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Ginecologia

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• Tecido endometrial fora da cavidade uterina 
• Fatores de risco: nuliparidade, predisposição 
genética, menarca antes dos 12 anos, ciclos 
menstruais curtos, fluxo prolongado, obstrução 
completa ou parcial do fluxo menstrual, fatores 
ambientais 
• Clínica: algumas mulheres podem ser 
assintomáticas. Outras podem sentir uma dor 
pélvica incapacitante e crônica (não melhora ao 
uso de medicamentos), dismenorreia, dispareunia, 
infertilidade (tratável), esterilidade (permanente), 
irregularidade menstrual, massa pélvica. Cansaço 
e exaustão, diarreia ou constipação, inchaço 
abdominal, sangramento menstrual aumentado 
ou irregular, náuseas ou dor epigástrica, tontura ou 
cefaleia, baixa resistência a infecções, escape pré 
menstrual, febrícula, disúria e hematúria cíclica 
(invasão da bexiga), candidíase, prolapso da 
válvula mitral 
• Diagnóstico: anamnese, USG transvaginal com 
preparo intestinal, histopatológico (dá a certeza), 
CA 125, USG pélvico/simples/transvaginal simples, 
RNM 
• Tratamento: só progesterona (1ª escolha; 
dienogeste; muitas pacientes não se adaptam), 
progesterona + estrógeno (em casos de não 
adaptação á progesterona; contraindicações ao 
estrógeno – enxaqueca com aura, AVC, trombose, 
cardiopatias graves, CA de mama), análogos do 
hormônio liberador de gonadotrofina (em casos 
de não adaptação à progesterona e 
contraindicação ao estrógeno), cirurgia (muitos 
sintomas, dor pélvica crônica, tratamento clínico 
não serviu, endometrioma; ainda tem que tomar o 
hormônio), terapia, fisioterapia, acupuntura, 
toxina botulínica, DIU de progesterona, atividades 
físicas, MEV, ingesta rica em fibras 
 
➢ Vaginose bacteriana 
• Queda de lactobacilos e aumento de anaeróbios 
(principalmente gardnerella vaginalis). NÃO É IST 
• Clínica: 50 a 75% assintomáticos. Corrimento 
branco ou acinzentado, homogêneo, com odor de 
peixe podre (pode sentir durante a relação sexual 
e na época da menstruação) 
• Fatores de risco: atividade sexual e ISTs, raça, 
etnia, tabagismo, obesidade, duchas vaginais 
• Complicações: endometrite, aquisição de ISTs, 
DIP, prematuridade na gestação 
• Diagnóstico: clínica + pH > 4,5 + teste das aminas 
positivo + células em alvo/clue cells na 
microscopia – precisa de 3 dos 4 
• Tratamento: só trata sintomáticas (das 
assintomáticas – gestantes e quando for fazer 
exames invasivos), não trata parceiro. 1ª escolha é 
metronidazol 250mg, 2 cpd, VO, 12/12 horas, por 
7 dias (também pode usar metronidazol gel 
vaginal). 2ª escolha é clindamicina 300mg, 1 CPD, 
VO, 12/12 horas, 7 dias 
➢ Candidíase 
• Candida spp. (fungo). Não é IST 
• Fatores de risco: imunossupressão (gravidez, 
diabetes, ATB, estresse, anticoncepcionais 
hormonais, higiene íntima inadequada, DIU e 
diafragma 
• Clínica: secreção grupos, esbranquiçada, não 
tem odor, vagina edemaciada e hiperemiada, 
dispareunia, queimação e disúria, piora antes da 
menstruação, prurido, causa inflamação 
• Não complicada (sintomas esporádicos e leves, 
candida albicans, paciente não é gestante ou 
imunossuprimida) X complicada (sintomas graves 
e recorrentes, outros tipos de candida, grávidas, 
diabéticas descontroladas, imunossuprimidas) 
• Diagnóstico: Clínica + pH < 4,5 + teste de aminas 
negativos + hifas e/ou pseudohifas na microscopia 
+ cultura de secreção vaginal 
• Tratamento: Não trata o parceiro, gestante não 
pode usar o tratamento oral. 
