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Aula do dia 14/03/2007 Seguindo a materia, nós estamos no livro 1 do ctn tratando de normas gerais. Ja vimos do 1 ao 15 e ja sabemos que o que intereça no particular sao os artigos 3 e 4 e ja treinamos isso entao vamos pro artigo 16, relembrando sempre que que o livro 1º trata de normas gerais? Trata daquelas normas gerais pedidas pela constituiçao no atr. 146,III a, que vai trazer as normas gerais sobre o conceito de tributo, divisao em espécies e em relaçao aos impostos. Entao vamos ver no art. 16 o que toca a impostos, e vamos obviamente pelas normas gerais pra todos os impostos. CTN art. 16 na linha do art. 4º vai dizer que imposto é o tributo cuja obrigaçao tem por fato gerador uma situaçao independente de qualquer atividade estatal especifica em relaçao ao contribuinte. Entao, nos termos ja vistos e esplicitados na aula passada, o imposto voce identifica analisando o aspecto material da hipótese e nesse voca vai ter um fato lícito que constitui o fato do contribuinte, e nao o fato do Estado relativo ao contribuinte, e vimos agregando ao conceito do CTN que além disso o produto da arrecadaçao nao vai estar vinculado a nehuma despesa específica. O CTN traz na definiçao de imposto, as normas gerias relativas aos impostos, e vamos começar na aula de hoje, a analizar as normas gerais relativas ao imposto de renda, e antes de entrar especificamente no CTN, vamos dar uma geral no que se refere a imposto de renda para voces entenderem. A renda é por assim dizer um dos tributos mais vetustos, mais antigos e sobre os quais os manuais de economia e de direito sempre dedicaram especial atençao por ser o fato gerador típico, sempre tributável ao longo da história; muitos puristas chegam ate a afirmar que o unico imposto que deveria existir era sobre a renda, que os demais sao explicitaçoes da propria renda, seja ela comprada, seja ela consumida. Entao que no purismo, o unico imposto realmente justo, que deveria incidir, deveria ser sobre a renda, e que as demais imposiçoes acabam sendo meras reincidencias sobre diversos estagios da renda; ou seja, a propriedade nao seria uma renda percebida no passado? o que é o consumo senao a renda consumida? Entao num sentido mais economico, mais puro de teoria, se fosse falar em um imposto, deveria falar no imposto de renda. Assim, essa introduçao serve para voces perceberem a importancia do imposto de renda como instrumento efetivo de tributaçao sobre o ciclo primeiro e mais confiável de capacidade contributiva que seria efetivamente a renda. Entao se eu for tributar a renda, o que seria a renda?renda é um conceito variavel na historia e extremamente politico, havendo, por exemplo, deputados que dizem que salario nao é renda, sendo que esse argumento é associado ainda a uma e poca de revolucao industrial, quando o salario era associado a mera subsistencia, mas com a sociedade de serviços, ficou claro que salario obviamente é renda. No passado, so pra voces sentirem a diferença de pensamentos, ganho na loteria nao era considerado renda.Porque que se eu ganhasse 1 bi na loteria nao era considerado renda? A ideria de ganho na loteria nao ser renda esta ligada a ideia de eventualidade e nao recorrencia, pois se entendia também que esses bens eventuais e nao recorrentes nao poderiam ser tecnicamente associados a renda, como o salario também nao poderia ser associado a renda por uma razao diferente, por ser fruto do trabalho e nao da propriedade. O conceito mais antigo de renda, foi senpre ligado à propriedade no sentido estático, ja que entendia-se que por renda eu deveria entender o fruto da propriedade em sentido estático, daii a ideia de que a renda deve ser aferida no lapso de 1 ano, porque na origem renda era fruto da propriedade, e eu precisava de 1 ano porque eu precisava das 4 estacoes do ano para efetivamente verificar a renda da propriedade pra fins de ?????, entao convencionou-se que o periodo de 1 ano era o periodo ideal para voce aferir os frutos da propriedade. O conceito de renda era um conceito elitista e por isso mesmo todos os principios e regras gerais aplicados ao imposto de renda ainda tem ransos de origem como renda fruto unico e exclusivamente da propriedade no sentido estatico; dai também a explicaçao porque no passado eu nao entendia o salario como renda, porque na origem o salario era fruto do trabalho e nao da propriedade e também nao entendia o ganho de loteria como renda porque nao ligada a propriedade em sentido estatico e consequentemente era eventual e nao recorrente. Porém, com a evolucao da sociedade, eu nao posso mais ficar ligando o conceito de renda ao fruto da propriedade em sentido estático, eu ja tenho a renda como fruto do capital, do trabalho ou da combinaçao de ambos; entao renda, modernamente e segundo o CTN voces vao ver que é o fruto do capital, do trabalho ou da combinaçao de ambos, porque nao esta sendo dado um curso sobre imposto de renda, mas somente as regras gerais sobre o imposto, mesmo porque saber fazer uma declaraçao de IR é básico. A constituiçao quando outorga competencia, e vamos lembrar ai o semestre passado, ela no art. 153 outorga competencia à uniao para tributar a renda e o CTN em normas gerias regula o imposto de renda. Entao a grosso modo, eu teria apenas 1 imposto, que seria o imposto de renda, so que na pratica é fundamental que voces compreendam, eu tenho na realidade 2 impostos: renda de pessoa juridica e renda de pessoa física, e é completamente diferente a logica de imposto de renda de pessoa juridica e a logica de imposto de renda de pessoa física e embora se diga imposto de renda como um imposto só, voces devem entender que em termos de norma geral, i imposto de renda de pessoa juridica e de pessoa física sao completamente diferentes, sao logicas totalmente distintas. O IR de pessoa juridica é mais tecnico e o de pessoa física é pura política, pura ficçao. Porque o IR de pessoa juridica é um imposto mais tecnico? Por que esta atrelado ao conceito de acrescimo patrimonial, assim, para entender IR é preciso saber separar renda de patrimonio. O patrimonio seria a renda percebida no passado e ja tributada, como é o exemplo de um salario que eu vou poupando, vou poupando e compro um apartamento, sendo que aquele apartamente é fruto nada mais do que uma renda que eu percebi no passado, poupei e imobilizei. A herança do mesmo modo é renda que foi poupada por quem deixou a herança, o beneficio transmitido causa mortis ou por doaçao. Entao p primeiro conceito na cabeça de voces é a divisao entre renda e patrimonio. A incidencia do IR na pessoa juridica é sobre o acrescimo patrimonial.e como que eu vou aferir esse acrescimo patrimonial de forma pura? Eu teria que ter um ba;anco de abertura e u balanço encerramento. Se eu vou abrir uma empresa que tem 200 mil de capital, e como que eu vou sentir puramente se eu tive acrescimo de renda? Eu tenho que comparar com quanto ela abril e o quanto com que ela fechou. Se ela abril com 200 e fechou com 300, ela teve o acrescimo de 100, e se fechou com menos de 200 eu tive decrescimo, so que obviamente é inviável que a tributaçao assim incidisse, concordam comigo? Pq entao bastava eu indeterminar talvez ate artificialmente a renda da empresa para nao ter que pagar imposto de renda, nao e isso? Entao por isso e por ficçao, eu vou aferir esse acrescimo ao longo de um exercício financeiro. A renda da PJ vai consistir na verificaçao de se ela comecou com 100, com quanto ela terminou. Se ela terminou com 100+x, ela teve acrescimo patrimonial e consequentemente renda. Agora, renda também e diferente de faturamento, porque faturamento nao traduz renda, eu posso faturar 1 bi por mes e gastar 1bi e 200. Entao para que eu possa legitimamente aferir acrescimo patrimonial, eu tenho que ter uma equaçao simples, verificar as entradas tributaveisX despesas dedutíveis. Se a minha pessos juridica começou com 100 e no exercicio do objeto social dela vai haver uma entrada , sendo que em paralelo as receitas tributaveis, eu tenho que fazer as despezas dedutíveis e aqui é que começaquma das distinçoes mais relevantes entre juridica e física, o que é que vai determinar a dedutibilidade ou nao da despesa? É justamente o exercicio da atividade; ou seja, se eu sou o dono da empresa e compro um carro para uso pessoal meu em nome da pessoa juridica. Eu posso fazer isso? Claro que posso, eu posso ate comprar o carro e dar para