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Resumos Informativos TST 2016

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INFORMATIVOS TST EXECUÇÃO.. 1
Nº 22 Período: 1º a 22 de fevereiro de 2016. 1
Nº 21 Período: 8 a 18 de dezembro de 2015. 1
Nº 20 Período: 17 de novembro a 7 de dezembro de 2015. 2
INFORMATIVOS TST. 3
Nº 129 Período: 16 a 22 de fevereiro de 2016. 3
Nº 128 Período: 1º a 15 de fevereiro de 2016. 4
Nº 127 Período: 15 a 18 de dezembro de 2015. 4
INFORMATIVOS TST EXECUÇÃO
Nº 22 Período: 1º a 22 de fevereiro de 2016
Para a caracterização da fraude à execução, quando inexistente penhora inscrita no registro
imobiliário, não basta a mera constatação de que o negócio jurídico se operou quando corria
processo em desfavor do alienante capaz de reduzi-lo à insolvência (requisito objetivo),
sendo necessária a demonstração de má-fé do terceiro adquirente (requisito subjetivo).
Assim, o Tribunal Regional, ao afastar a boa-fé do adquirente, mesmo diante da realização de
pesquisa de eventual óbice à transação imobiliária, violou o art. 593, II, do CPC.
A impenhorabilidade de que trata o art. 649, X, do CPC não alcança valores depositados em
conta poupança quando esta é utilizada como conta corrente, sem o cunho de economia futura
e segurança pessoal.
Competência. Nas hipóteses em que existirem bens do executado em outro foro, os atos de
penhora, avaliação e alienação deverão ser praticados perante o juízo deprecado (arts. 658 e
747 do CPC).
Nº 21 Período: 8 a 18 de dezembro de 2015
Penhora de bem imóvel. Arrematação. Posterior constatação judicial de erro nos cálculos
homologados. Nulidade de todos os atos executivos e expropriatórios fundados nos cálculos
incorretos. Excesso de execução. Prejuízo ao executado. Título inexigível. Ausência de coisa
julgada.
A certeza, liquidez e exigibilidade do título executivo são pressupostos de validade da
execução. Erro de liquidação que aumenta sensivelmente o valor devido torna inexigível o título
executivo judicial e a execução nele pautada é nula.
Juiz convalidou os atos expropriatórios já praticados, causando prejuízo ao executado, que não
pode substituir o bem arrematado por outro compatível com o cálculo refeito. O excesso de
execução decorrente do cálculo equivocadamente homologado não estava acobertado pela
coisa julgada que se formou na ação trabalhista, de modo que a parcela excedente
apresentava-se como pedido sem título executivo, o que também torna nula a execução.
Fundação Padre Anchieta. Natureza pública. Execução pelo regime de precatórios.
Possibilidade. A despeito de a Fundação Padre Anchieta ser constituída, formalmente, como
pessoa jurídica de direito privado, ela exerce múnus público. Além disso, para sua criação e
manutenção, percebeu e continua a perceber dotações, subvenções e contribuições do
Estado. A ela se aplicam as prerrogativas processuais da Fazenda Pública no que tange à
execução. O.J. nº 364 da SBDI-1 do TST.
Penhora do depósito recursal. Transferência para saldar execução em outro feito.
Legalidade. Princípios da execução menos gravosa e da economia e celeridade processuais,
assegurando, portanto, efetividade à execução e à coisa julgada.
(Os autos revelam que a referida reclamada requereu a liberação do depósito recursal a seu
favor, tendo em vista a sua exclusão do polo passivo da presente demanda, nos termos do
acórdão do recurso ordinário).
Nº 20 Período: 17 de novembro a 7 de dezembro de 2015
Na vigência do art. 276, caput, do Decreto nº 3.048/99, o fato gerador da contribuição
previdenciária era o pagamento do crédito devido ao trabalhador e, no caso de decisão judicial
trabalhista, somente seria cabível a incidência de multa e juros de mora após o dia dois
do mês subsequente ao trânsito em julgado da decisão que pôs fim à discussão acerca
dos cálculos de liquidação.
Porém, desde a edição da Medida Provisória nº 449/2008, convertida na Lei nº 11.941/2009,
que modificou o art. 43 da Lei nº 8.212/1991, as contribuições sociais apuradas em virtude
de sentença judicial ou acordo homologado judicialmente passaram a ser devidas a
partir da data de prestação do serviço, considerando-se como marco de incidência do novo
dispositivo de lei o dia 5.3.2009, em atenção aos princípios da anterioridade tributária e
nonagesimal. A multa incide a partir do primeiro dia subsequente ao término do prazo de
citação para pagamento das parcelas previdenciárias.
O título judicial emanado de sentença proferida em ação coletiva ajuizada por sindicato, na
qualidade de substituto processual, pode ser objeto de execução individual, mediante a
utilização da Requisição de Pequeno Valor.
O Estado é devedor de cada trabalhador, na exata proporção dos respectivos créditos, e não
do sindicato propriamente dito, que atuou como legitimado extraordinário, defendendo direito
alheio em nome próprio.