- Não complicada: 1ª escolha é miconazol creme a 
2%, toda noite antes de dormir, via vaginal, por 7 
dias ou nistatina 100.000 UI, uma aplicação via 
vaginal, antes de dormir, por 14 dias. 2ª escolha é 
fluconazol VO ou itraconazol VO 
- Complicada: indução – fluconazol 150mg, VO 
1x/dia, dias 1, 4 e 7. Manutenção – fluconazol 
150mg, VO 1x/semana por 6 meses 
➢ Tricomoníase 
• Trichomonas vaginalis. É uma IST. Tratar parceiro 
Ginecologia 
Endometriose 
Vulvovaginites 
Kamile Ferreira - M42 
• Transmissão: sexual; de mães para filhos 
• Clínica: maioria assintomática. Causa uma colpite 
(mesmo assintomática). Causa um corrimento 
bolhoso, branco, amarelo esverdeado, abundante 
e fluido, pode ter um odor desagradável, ardor, 
prurido, dispareunia, disúria. Os sintomas 
aumentam no período menstrual 
• Diagnóstico: clínica + trichomonas na 
microscopia (protozoários flagelados) + pH > 4,5 + 
teste de aminas pode positivar + PCR 
• Tratamento: sempre oral (pode fazer tópica, mas 
só alivia os sintomas). Tratar o parceiro 
- Metronidazol 250mg, 2 cpd, VO, 12/12 horas por 
7 dias ou metronidazol 400mg, 5 cpd, dose única, 
VO 
➢ Vaginose citolítica 
• Diagnóstico diferencial de candidíase; não é IST 
• Clínica: corrimento esbranquiçado e com prurido 
(mais fluido que o da candidíase), dispareunia e 
queimação. Sintomas pioram antes de menstruar 
• Diagnóstico: microscopia (excesso de 
lactobacilos e núcleos desnudos), pH < 4,5, cultura 
de secreção vaginal negativa 
• Tratamento: alcalinização do meio vaginal 
(bicarbonato) 
➢ Vaginite inflamatória descamativa/ 
vaginite aeróbia 
• Diagnóstico diferencial de tricomoníase. Comum 
na peri/pós menopausa 
• Clínica: corrimento moderado ou profuso, 
purulento, dispareunia 
• Diagnóstico: pH vaginal > 4,5, aumento de PMN 
e células parabasais na microscopia. Excluir 
vaginose bacteriana, trichomonas e cervicites 
• Tratamento: clindamicina + corticoides vaginais 
➢ Vaginite atrófica 
• Comum na menopausa 
• Clínica: dispareunia, disúria, corrimento vaginal 
escasso, epitélio vaginal friável 
• Diagnóstico: pH > 4,5, redução de lactobacilos e 
aumento de células parabasais na microscopia 
• Tratamento: estrogênio tópico 
➢ Doença inflamatória pélvica (DIP) 
• Fatores pré disponentes: restos oculares, 
intervenções terapêuticas e semióticas, métodos 
contraceptivos, uso de tampões vaginais 
• Neisseria gonorrhoeae e clamídia – principais 
• Clínica: dor pélvica, secreção purulenta com 
odor, quadro febril, dispareunia e disúria, 
lombalgia, sinais de peritonite 
• Diagnóstico: 3 critérios maiores e 1 menor ou 
somente 1 critério elaborado 
- Maiores: dor hipogástrica, dor anexial (palpação 
do ovários) e dor à mobilização do colo 
- Menores: sinal de infecção clínica ou laboratorial, 
temperatura > 38°, secreção cervical e vaginal, 
massa pélvica, PCR ou VHS elevados, comprovação 
laboratorial de gonorreia, clamídia ou gonococo 
- Elaborados: presença de abcesso pélvico, 
videolaparoscopia com evidência de DIP, evidência 
histopatológica de endometrite 
• Tratamento ambulatorial – Monif I (sem 
peritonite; não complicada): tratamento clínico e 