os outros, pq sou o dono da empresa, mas essa ai nao vai ser uma despesa dedutivel, pq senao vou artificializar o resultado. Pq na pratica eu deveria fazer o seguinte: distribuir resultado para mim e eu vou comprar o carro, nao é? Mas nada impede que eu faça um atalho e compre direto da pessoa juridica. Agora, quais seriam entao as saidas dedutiveis? Sao aquelas ligadas à atividade. E seria so isso? Nao, porque eu nao tenho que medir um acrescimo patrimonial? Entao ha uma serie de coisas que sao dedutiveis, como os tributos, os insumos, salarios, a deducao das depreciaçoes do que eu imobilizo, perda, desde da produçao, ate de um calote que eu tomo dos meus compradores, etc, etc.. e eu vou apurar aqui o resultado final. Vamos supor entao que eu comecei com 100 e cheguei no fim do ano com 120, teria 20 tributavel. Agora vamos imaginar que eu nao cheguei ao final do ano com 120 e sim com 80, eu tive um decrescimo patrimonial e eu nao tenho entao o pagamento, mas o que eu faço se eu antecipei o IR ao longo do ano? Entao introduzimos aqui um primeiro conceito, que e nefasto no IR brasileiro, a questao das antecipaçoes. Mas por que? Porque o caixa do governo é guloso, entao, logicamente, o governo nao pode espera 1 ano para te exigir o IR. Entao o que se faz sao antecipaçoes e um ajuste no final do ano, porque o governo nao pode ficar 1 mes sem sugar dinheiro do setor produtivo, entao tenho um regime de antecipaçoes. Como eu vou antecipando? Eu vou destorcer. Vamos supor que ate o primeiro semestre eu tenha 150, eu antecipei, mas se eu tive uma perda desgraçada de 70 no segundo semestre, e no final do ano eu acabei com 80, mas eu ja antecipei. Mesmo que a legislaçao permita que eu leve prejuizo pro ano seguinte, ja é nefasto porque eu paguei sem um fato gerador de renda com uma antecipaçao indevida. E nao vamos entrar nisso porque é coisa que voces tinham que ter discutido no semestre passado. Entao a primeira distorçao do nosso sistema é porque eu recolhi no meio do ano em um regime de antecipaçao, sendo que como eu acabei com 80, nao era pra eu ter pagado. O segundo é o seguinte: se no primeiro ano eu terminei com 80 e no ano seguinte eu terminei com 120, eu deveria pagar? Se eu for somar eu estou no 0 a 0 e eu nao deveria pagar. Em relaçao ao inicio da atividade eu estou no 0 a 0. A independencia dos exercicios é para fins de antecipaçao, podemos considerar estanque. Eu ja falei que o fisco brasileiro antecipa o exercicio, ja viram que é um absurdo porque eu distorço o resultado final, entenderam? Segundo ponto. Se eu considerar que o IR é cobrado por períodos estanques, qual deve ser a conclusao no segundo ano? Eu tenho que pagar sobre 40, nao tenho? Pq se eu comecei com 80 e terminei com 120, eu tenho que pagar sobre 40. Se eu considerar sobre a logica da unicidade, eu nao realidade nao teria que pagar, porque eu vou considerar que o que foi pago durante o ano sao meras antecipaçoes. Entao os pontos fundamentais de normas gerais sao: o IR deve permitir antecipaçoes dentro do proprio periodo de apuraçao? A segunda pergunta é se devo adimitir a incidencia em periodos estanques ou nao? Voces entenderam a logica dessas 2 perguntas? O sistema juridico é mais ou menos evoluído na medida da resposta que ele dá a essas 2 questoes filosóficas, porque o que esta no cerne dessas questoes é a renda como acrescimo patrimonial. Um sistema que realmente se preocupa com o acrescimo patrimonial faz 2 coisas: ele nao permite antecipaçao dentro do exercicio e permite aproveitamento integral de prejuizo passado em exercicio futuro, pq estaria preservando o patrimonio, a vitalidade da empresa. Entao paises mais evoluidos em termo de tributaçao conseguem perceber a empresa diferenciada do dono da empresa, ou seja, pq no brasil ha uma confusao por razoes historicas da pessoa juridica com seu titular, entao sistemas tributarios mais evoluidos tem o foco em preservar a saude da empresa, para preservar a funcao social dela, qie é gerar tributo, emprego, etc. A frança tem uma carga tributaria mais pesada que a media dos paises continentais europeus, mas ela é muito neutra na pessoa juridica, e é principio basico na franca que o prejuizo fiscal seja aproveitado integralmente no exercicio seguinte de forma a preservar a vitalidade do patrimonio. No brasil eu antecipo tudo sem dó nem piedade ao longo do exercicio e se tiver prejuízo o azar é meu, ha uma serie de limitaçoes para o exercicio seguinte. O brasil tolera nao apenas as antecipacoes dentro do mesmo exercicio, como fraciona e da autonomia entre os periodos aquisitivos. A legislaçao brasileira trata como beneficio fiscal eu poder aproveitar no exercicio seguinte, prejuizo fiscal do exercicio anterior, a legislaçao e a jurisprudencia assim tratam, o que é retrogrado, nao ha justiçao nisso. Porque isso aqui vale para a padaria, pro pequeno empresario, coloca-se uma distinçao ainda de revoluçao industrial entre trabalhador e empresario, como se o empresario nao trabalhasse também. Entao essa política tem um aspecto filosofico muito interessante, porque o imposto acaba se tornando um imposto sobe o patrimonio, porque se eu antecipo e nao permito de maneira nenhuma o aproveitamento de prejuizo, eu nao tenho nada com postura política, como socialismo ou nao, pq mesmo um pais com uma postura muito mais de defesa dos direitos sociais que o nosso preserva a empresa, é uma discursao que nao é política, é uma discursao tecnica, e eu estou mostrando que essa falta de tecnica tem uma raiz política. A legislaçao brasileira diz que voce pode aproveitar apenas 30% do prejuizo que voce teve, e esse é um benefício fiscal, pq se eu calculo o periodo como estanque, se eu deixo prazer o prejuizo de 1 periodo para o outro, isso e um beneficio fiscal. O que eu quero que voces peguem aqui sobre norma geral para pessoa juridica? Porque a norma geral para pessoa juridica é o acrescimo patrimonial e como eu vou aferir acrescimo patrimonial? Comparando as 2 contas do exercicio financeiro. Qualquer discussao de IR vai variar em cima desses 3 fatores: se eu considero a unicidade ou nao, e se eu admito antecipaçoes ou nao e se eu permitir antecipaçoes, eu vou ter que aceitar aproveitar o prejuizo no calculo do exercicio fincanceiro seguinte. As discussoes dobre o IR de PJ nao passa dobre as questoes da dedutibilidade, porque ela tem uum objeto social definido, entao nao tem o problema em pessoa juridica de se fazer a comparaçao entre receita tributavel e despesa dedutível, porque eu tenho claramente o que é despesa dedutivel da pessoa juridica e receita tributável, entenderam? Mas por que é tao diferente da pessoa física? Porque o grande problema que eu tenho na pessoa fisica é a questao da dedutibilidade, ja que a PF é infinitamente mais complexa que a PJ mesmo por causa da sua atividade. Qual que é o objeto social da pessoa física? Viver integralmente, e todas as pessoas vivem de forma diferente, com algumas semelhanças. Entao isso torna i IR da PF muito mais politico e muito menos tecnico do que o da pessoa juridica, por que qual é a discussao que eu tenho na pessoa juridica? Periodo e compensaçao, a grosso modo, como forma de avaliar quando ha acrescimo patrimonial. E na pessoa fisica eu ja nao tenho essa logica de acrescimo patrimonial, porque eu nao tenho atividade, como eu vou medir um acrescimo patrimonial se nao tenho um balanço de abertura? Eu tenho logica de lucro de caixa.. poruqe o que entra e sai da pessoa fisica é muito mais indeterminado do que o que entra e sai da PJ por ter um objeto social definido. Entao o IR da PF o problema nao é a renda confundir com patrimonio como é com a pessoa juridica, mas a renda confundir com faturamento. Eu seiclaramente, e ninguem precisa entender de IR pra saber qual deve ser a despeza dedutivel da pessoa juridica. Entao qual deve ser a despesa dedutivel da pessoa física? Se usasse artificialmente um criterio de PJ, seria totalmente distorcida, porque qual seria por aproximaçao entre a logica de PJ e PF? Se eu sou fonte de renda, se eu produzo renda, eu deveria abater o que concerne diretamente a minha produçao. Se isso fosse verdade, eu nao poderia deduzir a despeza que eu tenho com a minha filha, porque os gastos que eu tenho com ela nao guardam nenhuma relaçao com a renda que eu produzo, eu poderia abater as despezas que eu tenho com a minha alimentaçao, mas nao com a minha filha. A logica de funcionamento e completamente diferente. A