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1 ÁREA TEMÁTICA: EDUCAÇÃO E PROMOÇÃO EM SAÚDE O FRACASSO ESCOLAR SILVA, Xasmênia 1 MARTINS, Camargo 2 ELESBÃO, Cristiane Sperling 3 1 INTRODUÇÃO Com o passar dos anos, o psicólogo foi se inserindo no contexto escolar, subsidiando os professores no processo de educação e ensino, buscando assim, orientar, acolher, e até “resolver” os problemas relativos ao fracasso escolar. A psicologia é um instrumento que busca auxiliar no processo da pedagogia da mudança, passando de caráter mensurável a caráter qualitativo, sendo que cabe ao psicólogo a tarefa de planejar intervenções diante do contexto educacional atual e das dificuldades escolares vivenciadas pelos alunos Mitsuko, (2008). O presente trabalho tem como objetivo, analisar o papel do profissional da psicologia no processo de ensino e aprendizagem no âmbito escolar. A justificativa para o presente trabalho foi para problematizar e refletir como a Psicologia tem contribuído e pode servir à educação nas escolas Brasileiras. Mitsuko (2008) discorre sobre a relação entre psicologia e educação, em especial suas mediações com as teorias de conhecimento, algo que acompanha a própria história do pensamento humano e constitui-se como complexo e extenso campo de estudo. A escola pode ser vista como uma instituição concebida pelas necessidades estabelecidas por sociedades que demandavam formação específica de seus membros. Neste viés, adotou ao longo da história modelos em função das necessidades a que teria que responder sendo destinada a uma parcela privilegiada da população, a quem caberia desempenhar funções específicas, articuladas aos interesses dominantes de uma dada sociedade. Desta forma, a Psicologia Escolar se refere a um campo de ação determinado, é o processo de escolarização, tendo por objeto a escola e as relações que se estabelecem. Sua atuação se fundamenta nos conhecimentos produzidos pela psicologia da educação, por outras subáreas da psicologia e por outras áreas de conhecimento (MITSUKO, 2018). 2 METODOLOGIA O método utilizado para realização deste trabalho, foi uma pesquisa bibliográfica de natureza qualitativa que de acordo com Augusto et al (2013) envolve 1 Acadêmica de Psicologia do 8° semestre, Fisma Faculdade Integrada de Santa Maria. Neco Silva Xasmênia. E-mail:xasmenianeco@gmail.com 2 Camargo, Juciele Faculdade Integrada de Santa Maria-Fisma. E-mail 3 Psicóloga. Docente do Curso de Psicologia da Faculdade Integrada de Santa Maria - FISMA. Email: cristiane.elesbao@fisma.com.br mailto:cristiane.elesbao@fisma.com.br 2 uma abordagem interpretativa do mundo, sendo que seus pesquisadores estudam as coisas em seus cenários naturais, tentando entender os fenômenos em termos dos significados que as pessoas a eles atribuem. Deste modo, foi feita uma pesquisa de artigos científicos que tratassem do tema sobre Psicologia Escolar, versando sobre a temática do papel do psicólogo na escola, sendo escolhidos os mais relevantes para a pesquisa. 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO Em relação às crianças que possuem algum tipo de incapacidade mental ou física, Gaitas e Morgado (2010) atentam para a importância de que as mesmas tenham assegurada sua educação na escola do ensino regular. A justificativa de ambos é que proporcionar uma educação segregada e diferenciada perante as crianças consideradas normais, modificaria o processo de desenvolvimento, de modo a configurar uma educação não benéfica que levaria à inevitável criação de pessoas com dificuldades na relação com o mundo e consigo próprias, uma vez que estariam imersas, desde a infância em um ambiente previamente preparado para lidar com limitações (GAITAS; MORGADO, 2010). Além disso, os autores atentam para a importância de determinar a natureza e o caminho do desenvolvimento humano, fazendo-se essencial examinar o ambiente social no qual o desenvolvimento ocorre. Tal apontamento também se torna verdadeiro perante crianças que não possuem qualquer tipo de restrição na participação social. Um estudo realizado em 2004, sobre a prática dos psicólogos educacionais, considerando 10 países diferentes, aponta como resultados que a sua principal função é trabalhar com crianças com necessidades educativas especiais e recomendá-las para o ensino especial, sendo esta a atividade que os psicólogos mais realizam em 8 dos 10 países que integraram este estudo (GAITAS; MORGADO, 2010). Neste contexto, se torna importante