retorno com 48 a 72h 
- Ceftriaxona 500mg IM + doxiciclina 100mg, VO, 
12/12h, 14 dias (com ou sem metronidazol 
500mg, VO, 12/12h, 14 dias – usa quando 
paciente tiver odor, secreção purulenta) 
- Cefoxitina 2g, IM, dose única e Probenecid 1g, 
VO, dose única + Doxiciclina 100mg, VO, 12/12h, 
14 dias (com ou sem metronidazol) 
• Tratamento hospitalar – Monif II, III e IV, 
gestantes, imunodeprimidas, sem melhora após 
72h, intolerância/má adesão ao tto ambulatorial: 
- Clindamicina 900mg, IV, 8/8h + gentamicina 
2mg/kg IV e manutenção de 1,5mg/kg de 8/8h 
- Cefoxitina 2g, IV, 6/6h + doxiciclina 100mg, VO, 
12/12h 
• Tratamento cirúrgico (laparoscopia, 
laparotomia): drenagem por via transvaginal ou 
percutânea, retirada de DIU, curetagem uterina 
• Abcesso tubo ovariano: exsudato purulento na 
cápsula de Glison (fase aguda da síndrome de Fitz-
Hugh-Curtis) 
Dispareunia, Dor pélvica crônica, Infertilidade, Prenhez 
ectópica 
• Transmissão: via sexual, via vertical, 
perfurocortantes 
1. Sífilis/Cancro duro/LUES/Protossifiloma 
• Treponema pallidum (bactéria espiroqueta) 
• Transmissão: Sexual ou congênita 
• Clínica: Fase primária – úlcera endurecida 
(bordos bem definidos, fundo limpo/liso, sem ou 
pouca secreção, geralmente únicas, fundo rosado, 
indolor; também pode não haver formação de 
úlceras). Fase secundária – exantemas e pápulas, 
queda de cabelo (reação de Jarisch-Herxheimer). 
Fase terciária – acometeórgãos mais distantes da 
genitália 
- Fase latente (lesões e úlceras desaparecem) – 
precoce (menos de 1 ano) e tardia (mais de 1 ano) 
• Diagnóstico: bacteriológico, imunofluorescência 
direta, sorologia (VDRL e FTA Abs), PCR 
- VDRL e FTA Abs positivos = sífilis; VDRL + e FTA 
Abs - = não é sífilis; VDRL - e FTA Abs + = fase inicial, 
já curada ou terciária; VDRL e FTA Abs negativos = 
descarta sífilis 
• Tratamento: Penicilina G benzatina, 2.4000.000 
de UI, IM, dose única (primária e secundária). 
Penicilina G Benzatina, 2.400.000 de UI, semanal 
por 3 semanas (assintomática e terciária) 
• Acompanhar gestantes com VDRL 
2. Herpes 
• Herpes vírus 
• Clínica: múltiplas vesículas (cacho de uva) que 
podem romper e sair secreção, ardor, prurido, dor 
• Diagnóstico: clínico, laboratorial (IgG e IgM, 
biologia molecular, citodiagnóstico) 
• Tratamento: Aciclovir 400mg, VO, 8/8h, por 10 
dias (primoinfecção) ou 5 dias (recorrências) 
3. Cancro mole/Cancroide/Cancro de 
Ducreyi/Cavalo 
• Haemophilus ducreyi 
• Clínica: lesões múltiplas, dolorosas, bordas 
irregulares, auto-inoculáveis, exsudato necrótico 
com odor fétido 
• Diagnóstico: Gram ou cultura 
• Tratamento: Azitromicina 1g, VO, dose única 
(2cpd de 500mg) 
4. Linfogranuloma venéreo/ Doença de Nicolas-
frave/ Linfogranuloma inguinal/ Mula 
• Chlamydia trachomatis 
• Clínica: pápula, pústula, exulceração, adenopatia 
unilateral e inguinal; elefantíase genital 
• Diagnóstico: bacteriológico (direto e cultura), 
sorologia (imunofluorescência e ELISA), PCR 
• Tratamento: Azitromicina 1g, VO, 2 semanas ou 
Doxiciclina 100mg, 12/12h, VO, 21 dias 
5. Donovanose/Granuloma inguinal ou venéreo 