lógica do IR de pessoa juridica pode ser tecnica porque ;e uma logica de fluxo de caixa, pq tenho que pegar as entradas tributaveis e comparar com as saidas dedutíveis, nao é isso? Agora o grande dilema da pessoa física é o que eu vou entender como saida dedutível. E o que eu deveria entender como saida dedutível? A opçao é puramente política e reflete o grau de civilizaçao de uma sociedade atingiu, reflete os valores que sao importantes. A CF nao considera familia um valor? Se ela considera familia um valor, ela deveria permitir que eu deduza integralmente as despezas com a minha filha. Educaçao e lazer nao sao direitos fundamentais? Entao eu deveria poder abater todas essas despezas. A logica do imposto de renda da pessoa fisica demonstra o grau de desenvolvimento humano mesmo de uma sociedade, porque é uma questao de política. Entao a gente percebe que o legislador de IR nao esta nem ai pra educaçao, familia e lazer, porque nao considera isso uma despeza necessaria. Porque eu nao posso abater as despezas de educaçao com a minha filha? Porque o legislador me considera um privilegiado que deve ser punido por poder colocar minha filha em escola particular. Voce tem lazer poruqe nao tem mais nada pra fazer, segundo a logica ainda da revoluçao industrial. O limite de isençao de IR de pessoa fisica é de 1260 reais, e o que que traduz a ideia? Poruqe se considera que quem ganha acima de 1260 reais tem capacidade contributiva, tem sobra, vive com conforto. As regras de IRPF traduzem mesmo o que o governo pensa da sociedade. Eu tenho 2 impostos toralmente diferentes, o de pessoa juridica e o de pessoa física, e qual seria a raiz da diferença? Que via pessoa juridica, nao é uma questao politica fazer comparaçao entre ingresso tributário e despeza dedutível, e os problemas estao limitados à periodicidade, já no imposto de pessoa física a dificuldade é em se estabelecer uma política do que seriam as despezas dedutíveis. E coitado do assalariado, que todo mes tem o imposto descontado na fonte e no fim do ano ainda tem o ajuste. O proprio governo reconhece queque ele te toma mais do que poderia, que ele te oferece a opçao simplificada. So de ele admitir que voce pode fazer da forma simplificada, ele admite que te toma mais IR do que deveria, ja que ele admite, sem voce comprovar nada, ele te devolver. Entao ele esta devolvendo faturamento que ele te devolve por ter tributado como se renda fosse, o que é de uma inconstitucionalidade absurda. Pra esse semestre, um problema que vemos aqui é o caso das antecipaçoes, que acabou sendo legitimada.. O que acontece no Brasil quando o STF diz que um tributo é inconstitucional? Muda a constituiçao, ao contrário dos países mais civilizados nessa questao. No atr. 150 da constituiçao, paragrafo 7º, foi acrescentando pela emenda 3, já que a incosntitucionalidade da antecipaçao se da porque se exigia um imposto antes mesmo da incidencia do fato gerador, presumindo a existencia do fato gerador. Agora vamos ver o tratamento que o ctn dá à materia nos arts. 43 a 45. Art 43, as normas gerais sobre IR....... aí no art 44, quando se fala em rendimento presumido ou arbitrado, sao aqueles casos expressos em lei, quando eu nao posso, com segurança, aferir o real, que pode ser por circunstancia do negócio ou por circunstancia do contribuinte. No primeiro caso, é quando o negócio per se impede uma codificaçao exata, emtao o fisco arbitra, ou entao quando a escrita do contribuinte nao merece fé, como é quando se fiscaliza uma empresa e o contribuinte diz que perdeu os livros, entao se arbitra, sao situaçoes excepcionais. Nos casos em que é presumido, é facultativo, entao quando nao se quer fazer o calculo de receita e despeza, faculta-se ao contribuinte, por exemplo, se ele nao quer presumir que 20% da sua receita é seu lucro.. assim nao precisa fazer deduçoes, contas, etc.mas ai é uma opçao do contribuinte. Aula dia 19/03/2007 Nos estamos tratando das normas gerais dos impostos previstos no ordenamento brasileiro, nos ja vimos as normas gerais relativas ao imposto de renda e agora vamos ver as normas gerais sobre o ICMS, entao antes de vermos extatamente o texto da norma geral, é importante fazermos como foi no IR, contextualizar o ICMS dentro do sistema tributário para entender a sua funçao. Voces se lembram que no primeiro dia de aula nos fizemos alusao às 3 bases impositivas basicas da ciencia das finanças e que o direito tributário procura trabalhar, que é a renda contada,a ganha e a possuida. ICMS numa loja da ciencia das finanças visa tributar a renda consumida, o consumo. Entao ao lado do imposto de renda, eu tenho um outro imposto na tributaçao que é a tributaçao do consumo, do sinal de capacidade contributiva materializado pelo consumo. Se eu vou tributar o consumo, se eu efetivamente quero tributar esse sinal de riqueza traduzido no consumo, eu vou ter algumas regras e efetivamente alguns princípios que tem que ser seguidos, porque eu tenho que entender o que a norma tributaria pretende ao instituir o ICMS. Qual seria esse consumo. Isso no brasil é muito importante porque no Brasil eu tenho uma deformaçao ímpar no sistema que é o consumo ser tripartido, pq eu tenho o IPI, ICMS e o ISS. Se comparamos com o direito alienígena, nos temos uma legislaçao impar, já que eu deveria ter um imposto único que importasse o consumo tanto no que se refere ao IPI, ISS e ICMS, tributando tudo isso por meio de um único tributo. Nao é que no brasil eu tribute mais, é que eu tributo de forma fracionada. Entao no brasil para harmonizar interesses históricos que sao uniao, estados e municípios, eu acabei pegando um unico fato que deveria ser o consumo e subdividi um 3 impostos. Enato percebe-se que na prática é possível encontrar varios conflitos de competencia em relaçao ao IPI, ISS e ICMS, é como no exemplo de um restaurante, voces acham que deve pagar o que? ICMS ou ISS? Como eu iria responder isso? Eu vou a um restaurante comprar carne ou eu vou comprar um serviço de me prepararem o prato? Eu vou atras de mercadoria ou de serviço? Nao é diferente eu beber um chopp num bar ou comprar uma cerveja num supermercado? Entao o senso comum indicaria que a melhor resposta é o ISS, tanto que no restaurante eu tenho efetivamente uma prestaçao de serviço agregando uma mercadoria, mas a lei determina que o restaurante deve pagar o ICMS, nao o ISS. Entao essa forma de triparti/çao das competencias tributárias traz um grande problema de conflito de competencia. O fato de o ICMS ser um tributo de competencia dos estados e ser a parte mais importante dos tributos sobre o consumo já é um absurdo, pq eu deixo de ter apenas 1 ICMS, sendo que na verdade eu tenho quantos ICMS`s quantos forem os estados. Entao eu tenho uma constituiçao que me garante a livre circulaçao, em todo o territorio nacional, e me proibe discriminaçao de fundo tribut;ario, eu tenho que conviver com uma competencia para tributar cisculaçao de mercadoria de uma forma fracionada e legislada de forma fracionada por todos os estados da federaçao. Eu ainda tenho, além do conflito de competencia, o conflito legislativo, ou seja, ha sitiaçoes que dao credito em minas, que nao dao crédito em sao paulo. Há tributo com uma aliquota x em minas, com uma aliquota y em sao paulo. Entao nota-se que alem do conflito decompetencia per se, tem-se o conflito legislativo, pois a formaçao do sistema brasileiro, comparando com o sistema alienígena, a competencia para tributar o consumo é sempre federal. Mesmo por exemplo no caso da alemanha, onde eu tenho a competencia do tributo dada aos estados, a legislaçao é federal. Entao os estados juntam a arrecadaçao, mas a legislaçao é federal, ao contrario do Brasil. O ICMS é um tributo que poderia ser estudado no que se refere às normas gerais, ja partindo do pressuposto desses conflitos ontológicos dentro do ordenamento jurídico nacional. Eu parto primeiro de uma tripartiçao do imposto que enseja um conflito de competencia, além de uma multiplicidade legislativa, e consequentemente de um conflito legislativo. Nesse sentido, as leis de normas gerais junto com a constituiçao , tem uma funçao mais importante ainda de ditar regras gerais para harmonizar a incidencia de um tributo. ICMS nao é um tributo sobre o consumo? Consequentemente, qual é o fato , a capacidade contributiva que se procura atingir? É o consumo da mercadoria. So que a gente sabe que a atividade economica é complexa, porque a mercadoria