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CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
ATIVIDADE DISCURSIVA
DANIELE SANTOS CARDOSO
DIDÁTICA GERAL
26/06/2023
https://virtual.uninta.edu.br/course/view.php?id=85024#section-2
Por meio do conteúdo da Unidade I foi possível compreender a conceituação, evolução histórica e as
concepções do processo de ensino da Didática relacionando sua contribuição para a formação e atuação
docente, sendo assim, discorra sobre os conhecimentos do campo da Didática que podem contribuir
para o desenvolvimento do ensino e aprendizagem no contexto da Educação escolar.
Palavras-chaves: Didática; Educação; Educação Escolar; Ensino; Teoria; Prática; Procedimentos; Métodos;
Formação docente; Pedagógico.
Educação é algo tão abrangente quanto as relações humanas. Pode-se confirmar isso a partir da
afirmação de C. R. Brandão (1985) que, nas primeiras linhas de “o que é educação”, afirma:
“Ninguém escapa da educação. Em casa, na rua, na igreja ou na escola, de um modo ou de muitos
todos nós envolvemos pedaços da vida com ela: para aprender, para ensinar, para aprender e
ensinar. Para saber, para fazer, para ser ou para conviver, todos os dias misturamos a vida com a
educação.” (BRANDÃO, 1985, p. 7. grifos nossos)
“A educação é um típico ‘que-fazer’ humano, ou seja, um tipo de atividade que se caracteriza
fundamentalmente por uma preocupação, por uma finalidade a ser atingida. A educação dentro de
uma sociedade não se manifesta como um fim em si mesmo, mas sim como um instrumento de
manutenção ou transformação social.” (LUCKESI, 2001, p. 30).
“para ser eficaz toda educação imposta pelas classes proprietárias deve cumprir as três finalidades
essenciais seguintes: 1º destruir os vestígios de qualquer tradição inimiga, 2º consolidar a ampliar a
sua própria situação de classe dominante, e 3º prevenir uma possível rebelião das classes
dominadas” (PONCE 2001, p. 36.
Essa perspectiva pode ser corroborada pelas palavras de C. R. Brandão, dizendo que “não há uma
forma única nem um único modelo de educação; a escola não é o único lugar onde ela acontece e
talvez nem seja o melhor; o ensino escolar não é sua única prática e o professor profissional não é
seu único praticante” (BRANDÃO, 1985, p. 9).
A educação está obviamente ligada à didática que por sua vez é considerada como arte e ciência do
ensino. Como arte, a didática não objetiva apenas o conhecimento por conhecimento, mas procura
aplicar os seus próprios princípios com a finalidade de desenvolver no indivíduo as habilidades
cognoscitivas, tornando-os críticos e reflexivos, desenvolvendo assim um pensamento
independente. Ela é de suma importância para a formação do professor, pois deve proporcionar o
desenvolvimento de sua capacidade crítica e reflexiva, possibilitando que o professor faça uma
análise de forma clara sobre a realidade do ensino, proporcionando situações em que o aluno
construa seu próprio saber.
A partir do momento em que se fez necessário formar um grupo específico para cuidar da
manutenção de um modelo específico de sociedade, surgiu a educação escolar, o desenvolvimento
das sociedades estratificadas e a presença de um aparato estatal exigiu a formação de quadros para
a manutenção do poder. Dessa forma os integrantes da classe dominante criaram mecanismos para
oferecer mais do que os conhecimentos míticos aos seus filhos. Era necessário dominar
conhecimentos específicos para a manutenção da máquina do Estado. E, evidentemente, para esse
novo modelo já se fazia necessária uma formalização do processo educacional, daí a necessidade
da escola e o aparecimento de pessoas que dominassem os conhecimentos e os soubessem
transmitir. E ao que tudo indica esse modelo nasceu a partir dos sacerdotes que, quase sempre,
foram os guardiões dos saberes.
À casta sacerdotal deve-se o primeiro sistema de ensino formal, motivado pela necessidade de
formar o sacerdote escriba, guardião da ordem religiosa e encarregado da administração da
sociedade, membro da classe dos baluartes do absolutismo político e da ordem sócio-econômica”
(GILES, 1987, p. 7, grifo nosso).
Paulo Freire, quando afirma que a teoria não dita à prática; em vez disso, ela serve para manter a
prática ao nosso alcance de forma a mediar e compreender de maneira crítica o tipo de práxis
necessária em um ambiente específico, em um momento particular.
Portanto, o exercício da docência, enquanto ação transformadora que se renova tanto na teoria
quanto na prática, requer necessariamente o desenvolvimento dessa consciência crítica. E neste
sentido pode-se dizer que o exercício da ação docente requer preparo. Segundo Freire, “Saber que
ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua
construção.
Entre as competências que um professor antenado com seu mundo deve apresentar, entre outras, a
competência teórica, e aplicada, a Institucional e a afetiva. Não basta apenas saber. O verdadeiro
professor precisa saber: para que ensinar, o que ensinar e como ensinar. É preciso usar esse saber
de forma significativa para o aluno; Preparo que não se esgota nos cursos de formação, mas, para o
qual há uma contribuição específica enquanto formação teórica.
[...] Não somos apenas objeto da História, mas seus sujeitos igualmente. A partir deste saber
fundamental: mudar é difícil, mas é possível, que vamos programar nossa ação político-pedagógico.
(FREIRE, 1997, pg. 89).
Referências:
BRANDÃO, C. Rodrigues. O que é educação. São Paulo: Abril Cultura; Brasiliense, 1985
GILES, T. Ransom. História da Educação. São Paulo: E.P.U. 1987 LUCKESI, Cipriano C. Filosofia da
Educação. São Paulo: Cortez, 2001
PONCE, Aníbal, Educação e Luta de Classes. 18 ed. São Paulo: Cortez, 2001.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 34. ed. São
Paulo: Paz e Terra, 1996.

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