pensar o sentido da educação “Entendemos educação como prática social humanizadora, intencional, cuja finalidade é transmitir a cultura construída historicamente pela humanidade. O homem não nasce humanizado, mas torna-se humano por seu pertencimento ao mundo histórico-social e pela incorporação desse mundo em si mesmo, processo este para o qual concorre a educação. A historicidade e a sociabilidade são constitutivas do ser humano; a educação é, nesse processo, determinada e determinante” (MITSUKO, 2008, p. 469). Além disso, Gaitas e Morgado (2010) ressaltam que pode constituir-se como constrangimento à ação dos psicólogos as percepções que professores e demais membros da comunidade escolar têm relativamente ao seu papel e modelo preferencial de intervenção. Outro estudo realizado em 8 países, referente a percepção que os professores possuem frente ao papel do psicólogo educacional, revelou que os mesmos esperam que o psicólogo envolva-se preferencialmente no desenvolvimento de atividades junto aos alunos com necessidades educativas especiais, de modo a identificá-los e ratificar a importância que continuem os seus estudos numa escola a que chamam especial, desenvolvendo-se assim, distantes 3 dos alunos que não demonstrem necessidades diferenciadas no processo ensino- aprendizagem (GAITAS; MORGADO, 2010). De acordo com Carvalho e Marinho (2009), a criação da relação Psicologia- Educação foi combinada por ações que tinham o objetivo de adaptar o indivíduo ao contexto escolar, por meio da utilização de psicodiagnósticos e avaliação psicológica. Já Marinho e Almeida (2005) ressaltam a importância da extensão preventiva na atuação do psicólogo escolar, nessa perspectiva estão implicadas ações e estratégias para que o psicólogo escolar facilite e incentive a construção de procedimentos de ensino diversificados, possibilitando e promovendo a reflexão e conscientização de funções, papéis e responsabilidades dos sujeitos em interação no contexto escolar, além de buscar, junto com a equipe escolar, o enfrentamento dos obstáculos à apropriação do conhecimento. 4 CONCLUSÕES A conduta do professor assim como sua formação profissional, tem peso significativo no processo de ensino e de aprendizagem, reconhecendo assim a importância de se criar um espaço político para a educação sobre o papel do psicólogo no contexto escolar enquanto mediador do processo de ensino e aprendizagem, sendo este apto para atuar visando amenizar conflitos entre alunos professores, pais-professores e demais membros da comunidade escolar. Diante disso, se faz necessária a divulgação sobre o trabalho da psicologia escolar e educacional, para que a sociedade como um todo possa conhecer o papel da psicologia no âmbito escolar. Além disso, conhecendo o trabalho do psicólogo escolar, a própria comunidade escolar pode se beneficiar da presença deste profissional com fins ampliados, buscando melhorias na comunicação e no processo ensino-aprendizagem. 5 REFERÊNCIAS ANTUNES, Mitsuko Aparecida Makino. Psicologia Escolar e Educacional: história, compromissos e perspectivas. Psicol Esc. Educ. (Impr.) Campinas, v. 12, n. 2, p.469-475, dezembro de 2008. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413- 85572008000200020&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 16 de setembro de 2018. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-85572008000200020. AUGUSTO, CleicieleAlbuquerque et al. Pesquisa Qualitativa: rigor metodológico no tratamento da teoria dos custos de transação em artigos apresentados nos congressos da Sober (2007-2011). Rev. Econ. Sociol. Rural, Brasília, v.51, n.4, p.745-764, Dec. 2013. Acesso 16 Set 2018. em http://www.scielo.br/pdf/resr/v51n4/a07v51n4.pdf CARVALHO, T. O. & MARINHO, Araújo, C. M. (2009). Psicologia Escolar no Brasil e no Maranhão: Percursos históricos e tendências atuais. Psicologia Escolar e Educacional, 13(1), 65-73. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-85572008000200020 4 GAITAS, Sérgio; MORGADO, José. Educação, diferença e psicologia. Aná. Psicológica, Lisboa, v.28, n.2, p.359-375, abr. 2010. Disponível em <http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870- 82312010000200010&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 16 set. 2018. MARINHO, Araújo, C. M. & ALMEIDA, S. F. C. (2005). Psicologia escolar: Construção e consolidação da identidade profissional. Campinas, SP: Alínea.
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