circula diversas vezes ate chegar ao consumidor final. A industria, para fabricar um produto nao consome mercadorias? Obviamente ela compra insumos. Se eu entender que a industria é consumidora, a conclusao é que ela arcaria com tributos em cima dos bens. Qual é o perigo de perdermos de vista o objetivo da tributaçao sobre o consumo? É mudar um tributo sobre o consumo em um tributo sobre a produçao, o que teria consequencias inflacionárias, quando voces vao a uma conseciaonaria e compram um carro, voces agiram como consumidores finais, mas ate vcs adquirirem esse carro, na cadeia produtiva houveram centenas de operaçoes cuja traduçao final foi o carro. Imaginem se em todas essas operaçoes incidissem o tributo, o preco do produto seria 2 ou 3 vezes superior porque o produto vai incorporando os tributos. Entao o segredo da tributaçao sobre o consumo é tornar a tributaçao sobre o consumo neutra, e o que seria isso? Ela deve ser neutra de modo a permitir que o tributo incida efetivamente sobre o consumo final, ou seja, a capacidade contributiva que a lei pretende, refere-se ao consumo final da mercadoria, e nao a sua circulaçao e produçao ao longo da cadeia produtiva. Ou seja, eu quero tributar o varejo, mas como eu vou fazer isso. Entao vamos dar um exemplo aqui: na fase 1 a mercadoria vai ser produzida, o preço do produto é 100, e eu revendo na fase 2 por 200, na fase 3 eu vendi por 300 e na fase 4 eu vendi por 400 e isso finalmente foi vendido pro consumidor final. Se eu fosse partir de uma aliquota de 10%, na 1ª fase, seria 10 a pagar, na 2ª 20 a pagar, na 3ª 30 a pagar e na 4ª 40 a pagar. Qual seria o imposto que o estado deveria recolher? 100. ou seja, uma mercadoria que foi vendida ao consumidor final por 400 haveria a incidencia de 100 de ICMS. Mas a aliquota nao é 10%, entao o estado deveria ter arrecadado 40. eu teria que arrecadar 100 se eu tivesse um tributo incidindo de forma cumulativa ao longo da cadeia produtiva. Entao para limitar a cumulatividade, foi intituido um sistema de débito e cédito. Isso significa que eu vou deduzir na operaçao posterior, o tributo incidente na operaçao anterior. Na primeira fase, se circulou por 100, 10 a pagar e eu nao tenho crédito da operaçao enterior, entao eu tenho que pagar 10; na operaçao da fase 2, 10% sobre 200, eu tenho a recolher 20, mas eu nao tenho que deduzir 10 que eu paguei na operaçao anterior? Entao 20-10: 10 a recolher; na 3ª fase, o debito seria 10% de 300: 30, mas nao incidiu 20 na operaçao enterior? 30-20:10. na 4ª fase, 400, 40 de débito e se eu paguei 30 na operaçao anterior, 40-30:10. 10+10+10+10=40 de arrecadaçao final. O produto nao foi vendido por 400? Entao eu tive uma incidencia neutra do tributo. Se o imposto fosse sobre o valor agregado como acontece em outros paises, eu nao teria um sistema de débito e crédito. Eu teria um sistema de bases e contrabases, eu deduziria na tributaçao posterior a base já tributada. Nesse caso o efeito seria o mesmo, mas o que difere é a técnica que se utiliza para fazer o calculo. Mas qual seria a outra forma de produzir o mesmo efeito? A incidencia unica no varejo, pq o objetivo nao é tributar o consumidor final? Entao faz incidir o tributo na ultima etapa da cadeia, o que seria ate mais logico, e esse é o sistema americano, onde há a incidencia unica no varejo. Agora, por que a opçao americana, apesar de supostamente mais simples, ela tem incovenientes? Porque eu tenho que ter uma culturade arrecadaçao muito forte para isso funcionar, porque o varejo é mais pulverizado, o que torna a fiscalizaçao mais difícil; entao eu tenho que ter uma cultura de arrecadaçao muito enraizada, porque eu tenho que ter efetivamente um varejo que vai ser sempre tributado. Agora se eu faço incidencia plurifásica, comop acontece no brasil, é muito mais fácil fiscalizar a industria do que a ultima etapa.pq um abatimento posterior precisa comprovar que houve pagamento do imposto na etapa anterior, eu tenho entao maior facilidade de fiscalizaçao. Outra caracteristica nesse sistema é que eu antecipo a fiscalizaçao, porque se a produçao demora 6 meses para o consumo final, eu faço na incidencia plurifásica o antecipamento de 10 em 10. entao entre o sistema de incidencia unica no varejo e o sistema de tributaçao plurifásica de forma neutra o brasil optou pela segunda opçao acompanhando o regime europeu. Agora, qual é o perigo disso aqui? Pelo modelo americano, eu tenho certeza de que eu vou tributar o consumo, no sistema brasileiro plurifásico eu começo a ter alguns problemas a começar pela natureza do crédito. O crédito é do tributo que incidiu na operaçao enterior, do que dentro da cadeia produtiva ele nao se resume apenas no produto que eu adquiri. Por exemplo, pra FIAT fabricar um carro voces concordam que ela tem que comprar uma cadeira pro diretor? Um ar condicionado pra sala da contabilidade? Papel, tinta pra contabilidade? Ela tem uma serie de aquisiçoes que nao sao necessariamente insumos, mas que sao tributáveis. Entao aquela pessoa que faz parte da cadeia produtiva adquire uma serie de coisas que efetivamente sao apenas indiretamente importantes na produçao da mercadoria que ela vai vender, mas que nao podem ser considerados insumos, pois nao integram diretamente no processo produtivo. Entao se a FIAT só toma crédito daquilo que ela evetivamente agrega no carro, e nao toma credito daquilo que ela nao agrega no carro, a FIAT vai ter um custo de produçao inchado pelo ICMS, pois ela vai pagar ICMS nas aquisiçoes, mas nao vai tomar o crédito em todas as aquisiçoes, apenas naquelas que integraram a produçao do carro. Entao, dentro de um universo de aquisiçoes da FIAT, vai ter uma parte que gera credito e uma parte que nao gera crédito, sendo que a que nao gera crédito é mercadoria onerada pelo ICMS que nao vai ser recuperada, o que faz com que a mercadoria fique mais caro; se ficou mais caro, o preço do carro vai sair mais caro, porque o custo de produçao ficou mais caro. Dessa forma, o segredo para eu ter um ICMS mais moderno ou nao é a maneira com que eu permito que voce utilize o crédito. A diferença classica é entre crédito físico ou crédito fincanceiro. O crédito financeiro é que tudo aquilo que eu comprei, eu empreendi; o credito fisico eu só credito aquilo que eu comprei e que fisicamente integrou o processo produtivo. Entao por exemplo, se o nosso sistema é de crédito fincanceiro, tudo aquilo que a FIAT compra, ela toma credito; s o credito é fisico, ela so toma credito daquilo que ela comprou e que fisicamente vai agregar o processo produtivo. Qual que é a fiferença ai? Eu vou onerar diretamente o processo produtivo atraves da tributaçao. Na europa, afrança instituiu o sistema de credito financeiro, pq eu garanto que o custo da produçao nao seja onerado pela tributaçao; no brasil, onde adota-se o sistema de credito fisico, eu onero o processo produtivo e a consequencia o custo daproduçao e indiretamente onerado pelo ICMS, o que causa o vicio de se ter um componente no preco final que é o custo do ICMS, o que compromete uma lógica de tributaçao neutra. O custo do ICMS o produtor repassa ao consumidor atraves do preço. Por exemplo, se eu tenho ICMS na conta telefonica da fabrica, eu poderia ter crédito sobre isso. Entao na tributaçao plurifásica com credito fisico ele é parcialmente nao cumulativo, mas nao integralmente nao cumulativo, eu tenho um produto indevidamente onerado no consumo final pelo ICMS. Contextualixando o tributo, eu tenho 3 problemas em tese: o conflito de competencia advindo da tripartiçao(IPI, ICMS e ISS), eu tenho um conflito legislativo, pq eu tenho varias pessoas políticas legislando, e eu também tenho um problema na estruturaçao do principio da nao-cumulatividade. Esses problemas a constrituiçao tentou minimizar, porque ha aliquotas maximas e minimas internas, eu tenho que ter um regramento da operaçao interestadual e eu vou harmonizar as legislaçoes dentro dos estados por meio de convenios. Quando a constituiçao constata o principio da cumulativodade, ela outorga pro senado a competencia de estabelecer aliquotas maximas e minimas para as operaçoes interestatais. O conflito de competencia eu ja exemplifiquei com o restaurante, mas o que acontece com o conflito legislativo? Se eu profuzi e consumi uma mercadoria em minas, eu tenho conflito legislativo? Nao, pq o processo se iniciou e se concluiu no estado. Agora o que é muito comum é o caso de uma mercadoria ser