• Calymmatobacterium granulomatis 
• Clínica: úlcera bem delimitadas, bordas planas, 
aspecto vermelho vivo, sangra com facilidade, 
geralmente múltiplas 
• Diagnóstico: cito-histológico 
• Tratamento: Doxiciclina 100mg, VO, 12/12h até 
curar 
6. Gonorreia/Blenorragia/Gota matinal/ 
Pingadeira 
• Neisseria gonorrhoeae 
• Clínica: maioria assintomática. Corrimento 
uretral. Complicações – salpingite, infertilidade, 
oftalmia, DIP, bartholinite, prostatite 
• Diagnóstico: direto, cultura, gram 
• Tratamento: Ceftriaxona 500mg, IM, dose única 
7. Clamídia 
• Chlamydia trachomatis 
• Clínica: maioria assintomática. Corrimento 
uretral 
• Diagnóstico: IgG e IgM, bacteriológico 
• Tratamento: Azitromicina 1g, VO, dose única 
8. HPV 
• Papiloma vírus humano 
• Clínica: lesões verrucosas tipo couve flor 
• Tratamento: ATA 90%; cirurgia, laser, etc 
ISTs 
• Climatério = início da queda dos hormônios 
(perda da reserva folicular ovariana) e os ciclos 
ficam mais espaçados. Antecede a menopausa 
- Sintomas climatéricos: ondas de calor/fogachos, 
libido baixa, ressecamento ocular e vaginal, 
cansaço, dores ósseas e articulares 
• Menopausa = Quando a mulher fica 12 meses 
sem menstruar (é uma data). 45 a 55 anos 
- Clínica: fogachos/ondas de calor e sudorese, 
síndrome do cobre e descobre, insônia, 
irritabilidade e ansiedade, palpitação e parestesia, 
vertigens, depressão, perda de memória e 
concentração, ciclos anovulatórios, irregularidade 
menstrual, ciclos espaçados, inibição do desejo 
sexual, excitação comprometida, orgasmo 
comprometido, ressecamento vaginal, dos 
pequenos e grandes lábios, do canal vaginal, do 
introito e da uretra, ardor, prurido, dispareunia, 
sangramento durante a relação, queimação, ITU 
de repetição, disfunções sexuais, disúria, 
polaciúria, urgência miccional, ressecamento e 
perda da elasticidade da pele, acne, diminuição da 
síntese do colágeno, hipertricose, osteoporose, 
osteopenia 
• Diagnóstico: clínica + dosagem hormonal (FSH e 
LH, TSH, T4, etc), hemograma 
- Rotina básica na prevenção de doença 
cardiovascular, óssea, CA ginecológico, 
colonoscopia (a partir dos 45 anos) 
- Rotina complementar individualizada 
• Tratamento: MEV e terapia de reposição 
hormonal (TRH) – repor estrógeno e progesterona. 
Janela de oportunidade para fazer TRH é nos 10 
primeiros anos de irregularidade. 
Contraindicações: CA de mama e endométrio em 
atividade, doença hepática descompensada, 
sangramento vaginal de origem desconhecida, 
doença coronariana e cerebrovascular, LES, 
porfirias, meningioma, enxaqueca com aura 
- Via oral (não é ideal), via transdérmica (obesas, 
dislipidêmicas, HAS e DM controladas, síndrome 
de má absorção, DRGE, gastrite e esofagite, 
cirurgia bariátrica, disfunção hepática), via vaginal, 
implantes hormonais (não são recomendados 
pelas sociedades tradicionais) 
- TRH usada na menor dose possível pelo menor 
tempo necessário 
- Ttos alternativos: antidepressivos (manifestações 
vasomotoras e psicoativas), cálcio, calcitonina e 
vitamina D, estatinas, atividades físicas, mudança 
de comportamento nutricional 
 
• Leiomiomas: 95% dos tumores benignos. 