O art. 880 da CLT determina o pagamento ou a garantia da execução no prazo de 48
horas, sob pena de penhora. Assim, havendo regramento específico para o não cumprimento
espontâneo da decisão judicial ou para a ausência de garantia do juízo, não subsiste a multa
de 20% sobre o valor da condenação imposta à reclamada com fundamento no art. 832, §
1º, da CLT.(inaplicabilidade, no processo do trabalho, da multa de 10% prevista no artigo 475-J
do CPC)
Conflito positivo de competência. Na execução por carta precatória, os atos de penhora,
avaliação e expropriação de bem imóvel submetido à jurisdição distinta do local da execução
são de competência do Juízo deprecado, na forma preconizada pelo art. 658 do CPC. Assim,
não há razão para a devolução da carta precatória, cabendo ao Juízo deprecado apreciar o
pedido de aquisição do bem penhorado. (sob pena de se admitir a possibilidade de
submissão hierárquica entre juízes de igual hierarquia, o que não se revela admissível).
INFORMATIVOS TST
Nº 129 Período: 16 a 22 de fevereiro de 2016
É incabível ação declaratória na hipótese em que o Ministério Público do Trabalho pretende
afastar a natureza indenizatória da parcela paga sob o título de Participação nos Lucros e
Resultados – PLR, prevista na Cláusula 29º do acordo impugnado, porque em
desconformidade com os requisitos da Lei nº 10.101/2000.
Não se questiona a interpretação e o alcance da cláusula normativa, nem se invoca dúvida a
respeito de seu conteúdo. Ao contrário, o fundamento da ação consiste na desconformidade
dos termos da cláusula com a legislação que rege a PLR.
Contribuição sindical patronal. Holding pura. Ausência de empregados. Não recolhimento.
Quando o agente econômico não possui empregados, a possibilidade de receber uma
contrapartida da entidade sindical que supostamente o representa fica comprometida,
colocando um óbice lógico-jurídico à representação pela entidade de classe.
Objetivo das contribuições sindicais é viabilizar o funcionamento do sistema sindical brasileiro e
este, por sua vez, busca favorecer o diálogo entre a classe patronal e a de trabalhadores com
vistas à fixação das condições de trabalho.
Adicional de insalubridade. Indevido. Não enquadramento da atividade no rol previsto no
Anexo 14 da NR 15 do MTE (Agente comunitário de saúde) Súmula nº 448, I, do TST. Não
suficiente a constatação via laudo pericial.
Nº 128 Período: 1º a 15 de fevereiro de 2016
Altera a redação da Orientação Jurisprudencial nº 358 da SBDI-I:
EMPREGADO. SERVIDOR PÚBLICO. I - Havendo contratação para cumprimento de jornada
reduzida, inferior à previsão constitucional de oito horas diárias ou quarenta e quatro semanais,
é lícito o pagamento do piso salarial ou do salário mínimo proporcional ao tempo trabalhado. II
– Na Administração Pública direta, autárquica e fundacional não é válida remuneração de
empregado público inferior ao salário mínimo, ainda que cumpra jornada de trabalho
reduzida. Precedentes do Supremo Tribunal Federal.
Novacap. Gratificação de função. Diferenças decorrentes de reajustes salariais previstos em
normas coletivas. Descumprimento. Lesão continuada. Prescrição parcial.
Assédio processual. Configuração. Indenização devida.
Configura assédio processual o uso sucessivo de instrumentos procedimentais lícitos
visando protelar a soluçãodefinitiva da controvérsia e abalar a esfera psicológica da parte
contrária. Trata-se, portanto, de ato ilícito (art. 187 do CC c/c art. 16 do CPC) que gera dano de
natureza moral, vez que atinge principalmente a saúde psíquica da vítima.
No caso, registrou o TRT que o autor, ao ajuizar a ação rescisória, fez acusações
absolutamente desprovidas de razão e de provas, configurando, desse modo, ato de
deslealdade processual a autorizar a imposição de multa a título indenizatório.
Nº 127 Período: 15 a 18 de dezembro de 2015
Reputa-se inviável o conhecimento de recurso que se encontra deserto por falta de
pagamento de custas processuais, não se aplicando à hipótese o § 11 do art. 896 da CLT,
inserido pela Lei nº 13.015/2014, o qual se refere a “defeito formal que não se repute grave”. A
jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que não se aplica ao Processo do Trabalho a
disposição inserta no § 2º do artigo 511 do CPC, ao que soma o fato de que não se trataria,
aqui, de mera “insuficiência” do valor do preparo, mas de “não recolhimento” das custas
processuais.
Na hipótese em que as partes não compareceram à audiência de julgamento previamente
designada para o dia 6.10.2010, e a sentença foi juntada aos autos em 7.10.2010,
considera-se como marco inicial da contagem do prazo recursal o dia útil seguinte à
divulgação no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho ou a partir da notificação das partes, já
que elas não tiveram acesso ao conteúdo da decisão no momento em que proferida. Súmula nº
197 do TST. Não incidência, pois esta pressupõe a prolação da sentença na data designada
para a audiência, e não no dia seguinte, como ocorrido.
Complementação de aposentadoria. Diferenças. Ex-empregado da Rede Ferroviária Federal -
RFFSA. Sucessão pela União. Incompetência da Justiça do Trabalho. O Supremo Tribunal
Federal definiu a competência da justiça comum para o julgamento da matéria, diante da
eficácia vinculante no exame da ADI 3.395-MC/DF, que suspendeu toda e qualquer
interpretação atribuída ao art. 114, I, da CF, que inclua na competência da Justiça do
Trabalho a apreciação de causas instauradas entre o Poder Público e os servidores a ele
vinculados por típica relação de caráter estatutário ou jurídico-administrativo.

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