produzida em minas, vendida para um distribuidor no rio e consumida no piaui. A constituiçao determina que vou ter aliquotas diferenciadas para as operaçoes internas e para aas operaçoes interestaduais; a constituiçao diz entao, que uma norma geral vai fixar as aliquotas das operaçoe sinterestaduais. Entao a aliquota interestadual para a regiao sul e sudeste é de 12%, para a regiao norte, nordeste e centro-oeste mais espirito santo é de 7%. A aliquota interna nao pode ser inferior à aliquota interestadual. A FIAT produz um carro, se ela vende pra SP, a aliquota que vai incidir sobre essa venda é de 12%, e a regra é que a aliquota mineira nao pode ser inferior à aliquota interestadual, o que garante que o carro em minas vai custar a mesma coisa que em SP. Se nao fosse assim, haveria uma vantagem ao consumidor mineiro em relaçao ao consumidor paulista. Se a aliquota de sao paulo for de 18%, o vendedor em SP vai pagar um adicional referente à diferenca entre 12% e 18%. Mas se minas pudesse colocar a 8%, o carro sempre seria mais caro em SP, ele sempre deveria ser vendido em SP com a aliquota de 12%, e seria mais caro em SP. Com isso eu equilibro o preço. Mas porque eu tenho a aliquota de 7% pra norte, nordeste, centro oeste e ES? Pq eu tenho uma economia mais fraca ali, eu produzo muito menos la, eu tenho um maior onus com transporte, eu tenho que desenvolver mais lá. Assim eu possibilito que esses estados calibrem mais as luas aliquotas e o estado tenha um ganho maior com isso. Uma regra salutar é que a regra interna nao pode ser menor que a aliquota interestadual. Outra regra muito importante em termos gerais é que eu efetivamente proíbo a concessao de beneficios fiscais que nao sejam harmonizados por meio de convenios, o que causa um problema sério, o principal problema na guerra fiscal. Vamos supor que minas dá uma isençao de ICMS pra FIAT, quando ela vai vender pra SP, ela nao tem que tributar a 12?mas quando ela pagou pra minas? Nao foi zero? Mas a concessionaria quando recebe o carro em SP se credita de 12%, nao é? Entao SP ta aceitando o crédito sobre um tributo que nao foi pago, um credito ficticio, ja que o tributo incidiu, mas nao foi pago. Entao SP esta se onerando, pq ele tem que aceitar um credito para algo que nunca foi débito em minas, e minas esta atraindo investimento. O grande problema hj em termos de ICMS é a guerra fiscal, mas o que fazer para acabar com esta? Faz igual na alemanha, eu acabo com o conflito legislativo, eu torno o ICMS um tributo federal, pq eu nao vou ter apenas normas gerais no nivel federal, eu vou ter uma lei ordinária federal instituindo o ICMS em todo o territorio nacional. A arrecadaçao fica com os estados, mas a legislaçao é federal, o que evita a guerra fiscal. O que se objetiva hoje quando se fala em reforma tributaria no brasil? O principal ponto da reforma é tornar federal o ICMS pra parar com esse problema sério. Muitas vezes as consultas mineiras consultam la no meu escritorio, um problema de ICMS la em goiás. A ideia da reforma tributaria é que se harmonize em nivel federal nao apenas no que se refere a normas gerais, mas no que se refere à legislaçao, terminando com o conflito legislativo. Mas porque essa reforma ao meu ver nunca vai passar? Pq ela implica em tirar poder dos estados. Ninguem a nao ser, SP, minas e eventualmente, RS e RJ preferem . porque como um estado mal localizado vai atrair investimentos? Através de isençoes. É o caso do regime automotivo baiano. Quando eu contextualizo o ICMS eu devo considerar uma série de coisas: o vicio original seria a tripartiçao, eu tenho o consumo subdividido em estadual, municipal e federal, gerando um conflito de competencia, o segundo problema é a existencia de conflito legislativo, que sao harmonizadas por lei de norma gerale pela CF, mas essa formas sao insuficientes. a lei complementar tem qe falar de fato gerador, base de cálculo e contribuinte. O CTN foi revogado no que toca o ICMS, entao a lei que regula as normas gerais relativas ao ICMS é a LC 87/76. os artigos mais importantes sao o art. 2º, 4º e 8º .O imposto incide sobre operaçao de circulaçao de mercadorias, e dois serviços, o de transporte interestadual e intermunicipal e o serviço de telecomunicaçao. Os fatos geradores possiveis sao basicamente 4. o 1º é a saida da mercadoria do estabelecimento, mas voce pode me perguntar que se o imposto é sobre o consumo, se nao seria mais razoavel qeu o fato gerador fosse a entrada do produto em algum estabelecimento,... nao seia muito mais lógico? Mas pq é isso? Pressao de SP, pq sai mais coisa de SP do que entra. A excessao à regra da saida é a entrada da importaçao. O outro fato gerador desse imposto é o transporte ou as telecomunicaçoes. Mas a grande discussao sobre o fato gerador? Pq tanto a entrada quando a saida do produto em um estabelecimento implica na transferencia de propriedade, pq o fato gerador tem que ser a saida economica, e nao a entrada física. É por isso que nao tem icms numa mercadoria cedida em comodato, já que eu nao transfiro a propriedade, mas somente a transferencia física. Eu tenho que falar nao em circulaçao fisica, mas em circulaçao economica. O contribuinte é no caso de serviço aquele que presta o serviço(telemar, gontijo, etc) no caso da mercadoria, o contribuinte é aquele que pratica a circulaçao de mercadorias (art. 4º ) se eu vendesse esse relogio pra vcs aqui? Eu vou ser contribuinte? ta tendo circulaçao de produto, mas nao tem habitualidade nem volume que possa me caracterizar como contribuinte. mas isso vale somente na saida, pq na inportaçao, independente da habitualidade ou do volume, sempre vai caracterizar fato gerador.a base de calculo vai ser o valor da operaçao. O professor indicou o livro “ICMS”de roque antonio carrasa da ed. Malheiros. Aula 21/03 Vamos continuar a materia teorica do livro 1º do CTN tratando de normas gerais. Agora vamos ver as normas gerais relativas ao ISS, IPTU e ITDI, os impostos municipais. Vamos começar com o ISS, porque ele guarda estreita relaçao com a aula passada, quando nos vimos as normas gerais relativas ao ICMS. Entao um pouco da introduçao posta na aula passada toca ao ISS, que é a critica da tripartiçao do tributo sobre o consumo. Pq fazendo assim eu tenho a possibilidade de um conflito teorico e pratico. Dai a existencia de regras gerais minimas para pelo menos minimizar os problemas de conflito de competencia. E essa quantidade de conflito provoca também um aumento dos gastos das empresas com consultoris juridica,o que encarece a produçao no brasil. A constituiçao outorga competencia para que a pessoa juridica interna institua o tributo. Se compete ao estado a tributaçao sobre a circulaçao de mercadorias e sobre 2 serviços eu poderia pensar que os demais impostos caberiam ao municipio instituir, nao é verdade? So que isso nao ocorreu na realidade, dai outra fonte de confusao na aplicaçao pratica. Art. 155 sobre a competencia dos estados. No art. 153, III, a CF determina a competencia tributaria dos municípios. Entao é caso unico na determinaçao de conpetencia que a competencia do municipio nao deflui naturalmente do texto constitucional, ja que somente compete ao municipio tributar serviços estabelecidos em lei complementar. Dessa forma, a competencia tributaria dos municípios é determinada por lei complementar, que alem de definir o contribuinte, base de cálculo e fato gerador, vai definir o que é tributável pelo município. Outro problema é que o legislador complementar nao define o que é serviço. CTN. LC 116/2003. o CTN como norma geral básica, foi sendo acrescido e complementado por normas complementares posteriores, entao no caso do ISS, a lei basica de normas gerais nao esta mais no CTN mas na LC 116, que em seu art. 1º o imposto sobre serviços de qualquer natureza, de competencia dos municipios e do DF, ja que o DF acumula as competencias estaduais e municipais, tem como fato gerador a prestaçao de serviços, ainda que estes serviços nao se contituam como atividade preponderante do prestador. O problema é que o legislador nao se deu ao trabalho de conceiturar o que seriam serviços, mas somente de listar serviços tributaveis. Entao somente compete ao municipio tributar somente aos serviços que estao listados na LC 116. entao eu tenho um primeiro problema é que a lc diz que o ISS nao é sobre serviços de qualquer natureza, mas somente aqueles listados na lei.. mas entende-se essa lista como taxativa ou