos repete citologia após 3 anos, se >= 25 anos repete citologia em 6 meses Lesão de alto grau, lesão de alto grau não podendo excluir microinvasão, exame especular alterado, carcinoma escamoso invasor, adenocarcinoma in situ – colposcopia - Tratamento: Carcinoma in situ/NIC 3 – conização Estadiamento I – conização ou histerectomia simples Estadiamento II – Histerectomia Estadiamento III – Radioterapia e quimioterapia Estadiamento IV – radioterapia Tumores malignos • Fatores de risco para câncer de mama: sexo, idade (começar a fazer mamografia com 35 anos), antecedentes pessoais e familiares, menarca precoce, menopausa tardia, nuliparidade ou primiparidade tardia, exposição à radiação, dieta rica em gordura, obesidade, TRH, tabagismo. Amamentação diminui o risco • Queixas principais: dor (menos importante), nódulo (benigno – bilateral, móvel, macio, bem delimitado, superfície lisa, regular; maligno – unilateral, isolado, endurecido, irregular, fixo à estrutura adjacente, limites imprecisos), descarga (vermelha/sanguinolenta e cristalina/transparente tem piores prognósticos). Retrações, abaulamentos, hiperpigmentação, hiperemia, endurecimento, prurido, ulceração, aumento da temperatura • Exame físico: inspeção estática, inspeção dinâmica, palpação dos linfonodos axilares e claviculares, palpação da mama • Exame preventivo do CA de mama: mamografia (mamografia para mamas mais velhas e USG para mamas mais novas) - 1ª mamografia de uma mulher sem histórico de CA na família – 35 anos. A partir dos 40 anos – fazer anualmente. Se a paciente tem histórico familiar de CA na família, fazer 10 anos antes, se não souber a idade, fazer a partir dos 30 anos • BIRADS: 0 – inconclusivo (pede outro exame; USG) 1 – normal (seguimento anual) 2 – alteração totalmente benigna (seguimento anual) 3 – provavelmente benigno (encaminhar para especialista) 4A – 20% de chance de ser CA 4B – 50% de chance de ser CA 4C – 60/70% de chance de ser CA 5 – altamente suspeito 6 – Câncer • Exames de rotina se diagnosticado o CA: RX de tórax, USG de abdômen total, cintilografia óssea • Tratamento: quimioterapia • Mulheres que não tem ciclos ovulatórios regulares. Síndrome anovulatória (o óvulo fica retido, a fase ovulatória está prejudicada, pois para na fase folicular). Há dificuldade de ovulação e gravidez, mas não há esterilidade • Maior fator de risco para DCV, DM, dislipidemias, hiperplasia e câncer de endométrio, resistência à insulina • Se o ovário não tiver aspecto policístico, a doença não deve ser descartada (exceto em meninas nos 2 primeiros anos do ciclo menstrual) • Hiperinsulinemia, hiperandrogenismo, alteração na produção e na liberação de gonadotrofinas (FSH baixo e LH alto na 1ª fase do ciclo) • Clínica: distúrbios menstruais (pouca menstruação, atrasos frequentes, amenorreia ou oligomenorreia, fluxo abundante), hisurtismo e acne, dificuldade para engravidar, tendência a obesidade, tendência a estrias grossas, acantose nigrans • Exames complementares: dosar FSH (baixo) e LH (alto), testosterona livre, prolactina, TSH e T4 livre (diagnóstico diferencial com hipotireoidismo), hemoglobina glicada, glicemia em jejum, perfil lipídico, vitamina D, USG pélvica transvaginal. 17 hidroxiprogesterona se suspeita de hiperplasia adrenal • Tratamento: Não tem cura, mas tem controle - Muitas mulheres entram em equilíbrio do seu eixo só com atividade física e dieta - Mulheres com vida sexual ativa e não quer engravidar – ciproterona ou drosperinona - Mulheres com desejo de engravidar – citrato de clomifen - Mulheres sem vida sexual ativa – medroxiprogesterona - Glicemia alterada > 100 – hipoglicemiante (não precisa de ACO. Regular a glicemia pode regular o ciclo também) - Atividade física e dieta balanceada sempre - Reposição de vitamina D se necessário - Inositol – suplemento - Mulher menstruando – SOP controlada, não intervém. Mulher sem menstruar – intervém Propedêutica mamária Síndrome dos ovários policísticos • Código de ética médica sobre as técnicas de RA: é proibida a seleção de sexo, Mulheres com mais de 40 anos tem direito a receber 4 óvulos (mais jovens – 2 a 3 óvulos), comercialização da barriga de aluguel segue proibida (exceto para parentes até 2º grau de alguém do casal), a doação de SPTZ e de óvulos pode ser feita, reprodução assistida pós morte é permitida desde que haja a autorização para uso do material biológico • Esterilidade – não há possibilidade de engravidar • Infertilidade – falta de gestação após 12 meses de relações sexuais normais sem anticoncepcional - Primária – mulher que nunca engravidou - Secundária – mulher que já engravidou, mas não consegue mais • Fatores que comprometem a fertilidade: comportamentos (como religioso), drogas (cocaína, cigarro), dieta e estado nutricional, fatores ambientais (temperaturas mais frias), clamídia e gonorreia, tuberculose genital, anormalidades uterinas, fatores cervicais, SAF, genética • Na mulher – melhor idade para engravidar: entre 20 a 30 anos. Investigar menarca, vida sexual, gravidezes prévias e evolução, métodos anticoncepcionais (injeção trimestral retarda chance de engravidar), hipotireoidismo, cirurgias prévias, DIP, características sexuais secundárias, IMC, distribuição pilosa, galactorreia, genitália externa - Avaliação da reserva ovariana: FSH (quanto menor, melhor), histerossalpingografia (avalia tubas), videolaparoscopia (detecta aderências), USG transvaginal, histeroscopia, AML (avaliar ovário), colposcopia, toque bimanual. Investigar agenesia uterina, hipoplasia uterina • Nos homens – pede espermograma • Tratamento: - Baixa complexidade – coito programado, inseminação intrauterina. Alta complexidade – bebê de proveta/FIVETE e ICSI - Inseminação intrauterina: precisa de pelo menos 1 trompa normal, 5 milhões de SPZT com mobilidade A+B - Fertilização in vitro (FIV): não precisa da trompa. Retira o óvulo e o SPTZ e eles se encontram espontaneamente - ICSI: injeção citoplasmática de SPTZ. A fecundação é forçada Infertilidade conjugal
Compartilhar