Subseroso, intramural, submucoso (pode causar 
infertilidade) 
- Fatores de risco: raça negra, nuliparidade, 
menarca precoce, hipertensas, obesas, 
predisposição familiar, consumo de álcool 
- Fatores protetores: multiparidade, tabagismo, 
anticoncepcionais, estrogênio, progestagenos 
- Clínica: 5% assintomáticos (não trata, faz 
acompanhamento). Sangramento uterino 
anormal, dor pélvica, dismenorreia, aumento do 
volume abdominal, compressão genitourinaria, 
distúrbios intestinais, infertilidade 
- Diagnóstico: USG pélvica abdominal (antes da 
transvaginal), USG transvaginal, TC e RNM se 
dúvida 
- Diagnóstico diferencial: hiperplasia endometrial, 
adenomiose, malformações uterinas, gravidez, 
neoplasia trofoblástica gestacional, neoplasias 
malignas, tumores ovarianos 
- Tratamento: 
Assintomáticas – seguimento semestral 
Sintomáticas – considerar idade e desejo de 
gravidez: menacme e sem prole (tratamento 
clínico ou miomectomia), perimenopausa, com 
prole e sangramento anormal (tratamento 
conservador ou embolização ou histerectomia) 
Tratamento clínico: ACO oral combinado ou só de 
progestágenos, análogos do GNRH, danazol e 
gestrinona, DIU hormonal, implantes de 
progesterona 
• Pólipos: projeções hiperplásicas formadas por 
glândulas e estroma; tem risco de malignizar ao 
longo da vida se não tratado 
- Histerectomia não diferencia mioma de pólipo, só 
o histopatológico 
- Clínica: assintomáticas ou sintomáticas 
(sangramentos entre uma menstruação e outra, 
Climatério e menopausa 
Tumores benignos 
cólicas, necrose do pedículo, secreção purulenta, 
infecção, dor pélvica) 
- Diagnóstico: USG transvaginal, histeroscopia, 
exame especular, histerossonografia 
- Tratamento: 
Pólipos endometriais – polipectomia 
histeroscópica, curetagem 
Pólipos endocervicais – torção de pedículo, 
exérese com bisturi 
• Hiperplasia endometrial: proliferação exagerada 
do endométrio, é considerada uma lesão pré 
câncer 
- Clínica: aumento do fluxo menstrual, 
sangramento em mulheres pós menopausa, 
espessamento emdometrial 
- Diagnóstico: USG transvaginal, histeroscopia com 
biopsia dirigida, curetagem uterina semiótica 
- Tratamento: curetagem, ablação endometrial, 
uso de progestágenos/DIU mirena (paciente com 
hiperplasia sem atipia, não tem filhos e quer ter), 
histerectomia (casos com atipia) 
• Adenomiose: crescimento anormal do tecido 
endometrial na camada muscular uterina, não há 
risco de câncer 
- Diagnóstico: histopatológico 
- Tratamento: clínico (ACO combinado, 
progestagenos), cirurgia (ablação do endométrio, 
histerectomia) 
 
• Câncer de endométrio – adenocarcinoma 
clássico é o tipo mais comum 
- Classificação patogênica: tipo 1 (obesas, 
perimenopausadas, excesso de estrógeno, 
hiperplasia endometrial precede o câncer – 
melhor prognóstico) ou tipo 2 (magras, idosas 
acima de 60 anos, pós menopausadas, sem 
associação com hiperestrogenismo ou hiperplasia 
endometrial – pior prognóstico) 
- Fatores de risco: excesso de estrógeno, 
anovulação crônica, insuficiência hepática, 
menarca precoce, menopausa tardia, tumores 
ovarianos, hipotireoidismo, obesidade, 
hipertensão, radioterapia,fatores genéticos, 
associação com outros cânceres 
- Clínica: 5% assintomáticas. Sangramento 
transvaginal 
- Tratamento: depende do estadiamento 
Estadiamento I – histerectomia total. 
Estadiamento II – Histerectomia radical. 