exemplificativa? Essa lista é taxativa, ja que eu nao posso deixar ao livre arbitrio do legislador municipal a determinaçao de sua competencia tributaria. O STJ ja admitiu que essa lista é taxativa, mas admite interpretaçao extensiva. Por exemplo qual era a briga antiga que as prefeituras tinham com os bancos? É pq a maioria dos serviços bancarios nao estavam listados e o municipio entendia que el podia cobre o ISS, ao contrario dos bancos que entendiam que era competencia da uniao tributar por meio do IOF, e foi o que foi decidido, argumentando-se que a lista era taxativa. O fato gerador é a prestaçao dos serviços contidos na lista, como é o caso dos serviços de advocacia. A competencia para a tributaçao é outro problema, pois o diploma que vigorava anteriormente à ediçao da LC 116 estabebecia a seguinte regra geral: o municipio competente é o do estabelecimento prestador, com a excessao da obra de construçao civil. Qual é a logica disso? É na propria imaterialidade de um serviço. Essa regra perdurou por varias decadas. Mas os proprios municipios começaram a estragar essa regra quando começaram a fazer guerra fiscal, que é muito mais severa do que a guerra fiscal entre estados. Isso começou a desvirtuar o objetivo da lei em alguns casos como é o exemplo das famosas caixas postais de rio acima. O municipio de rio acima editou uma lei que permitia que a empresa tivesse apenas uma caixa postal á, que se registrasse lá por meio dessa caixa postal, recolhia uma bobagem qualquer la, o que pro municipio ja era muita coisa. Mas a empresa exercia suas atividades aqui. Obviamente a fraude é grotesca, abuso de formas, etc. Entao o que o STJ decidiu? Que o municipio competente era o ca prestaçao de serviços, o que foi pessimo, porque misturou o joio com o trigo. Ao inves de estabelecer que em caaso de fraude, etc. Seria competente o municipio do estabelecimento de fato. A situaçao entao virou um caos para varios tipos de serviço, por causa do conflito de competencia, pq como os municipios grandes faziam pra se defender desses abusos de colocar estabelecimentos na regiao metropolitana? Começaram a instituir a respondabilidade do tomador de serviços, entao quem toma o serviço retem a fonte. O problema é que no caso de haver um estabelecimento serio em outro municipio, este municipio exigia e o tomador exigia tbm, gerando a duplicidade de exigencia sobre o mesmo fato gerador, e gasto com advogado pra propor açao de consignaçao. Entao ai voces entendem como é facil empreender no brasil. A LC 116 entao veio pra normatizar o assunto.o art. 3º considera-se o serviço prestado e o imposto devido no local do estabelecimento prestador, ou na falta do mesmo, no local do domicilio do prestador, e as excessoes sao nas hipoteses dos incisos I a XXII.nos incisos I e XX, é o estabelecimento do tomador, mas nos incisos II a IXX e XXI, é o estabelecimento prestador. Isso entao eliminou os efeitos da guerra fiscal no passado. e conforme o mandamento constitucional, foi estabelecido aliquota maxima e minima no ISS, a minima é de 2% e a maxima é 5%. A exceçao é a forma receptiva de calculo do ISS. A regra geral é que a bese é o preço do serviço, tributavel com aliquota de no minimo 2% e no maximo 5%. Mas a legislaçao complementar estabelece uma forma receptiva de calculo do imposto, calculada com base na unidade fixa por numero de profissional,e quem sao os beneficiarios dessas formas de calculo? Sao as atividades profissionais regulamentadas. Entao o escritorio nao paga ISS sobre o faturamento do serviço, mas paga um valor por cada advogado do escritorio. A ultima regra geral no que se refere ao ISS é sobre a questao ao paragrado primeiro do art 1º que diz que o imposto tambem incide sobre serviço proveniente do exterior, ou cuja prestaçao tenha se iniciado no exterior do pais. Qual que é a discussao aqui? Sera que haveria competencia para se determinar a tributaçao no caso da importaçao do servi’xo? Eu acho que nao, pq o servi’vo prestado no exterior foi prestado fora da judisdiçao brasileira. IPTU, o que tem de interessante sobre IPTU em termos de normas gerais? CTN art. 32, determina que a competencia dos municipios de tributar a propriedade urbana tem como fato gerador a propriedade, o dominio util ou a posse de bem imovel. Aqui eu tenho um grande problema, ja que eu tenho que interpretar a LC conforme à constituiçao que emseu atr. 156 estabelece que compete ao municipio tributar a propriedade, nao falando nada de posse ou dominio util . assim sendo, a melhor interpretaçao, sem entrar na discussao se o usucapiao é constitutivo ou declaratório, é so entender que a propriedade é aquela posso que existe enquanto tal e que pode levar a propriedade. Isso é relevante pq vem um municipio que quer tributar a concessionaria de serviço ferroviario sobre onde passa a linha ferrea, ja que ela tem a posse por onde passa a lina ferrea, e foi decidido em juizo que nao era permitida a tributaçao pois a posse exercida nao tem o condao de levar a obtençao de propriedade, e que a licenca da LC é somente sobre aquela propriedade nao formalizada. Outro problema é a consideraçao do que seria a zona urbana. O CTN me da 5 requisitos para que eu possa considerar uma determinada area como pertencente a zona urbana, e eu tenhop que ter 2 desses requisitos. Entao muitas vezes entende-se que deve haver a preponderancia, como é o caso de um condominio, e se entendendo nao se tratar de uma atividade preponderantemente rural, eu poderia trubutar sobre o IPTU mesmo estando na zona rural. Isso é controverso ainda. Art. 33. a base de calculo do imposto é o valor venal do imovel, e na base de calculi nao se considera o valor dos bens moveis constante no imovel, entao se eu tenho uma casa cheia de obras de arte, eu so vou pagar sobre o valor venal do imovel. No caso do IPDi o CTN é pouco aplicado, já que na epoca de sua ediçao nao havia uma diferença entre IPDI e IPCD, no atr. 35, eram todos impostos sobre a transferencia de imoveis e direitos. O CTN so se aplica no art 37 que regulamenta a imunidade da atividade preponderante. As imunidades todas estao na CF, art.156, paragrafo 2º, I. Estabelece uma imunidade empresarial. O CTN defende qual é a tividade preponderante para fins de imunidade, que esta no art. 35. Aula dia 28/03 Para estudarmos a lei complementar sobre o IOF, que irá estabelecer base de cálculo, contribuinte e fato gerador, é preciso que nós vejamos qual é o disposto na constituiçao a respeito da competencia destinada à tributaçao do IOF. O IOF é chamado de imposto sobre operaçoes financeiras, ha uma presunçao de que esse imposto incida sobre todas as operaçoes financeiras, porém, se formos observar como a constituiçao outorgou competencia para a aintituiçao de imposto, vamos chega r a conclusao de que o IOF somente incide sobre 4 tipos de operaçoes financeiras: operacoes de credito, cambio, seguros e titulos de valores mobiliarios. Entao nao se enganem sobre o nome do imposto, porque a constituicao nao autoriza que por meio do IOF se tribute todas as operaçoes financeiras. Art. 153 da constituiçao federal. Uma operaçao de credito é definida basicamente no mercado financeiro como a entrega de uma disponibilidade de um determinado valor, entrega de moeda, para seu recebimento no futuro acrescido de um custo que é o juros. As duas especies mais comuns na operaçao de credito sao o financiamento e o emprestimo. O financiamento semprevai estar vinculado a fum fim especifico como é a compra de um imovel , de um veiculo, etc. E o emprestimo acontece que o valor é disponibilizado ao mutuario sem nenhum tipo de vinculaçao do valor entregado à destinaçao dada ao mesmo.essas sao as duas especies principais, mas existem outras operaçoes menos comuns. As operaçoes de cambio sao as torcas de moedas: moeda nacional-moeda extrangeira, moeda extrangeira-moeda nacional, moeda extrangeira-moeda extrangeira. As operaçoes de seguros sao a contratacao, que eu pago um premio para que se um determinado evento segurado vier a acontecer no futuro, eu seja indenizado pelo evento ocorrido; um contrato de seguro é um contrato que se faz para o recebiment de um valor monetario pela ocorrencia futura de determinado evento. As operaçoes com titulos e valores mobiliarios (titulo mobiliario sao as acoes, debentures, cdb, titulos de creditos, etc, atraves dos quais sao feitas a soperaçoes financeiras) hoje em dia sao feitos 2 tipos de operaçoes financeiras, que sao as de renda fixa e as de renda variada. As primeiras vao utilizar titulos de credito, cdb, ccd, etc.sao aqueles titulos onde eu ja sei qual sera o valor dos juros e de remuneraçao contratada, o percentual de remuneraçao, se é pela selic, etc. As acoes de renda variada sao aquelas realizadas no mercado de bolsas, sao as acoes que sao vendidas, os debentures negociados, onde nao se sabe por quanto a açao vai ser vendida. O CTN vai dispor sobre o fato gerador nessas operaçoes. Art.63 (fato gerador, ), art. 64 base de calculo . Art. 66, definiçao do contribuinte. leitura dos artigos as 2 leis que vao disciplinar o IOF é a lei 8894/94 e a 5143/66. No caso das operaçoes de emprestimo, apesar de ser o mutuario o contribuinte estabelecido por lei, é a instituiçao que é responsavel pelo recolhimento do imposto. O IOF é um imposto extrafiscal, ja que seu objetivo é controlar o sistema financeiro. Entao se eu aumentar o IOF, eu aumento a taxa de juros automaticamente. Aula 02/04 O que seriam os impstos parafiscais sao aqueles que se destinam ao orçamento ou conta autonoma, seria o caso tipico das contribuiçoes especiais e emprestimos compulsorios. A tributacao extrafiscal é aquela que embora seja fiscal na origem, ela comporta uma funcao extrafiscal ja que seu principal objetivo nao é a tributaçao, mas a induçao de um comportamento do contribuinte ou regular atividade economica. A tributaçao extrafiscal basica ela tem o IOF, imposto de importaçao, exportaçao e o IPI, ou seja, é umatributaçao que demanda uma agilidade do poder administrativo. Entao é evidente qe o governo arrecada por meio desses impostos, mas a preocupaçao principal é ou induzir comportamento do contribuinte ou regular atividade economica. O imposto de impostaçao é do controle de aduana, ha seculos o poder impositivo se preocupa com o controle de aduana. Entao para impor um imposto de importaçao é preciso se preocupar mais que com a arrecadaçao, com a política economica, na medida em que por meio do imposto de importaçao eu posso privilegiar setores produtivos nacionais como é o caso do setor automobilistico no brasil. Por outro lado o imposto de importaçao pode tambem facilitar a entrada de produtos no pais. A exportaçao e outro lado da mesma moeda, eu poço encarecer ou baratear a entrada de determinados produtos, seja para regular a atividade economica ou para induzir comportamento. É por isso que para esses principios ha a exoneraçao do principio da nao surpresa para dar a agilidade necessaria ao poder publico. O s artigos que regulam esse simpostos sao os art. 19 e 20 do CTN. O fato gerador é a entrada ou a saida do produto no territorio nacional, o desembaraço aduaneiro, a formalizacao do negocio pela entrada ou saida da mercadoria no brasil. O sujeito passivo vai ser sempre o importador ou exportador ou ainda o arrematente de mercadorias importadas, tudo descrito no ctn. O CTN permite, mesmo pela caracteristica extrafiscal desse imposto, o estabelecimento de aliquota especifica ou ad valorem. Na aliquota especifica eu tributo sobre o preco total da operaçao da mercadoria; na tributaçao ad valorem, eu tenho uma pauta de valor fixa e eu tributo encima dessa pauta de valor; numa operaçao normal a base de calculo seria os valores de importacao ou exportaçao, so que se permite que para facilitar que se tribute com base numa pauta d evalores, entao eu tributo por kg de mercadoria importada. Mas em homenagem ao principio da capacidade contributiva isso pode ser discutido. O IPI merece maior detalhe pq ele completa junto com o ICMS, ISS a tributaçao sobre o consumo, ou seja, a tripartiçao da tributaçao nacional sobre o consumo que eu ja fiz as criticas mais que suficientes. A exemplo do ICMS, o IPI é orientado pelo principio da nao cumulatividade, entao a CF diz tbm no art 153, parag 3º, II. E enquanto o ICMS pode ser seletivo, o IPI deve ser seletivo de acordo com a necessidade do produto, isso faz parte da induçao do comportamento. Como é o caso do cigarro que tem uma aliquota de 365%. Entao essa seletividade deve ser aplicada com criterio, muitas vezes o produto em si é essencial, como é o caso da industria nacional ser incipiente e se eu nao onerar a entrada desse produto nunca vai haver o desenvolvimento da industria nacional. Entao, ao contrario do ICMS que nao guarda relaçao direta com a política industrial, eu tenho no IPI uma seletividade muito mais forte. Mas eu tenho a dificuldade de definir o que é a industrializaçao, a doutrina em geral define a industrializaçao como qualquer acao do homem sobre a materia prima, e isso traria uma discussao enorme no que se refere a obra de arte, ja que o artista modifica uma materia prima, mas haveria ai uma obra de arte? Entao esse é um conceito amplo, porque ele nega justamente a logica industrial da coisa que é a produçao em escala. Entao a doutrina em geral descartam esse conceito mais amploe e adotam o que diz o art 46 paragrafo 8. a exemplo do ICMS o fato gerador é o seu desembaraço aduaneiro, sendo que ele incide na saida, mas quando é importaçao, incide na entrada. CORREÇAO DO CASO CONCRETO Aula dia 09/04 Na aula de hoje vamos começar o livro segundo do CTN, vammos passar a estudar as normas gerais relacionadas aos tributos enquanto genero, a legistaçao tributarias, as normas tributarias, etc. Entao começando pelo ert. 96 CTN, este art. Coloca uma advertencia inicial, ou seja, a expressao legislaçao tributaria compreende as leis, os tratados e as convençoes internacionais, os decretos e as normas complementares. Entao quando o CTN fala de legistaçao tributaria ele inclui no termo legislaçao nao apenas lei stricto senso, mas também os atos adm. O ctn vai tratar tbm das normas complementares que efetivamentetambém tratam de materia tributaria, embora nao tenham o poder de impor o dever tributario principal. Feita essa advertencia, o art. 97 esclarece que somente a lei pode tratar de instituicao ou extinçao de tributo; sendo que eu separo a instituicao e extinçao da majoraçao em homenagem às excessoes como é o caso dos tributos extrafiscais. O art. 98 fala dos tratados e convençoes internacionais. Onde esta dito revoga, escreva suspendem, pq o tratado nao revoga, mas suspende somente aquilo que esta disposto em contrario ao tratado. As normas de tratado visam o que? Evitar a bi tributaçao, o que guarda relacao interna com as guerras fiscais, entao eu so vou investir num pais que tenha tratados com outros paises para que eu nao sofra a bi tributaçao. Voce tem 2 teorias basicas dobre o direito internacional que é o monismo e o dualismo. No monismo acontece que o tratado, uma vez firmado, entraria em vigencia no territorio nacional, vez que se pressupoe uma integraçao entre as ordens interna e internacional. No dualismo o que se tem é uma consideraçao das 2 ordens como concorrentes, no dualismo exacerbado tem que eu preciso de uma lei que reproduza o disposto no tratado ou convençao, e no dualismo moderado eu tenho que nao preciso da lei, mas eu preciso do decreto presidencial para que ela possa se integrar ao ordenamento nacional. Entao percebe-se que o art. 96 da a antender que eu acolho o monismo, mas a constituicao federal, atr 5º paragrafo 2º (recepçao das normas de direitos fundamentais). Entao parte da doutrina diz que o que a CF fez foi restringir a teoria monista a direitos individuais, e eu nao poderia dizer que houve uma preferencia pelo monismo e no caso de tratados e convencoes eu preciso de um ato legislativo formal para tornar eficaz os dispositivos tributarios. Entao, na jurisprudencia o entendimento é que ha uma opcao pelo dualismo moderado. Dentro de legislaçao tributaria eu tbm tenho as chamadas normas complementares que podem veicular materia tributaria com as ressalvas da materia do principio da legalidade. Art. 100. O art. 101 e proximos vao tratar da vigencia da legislaçao tributaria, mas tem que ter em vista que a materia também esta regulada pela CF. O o art. 102 fala da vigencia territorial da lei tributaria. O art. 103 fala das normas complementares que nao estao na CF. O art. 104 fala do principio da anterioridade que ja foi incorporado com alteraçoes na CF. O art. 105 e 106 vao tratar da aplicacao da legislaçao tirbutaria, que aplica-se aos fatos futuros e pendentes, a lei tirbutaria so se aplica pra frente, nao vai retroagir. Ela so vai retroagir no disposto no art. 106, e o disposto nesse artigo causa muita discussao sobre oq ue seria uma norma