Estadiamento III – radioterapia. Estadiamento IV – 
quimioterapia e hormonioterapia 
• Câncer de colo de útero – epidermoide é o tipo 
mais comum 
- Fatores de risco: HPV, múltiplos parceiros, 
tabagismo, baixo nível socioeconômico, má 
higiene, coitarca precoce, multiparidade, IST’s, 
radioterapia, agentes químicos 
- Manifestações clínicas: assintomáticas 
inicialmente. Sinusiorragia 
- Diagnóstico: colposcopia e biópsia 
ASCUS – avaliar idade da paciente. Se < 25 anos só 
repete a citologia após 3 anos, entre 25 e 29 anos 
repete em 12 meses, se > 30 anos repete em 6 
meses – na prática, repete com 6 meses 
ASC-H – direto pra colposcopia, se tiver lesão faz 
biópsia 
AGUS – colposcopia, se não tiver como fazer 
biopsia, faz histeroscopia 
Células atípicas de origem indefinida – colposcopia 
Lesão de baixo grau – se < 25 anos repete citologia 
após 3 anos, se >= 25 anos repete citologia em 6 
meses 
Lesão de alto grau, lesão de alto grau não podendo 
excluir microinvasão, exame especular alterado, 
carcinoma escamoso invasor, adenocarcinoma in 
situ – colposcopia 
- Tratamento: 
Carcinoma in situ/NIC 3 – conização 
Estadiamento I – conização ou histerectomia 
simples 
Estadiamento II – Histerectomia 
Estadiamento III – Radioterapia e quimioterapia 
Estadiamento IV – radioterapia 
 
Tumores malignos 
• Fatores de risco para câncer de mama: sexo, 
idade (começar a fazer mamografia com 35 anos), 
antecedentes pessoais e familiares, menarca 
precoce, menopausa tardia, nuliparidade ou 
primiparidade tardia, exposição à radiação, dieta 
rica em gordura, obesidade, TRH, tabagismo. 
Amamentação diminui o risco 
• Queixas principais: dor (menos importante), 
nódulo (benigno – bilateral, móvel, macio, bem 
delimitado, superfície lisa, regular; maligno – 
unilateral, isolado, endurecido, irregular, fixo à 
estrutura adjacente, limites imprecisos), descarga 
(vermelha/sanguinolenta e cristalina/transparente 
tem piores prognósticos). Retrações, 
abaulamentos, hiperpigmentação, hiperemia, 
endurecimento, prurido, ulceração, aumento da 
temperatura 
• Exame físico: inspeção estática, inspeção 
dinâmica, palpação dos linfonodos axilares e 
claviculares, palpação da mama 
• Exame preventivo do CA de mama: mamografia 
(mamografia para mamas mais velhas e USG para 
mamas mais novas) 
- 1ª mamografia de uma mulher sem histórico de 
CA na família – 35 anos. A partir dos 40 anos – fazer 
anualmente. Se a paciente tem histórico familiar 
de CA na família, fazer 10 anos antes, se não 
souber a idade, fazer a partir dos 30 anos 
• BIRADS: 
0 – inconclusivo (pede outro exame; USG) 
1 – normal (seguimento anual) 
2 – alteração totalmente benigna (seguimento 
anual) 
3 – provavelmente benigno (encaminhar para 
especialista) 
4A – 20% de chance de ser CA 
4B – 50% de chance de ser CA 
4C – 60/70% de chance de ser CA 
5 – altamente suspeito 
6 – Câncer 
• Exames de rotina se diagnosticado o CA: RX de 
tórax, USG de abdômen total, cintilografia óssea 
• Tratamento: quimioterapia 
• Mulheres que não tem ciclos ovulatórios 
regulares. Síndrome anovulatória (o óvulo fica 
retido, a fase ovulatória está prejudicada, pois para 
na fase folicular). Há dificuldade de ovulação e 
gravidez, mas não há esterilidade 
• Maior fator de risco para DCV, DM, dislipidemias, 
hiperplasia e câncer de endométrio, resistência à 
insulina 
• Se o ovário não tiver aspecto policístico, a doença 
não deve ser descartada (exceto em meninas nos 
2 primeiros anos do ciclo menstrual) 