interpretativa, que no direito tributario o que se busca é tornar tributavel fato que nao era. Peguem o ctn a LC 118, art. 3º , que fala que para efeito de interpretaçao do inciso I do art. 168, que tem por tras uma questao muito importante, que é sobre a repetiçao de indebito, que o contribuinte tem 5 anos para fazer o pedido, mas no caso em que se tem que antecipar o pagamento do tributo o contribuinte nao extingue o credito, e determina o CTN que se extingue quando ta a homologaçao, pois o fisco tem que comprovar se eu antecipei a quantidade correta. Entao o que acontecia é que um tributo antecipado em 92 e que so foi homologado em 95, ele so foi extinto em 95, dando ao contribuinte na pratica 8 anos para pedir a repetiçao do indebito, porque o contribuinte deveria antecipar o pagamento e a demora da homologaçao havia também adiado a extinçao do credito. Entao como no brasil acontece muito de extinçao de impostos, estava havendo uma avalanche de acoes na justiça pediindo na pratica um prazo maior que de 5 anos, chegano muitas vezes a 10 anos , pq o fisco tem 5 anos para homologar e nao o fazendo o pagamento seria homologado tacitamente por inercia. Entao o que estava acontecendo era a duplicaçao do prejuizo da uniao. E se eu fosse de um pais serio, eu deveria manipular a legislaçao apra passar a considerar que o prazo conta do pagamento e nao da extinçao, mas um esperto teve a ideia de chamar a norma de interpretativa para fins de interpretaçao do inciso I do art. 168., mas eu nao estou interpretando, mas alterando o termo de contagem do prazo. O que o legislador marotamente entendeu que se tratava de art., para fins de interpretaçao, eu pegaria as acoes em curso poderia reduzir o prejuizo pela metade por muitas vezes. Entao se evidencia a dificuldade ai de se estabelecer uma lei que seja meramente interpretativa. Aula 11/04 A aula de hj é sobre um tema basilar que é a interpretaçao/integraçao da legislaçao tributaria. Entao vamos ver o que o CTN trata de interpretaçao/integraçao no que se refere a legislacao tributaria. Quando falamos em hermeneutaca, nos temos as verdades universais, mas devemos contextualizar isso em relacao a materia e em relaçao ao contexto de tempo, ja que ha materias em que vc expande ou restringe a interpretaçao. Onde comeca a dificuldade quando tratamos da interpretaçao no direito tributario. Voltando à CF, nos vemos que o dir. Tributario é marcado pelo princiio da estrita legalidade. Este principio esta longe de ser um principio meramente formal, ja que grarda relaçao direta com a legitimidade do tributo, sendo que o que separa uma legislaçao arbitraria, despotica de um direito tributario moderno é a observaçao da legalidade, onde eu tenho um consentimento do contribuinte no que se refere à carga tributaria imposta pelo estado, pelo principe. A legalidade assume uma importancia de legitimador do tributo, de regular o poder de tributar. Este principio também assume uma importancia de carater formal ja que eu nao tenho uma tipicidade aberta, o fato tributavel deve estar adstrito à norma de incidencia. A interpretaçao da legistaçao tributaria assume um fator importante pq ela passa por estender ou restringir o alcance da norma fiscal. Entao eu tenho que ter normas que dizem respeito a incidencia da tributaçao. Vamos agora dar alguns exemplos: quando a CF outorga a competencia, ela estabelece a competencia para tributar a transmissao da propriedade, mas o direito tributario é um direito de sobreposiçao, ja que eu nao trato de transferencia da propriedade, que é tratado pelo direito civil. Se eu tenho a competencia para tributar transmissao de propriedade, e segundo o CC eu tenho que registrar o imovel para transmitir a propriedade... so que eu tenho uma pratica nefasta de transmitir informalmente essa propriedade por meio de promessa de compra e venda.. mas como eu faria para fazer incidir o tributo? Eu teria que esperar o particular registrar ou poderia fazer incidir desde agora o tributo? Outro exemplo é que eu tenho um tributo que grava doaçoes e vamos imaginar uma situaçao de aliquota prograssiva: se a doaçao for de ate 50 a aliquota sera de 10% e acima de 50 sera de 20%, entao se eu vou doar 100, mas se eu doar 100 de uma vez eu vou ter que pagar 20, mas para escapar disso eu posso dividir essa doaçao em 3 vezes o que faz diminuir a tributaçao, o que eu faço? Outro exemplo é a situaçao de a compra e venda eu nao posso deduzir para fins de IR, mas a compra e venda por meio de uma alienacao fiduciaria a parcela do leasing seria dedutivel, entao se eu comprar um carro e se eu fizer via leasing vai ser uma despesa dedutivel, mas eu quero comprar e a pessoa nao quer me alugar com opcao de venda, ai eu faço uma operacao de leasing com ela e eu me comprometo a antecipar todas as prestaçoes e faço a opcao de comprar. A minha intençao desde o inicio e a compra e evenda, mas eu utilizei esse formato com o intuito de excluir ou diminuir a incidencia tributaria. Outro exemplo é o caso da imunidade empresarial do art. 153, e eu quero comprar uma fazenda de 500 mil, entao para fugir da tributaçao nos fazemos uma empresa e vcs integralizam com a fazenda e eu com os 500 mil, ai amanha nos fazemos a cisao e eu saio com afazenda e vc com os 500 mil. Entao nesses exemplos eu estou fazendo alguma coisa errada? Nao.Mas nao haveria ai um abuso de forma, uma manipulaçao dos conceitos e formas de direito tributario com o objetivo de reduzir ou eliminar uma carga tributaria? Entao como o direito vai resolver esse problema. Eu tenho dois valores paralelos que é a legitimidade da imposiçao ja que eu so posso exigir aquele tributo que esta especificado em lei e tenho o segundo valor que é o poder-dever de incidir a tributaçao naquela capacidade contributiva. Entao eu tenho o valor legitimidade da tributaçao e o valor tributaçao. Eu poderia alegar fraude, mas nem sempre eu posso alegar isso, pq a autoridade deveria comprovar uma fraude, o que em determinados casos nao é possível. No caso do leasing nao foi a propria legislaçao que deu o beneficio fiscal do leasing? Se o proprio legislador distinguiu que nao houvesse nenhuma pre condicao, pq a autoridade deve impor uma interpretaçao mais onerosa? Muitos juristas defendem que nesses casos, em homenagem ao pricipio da capacidade contributiva, o contribuinte deveria escolher a forma mais onerosa, mas e onde fica a responsabilidade do administrador? Muitas dessas questoes de interpretaçao passam pela posiçao em que se encontra quem interpreta a norma, como é o caso de eu ser o o fiscal do poder publico ou se eu for advogado da empresa executada. A ideia entao é que eu chegue a um meio termo, a virtude. O art.107 CTN. Art. 108 CTN, o paragrafo 1 diz que o emprego da analigia nao pode implicar na incidencia de algum tributo, em respeito ao principio da estrita legalidade, o paragrafo 2º diz que o emprego da equidade nao pode dispensar o pagamento de tributo devido, o que é inconstitucional ao ver do werther, ja que se comprovar uma ofensa ao principio da igualdade que é constitucionalmente defendido. Os artigos mais importantes sao os arts. 109 e 110. pela corrente de interpretaçao civilista, a autoridade deve estar sempre presa aos conceitos e formasde direito civil, ou seja, no caso da promessa de compra e venda segundo a corrente civilista jamais poderia tributar a transmissao de imoveis atraves da promessa de compra e venda. Por outro lado, a corrente de interpretaçao economica ja defende o contrario, que é licito sempre buscar a intencao, entao, em qualquer momento que a autoridade perceba uma intencao formalizada atraves de um negocio. Entao a guinada do art 109 e para a corrente economica, e a do 110 é para a corrente civilista, o que faz com que, combinados os artigos, seja dada uma soluçao mais adequada. Esses 2 mandamentos existentes na norma complementar que dao um norte, sendo que o mais salutar de se perceber é que a interpretaçao economica somente podera ser feita pelo legislador e nao pelo fiscal. Art. 111, interpreta-se literalmente a legislaçao tributaria para os casos definidos no artigo. Art. 112, principio bem parecido com o principio de direito penal. Essa materia deve ser interpretada em conjunto com uma a;teraçao rtecente do CTN que é o art. 116 paragrafo unico, o que complica a materia posta. Sera que ai estariamos diante da norma geral anti elisiva ou nao?
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