• Hiperinsulinemia, hiperandrogenismo, alteração 
na produção e na liberação de gonadotrofinas (FSH 
baixo e LH alto na 1ª fase do ciclo) 
• Clínica: distúrbios menstruais (pouca 
menstruação, atrasos frequentes, amenorreia ou 
oligomenorreia, fluxo abundante), hisurtismo e 
acne, dificuldade para engravidar, tendência a 
obesidade, tendência a estrias grossas, acantose 
nigrans 
• Exames complementares: dosar FSH (baixo) e LH 
(alto), testosterona livre, prolactina, TSH e T4 livre 
(diagnóstico diferencial com hipotireoidismo), 
hemoglobina glicada, glicemia em jejum, perfil 
lipídico, vitamina D, USG pélvica transvaginal. 17 
hidroxiprogesterona se suspeita de hiperplasia 
adrenal 
• Tratamento: Não tem cura, mas tem controle 
- Muitas mulheres entram em equilíbrio do seu 
eixo só com atividade física e dieta 
- Mulheres com vida sexual ativa e não quer 
engravidar – ciproterona ou drosperinona 
- Mulheres com desejo de engravidar – citrato de 
clomifen 
- Mulheres sem vida sexual ativa – 
medroxiprogesterona 
- Glicemia alterada > 100 – hipoglicemiante (não 
precisa de ACO. Regular a glicemia pode regular o 
ciclo também) 
- Atividade física e dieta balanceada sempre 
- Reposição de vitamina D se necessário 
- Inositol – suplemento 
- Mulher menstruando – SOP controlada, não 
intervém. Mulher sem menstruar – intervém 
Propedêutica mamária Síndrome dos ovários policísticos 
• Código de ética médica sobre as técnicas de RA: 
é proibida a seleção de sexo, Mulheres com mais 
de 40 anos tem direito a receber 4 óvulos (mais 
jovens – 2 a 3 óvulos), comercialização da barriga 
de aluguel segue proibida (exceto para parentes 
até 2º grau de alguém do casal), a doação de SPTZ 
e de óvulos pode ser feita, reprodução assistida 
pós morte é permitida desde que haja a 
autorização para uso do material biológico 
• Esterilidade – não há possibilidade de engravidar 
• Infertilidade – falta de gestação após 12 meses 
de relações sexuais normais sem anticoncepcional 
- Primária – mulher que nunca engravidou 
- Secundária – mulher que já engravidou, mas não 
consegue mais 
• Fatores que comprometem a fertilidade: 
comportamentos (como religioso), drogas 
(cocaína, cigarro), dieta e estado nutricional, 
fatores ambientais (temperaturas mais frias), 
clamídia e gonorreia, tuberculose genital, 
anormalidades uterinas, fatores cervicais, SAF, 
genética 
• Na mulher – melhor idade para engravidar: entre 
20 a 30 anos. Investigar menarca, vida sexual, 
gravidezes prévias e evolução, métodos 
anticoncepcionais (injeção trimestral retarda 
chance de engravidar), hipotireoidismo, cirurgias 
prévias, DIP, características sexuais secundárias, 
IMC, distribuição pilosa, galactorreia, genitália 
externa 
- Avaliação da reserva ovariana: FSH (quanto 
menor, melhor), histerossalpingografia (avalia 
tubas), videolaparoscopia (detecta aderências), 
USG transvaginal, histeroscopia, AML (avaliar 
ovário), colposcopia, toque bimanual. Investigar 
agenesia uterina, hipoplasia uterina 
• Nos homens – pede espermograma 
• Tratamento: 
- Baixa complexidade – coito programado, 
inseminação intrauterina. Alta complexidade – 
bebê de proveta/FIVETE e ICSI 
- Inseminação intrauterina: precisa de pelo menos 
1 trompa normal, 5 milhões de SPZT com 
mobilidade A+B 
- Fertilização in vitro (FIV): não precisa da trompa. 
Retira o óvulo e o SPTZ e eles se encontram 
espontaneamente 
- ICSI: injeção citoplasmática de SPTZ. A 
fecundação é forçada 
Infertilidade conjugal

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